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i n t ro d u c a o

• O estado da exaltação de Cristo começa com


Sua ressurreição dentre os mortos.
• A ressurreição de Jesus foi um evento histórico, um fato
incontestável, obviamente não isento de objeções dos
incrédulos.
• Por ser um acontecimento real, iremos considerar sob três
aspectos: o caráter histórico (ainda que miraculoso), o
caráter apologético (para proteger das objeções) e o caráter
teológico (as implicações da ressurreição de Cristo para
nós).
Carater Historico
• Ao terceiro dia, Deus não deixou Seu Filho na sepultura,
antes O retirou dali glorioso, redivivo para sempre e
exaltado!
• A ressurreição de Jesus aconteceu na madrugada do
domingo de Páscoa.
• Quando as mulheres foram levar as especiarias para
embalsamar Seu corpo, elas viram o túmulo aberto e dois
anjos à entrada da porta (Mt 28.1,2; Mc
16.1-5; Lc 24.1-4; Jo 20.1).
• Jesus não estava mais lá!
• Depois de ter feito Sua aparição para Maria Madalena (Jo 20.11-
18), Jesus também Se manifestou a Seus discípulos.
• Jesus fez variadas aparições para Seus discípulos por 40 dias
depois de ter ressuscitado (At 1.3).
• Jesus apareceu para dois discípulos no
caminho de Emaús (Lc 24.13-35).
• O apóstolo Paulo diz que Jesus apareceu para
mais de 500 irmãos de uma só vez (1Co 15.6)!
• Ele Se manifestou a Tiago, Seu irmão na carne (1Co 15.7) e
depois apareceu ao apóstolo Paulo (v. 8).
• As aparições de Jesus aos escolhidos foram motivo para a
proclamação da ressurreição em todo o livro de Atos dos
apóstolos.
• Não havia nenhuma pregação do evangelho em que os apóstolos
não mencionassem a ressurreição de Jesus!
• Para ser apóstolo, tinha que ter presenciado a Cristo ressurreto
(At 1.21,22), mas nem todos os que testemunharam a ressurreição
poderiam ser apóstolos.
• Cristo ressurreto não apareceu para pessoas não eleitas (At
10.40,41). Apenas aos apóstolos e algumas outras
testemunhas que Ele escolheu.
• O corpo com o qual Jesus ressuscitou era o Seu mesmo,
porém, glorificado, não mais sujeito a nenhum tipo de
deterioração ou alguma ligação com as
leis da física tal qual conhecemos.
• Seu corpo era tangível – Ele disse a
Tomé para tocá-lo (Jo 20.27), Ele disse
que tem carne e ossos e comeu com os
discípulos (Lc 24.37-43; Jo 21.13,15).
• Em Sua pré-existência, Jesus era somente espírito, Ele não
tinha corpo. Após Sua encarnação, Ele nunca mais deixou de
ter um corpo. Na terra foi um corpo humano sujeito aos
limites, mas depois da ressurreição, um corpo de glória para
sempre.
• O testemunho de João foi que, quando ele e
Pedro foram ao túmulo, eles o encontraram
vazio!
• João olhou para as faixas que cobriram o
corpo do seu Mestre (Jo 20.3-8), ele e Pedro viram esse
detalhe!
• A explicação é que Jesus, ao ressuscitar, passou por entre os
panos, os quais apenas murcharam, permanecendo no lugar
onde já estavam!
• Aquela teoria que tenta explicar o pano deixado à parte,
dizendo que era um costume judaico, de que um senhor, ao sair,
deixava um pano na mesa dizendo que tinha ido, mas que
voltaria, é falsa.
Carater Apologetico
• Apesar das incontestáveis provas da ressurreição de
Jesus, os opositores do evangelho sempre a negaram.
• Embora eles não obtiveram sucesso em sair
vencedores em sua negação, todavia, eles alcançaram
seguidores, como já é de praxe haver milhares de
seguidores quando se trata da negação da fé.
• Tornou-se, pois, necessário fazer uma apologia (uma
defesa) da fé na ressurreição de Jesus Cristo, a qual
vem desde os tempos iniciais do Cristianismo.
1. A teoria da falsidade. Esta foi a primeira investida contra
a evidência da ressurreição (Mt 28.11-15).
• Ela alega que os discípulos inventaram a fraude,
roubando o corpo de Jesus, enquanto os guardas dormiam
e proclamando uma ressurreição que nunca aconteceu.
• O problema é que os guardas não poderiam saber se
foram os discípulos que roubaram o corpo, se eles estavam
dormindo.
• Se realmente estavam dormindo, por que não foram
punidos com a sentença da época (At 12.19)?
• Se não estavam dormindo, por que permitiram?
• A teoria da fraude não se sustenta, dada a condição
psicológica dos discípulos. Eles, além de medrosos, estavam
se sentindo desamparados pela morte do seu Mestre.
• Ainda mais, se fosse um roubo, os apóstolos não poderiam
se sentir revigorados a ponto de assumir uma postura de
coragem para proclamar uma ressurreição.
• Eles saberiam que era mentira e não seriam capazes de ser
torturados e até mortos por conta de uma mentira que eles
sabiam ser mentira.
• Para ter a coragem que tiveram pelo resto de suas
vidas, somente a ressurreição para explicar!
2. A teoria do desmaio. Proposta há uns quase três séculos por
Venturini, a teoria do desmaio diz que Jesus sofreu realmente a
crucificação, os golpes dos cravos e toda tortura, mas não
morreu.
• O que teria acontecido foi que Ele desmaiou, ficou sem seus
sentidos e os discípulos acharam que Ele estivesse morto.
• Segundo essa teoria, como não havia conhecimento médico
avançado na época, tornou-se corrente que Jesus havia morrido,
porém, de fato, isso não aconteceu.
• Mas essa objeção não consegue responder a
questões simples e também cai por terra.
• Os soldados eram experientes em crucificações e sabiam
quando algum sentenciado estava morto ou não.
• Como no caso da crucificação de Jesus, os dois
ladrões que estavam ao Seu lado não haviam
morrido, os soldados lhes quebraram as pernas
para acelerar sua morte, mas não
quebraram as pernas de Jesus (Jo 19.32-34).
• Jesus já estava morto e, para se certificarem disso, um
deles ainda enfiou uma lança no peito de Jesus, do qual
saiu sangue e água!
• Ao ser sepultado, como Jesus Se recuperou no túmulo?
• Como Ele conseguiu andar de Jerusalém a Emaús e voltar
(11 km para ir e para voltar)?
• Como os discípulos não O viram como um doente precisando
de cuidados médicos e sim como vitorioso sobre a morte?
• Como Ele teria Se desembaraçado daqueles panos de linho
que envolviam Seu corpo? Lázaro precisou ser desatado por
outrem (Jo 11.44).
• Como Cristo empurrou a pedra para sair do túmulo?
• Se Ele não morreu, por que deixou Seus discípulos
acreditarem em um embuste? Ele disse que foi morto
(Ap 1.18).
3. A teoria da alucinação. Propõe que as aparições de Jesus
foram irreais, as pessoas tiveram visões ilusórias.
• De acordo com as leis psiquiátricas, as visões ou
alucinações devem se conformar a alguns princípios.
a) Somente alguns tipos de pessoas experimentam
alucinações. Entretanto, os discípulos possuíam variadas
personalidades e momentos emocionais distintos.
b) No subconsciente do indivíduo, as alucinações estão
ligadas a suas experiências pessoais do passado. São
individuais e extremamente subjetivas. Porém, as visões
de Cristo eram objetivas e vistas por mais de uma pessoa.
• Como mais de 500 irmãos conseguiram ver a
mesma “alucinação” de uma só vez?
c) São percepções errôneas e depois de um tempo são
admitidas pelas pessoas que as tiveram.
• Mas os discípulos jamais negaram seus encontros com o
Jesus ressuscitado. Eles O viram, conversaram com Ele,
tocaram nEle e, mesmo tendo dúvidas, elas foram
sanadas com as provas irrefutáveis que Jesus lhes deu.
d) Alucinações exigem que as pessoas tenham a expectativa
e o desejo em seu íntimo de pensar na pessoa falecida.
• Entretanto, Jesus lhes aparecia até mesmo de forma
contrária a essas expectativas.
e) Alucinações se repetem durante um longo período de
tempo com uma regularidade perceptível.
• C. S. Lewis escreveu: “Todas as narrativas sugerem que as
aparições do Corpo Ressurreto tiveram um fim; algumas
descrevem um fim abrupto seis semanas após a morte... A um
fantasma é possível simplesmente desaparecer, mas uma
entidade real tem de ir a algum lugar – algo tem de lhe
acontecer”.*
• Para Lewis, somente a Ascensão explica o sumiço das
visões.
* Milagres, um estudo preliminar (C. S. Lewis)
4. A teoria do túmulo errado. Diz que as pessoas foram ao
túmulo errado, visto ainda ser escuro naquela madrugada.
• Essa teoria caiu no ridículo após ser refutada facilmente;
ora, se o túmulo era o errado, bastava que os opositores
mostrassem o túmulo certo!
• Se fosse o túmulo errado, será que os próprios anjos que
foram remover a pedra erraram o túmulo?
• Sendo José de Arimateia o
proprietário do túmulo, era só
ir lá e mostrar às mulheres o
seu doce engano...
5. A teoria dos mitos. Há por aí uma teoria que diz que os
“autores do Cristianismo” copiaram as lendas antigas
da Babilônia e as mitologias das antigas religiões
orientais. Uma delas é conhecida como Zeitgeist.
• Vamos assistir a um pequeno vídeo sobre como esse
famoso documentário é falso.
• (Se você não tiver o vídeo, pode baixá-lo no link do meu
Drive – segure a tecla Ctrl e clique no link abaixo).
• https://drive.google.com/file/d/15m1q-lz1978gjjTxnKJs
mN8uM4CZEqKk/view?usp=sharing
C a r a t e r Te o l o g i c o
• Para a teologia liberal, Cristo não ressuscitou,
portanto, crer nisso ou não, é uma questão subjetiva
e não um ponto para discussão.
• Segundo essa crença, o importante é ter Jesus “vivo”
em nossos corações e seguir o Seu exemplo.
• Mas acreditar dessa maneira é questionar o que os
autores do NT escreveram, pois manifestam a
ressurreição de Jesus como um fato histórico.
• Ademais, a ressurreição de Jesus era uma prova de
ser Ele enviado de Deus (Mt 12.40), assim como
Paulo diz que Jesus foi designado Filho de Deus pela
ressurreição (Rm 1.4).
• O atestado de toda a obra de Cristo devia terminar
em vida e não em morte. Portanto, Sua ressurreição
é o atestado ou o prêmio de Deus Pai como
recompensa por toda obra perfeita que Ele realizou.
• Caso Cristo permanecesse morto,
então o sinal era de que Seu trabalho
não havia agradado ao Pai.
1. Acerca da regeneração. O apóstolo Pedro associa nosso
novo nascimento à ressurreição de Jesus (1Pe 1.3).
• Ele está dizendo que, por meio da ressurreição de Jesus,
Deus nos deu uma nova vida que aponta para uma viva
esperança, isto é, a nossa glorificação.
• Uma vez que Jesus ressuscitou com o corpo glorificado,
nossa nova vida em Cristo deve nos trazer uma expectativa
de termos também um novo corpo, por isso Deus nos traz
uma nova natureza antes de nos dar um novo corpo.
• Paulo diz que quem tem as primícias do Espírito geme por
um novo corpo (Rm 8.23).
• Em Ef 2.6, Paulo diz que Deus nos ressuscitou juntamente
com Cristo! Sabemos que a figura da ressurreição dos
mortos espirituais corresponde à doutrina da regeneração.
• Da mesma forma, no cap. 1, o apóstolo
diz que o mesmo poder com que Deus
ressuscitou Seu Filho, foi usado para
nos fazer crer (v. 19,20)!
• Também em Rm 6.4, Paulo nos ensina que, da mesma forma
que Deus ressuscitou Seu Filho, assim nós também devemos
andar em novidade de vida – somente os regenerados o
podem!
2. Acerca da justificação. Paulo diz que Jesus ressuscitou
“por causa” da nossa justificação (Rm 4.25).
• Algumas versões dizem “para” nossa justificação, mas
no original grego, a melhor tradução é “por causa”.
• A ligação da ressurreição de Jesus com nossa
justificação é por uma questão de garantia. Se Ele não
ressuscitou, então, como o mesmo apóstolo disse em 1Co
15, nossa fé (que nos justifica) é vã (v. 14).
• Ainda, seremos falsas testemunhas e chamamos Deus de
mentiroso (v. 15).
• Se Cristo não ressuscitou, ainda permanecemos
em nossos pecados, isto é, não houve
justificação nenhuma (v. 17).
• E, para finalizar, Paulo diz que os que dormem
em Cristo estão perdidos, caso Cristo não tenha
ressuscitado (v. 18).
• Todas estas implicações estão relacionadas à nossa
justificação, uma vez que Deus ressuscitou Seu Filho para
garantir que nossos pecados realmente foram perdoados
e cancelados lá na cruz, quando Ele morreu por nós.
• Sua ressurreição é essa certeza que nos é dada de que não
devemos nada mais no tribunal de Deus!
3. Acerca da santificação. A ressurreição de Jesus evoca
uma vida de santificação para Sua igreja (Cl 3.1,2).
• Uma vez ressuscitado, Cristo traz nosso olhar para as
coisas eternas e, tendo isso em vista, nosso viver na terra
enquanto o futuro não chega, deve ser um viver
semelhante ao que iremos viver lá quando o futuro
chegar, isto é, em santidade.
• É o que o apóstolo disse em Rm 6.4, que andemos em
novidade de vida em consonância com a ressurreição de
Cristo. Embora somente a regeneração possa trazer essa
possibilidade, a realidade é trazida pela vida de
santificação.
4. Acerca da glorificação. O NT mostra mais claramente que
a ressurreição de Jesus é uma garantia da nossa
glorificação.
• Paulo dá essa explicação em 1Co 15, quando diz que Cristo
é “as primícias” dos que dormem (v. 20).
• Ele quer dizer que Jesus foi o primeiro (primícias) a
ressuscitar dos mortos para nunca mais morrer, e vive para
sempre em um corpo de glória.
• “Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará a nós
pelo seu poder” (1Co 6.14; ver também 2Co 4.14). Aqui
temos uma associação da nossa ressurreição à de Jesus.
Conclusao
• A ressurreição de Cristo é a base do Cristianismo. Se
alguém provasse que Ele não ressuscitou, de nada
adiantaria manter essa religião existindo.
• O Cristianismo é uma religião que se baseia em
fatos, não em especulações ou sonhos de seu profeta.
• Os inimigos do evangelho já tentaram por diversas
vezes provar que Cristo não ressuscitou e, embora
jamais tivessem êxito, muitos cristãos sucumbiram.
• Quando Paulo termina o assunto da ressurreição em
1Co 15, ele nos dá uma palavra de total esperança e
força!
• A morte foi tragada pela vitória de Cristo. Ela não
pôde deter o nosso Senhor na sepultura e também não
poderá segurar os corpos dos crentes por muito tempo.
• Visto que temos uma promessa desse tamanho para
toda eternidade, o apóstolo nos admoesta a que
sejamos firmes, constantes e abundantes na
obra do Senhor (v. 58).
• A ressurreição de Jesus também nos convida
ao trabalho na seara. Você aceita?

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