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Falhas

Geológicas
• A falha geológica é a cisão ou ruptura de uma rocha ou bloco rochoso ao longo de sua estrutura,
dividindo esta em duas compartimentações que se deslocam vertical ou horizontalmente,
apresentando uma diferença residual que varia de centímetros a quilômetros. Sua ocorrência é
mais evidente em áreas de instabilidade tectônica, mas também pode manifestar-se em outras
regiões.
• As causas das falhas geológicas são duas: processos atectônicos ou externos e processos tectônicos
ou internos. O primeiro caso, mais raro, ocorre quando algum acontecimento acima da superfície
provoca a fissura dos corpos rochosos, como o desabamento de uma camada montanhosa ou
encosta, trazendo impactos sobre as rochas que se rompem. Já os processos tectônicos são mais
comuns para originar os falhamentos e ocorrem quando as forças de movimentação das 
placas tectônicas acumulam-se a ponto de superarem a capacidade de resistência e coesão das
rochas, fazendo com que elas gradativamente se rompam e movimentem-se. É um processo
relativamente lento e de difícil visualização direta.
• Conforme a classificação baseada no comportamento e especificação dos falhamentos, existem
três tipos de falhas geológicas: a normal, a inversa e a transcorrente.
• A falha normal – também chamada de falha distensiva – ocorre quando o bloco deslocado
posiciona-se abaixo do plano da falha. Conforme podemos observar no esquema a seguir, o bloco
deslocado “desce” em relação ao plano original, o que é causado pela tensão negativa provocada
pelas forças internas de transformação do relevo.
•  falha inversa – também chamada de falha compressiva – manifesta-se de forma oposta
ao tipo de falha normal, com o bloco deslocado movimentando-se acima do plano original. Ela
ocorre quando o tectonismo exerce pressões positivas sobre o bloco rochoso em questão.
• A falha transcorrente – também chamada de falha horizontal – acontece quando há
deslocamento no plano horizontal entre os dois blocos, sendo mais comum em zonas de
encontro entre duas placas tectônicas, quando essas também se movimentam horizontalmente.
Assim, cada bloco sofre com um tipo de força diferente e apresenta deslocamentos distintos.

Esquema explicativo de uma falha transcorrente
• Um dos principais efeitos das falhas geológicas são os terremotos, que são mais comuns e
intensos em zonas de encontro entre duas placas tectônicas. A longo prazo, as falhas também
modelam o relevo e formam áreas de vales e depressões relativas, além de produzirem
escarpas, serras e outras formas de relevo.
• Um exemplo de falha geológica é a de San Andreas (ver foto abaixo), que eventualmente
provoca tremores de terra. Há também casos de falhas geológicas no Brasil, como a que
originou algumas transformações no relevo do Recôncavo Baiano. Portanto, compreender a
dinâmica desse tipo de processo geomorfológico é também uma maneira de melhor entender
os processos de formação e transformação das feições na superfície terrestre.

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