Fluorescência
de Raios X e
Preparação de
Amostras no
Laboratório
quimicabrasileira.com.br
Apoio:
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
ÍNDICE
CAPÍTULO 1
_ O QUE É XRF?
Fluorescência de raios-X (XRF): uma técnica analítica não destrutiva usada para de-
terminar a composição química dos materiais.
_ VISÃO GERAL
Raios-X
Os raios-X são simplesmente
ondas de luz que não podemos ver.
Outras ondas de luz que não pode-
mos ver incluem luz ultravioleta (UV)
(responsável pelo bronzeamento da
pele), luz infravermelha (responsável
pelo aquecimento) e ondas de rádio.
Os raios-X têm um comprimento de
onda muito curto, o que correspon-
de a uma energia muito alta.
Impressões digitais
Cada um dos elementos pre-
sentes em uma amostra produz um
conjunto exclusivo de raios-X caracte-
rísticos que é uma “impressão digital”
para esse material em específico.
Anatomia do Átomo*
Isso não é
No centro do átomo está um círculo!
o núcleo, formado por prótons e
nêutrons. Cada próton carrega
uma carga elétrica positiva, mas os
nêutrons não carregam carga elé-
trica, de modo que o núcleo de um
átomo é carregado positivamente
por causa de seus prótons.
M-Shell electron
fills vacancy
Ejected Ejected
K-Shell L-Shell
electron electron
L x-ray
K x-ray emitted
emitted
1. Uma amostra sólida ou líquida é irradiada com raios-X de alta energia a partir de um
tubo de raios-X controlado.
2. Quando um átomo na amostra é atingido por um raio-X de energia suficiente (maior
que a energia de ligação da casca K ou L do átomo), um elétron de uma das cama-
das orbitais internas do átomo é desalojado.
3. O átomo recupera a estabilidade, preenchendo a vaga deixada na camada orbital
interna com um elétron de uma das camadas orbitais de maior energia do átomo.
4. O elétron cai para o estado de energia mais baixo, liberando uma fluorescência dos
raios-X. A energia desse raio-X é igual à diferença específica de energia entre dois
estados quânticos do elétron. A medição desta energia é a base da fluorescência de
raios-x.
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES 8
_ A TABELA PERIÓDICA
O que é Elemento?
O elemento é uma substância quimicamente pura composta de átomos. Ele-
mentos são os materiais fundamentais dos quais toda a matéria é composta.
Os elementos são organizados em ordem crescente de seu peso atômico (o
número de prótons no núcleo de um átomo).
H He
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B C N O F Ne
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Ai Si P S Ci Ar
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
55 56 57 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Ti Pb Bi Po At Rn
87 88 89
58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Fr Ra +Ac
Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Elementos padrões 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
para EDXRF e WDXRF Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
Não mensuráveis
por XRF
Elementos Gases
instáveis Nobres Você Sabia?
Elementos ultraleves que exigem
cristais específicos e WDXRF A Tabela Periódica foi criada em
Elementos que requerem que o filtro de feixe 1869 por Dmitry I. Mendeleev.
primário seja analisado com o tubo de anodo Rh
9 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
Picos Espectrais
Como aprendemos nas páginas anteriores, cada um dos elementos presentes
em uma amostra produz um conjunto de fluorescência de raios-X característicos
que são únicos para aquele material específico, razão pela qual a espectrometria de
XRF é especialmente útil para análise elementar. Esta “impressão digital” elementar
é melhor ilustrada examinando o espectro de energia dos raios-X e seus “picos de
dispersão”.
A maioria dos átomos tem vários orbitais de elétrons (K, L, M, por exemplo).
Quando a energia dos raios-X faz com que os elétrons sejam transferidos para den-
tro e para fora desses níveis, os picos de XRF com intensidades variadas são criados
e estarão presentes no espectro. O pico de energia identifica o elemento, e a altura/
intensidade do pico é indicativa de sua concentração.
Pt Radiação de Raios-X Au
Primária
Pt Au
Pt Au
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES 10
CrKa
FeKa
CoKa
NiKa
CrKß
FeKa
Colimador Amostra
Amostra
Detector - sc
Tubo de Detector
Raio-X Tubo de
Detector Raio-X
FPC
Visão Geral
A dispersão ocorre quando os raios-X primários não produzem fluorescência,
mas “colidem” com os átomos da amostra, o que resulta em uma mudança na dire-
ção do movimento de uma partícula.
Dispersão de Compton
e1
Na dispersão de Compton, o raio-X
hv1
atinge um elétron da amostra. Como uma
certa energia é transferida para o elétron du-
e
rante a colisão, o raio-X deixa a colisão com
menos energia. É por isso que vemos o pico
de Compton com uma energia menor que a hv
energia de excitação da fonte.
Dispersão de Rayleigh
Na dispersão de Rayleigh, a radiação
hv
eletromagnética é dispersa por partículas
com um raio inferior a aproximadamente 1/10
do comprimento de onda da radiação.
hv
Durante o processo de dispersão de
Rayleigh, os fótons são espalhados por elé-
trons fortemente ligados, nos quais o átomo
não é ionizado nem excitado. Os fótons inci-
dentes são dispersos com (essencialmente)
uma energia inalterada. A dispersão de Raylei-
gh ocorre principalmente em baixas energias
e para alto peso atômico.
_ LIMITAÇÕES
Visão Geral
A análise de elementos leves com XRF pode ser desafiadora, dependendo do
tipo de sistema que você está usando, porque os raios fluorescentes de elementos
mais leves (Z <18) são menos energéticos e são muito atenuados à medida que os
raios X passam pelo ar. Os instrumentos de XRF por dispersão de comprimento
de onda (WDXRF) tendem a ser mais bem-sucedidos com a análise de elementos
leves do que os instrumentos por Energia Dispersiva (EDXRF). As diferenças entre
WDXRF e EDXRF serão explicadas mais adiante no capítulo 2.
Efeitos de Incremento
Alguns raios X fluorescentes possuem mais energia do que a energia de liga-
ção de outros elementos presentes na amostra, e assim sua energia excitará esses
outros elementos. Esses elementos vão enviar um sinal maior para o detector, ou
seja, “incrementando” a leitura.
Efeitos de Absorção
A fluorescência de raios X não alcança o detector, pois é espalhada ou absor-
vida por outros elementos presentes na amostra, portanto, o sinal é mais fraco.
Efeitos da Amostra
A superfície do material que está sendo analisado não é representativa de toda a
amostra (tamanho da partícula, não homogeneidade, contaminação da superfície,
etc.). A XRF é uma técnica de análise de superfície, portanto a falta de homogenei-
dade ou contaminação distorcerá os resultados.
13 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
_ CALIBRAÇÃO
Parâmetros Fundamentais
Para medir amostras de composição quí-
mica desconhecida nas quais as concentrações
de elementos leves e pesados podem variar de
partes por milhão (ppm) a altos níveis percen-
tuais, a análise de Parâmetros Fundamentais
(FP) é usada para compensar simultaneamen-
te uma ampla variedade de efeitos geométri-
cos (incluindo amostras pequenas e de forma-
to irregular), além dos efeitos de absorção e
incremento de raios X, bem como sobreposi-
ções espectrais. Parâmetros Fundamentais é a
ferramenta de análise preferida quando não há
amostras de referência disponíveis.
Calibração Empírica
Na calibração empírica, o usuário deve primeiro analisar amostras conhecidas
para obter a intensidade da contagem, que é então plotada usando software off-li-
ne para gerar a curva de calibração. Os dados dessa curva são então colocados de
volta no analisador, que pode então ser executado para dar resultados imediatos. Os
modos de testes empíricos são adequados apenas para a medição de amostras para
as quais as composições químicas caem dentro da faixa de calibração, e as interfe-
rências (espectral e matriz) devem ser levadas em consideração dentro da calibra-
ção. Este método é o mais preciso e amplamente utilizado no controle de processos,
onde amostras de referência similares e bem conhecidas estão disponíveis.
Table 1: Concentrationranges and Stadard Error of Estimation for the various oxides types using the SmartGonio
15 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
CAPÍTULO 2
Visão Geral
A análise por XRF em laboratório pode ser usada em conjunto com a análise
XRF portátil para fornecer dados confirmatórios, mas seu alcance analítico e suas
aplicações são mais amplas.
Os analisadores XRF portáteis são projetados para fornecer análise elementar
instantânea em situações em que uma resposta imediata é necessária para determi-
nar o próximo curso de ação.
Os sistemas XRF para laboratórios fornecem análises qualitativas e quantita-
tivas para controle de processo e qualidade. O WDXRF é o método de teste padrão
para laboratórios analíticos que atendem a diversas aplicações como fabricação de
cimento, metalurgia, mineração, geologia e geoquímica, petróleo, polímeros, vidro
e cerâmica, semicondutores, tintas e produtos químicos, investigações forenses e
aplicações ambientais.
Sistemas para laboratórios também podem analisar todos os tipos de materiais e
tipos de amostras, incluindo sólidos condutores ou não condutores, líquidos, pós sol-
tos, pastilhas prensadas, pastilhas fundidas, pastas, grânulos e revestimentos.
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES 16
Visão Geral
Os dois tipos principais de sistemas XRF para laboratório são EDXRF e WDXRF.
Cada um tem um sistema de detecção diferente.
EDXRF
Os instrumentos EDXRF podem
ser portáteis para uso em campo ou
bancada para uso em laboratório.
O EDXRF é uma tecnologia con-
veniente para examinar todos os tipos
de materiais para identificação rápi-
da e quantificação de elementos com
pouca ou nenhuma preparação de
amostra. Seu baixo custo operacional
e a rápida análise elementar de amos-
tras regulares ou irregulares fazem do
EDXRF uma ferramenta de entrada
bastante atraente.
WDXRF
A tecnologia WDXRF é bem conhecida
plela alta sensibilidade de elementos
de baixo número atômico, alta repe-
tibilidade e seletividade de elementos,
a fim de alcançar o desempenho ne-
cessário para aplicações industriais de
rotina. O WDXRF também é explorado
por sua ampla faixa dinâmica e extre-
ma confiabilidade para aplicações em
laboratórios.
17 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
_ EDXRF
Como Funciona
O EDXRF é projetado para analisar grupos de elementos simultaneamente.
Este tipo de espectrometro separa os raios X característicos de diferentes elemen-
tos em um espectro completo de energia, que é então processado para análise qua-
litativa ou quantitativa. Os filtros posicionados entre a amostra e o detector são usa-
dos para melhorar o sinal, a redução do ruído de fundo e o focar em certas regiões
do espectro.
Visão Geral
Os instrumentos EDXRF podem ter um dos dois tipos de
geometria de excitação.
Excitação direta, óptica 2D e excitação indireta, também chama-
da de óptica 3D. O objetivo dessas geometrias é remover o ruído
de fundo abaixo das linhas do elemento característico no espec-
tro e aumentar a relação entre o pico e ruiído (pico-a-ruído). Am-
bos os tipos dependem de um detector de energia dispersiva e
de um tubo de raios X, a diferença está no caminho ótico.
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES 18
_ EDXRF
Cassete de
Amostra
Detector
Tubo de
Raio-X
Ótica 2D
_ EDXRF
Detectores:
A resolução e o alcance elementar obtidos pelos analisadores EDXRF depen-
dem do tipo de detector utilizado.
_ WDXRF
Como funciona
O WDXRF usa cristais para dispersar o espectro de fluorescência em compri-
mentos de ondas individuais de cada elemento, fornecendo alta resolução e baixo
ruído de fundo para determinação precisa de concentrações elementares.
Os tipos de cristais usados no WDXRF incluem minerais, multicamadas me-
tálicas, orgânicas e sintéticas. Os cristais multicamadas de película fina sintética
estão aumentando sua popularidade porque oferecem maior sensibilidade e reso-
lução para análise aprimorada de elementos leves. Alguns cristais tradicionais são
sensíveis às mudanças de temperatura do instrumento e à exposição aos raios X e
se degradam com o tempo.
Os sistemas WDXRF baseiam-se na lei de Bragg, que afirma que os cristais re-
fletirão raios X de específicos comprimentos de onda e ângulos de incidência quan-
do os comprimentos de onda dos raios X dispersos interferirem construtivamente.
Embora a posição da amostra seja fixa, os ângulos do cristal e do detector podem
ser alterados de acordo com a lei de Bragg, de modo que um determinado compri-
mento de onda possa ser medido. Apenas raios X que satisfazem a lei de Bragg são
refletidas.
Os colimadores melhoram ainda mais a resolução, fornecendo diferentes di-
vergências angulares para restringir os raios X secundários indesejados de alcançar
o detector. Colimadores maiores podem ser usados quando a alta intensidade é fa-
vorecida sobre a resolução.
Cassete de Colimador
Amostra
Detector - sc
_ WDXRF
Detectores
Dois tipos de detectores podem ser usados em instrumentos WDXRF.
Os detectores de fluxo de gás ou selados são os melhores para medir energias mais
baixas (elementos leves, abaixo do ferro [Fe]), enquanto os detectores de cintilação
são melhores para medir energias mais altas. Ambos têm pouca resolução, o que é
compensado pelos cristais.
A análise por WDXRF pode ser realizada sequencialmente usando goniôme-
tros ou simultaneamente usando monocromadores.
Cassete de
Amostra
Detector de
Cintilação
Tubo de Detector de
raio-x fluxo de gás
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES 22
_ WDXRF
Goniômetros
Os detectores podem ser montados em um goniômetro e movidos por uma
variedade de ângulos para medir as intensidades de diferentes comprimentos de
onda de forma sequencial. Este sistema oferece flexibilidade e ótimo desempenho
em toda a tabela periódica. No entanto, a natureza sequencial dos instrumentos
WDXRF e a necessidade de reajustar a geometria entre as medições fazem com que
eles operem lentamente.
Tubo de
Raio-X
Cassete de
Amostra
Detector
Monocromadores
Quando são usados monocromadores, a combinação de cristal e detector está
em uma geometria fixa. Cada monocromador mede um único elemento, mas todos
eles funcionam simultaneamente. Esta configuração oferece velocidade e precisão
para um determinado conjunto de elementos.
Você Sabia?
O termo goniometria é derivado de duas palavras gregas, gonia,
que significa ângulo e metron, que significa medida.
23 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
_ WDXRF
Análise Pontual
Alguns instrumentos apresentam pequenas máscaras que restringem a área
analisada na amostra. Combinado com o movimento apropriado da amostra, isso
permite a medição de um ponto individual da amostra.
Quando as amostras apresentam um defeito, a capacidade de analisar uma
pequena área isoladamente pode ajudar a determinar a origem do defeito. Os ins-
trumentos XRF com capacidade de “spotting”, são utilizados para este fim em vá-
rios setores, como a produção de vidro e metal.
_ WDXRF
Mapeamento Elementar
O Mapeamento XRF é uma ótima ferramenta para medir a homogeneidade de
uma amostra em uma faixa de tamanho submilimétrica. Isso pode ajudar a validar
a preparação da amostra ou indicar problemas em um processo. O geólogo usa o
mapeamento elementar XRF para selecionar ou realizar a triagem de amostras para
uma análise mais aprofundada com um microscópio eletrônico de varredura (SEM),
que requer preparação de amostras altamente controladas e fornece informações
na faixa de tamanho submicrométrica.
Y[mm]
Ca Ka 1,2 [cps]
[cps]
O mapeamento ele-
mentar de uma rocha
permite a compreen- X[mm]
são da sua gênese.
Al Ka 1,2[cps]
X[mm] [cps]
Y[mm]
25 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
EDX WDX
Contagens por
100kcps 4000kcps
segundo
Resolução de
~140 eV ~15eV
energia
Custo do
Custo mais baixo Custo intermediário
Investimento
Acomoda amostras de pó ou
líquido em suportes padro-
Acomoda quase todo o
Tipos de Amostras nizados e colocados em um
tamanho da amostra
sistema de carregamento de
amostras
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES 26
Radiação
Ao operar qualquer tipo de instrumentação que emite raios-X, esforços ra-
zoáveis devem ser feitos para manter baixa exposição à radiação. Isso é conhecido
como o princípio ALARA (As Low as Reasonably Achievable). Para qualquer fonte
de radiação, três fatores ajudarão a minimizar sua exposição à radiação: Tempo, Dis-
tância, Blindagem.
Você Sabia?
Todos os instrumentos modernos de laboratório XRF são muito
seguros. Você receberia mais dose de radiação viajando em um
avião do que trabalhando ao lado de um instrumento de labora-
tório XRF moderno.
27 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
_ PREPARAÇÃO DE AMOSTRA
Hidratação da pastilhas em
Sem hidratação em atmosfera úmida
atmosfera úmida
Quantidades maiores de
Quantidade pequena de amostra
amostra necessária
SiO2
Table 1. Content of SiO2 in tested cement samples
Reference
24,30 24,80 25,40 26,00 26,30
value
Prossed
26,04 26,30 26,56 26,69 26,99
pellet value
Fused bead
24,24 24,85 25,47 25,72 26,41
value
28,00
27,50
27,00
Content of SiO2 (%)
26,50
26,00
25,50
25,00
24,50
24,00
23,50
23,00
22,50
22,00
U1 U2 U3 U4 U5
SiO2
Table 1. Content of SiO2 in tested cement samples
Reference
1,38 1,39 1,43 1,46 1,47
value
Prossed
1,19 1,29 1,35 1,35 1,40
pellet value
Fused bead
1,42 1,45 1,48 1,45 1,47
value
1,80
Content of SiO2 (%)
1,70
1,60
1,50
1,40
1,30
1,20
1,10
1,00
0,90
0,80
U1 U2 U3 U4 U5
Máquina de
fusão elétrica
NIEKA E3
Máquina de
fusão a gás
NIEKA GS4
FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES 32
_ ANÁLISE
Você Sabia?
Estão disponíveis sistemas XRF automatizados que combinam
a preparação e a análise de amostras em um sistema integrado.
33 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
CAPÍTULO 3
Fabricação de
Metais e Ligas
_ FABRICAÇÃO DE CIMENTO
_ INDÚSTRIA PETROLÍFERA
_ POLÍMEROS E PLÁSTICOS
A maioria dos vidros são compostos de sílica, carbonato e sulfato, cal e ou-
tros tipos de óxidos como alumina ou magnésia. A análise por WDXRF pode ser
usada para confirmar que cada elemento está presente na porcentagem correta
para conferir propriedades físicas específicas ao vidro.
_ MEIO AMBIENTE
_ ROHS
A normativa (RoHS) regula os níveis máximos permitidos de Cr, Hg, Pb, Br, Cd e Cl
em bens de consumo, plásticos e polímeros. O XRF é usado para determinar rapi-
damente a presença desses materiais perigosos. A normativa ROHS (Restriction of
Hazardous Substances Directive) limita a total de 0,1% o uso de certas substâncias
na composição de manufaturados.
41 FUORESCÊNCIA DE RAIOS-X NO LABORATÓRIO • TECNOLOGIA XRF PARA INICIANTES
_ FORENSE
_ COMIDA