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Imunofluorescência direita aplicada a

doenças com manifestações orais.

Discentes: Ana Paula L. de Almeida, Barbara Apolinario, Rafaella Yumi Fukushima e


Mariana Araldi.
Docente: Tânia Lucia Sanches Pato.

Odontologia 2020/1
Tangará da Serra – Mato Grosso
Imunofluorescência
A imunofluorescência é uma técnica que permite a detecção ou a localização de antígenos em tecidos ou células a
partir de uma marcação com anticorpos conjugados a uma molécula fluorescente. Sendo, um valioso instrumento auxiliar
no diagnóstico das dermatoses bolhosas autoimunes e desordens inflamatórias.
Fluorocromos

São moléculas que possuem a capacidade de absorver a energia proveniente de uma luz ultravioleta e emitir parte
dessa energia em forma de luz em um comprimento de onda visível aos olhos. O fluorocromo mais utilizado em ID é o
isotiocianato de fluoresceína, que é verde.
Imunofluorescência Direta

A imunofluorescência direta é realizada em uma porção ou fragmento do tecido do paciente suspeito de ser
portador da condição ou doença autoimune, sendo um exame que depende de biópsia.

É colocado apenas um anticorpo e esse é conjugado ao fluorocromo, ou seja, o antígeno é detectado diretamente
pelo anticorpo primário. A imunofluorescência indireta baseia-se no princípio de uma dupla camada, é utilizada na
detecção de anticorpos por antígenos impregnados em uma lâmina, onde se aplica primeiramente um anticorpo
específico não fluorescente. Por fim, coloca-se um anticorpo fluorescente com especificidade marcada contra
determinados antígenos do primeiro anticorpo usado para reagir com o antígeno
Imunofluorescência Direta

Imunofluorescência Direta é uma técnica mais simples. As etapas do procedimento são:

1. Confecção do material na lâmina;

2. Fixação com anticorpos escolhidos;

3. Incubação;

4. Lava-se a lâmina removendo excesso de anticorpos marcados não ligados;

5. Visualização no microscópio (lembrando: sempre microscópio Uv nunca microscópio convencional).


Imunofluorescência Direta

 Cuidados com o fragmento de tecido: O fragmento tecidual a ser examinado por ID deve ser manipulado com
bastante cuidado.

 Cuidados na biópsia: Deve ser o menos traumatizante possível e deve abranger uma porção de mucosa íntegra na
periferia da lesão ulcerada. Para isso, deve ser utilizado um punch (4 a 6 mm), que é mais adequado, nesse caso, do
que a lâmina de bisturi.

 Meio de transporte: Quando se vai solicitar imunofluorescência direta, não se utiliza o mesmo fixador para
propósito de exame anatomopatológico (formol a 10%). Assim, o fragmento deve ser enviado para ID em um meio
de transporte adequado. Neste caso, é utilizado o meio de Michel (solução-tampão de citrato, contendo sulfato de
amônio, sulfato de magnésio e N-etilmaleimida). A maioria dos laboratórios capacitados a realizar ID fornece o
meio de transporte, mediante envio ao consultório, evitando essa preocupação ao cirurgião-dentista. Lembramos que
um fragmento de tecido imerso nesse meio, pode permanecer íntegro por até 12-15 dias, mas idealmente é que seja
processado até 48 horas após a remoção. Outro método consiste em congelar a peça com nitrogênio líquido, sendo,
porém, complicado manter esse aparato, mesmo em clínicas especializadas em estomatologia.
Imunofluorescência Direta

A leitura dos resultados é feita com o auxílio de um


microscópio de fluorescência.
Nas doenças autoimunes, o organismo fabrica
autoanticorpos contra determinadas estruturas, que são, a partir
daí reconhecidas como “estranhas” e passam a ser combatidas,
no afã de eliminá-las.
Nos pênfigos e penfigoides, especificamente, os
autoanticorpos são dirigidos contra os mecanismos de adesão
intercelular, diferindo, basicamente, na expressão, no tipo de
autoanticorpos e na região onde se manifesta a reação.
A interpretação do exame de imunofluorescência direta
deve ser feita sempre em conjunto com outros exames, dentre
os quais, o histopatológico.
Referências Bibliográficas

LIVRO DIDATICO – PROPEDEUTICA ODONTOLOGICA I

AOKI V. et al.Imunofluorescência direta e indireta. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 85,
n. 4, p. 490-500, 2010. Disponível em: . Acesso em: 18 de outubro de 2021.

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