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I – EMENTA
Estudo teórico-prático da Missiologia e de sua importância para a difusão do cristianismo. História das
missões cristãs ao longo dos séculos de sua existência.
II- OBJETIVOS:
2) Conhecer o trabalho missionário da igreja ao longo desde sua origem até a atualidade;
3) Desenvolver uma postura crítica diante das práticas missionárias no decorrer da história e na
contemporaneidade.
A presença dessa disciplina na Matriz Curricular do Curso de Missões do Projeto Campos Brancos é
justificada pela necessidade de se saber conceituar missões e ancorar a prática missionária.
1. Missões na Bíblia
2. Teologia da Missão
1. Missões contextualizadas
2. Missão Integral
3. Missão Missional
Todos precisaram entender que a História das Missões, começa bem antes da
grande comissão, mais uma vez lembramos, que Deus falou a Abrão em Gn 12.1-3, que
iria abençoá-lo e que seria uma bênção para todas as famílias da terra. O apóstolo
Pedro citou essa passagem no dia em que falou no templo, At 3.25. Paulo repetiu-a em
sua carta aos Gálatas (Gl 3.8).
No entanto alguns comentaristas da Bíblia interpretam que somente a primeira
parte do versículo poderia Ter começado imediatamente. Concordamos que Abrão ia
rapidamente ser abençoado por Deus e somente depois de 2000 anos poderia se tornar
uma bênção para todas as famílias da terra. Pensam eles, que Cristo precisava
primeiramente vir e entregar a Grande Comissão. Precisamos sempre lembrar, que o
mandamento missionário foi dado para Israel e a nós, Gn 12.1-3; Mt 28.19-20. Muitos
que já receberam em sua vida a bênção da salvação em Cristo Jesus de um modo
especial podem escolher resistir e tentar abafar qualquer ideia de obrigação ser uma
bênção a outros. Mas, essa não é à vontade de Deus: “Aquele há quem muito for dado,
muito se lhe pedirá”, Lc 12.48. Esse mandato tem sido ignorado a maior parte do tempo
desde os apóstolos.
Mesmo nossa tradição protestante reprimiu essa ordem durante mais de 250
anos, preocupando-se só com si mesma e com as bênçãos que ia receber, até um
jovem de grande fé e capacidade de suportar as provações surgiu no cenário, William
Carey.
Este período teve início com dois jovens: Cameron Townsend e Donald
McGavran. Cameron estava com tanta pressa para ir ao campo missionário, que não se
preocupou em terminar a faculdade. Trabalhando na Guatemala, observou que a maioria
dos guatemaltecos não falava o espanhol e ficou tremendamente desafiado, quando um
índio daquele país perguntou-lhe: “Se o seu Deus é tão inteligente e capaz, porque Ele
não pode falar em nossa língua?”. Neste terceiro período Cameron dedicou-se às tribos
indígenas e surgiu então mais uma agência missionária conhecida como: “MISSÕES
NOVAS TRIBOS”.
O tio Cam, como era conhecido e chamado por seus amigos, empenhou-se no
trabalho de tradução da Bíblia para muitas tribos. Em dez anos de trabalho árduo
completou o N.T.CAKCHIQUEL.
Um grupo de mulheres recebidas por Cam trabalhou entre os shapras, uma das
tribos de caçadores de cabeças mais temidas da selva peruana, comandada pelo
infame chefe Tariri, que obtivera essa posição assassinando seu predecessor. Porém,
com a disposição e coragem das missionárias, Tariri começou a ajudá-las como
informante a respeito da língua e após poucos anos afastou-se da feitiçaria e do
homicídio para tornar-se cristão, estabelecendo um exemplo que muitos de sua tribo o
seguiram. Mais tarde Tariri confidenciou a Cam:
Este período caracterizou-se pela categoria mais difícil de definir, de natureza não
geográfica, que temos chamado de “povos ocultos”, a saber, grupos de pessoas que
estão socialmente isoladas. Por mais de 40 anos Cameron e Donald McGavran
chamaram a atenção para os povos esquecidos.
3.1. POLICARPO
A IDADE MÉDIA
4.1. ANSKAR
AVIVAMENTO MORÁVIO
No ano 1727, irrompeu o conhecido avivamento morávio. Por mais que queiramos,
não dá para copiar despertamentos espirituais, mas felizmente podemos aprender deles.
ZINZENDORF
UNITAS FRATRUM
HERRNHUT
Foram recebidos com carinho. O administrador indicou uma colina distante para
os refugiados se estabelecerem. Neste lugar nasceu o lugarejo de “Herrn-hut”, debaixo
da “guarda do Senhor”. Mais famílias chegaram ao decorrer dos anos seguintes,
especialmente herdeiros da Unitas Fratrum. Além destes, foram recebidos anabatistas,
calvinistas e outros, oque causou tensões. De fato, Herrnhut era uma congregação da
Igreja Luterana de Berthel, mas o líder da confusão conclamou a todos a deixarem-na,
xingando-a de „Babilônia‟. Muitas pessoas foram levadas pela pregação inflamada, até
mesmo o próprio pioneiro David. Embora o líder da desavença tenha endoidado e sido
internado em um manicômio, o mal cresceu. Zinzendorf continuava seu trabalho como
conselheiro real em Dresden, no inverno, e cuidava da sua propriedade rural, no verão.
A igreja na vila Berthel florescia com o trabalho do pastor Rothe. Em sua casa senhorial,
o próprio conde explicava a mensagem aos seus arrendatários. Enquanto as coisas iam
bem, Zinzendorf não se incomodava com Herrnhut, onde somente perseguidos por
causa da fé eram recebidos, prometendo fidelidade à confissão luterana de Augsburg.
Em 1727, porém, o radicalismo pediu intervenção. Depois de muita preparação,
convocou a todos para uma reunião na casa-grande em Herrnhut. Ensinou sobre o
pecado do separatismo e, depois, como senhor feudal, explicou suas “ordens e
proibições”. Finalmente, submeteu uns “Estatutos” como base para uma (futura)
sociedade religiosa voluntária. A reunião foi longa, mas o resultado foi positivo. Todos
lhe deram a mão, prometendo seguir as normas. Ele, por sua vez, garantiu que seus
arrendatários nunca seriam seus servos feudais nem sua propriedade pessoal, mas
poderiam viver como homens livres, algo especial para a época. No mesmo dia da
reunião, foram eleitos doze anciãos para a supervisão da congregação. Destes, quatro
foram indicados para servirem como ancião-mor, entre eles o próprio Cristiano David.
Posteriormente, foram eleitos guardas-noturnos, inspetores de serviços públicos,
AVIVAMENTO
Resultado
“A contribuição mais importante dos morávios foi a sua ênfase sobre a ideia de que todo cristão é
um missionário e deve testemunhar através da sua vida diária. Se o exemplo dos morávios tivesse
sido estudado mais cuidadosamente pelos outros cristãos, é possível que o homem de negócio
pudesse ter retido seu lugar de honra na missão cristã”.
Juan Wesley (à esquerda) e Carlos Wesley (à direita) tiveram experiências religiosas transformadoras em maio de 1738 sob a
influência de missionários morávios. A experiência de Juan em 24 de maio daquele ano em uma reunião com os morávios na
Aldersgate Street, em Londres, teve um lugar de destaque na memória da Igreja.
“Certamente este homem é um dos favorecidos dos deuses e, portanto de uma obra importante a
realizar entre nós”
O missionário sempre se preocupou com o bem estar social dos índios. Ele queria
mais que simples profissão de fé. Buscava maturidade espiritual de seus seguidores.
Por isso, em1649, começou traduzir a Bíblia no idioma Moicana. Pouco antes de morrer
em 1690 com 85 anos, John Eliot disse:
“Pouco posso fazer; todavia, tomei uma decisão pela graça de Cristo,
jamais, deixarei o trabalho, enquanto tiver pernas para andar”.
“Meu coração estava abatido, parecia-me que jamais teria êxito junto aos índios. Minha alma
estava cansada da vida. Eu desejava a morte, acima de tudo”.
“Eu louvo a Deus porque foi por sua providencia que ele morreu em minha casa,
para que eu pudesse ouvir suas orações, testemunhar sua consagração
e ser inspirado pelo seu exemplo.
As Missões Protestantes
A primeira tentativa como sabemos foi feita pelos huguenotes franceses, com
achegada de Villegagnon ao Brasil em 1555. Os franceses foram, no entanto expulsos
em 1567e nada sobrou do seu empreendimento “missionário”. A segunda foi a dos
O Brasil tem hoje uma das maiores igrejas evangélicas do mundo. Superado
pelos Estados Unidos da América e pela China, vem em terceiro lugar com cerca de 35
milhões de evangélicos, segundo estimativas. Durante mais de cem anos, os pais têm
recebido missionários de fora e ainda trabalham no Brasil em torno de 2.600
missionários estrangeiros.
Missionários Pioneiros
Como já vimos, também no Brasil foi a Igreja Católica Romana que primeiro
chegou como o Cristianismo. Somente no fim do século XVIII começaram a chegar
imigrantes que trouxeram consigo a Igreja Protestante e ao longo do século XIX varias
igrejas se estabeleceram no Brasil, a partir das colônias étnicas que surgiram.
Iniciativas missionárias, com o intuito de alcançar a população brasileira,
ocorreram mais tarde. Os primeiros missionários estrangeiros que chegaram aos nossos
pais foram:
MOVIMENTOS DE DESTAQUE
1. - O MOVIMENTO DE LAUSANNE
A IMPORTÂNCIA DA BÍBLIA
Sem a Bíblia a evangelização do mundo seria impossível. Na Bíblia está a fonte
de toda a mensagem a ser divulgada às nações. Nela encontramos o padrão de vida
que Deus deseja para os seus servos. Os seus ensinos nos mostram as coisas que
devem ter prioridade na vida humana, e também nos mostram os perigos das coisas
que Deus recomenda que nos afastemos: “ Mas, quanto aos medrosos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos
idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre,
que é a segunda morte ” (Ap 21:8)... “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais
são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as
contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as Dissenções, os partidos, as invejas, as
bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como
já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a
bondade, a fidelidade. a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E
os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito ” (Gl 5:19-
25). Podemos afirmar então, que a Bíblia é para o homem o que a bússola é para o
navegador : “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para os meus
caminhos”(Sl 119:105).
A GRANDE COMISSÃO
A responsabilidade do cristão para com a evangelização do mundo está nas
palavras de Jesus que é o imperativo de missões: “Portanto, ide e fazei discípulos de
todos os povos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho dito (Mt 28:19,20). Este “Ide”
de Jesus é a chama que acende os corações do servos de Deus, muita das vezes para
deixar as suas pátrias e ir para lugares distantes, não raro, terminar suas vidas como
mártires da fé.
Adoniran Hudson
Hudson e sua esposa vindo dos Estados Unidos, chegaram à Índia em 1812, e se
associaram durante algum tempo ao ministério de Carey, tendo a distinção de serem os
primeiros missionários norte-americanos no estrangeiro. Filho de um ministro
congregacional, Hudson foi cedo para a Universidade, tendo conflitos com as idéias
deístas de um grande companheiro seu. Após o período universitário, Hudson foi para
Nova Iorque, aonde esperava tornar-se autor de peças teatrais, porém continuava
confuso quanto a fé. Insatisfeito consigo mesmo voltou para Plymouth, e com o
encorajamento do pai e de outros ministros, resolveu aceitar o convite para estudar no
Seminário de Andover. Fora admitido mesmo sem a “profissão de fé”, porém, em
pouco tempo fez uma solene dedicação de si mesmo a Deus. Estimulado pelos
jovens da “reunião de oração no monte de feno”, Hudson juntamente com sua esposa
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viriam a ser os primeiros missionários americanos ao oriente. Em fevereiro de 1812,
treze dias após seu casamento partiram para a Índia. Na Índia ficaram pouco tempo,
viajando em seguida para Burma. Em Burma, as dificuldades não foram poucas, um filho
natimorto, febres tropicais ameaçando suas vidas, um idioma sem letras maiúsculas,
pontuação ou divisão de palavras, foram obstáculos tremendo a serem vencidos. Além
de todos esses obstáculos, para tornar a situação pior, Burma e a Inglaterra romperam
relações, e todos os estrangeiros ali foram considerados espiões. Hudson e um médico
missionário, Dr. Price foram presos, confinados numa cela de morte, onde ficariam
aguardando execução numa cela suja e úmida, infestada de vermes e com os tornozelos
acorrentados, convivendo com criminosos comuns. A hora de dormir era terrível, os
Caras Marcadas (Guardas da prisão com marcas no peito e no rosto por terem sido
criminosos anteriormente) levantavam as correntes pendurando-as numa coluna
suspensa no teto, ficando assim os prisioneiros dormindo praticamente de cabeça para
baixo, encostando no chão somente a cabeça e os ombros. A cada dia eram feitas
execuções, não sabendo assim os prisioneiros quem seria o próximo.. Sua esposa,
Nancy procurava constantemente as autoridades afirmando que Hudson era cidadão
americano, não tendo nada a ver com a o governo britânico. A situação de Nancy era
desesperadora, pois além do sofrimento do marido, encontrava-se grávida. Após o
nascimento da criança, Nancy e o bebe ficaram doentes, enquanto Hudson e muitos
outros prisioneiros foram transferidos da prisão de Burma para um local ao norte, em
face da perspectiva de uma invasão das tropas britânicas. Hudson, marchando com
demais prisioneiros, com os pés em carne viva, ao passar por uma ponte sobre um rio
com o leito seco e pedregoso, sentiu-se tentado a pular e acabar com o seu sofrimento,
mas, resistiu a tentação. Nancy para conseguir visitar seu marido, muitas das vezes
tivera até que subornar os guardas da prisão ou fazer desesperadas súplicas. Na nova
prisão, com o passar do tempo, Hudson teve a liberdade de sair duas vezes por dia para
levar seu filho para ser amamentado por outras mulheres, já que sua esposa estava
doente e não podia amamentar a criança. Em novembro de 1825, depois de quase um
ano e meio de prisão, Adoniram Hudson foi finalmente libertado para servir como
intérprete nas conferências de paz com os ingleses. O período de alegria durou pouco
tempo, Nancy falecera e logo em seguida também a criança; morreram de febre. Hudson
afogava sua tristeza nas traduções que fazia da Bíblia e na evangelização. Seu maior
desafio precisava ainda ser realizado - completar a Bíblia birmanesa. Sua tarefa se
realizou quatorze anos após a morte de Nancy. Hudson casou-se então pela segunda
vez, com Sarah Boardman, tendo oito filhos neste segundo matrimônio. Eles se
ajustaram bem durante os anos em que viveram juntos. Em 1845, no ano em que
nasceu seu último filho, Sarah morreu. Hudson retornou aos Estados Unidos após 33
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anos longe de sua pátria. Durante seu período de descanso na América, foi
praticamente venerado como um verdadeiro herói; todos queriam ouvir suas fantásticas
aventuras sobre o povo de costumes estranhos. Hudson aproveitou sua estadia nos
Estados Unidos e contraiu ali a sua terceira núpcias, com Emily, uma escritora. Viajaram
para Burma em 1846, onde juntos serviram por três anos. Na primavera de 1850,
Hudson gravemente enfermo, partiu numa viagem de navio esperando curar-se, mas,
falecera durante a viagem e foi sepultado no mar. Na hora em que desceram o corpo de
Hudson para sepultá-lo no oceano, um argentino disse: “Para apagar o fogo deste
homem, somente mesmo as águas do Pacífico.”
MISSÕES NA ÁFRICA
A África Negra, conhecida durante muito tempo como “cemitério do homem
branco”, teve a sua evangelização um pouco tarde; somente em meados do século XX a
mensagem evangélica tomou vulto. O crescimento da igreja no continente africano
durante o século XIX, foi lento e penoso. O avanço das atividades missionárias neste
período foi que abriu caminho pelo Sul da África para que demais missões mais tarde,
pudessem ser implantadas.
Robert Moffat
Robert Moffat foi o patriarca das missões na África do Sul. Ele foi evangelista,
tradutor, educador, diplomata e explorador, requisitos que o tornaram um dos maiores
missionários da África em todos os tempos. A Sociedade Missionária Londrina foi a
responsável pelo envio deste gigante do evangelho ao solo africano. Na Cidade do
Cabo, Moffat encontrou-se pela primeira vez com Afrikaner, terrível líder dos hotentotes,
que fora domado por um missionário holandês, a partir dali o ideal missionário seria
civilizar Afrikaner e seu povo. Enfrentar superstições tribais era outro grande obstáculo:
Em Kuruman, Moffat fora acusado de ser a causa dos longos períodos de seca, quando
os “fazedores de chuva” não conseguiam fazer chover. Em 1823, a situação conseguiu
mudar, Moffat ganhou grande prestígio como líder entre os bechuanas, evitando com
sua perícia diplomática e arranjos militares os confrontos entre as tribos nômades que
começavam a invadir as planícies áridas. A parti de então, estava assegurado o
prestígio de Moffat na África.
David Livingstone
Livingstone nasceu na Escócia, terra natal de tantos grandes missionários, e teve
como objetivo, seguir os passos de Moffat na África, coisa que realizou com grande
empenho. Jamais houve nas lendas missionárias, homem tão celebrizado quanto David
Livingstone. Ele foi o herói que a Inglaterra, nos tempos vitorianos, precisava.
Proveniente de um lar humilde, Livingstone teve uma infância difícil, converteu-se ainda
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na adolescência, estudou teologia em Glasgow, e aos 27 anos estava pronto para sua
carreira missionária. Em 1840, cheio de expectativas, viaja para a África, estudando a
bordo, durante treze semanas, a língua nativa de Kuruman. Ao chegar, ficou
momentaneamente decepcionado com a região escassamente povoada, e com o próprio
desentendimento entre os missionários. Sua esposa teve que superar grandes lutas,
percorrendo com os filhos e o marido as terríveis trilhas da África, enfrentando inúmeros
perigos (selvagens e feras entre outros tantos), com expedições de desbravamento.
Livingstone voltou algumas vezes á Inglaterra, sendo reconhecido como herói nacional.
Em 1º de maio de 1873, Livinstone fora encontrado morto, ajoelhado junto ao seu leito.
Sua vida e dedicação, inspirou e é possível inspirar até hoje missionários de todo o
mundo.
MISSÕES DIRETAS
Por missões diretas subtende-se o evangelismo dentro da própria pátria, falando à
sua própria gente. Alguém evangelizando dentro de seu país, não terá nenhuma
dificuldade de cultura com respeito a alimentação, idioma, costumes, etc. Em qualquer
lugar será entendido, e não precisará de nenhum tipo de adaptação, pois qualquer
pessoa conhece seus direitos e deveres dentro de sua própria pátria. Nada praticamente
lhe será estranho, as dificuldades poderão com facilidade ser superadas. Talvez, entre
o Norte e Sul, sentirá um pouco a diferença do clima, o sotaque das pessoas, mas, nada
disso o fará sentir-se um estranho; as casas, as pessoas, o sistema de comunicação, os
lugares de compras, as autoridades civis e militares, tudo lhe é praticamente familiar.
Este é o tipo mais comum de missões. Naturalmente, a maioria das juntas missionárias
estão envolvidas com missões dentro de sua própria nação - o evangelismo direto.
MISSÕES INDIRETAS
Se por missões diretas entendemos o evangelismo sem nenhum tipo de
dificuldade de adaptação de cultura por parte do missionário, por missões indiretas
queremos expor o sistema de evangelização que trás um pouco de dificuldade cultural,
porém sem trazer mudanças drásticas na vida do missionário. Em muitos países os
cristãos não podem entrar diretamente como missionários, mas, podem entrar como
funcionários de determinadas empresas, professores e como assistentes sociais em
muitas organizações não governamentais. Desta forma, sua primeira função é como
profissional, porém, dentro do seu trabalho, ele aproveita para divulgar o evangelho nas
oportunidades que surgem. Em grande exemplo deste fato são os cristãos que são
empresários que negociam tapetes persas em países muçulmanos. Eles e seus
funcionários pregam o evangelho nestes locais, aproveitando a permissão concedida
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devido os empreendimentos dos negócios financeiros. As ONGs que atuam como fonte
de ajuda social às populações também são uma grande fonte de evangelização indireta,
pois, são bem aceitas em países pobres.
DEPOIS DE CRISTO:
Segundo Eusébio (cerca 260-340 d.C.) e a tradição, os discípulos levaram o
Evangelho até os seguintes lugares:
João: Ásia
Pedro: Ponto, Galácia, Bitínia e Capadócia
André: Cítia
Bartolomeu: Índia
Tomé: Partos (Irã, Iraque e Paquistão) e Índia
Marcos: Egito
Simão, o zelote: Pérsia
Tiago, o grande: Espanha
Tiago, o justo: Arábia
Filipe: Frígia
Período Sombrio
100-500 d.C.:
O poder político começou corrompeu a Igreja.
Criação do monasticismo:
“foi utilizado por muitos anos a estrutura missionária mais utilizada para expandir o
Evangelho” (resumo do Ekstrom)
500-1000 d.C.:
Igreja Nestoriana levou o Evangelho até China. A Igreja apoiou:
Vida monástica com celibato
Escola para missionários
Islã começou em 622 como força religiosa, política e militar alcançando várias
partes do Oriente Médio, norte da África, sul da Europa e Índia
Cruzadas:
1ª - conquistou Jerusalém em 1098 d.C.
2ª - foi derrotada em 1187 d.C.
3ª - Tentativa de refazer-se a 2ª
4ª - Conquistou Constantinopla
A reputação ruim desta época permanece até hoje.
Reforma:
“A separação da igreja do Estado, a verdadeira compreensão do Evangelho e
uma nova estrutura contextualizada para a igreja foram as grandes obras do movimento
reformador.” (resumo do Ekstrom)
Martino Lutero (1483-1546) tentou trazer reformas a Igreja e foi excomungado.
João Calvino (1509-1564) e Coligny (dos protestantes “Huguenotes” em França)
estabeleceram colônias nas Américas para evangelizar os pagãos.
Os anabatistas da Suiça
Os menonitas da Holanda
Poucas vezes foi possível, na historia da Igreja ou do mundo, indicar algo que seja
inconfundivelmente novo. Mas, no século XX surgiu um fenômeno que „‟e sem duvida
novo, pela primeira vez existe no mundo uma religião universal, o cristianismo. Foi esta
a única religião entre o Budismo e o Islamismo, a saber, adaptar-se em cada continente
e quase que em todos os pais. Em muitas zonas a situação pode ser precária e pequeno
o número de fieis, contudo, em todos os pais a religião cristã mostra ser uma minoria
dinâmica que se enraíza a cada dia mais fortemente, não por importações estrangeiras,
mas, como Igreja universal do Senhor Jesus Cristo.
A história missionária, no entanto, tem mostrado altos e baixos quanto à
receptividade do Evangelho e à participação da Igreja. “A missão da igreja é sair das
quatros paredes, de sua cultura, de seu povo, de sua língua e de seus costumes para
anunciar àqueles que estão perdidos o Evangelho redentor de Cristo. Pois Ele salva o
pecador que arrependido, se entrega aos seus cuidados”. Portanto, realizar missões é
uma tarefa de todos nós. “Cabe-nos continuarmos construindo esta história dia após dia,
obedecendo ao ide de Jesus, não olhando para as dificuldades, que com certeza
surgirão, mas tendo a certeza que o Senhor colocou diante de nós uma porta aberta, e
ninguém a pode fechar.”
a) Paulo e Silas
b) Paulo e Pedro
c) Paulo e Barnabé
d) Paulo e Mateus
a) Willian Batista
b) Willian Dorothy
c) Willian Barros
d) Willian Carey
a) Cameron Donald
b) Cameron Townsend
c) Donald McGavran
d) Cameron Taylor
RASCUNHO
REFERÊNCIAS
1.GONZALEZ, Justo L. História do Movimento Missionário. São Paulo: Hagnos, 2008.
2.TUCKER, Ruth A. Missões até os confins da terra: uma história biográfica. São Paulo: Shedd
Publicações, 2010.
3.WINTER, Ralph D. HOWTHORNE, Steven C., BRADFORD, Kevin D. Perspectivas no Movimento
Cristão Mundial. São Paulo: Vida Nova, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1.BURNS, Bárbara Helen. Contextualização: a fiel comunicação do Evangelho. Anápolis: Transcultural,
2007.
2.GODIM, Ricardo. Missão Integral: em busca de uma identidade evangélica. São Paulo: Fonte
Editorial, 2010.
3.GUTHRIE, Stan. Missões no Terceiro Milênio: 21 tendências chave para o século XXI. Monte Verde:
Horizontes, 2003.
4.PADILLA, René. O que é Missão Integral? Viçosa: Ultimato, 2009. TAYLOR, Willian D. Valioso
demais para que se perca. Um estudo de causas e curas do retorno prematuro de missionários.
Londrina: Descoberta 1998.
BIBLIOGRAFIAS INDICADAS
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Viçosa: Editora Ultimato, 2014.
2. BOSCH, David J. Missão transformadora: mudança de paradigmas na teologia da missão. São
Leopoldo: EST; Sinodal, 2002.
3. BUNYAN, John. O Peregrino: A Viagem do Cristão da Cidade da Destruição para a Jerusalém
Celestial. É um livro escrito pelo pastor batista John Bunyan e publicado na Inglaterra em 1678.
4. CARRIKER, C. Timoteo. O Caminho Missionário de Deus. Uma Teologia Bíblica de Missões. São
Paulo: Sepal. 2001.
5. CLOUSE, Robert G.; PIERARD, Richard V.; YAMAUCHI, Edwin M. Dois reinos: a igreja e a cultura
interagindo ao longo dos séculos. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.
6. DEVER, Mark. Entendendo a Grade Comissão. São Paulo: Fiel, 2019.
7. ENGEN, Charles Van. Povo Missionário, Povo de Deus: por uma redefinição do papel da igreja local.
São Paulo: Vida Nova, 1996.
8. FERNANDES, Tomé A. Igreja, missão e missões. Rio de Janeiro: UFMBB, 2014.
9. GASPAR, kelem. Pakau Oro Mon: a chamada, o preço, a recompensa. Ananindeua-Pa: Canal 16
Editora, 2011.
10. _____. O segredo do campo Missionário. Vila Velha: Above Publicações, 2013.
11. GODIM, Ricardo. Missão Integral: em busca de uma identidade evangélica. São Paulo: Fonte Editorial,
2010.
12. GONZALEZ, Justo L. Cultura e evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus. São Paulo: Hagnos,
2011.
13. GREENWAY, Roger. Ide e fazei discípulos: uma introdução às missões cristãs. São Paulo: Editora
Cultura Cristã, 2001.
14. GUTHRIE, Stan. Missões no Terceiro Milênio: 21 tendências chave para o século XXI. Monte Verde:
Horizontes, 2003.
15. LIDÓRIO, Ronaldo. Os essenciais da missão. Manaus: Instituto Antropos, 2011.
16. MELLO, Sergio S. Victalino de. Igreja Missionária, igreja Cuidadora: ajudando na tarefa de cuidar
integralmente dos comissionados. Recife: Top Produções Gráficas, 2014.
17. PIPER, John. Alegrem-se os povos: a supremacia de Deus nas missões. São Paulo: Cultura Cristã,
2012.
18. SILVA, José Leonel dos Santos. Antropofagia Missional. Belo Horizonte: Editora Koinonia. 2019.
19. _____. Hiperetologia. São Paulo: Editora Lucel. 2018.
20. _____. Pregação Expositiva no Contexto Animista. São Paulo: Editora Lucel. 2018.
21. _____. Barnabé: o filho do encorajamento. São Paulo: Editora Lucel. 2020.
22. STOTT, John R.W. Contracultura Cristã. São Paulo: ABU Editora, 1981.
23. PALEARI, Giorgio. Espiritualidade e Missão. São Paulo: Paulinas, 2005.