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DROGAS

Tipos de Drogas
 Conheça um pouco mais como as drogas
agem no corpo: os efeitos, o consumo e as
conseqüências do uso de cada uma delas.
Curtir uma viagem, um barato diferente ou só
um jeito de se descontrair, pode não ser tão
ingênuo quanto parece. Então, informe-se
para sacar mais esse esquema.
Maconha
 Cannabis Sativa é o nome que você já ouviu aos
montes por aí, nas letras de música do Planet
Hemp. Apesar de ser um nome científico, é até
bem popular entre as gírias para se falar da
maconha. Canabis é a planta, e
Tetrahidrocanabinol, ou THC, é a substância
responsável pelos efeitos da maconha no corpo.
Dependendo de como é cultivada, a erva pode
ter uma concentração maior ou menor de THC, o
que determina o potencial da droga.
A maconha pode ser fumada
em cigarros feitos à mão ou
cachimbos. A fumaça
também pode ser inalada e a
erva ingerida quando torna-
se ingrediente de chás e
receitas nada convencionais.
Efeitos da maconha
 Os efeitos da maconha no corpo dependem da
dose consumida, da concentração de THC e da
reação individual à droga. Os efeitos mais
freqüentes são: excitação seguida de
relaxamento, noção de tempo e espaço
distorcidas, diminuição dos reflexos, vontade de
falar em exagero e fome intensa (a famosa
"larica"). Os efeitos físicos mais comuns são
olhos avermelhados, pupilas dilatadas, boca
seca, palidez e taquicardia.
uso prolongado
O uso prolongado de maconha pode
prejudicar a memória para fatos
recentes e causar desânimo
generalizado. Algumas pessoas podem
ter alucinações, sobretudo visuais. Altas
doses de maconha também podem
provocar ansiedade intensa, pânico e
paranóia.
Cocaína
 Produzida em laboratório, a cocaína é extraída
da folha de coca, planta cultivada
principalmente na Bolívia, Peru e Colômbia,
principal ponto de partida do tráfico rumo aos
Estados Unidos e à Europa. Refinada até virar
um pó branco, a cocaína pode ser misturada a
várias substâncias como talco, cimento ou pó de
vidro, o que interfere na pureza e no potencial
da droga.
Como age a Cocaína?
A cocaína age na comunicação entre os
neurônios, aumentando a ação da
dopamina, substância liberada pelas
células nervosas na parte do cérebro
responsável pela sensação de prazer.
Por isso, a pessoa sente uma dose extra
de prazer - curta, porém - ao consumi-
lá.
Ela é estimulante
 A cocaína é uma droga de efeito estimulante,
que gera excitação, euforia e sensação de poder.
A atividade física e mental são estimuladas e,
em contrapartida, o sono, o cansaço e a fome
diminuem. Depois de uma hora ou mais, a
cocaína vai perdendo seu efeito e o usuário tem
que consumir outras doses para prolongar a
sensação de prazer.
Os problemas
 Os problemas do uso contínuo de cocaína se
manifestam desde a morte dos tecido do nariz
(pela aspiração da droga) ou das veias (no caso
de ser injetada) até complicações cardíacas,
circulatórias e cerebrais (derrame ou infarto).
Podem ocorrer insônia, ansiedade, paranóia,
suor excessivo, aumento da pressão sangüínea
e irritabilidade. Com o tempo, o usuário vai
perdendo a capacidade de sentir prazer sem o
uso da cocaína e, se pára de usa-lá, fica ansioso
por não conseguir obter sensação parecida sem
a droga.
Crack

 Vendido em pequenas pedras, o crack é,


basicamente, a pasta de cocaína não refinada.
Estimulante como a cocaína, seu efeito é
uma porrada, podendo ser até cinco vezes
mais potente que a droga "mãe", só que com
duração bem mais curta (de alguns minutos).
Modo de Usar

 Cachimbos improvisados - feitos com


canetas, garrafas e copos de plástico -
são os apetrechos mais comuns para se
fumar crack
Os efeitos

 Osefeitos são euforia inicial e perda do


sono, da fome e da sensação de cansaço.
Como o efeito passa rápido, o usuário
logo é fisgado pela tentação de querer
fumar mais e mais para prolongar essa
sensação.
Uso prolongado
O uso prolongado do crack pode causar
paranóia, irritabilidade, depressão,
cansaço constante e desinteresse
sexual. Danos ao sistema respiratório,
tosse, convulsões e possível derrame ou
ataque cardíaco são outros problemas
que podem aparecer com o abuso da
LSD
 A palavra alucinar vem do latim e significa
"vagar pela mente". Distorcendo (para alguns
ampliando) os cinco sentidos do corpo, os
alucinógenos permitem que o usuário entre
numa "viagem" onde realidade e fantasia se
misturam. O LSD (ou ácido lisérgico, "A.C.",
"doce") é o mais popular dos alucinógenos,
concorrendo na "fama" com outras drogas
naturais como mescalina e cogumelos.
O LSD tem como princípio ativo o
MDMA
(Metilenodioxometanfetamina).
Agindo nos neurônios, o MDMA
aumenta a liberação de
serotonina no cérebro, uma
substância que atua em células
nervosas que controlam os
sentidos, as emoções, o humor e
o sono.
Quando ingerido, o ácido
provoca alucinações e delírios,
alterando a percepção de sons,
imagens e tato. Quem consome
LSD é bombardeado por muitas
sensações e emoções. Os
sentidos podem parecer
confusos, por isso são comuns
relatos de pessoas que
"enxergam" os sons e "ouvem"
as cores.
A droga é vendida em
cartelas - em geral com
desenhos psicodélicos -,
divididas em "pontos", que
concentram o MDMA. Uma
dose pequena de LSD (bem
menos que uma grama) é
capaz de provocar "viagens"
de várias horas.
Efeitos colaterais
 Os efeitos colaterais do uso do LSD são os
"flashbacks", repetições repentinas das
"viagens" do ácido, que podem surgir
semanas ou meses depois da droga ter sido
consumida. O usuário também pode sentir
pânico, ansiedade e delírios ruins, a chamada
"bad trip". Insônia, tremedeira e aumento da
pulsação do coração e da pressão do sangue
são os efeitos que podem se manifestar no
corpo.
Heroína
 Derivada da planta papoula, os chamados
opiáceos (também conhecidos como narcóticos)
são drogas poderosas, que causam uma rápida
sensação de prazer, seguida por um efeito de
bem-estar e sonolência. Se a pequena Dorothy,
da história do Mágico de Oz, cai no sono
profundo depois de passar por uma plantação de
exuberantes papoulas vermelhas, não pense que
isso é por acaso...
Morfina, heroína e codeína
são os exemplos mais
conhecidos de opiáceos. A
heroína é uma droga
sintetizada em laboratório,
cara e pouco consumida no
Brasil, se comparada com
outras como maconha e
cocaína.
A morfina é usada na medicina
como analgésico (alivia a dor), e a
codeína, em xaropes para tosse. Na
forma sólida, a heroína é aquecida
(em geral numa colher) até
"derreter" e injetada na veia com
seringa e agulha. Ela cria um estado
de prazer, relaxamento e torpor,
mas, como o efeito dura pouco, o
usuário logo busca novas doses para
obter sensação de bem-estar.
O uso da heroína pode causar queda da
pressão, diminuição da respiração e dos
batimentos cardíacos, podendo levar ao
coma e à morte. A droga interfere na
atividade dos neurônios que "se
acostumam" a trabalhar com a presença do
opiáceo. Por isso, quando pára de consumi-
lo, o usuário enfrenta uma crise de
abstinência com calafrios, suor excessivo,
dores musculares e abdominais, vômitos,
diarréias, coriza, lacrimejamento e febre.
Por provocar dependência rapidamente, a
heroína é uma das drogas mais perigosas
ao corpo humano.
Ecstasy
 Conhecida como a droga do amor, o
ecstasy é derivado da anfetamina (o
MDMA, mesmo princípio ativo do LSD),
tendo efeito estimulante e alucinógeno.
Nos últimos anos, a droga ganhou espaço
graças à popularidade das raves e da
música eletrônica, que criam ambientes
favoráveis a seu consumo.
O ecstasy - ou simplesmente "e" -
aumenta a concentração de
dopamina (estimulante) e
serotonina (substância responsável
pelas emoções) no cérebro. A droga
é consumida em comprimidos de
diversas cores e tamanhos e seus
efeitos surgem de 20 a 60 minutos
depois do consumo, podendo durar
até 10h.
O ecstasy provoca euforia, sensação
de intimidade, aumento da empatia e
muita vontade de conversar e tocar
os outros, o que justifica o apelido
"droga do amor". A droga também
pode gerar alucinações auditivas,
visuais e táteis. Boca seca, náusea,
suor em excesso, diminuição da
fome, câimbras, insônia, espasmo do
maxilar e aumento da freqüência
cardíaca e da pressão arterial são os
efeitos que o ecstasy pode causar no
corpo.
O uso freqüente e de grandes doses da
droga pode causar depressão, ansiedade
e paranóia. A morte pelo consumo de
ecstasy é rara, mas pode acontecer. O
aumento descontrolado da temperatura e
pressão do corpo podem provocar
desidratação (pelo suor intenso), febre
aguda (podendo passar 41º), convulsões
e insuficiência dos rins, com risco de
morte. O risco é maior para pessoas
hipertensas ou com problemas no
coração, mas nunca se pode bobear. E
quando consumido com bebidas
alcoólicas, o ecstasy torna-se perigoso.
Nicotina
 Nicotina é a substância presente no tabaco e
que é absorvida pelo corpo quando fuma-se
cigarro. Além da nicotina, a fumaça do cigarro
contém outras substâncias tóxicas como o
alcatrão e o monóxido de carbono que
prejudicam bastante a qualidade de vida do
fumante.
Considerada um estimulante
leve, a nicotina entra nos
pulmões quando o fumante
traga o cigarro, passando pela
corrente sangüínea e chegando
ao cérebro em apenas 8
segundos. A droga também pode
ser absorvida pela boca (quando
o tabaco é mascado), pelo nariz
e até mesmo pela pele.
Como o álcool, a nicotina atua no Sistema Nervoso
Central e tem poder de causar dependência. Seus
efeitos são leve elevação do humor, relaxamento,
diminuição do apetite e sensação de prazer (pela
maior liberação de dopamina no cérebro, a mesma
substância que está envolvida na dependência da
cocaína e heroína). A nicotina também aumenta os
batimentos cardíacos, a pressão arterial, provoca
tremores, insônia, diarréia, vômitos, tontura, dor no
peito e danos graves ao sistema digestivo e
respiratório. Quando usada com freqüência, a
nicotina pode causar tolerância e, por isso, a pessoa
tende a fumar um número cada vez maior de
cigarros para sentir os mesmos efeitos.
A longo prazo, o cigarro aumenta as
chances da pessoa ter câncer (de pulmão,
estômago, boca, faringe, laringe e outros),
derrame cerebral, pneumonia, infarto,
bronquite crônica, úlcera digestiva e uma
série de outras doenças. Mesmo assim,
metade dos fumantes que sofrem ataque
cardíaco ignoram as recomendações
médicas e continuam fumando, sem
conseguir se livrar do vício. Na gravidez, o
uso de cigarro pode prejudicar muito o feto,
que recebe as substâncias tóxicas do
tabaco pelo sangue.
dependência
 A dependência ao cigarro é muito comum. Pelas
pesquisas, as pessoas que começam a fumar antes
dos 21 anos têm maior dificuldade de largar o
vício. Em cada 10 fumantes que tentam parar de
fumar, menos de um consegue ter sucesso. E
quando param, os dependentes de nicotina passam
por uma crise de abstinência que dura cerca de
duas semanas, com fases de agitação, fome, dores
de cabeça, depressão, tontura, insônia, irritação e
"fissura" (aquela vontade incontrolável de fumar).
O tabaco causa mais doenças
e mortes do que as outras
drogas que causam
dependência juntas. Apesar
de matar muita gente (só
nos Estados Unidos, uma em
cada seis mortes é resultado
do fumo), a indústria do
cigarro é extremamente
lucrativa e poderosa no
mundo inteiro.
Álcool
 Apesar de legal e amplamente
comercializado, o álcool é
considerado uma droga psicotrópica,
já que atua no sistema nervoso
central, altera o comportamento de
quem consome e tem potencial para
criar dependência.
Os efeitos
 Os efeitos do álcool variam de acordo com as
características da pessoa, o teor alcoólico da bebida
e a freqüência do consumo, porque o hábito de
beber gera uma tolerância do corpo cada vez maior.
É importante lembrar, no entanto, que o prejuízo
dos reflexos e da coordenação motora é igual para
quem está e quem não está acostumado a beber.
Por isso, dirigir depois de beber é bem arriscado,
embora muita gente "esqueça" disso quando sai
para tomar umas e outras com os amigos.
De início, as bebidas alcoólicas conseguem
desinibir as pessoas, que ficam mais
sociáveis e com maior facilidade para
conversar e rir. O segundo estágio começa
a se manifestar com a perda da
coordenação, descontrole e sono. Se a
pessoa continua bebendo, o álcool pode
causar dor de cabeça, dificuldade de falar,
mal-estar, vômitos e, no dia seguinte, a
famosa ressaca. A mistura de bebidas
fermentadas (como cerveja e vinho) e
destiladas (como pinga, vodka e uísque) faz
o álcool "subir" à cabeça ainda mais rápido.
consumo exagerado
O consumo exagerado de bebidas
alcoólicas pode causar depressão e
levar a pessoa ao coma. Doenças como
cirrose, gastrite, anemia e úlceras na
pele também estão ligadas ao abuso do
álcool. Na gravidez, essa droga "legal"
deve ser evitada para não provocar
deficiência físicas e mentais no bebê.
Dependência
 A dependência ao álcool (o alcoolismo) tem
custos enormes para a vida profissional, familiar
e psicológica do dependente. Os custos sociais
não ficam atrás, já que o alcoolismo envolve
atendimento especializado e gastos com saúde
pública. O grande número de acidentes e de
casos de violência associados ao abuso de álcool
só fazem crescer essa matemática do prejuízo.
Uma realidade que a indústria do álcool não
mostra em sua publicidade.
Estatísticas:
 Queiravocê ou não, a decisão de
usar drogas não é meramente um
problema individual. Enquanto a
indústria de drogas "legais"
como álcool e cigarro não
contabiliza em seus lucros o
impacto da violência, o mesmo
não acontece com o comércio das
drogas ilegais.
Altamente lucrativo, o narcotráfico
movimenta milhões de dólares por
ano no mundo inteiro. O Brasil
participa desse circuito, funcionando
como corredor do tráfico que
desembarca nos EUA e na Europa.
Por isso, comprar um baseado ou
qualquer outra droga não pode ser
um ato isolado. Alimentando o
comércio ilegal, acaba atraindo
jovens para o narcotráfico e fazendo
o crime organizado crescer.
Veja o que representa a
matemática das drogas
hoje:
*O comércio ilegal de drogas
envolve no mundo todo US$
400 bilhões por ano,
segundo a ONU (Organização
das Nações Unidas)

* O abuso de drogas custa


aos EUA mais de US$ 80
bilhões anuais
* Os números policiais
indicam que o consumo
anual de cocaína no mundo
chega a 6 bilhões de
papelotes, o que renderia ao
narcotráfico cerca de US$
120 bilhões
* Com base nas operações
contra o plantio de maconha no
Nordeste, a Polícia Federal
acredita que a venda da droga -
da produtor ao consumidor -
possa render um lucro mensal
de R$ 50 milhões para o
traficante, livre de todas as
despesas
* Segundo o SOS Criança,
em 1999, 62% dos menores
de rua em São Paulo
admitiram o uso de inalantes
e 19% de crack
* Dos processos criminais
em andamento no Rio de
Janeiro em 1999, 26,6%
eram ligados ao tráfico e ao
uso de entorpecentes
* Nos últimos dez anos, cerca de 50
milhões de gramas de cocaína foram
apreendidos pela Polícia Federal, o que
significa por volta de R$ 2 bilhões (o
número pode ser até três vezes maior, já
que esse cálculo não inclui as apreensões
das polícias estaduais e Forças Armadas)
* Os crimes relativos a
entorpecentes
representam 35% dos
processos que correm na
2ª Vara da Infância e
Juventude de São Paulo
Fontes: Agência Estado
Livro "Narcotráfico", do
jornalista Mário
Magalhães, publicado na
coleção Folha Explica
(Publifolha)
 

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