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ELECTRÓNICA

DIGITAL
Álgebra Booleana e
Circuitos Lógicos
Introdução
• Uma á lgebra Booleana pode ser definida com um
conjunto de operadores e um conjunto de axiomas,
que sã o assumidos verdadeiros sem necessidade de
prova.
• Em 1854, George Boole introduziu o formalismo que até
hoje se usa para o tratamento sistemá tico da ló gica, que é
a chamada Álgebra Booleana.
• Em 1938, C. E. Shannon aplicou esta á lgebra para
mostrar que as propriedades de circuitos elétricos de
chaveamento podem ser representadas por uma á lgebra
Booleana com dois valores.
Introdução
• Diferentemente da á lgebra ordiná ria dos reais,
onde as variá veis podem assumir valores no
intervalo (-∞;+∞), as variá veis Booleanas só
podem assumir um nú mero finito de valores.
• Em particular, na á lgebra Booleana de dois valores,
cada variá vel pode assumir um dentre dois valores
possíveis, os quais podem ser denotados por [F,V]
(falso ou verdadeiro), [H,L] (high and low) ou ainda
[0,1], a qual também é utilizada em eletrô nica
digital.
Introdução
• Como o nú mero de valores que cada variá vel pode
assumir é finito (e pequeno), o nú mero de estados
que uma funçã o Booleana pode assumir também
será finito, o que significa que podemos descrever
completamente as funçõ es Booleanas utilizando
tabelas.
• Devido a este fato, uma tabela que descreva uma funçã o
Booleana recebe o nome de tabela verdade, e nela são
listadas todas as combinações de valores que as
variá veis de entrada podem assumir e os correspondentes
valores da funçã o (saídas).
Introdução
• Os circuitos lógicos digitais operam no
modo binário, onde os níveis lógicos de
entrada e saída podem ser 0 ou 1; sendo
que 0 e 1 representam faixas de tensões
predefinidas.
• As portas lógicas constituem os circuitos
lógicos fundamentais, que podem ser
combinadas formando circuitos mais
complexos, que podem ser descritos e
analisados pela álgebra de Boole.
OPERAÇÕES BÁSICAS DA
ÁLGEBRA BOOLEANA
(ou Álgebra de Chaveamento)
Variáveis e Constantes Booleanas
• Uma variável booleana é uma quantidade que pode ser
igual a 0 ou a 1 e representam o estado de uma tensão
variável, ou seu “nível lógico”:
Associação da Álgebra
Booleana com
Eletrônica Digital:
Níveis Lógicos

8
Variáveis e
• A álgebra booleana é
utilizada para exprimir
Constantes
os resultados ou saídas 1.
Booleanas
Adição lógica, ou operação
de circuitos lógicos e OR.
para manipular Símbolo: (+)
variáveis lógicas, com a
2. Multiplicação lógica, ou
finalidade de se obter o operação AND.
melhor circuito para Símbolo: (.)
uma determinada
função lógica. 3. Complementação lógica,
ou inversão, ou operação
• Esta álgebra possui NOT.
apenas três operações:
-
Símbolo: barra sobreposta ( ).
Operações Básicas da Álgebra
Booleana
Na á lgebra Booleana, existem três operaçõ es
ou funçõ es bá sicas. Sã o elas:
• operaçã o OU,
• operação E
• complementação.
Todas as funções Booleanas podem ser
representadas em termos destas operaçõ es
bá sicas.
Tabelas-Verdade
• A maioria dos circuitos ló gicos possui mais de uma entrada,
e somente uma saída. A tabela-verdade nos mostra como a
saída dos circuitos lógicos responde às combinações dos
níveis lógicos de entrada:
Operação OU (Adição Lógica)
“A operaçã o OU resulta 1 se pelo
menos uma das variáveis de
entrada vale 1”.
• Um símbolo possível para
representar a operaçã o OU é “+”,
tal como o símbolo da adiçã o
algébrica (dos reais).
operaçã o OU
• Listando as
possibilidades de 0+0=0
combinaçõ es entre
dois
Booleanos
valores
e os
0+1=1
respectivos
resultados para a 1+0=1
operaçã o OU, tem-
se: 1+1=1
operaçã o OU

As características fundamentais das portas OR e da operação


lógica OR são:
1. A operação OR resulta em 1 sempre que qualquer
variável de entrada for 1.
2. A operação OR resulta em 0 apenas quando todas as
entradas forem zero.
operação OU
• Podemos mostrar o
comportamento da
equaçã o A+B+C (lê-
se A ou B ou C) por
meio de uma tabela
verdade.
• o resultado será 1 se
pelo menos uma das
variáveis de entrada
valer 1.
Porta OR com 3
entradas:
OPERAÇÃO AND
Operação AND

As características fundamentais das portas AND e da operaçã o


ló gica AND sã o:
1. A operaçã o AND resulta em 0 sempre que qualquer variá vel
de entrada for 0 (igual à multiplicaçã o aritmética).
2. A operaçã o AND resulta em 1 apenas quando todas as
entradas forem 1.
• “A operaçã o E resulta 0 se Operação E
pelo menos uma das (Multiplicação
variáveis de entrada vale Lógica)
0”.
• Pela definiçã o dada, pode-se
deduzir que o resultado da
operaçã o E será 1 se, e
somente se, todas as
entradas valerem 1.
• Para mostrar o
comportamento da equaçã o
A × B (lê-se A e B), escreve-se
uma tabela verdade,
OPERAÇÃO NOT
Operação NOT

A saída da porta NOT ou inversor é


sempre o oposto ao nível lógico da
entrada.
Complementação (ou Negação, ou
Inversão)
•É a operaçã o cujo
resultado é
simplesmente o valor
complementar ao
que a variá vel
apresenta.
• o valor complementar
será 1 se a variável
vale 0 e será 0 se a
variável vale 1
PORTAS NAND E NOR
Portas NAND e NOR
AVALIAÇÃO DE
EXPRESSÕES BOOLEANAS

INTERVALO
Avaliação de Expressões Booleanas
• Dada a equaçã o que descreve uma funçã o Booleana
qualquer, deseja-se saber detalhadamente como
esta funçã o se comporta para qualquer combinaçã o
das variá veis de entrada.
• O comportamento de uma função é descrito pela sua
tabela verdade e este problema é conhecido como
avaliação da função ou da expressão que
descreve a função considerada.
• Em suma, deseja-se achar a tabela verdade para a
funçã o Booleana.
Avaliação de Expressões Booleanas
• Uma tabela verdade • Também, pode-se criar
consiste basicamente de colunas intermediá rias,
um conjunto de colunas, onde sã o listados os
nas quais sã o listadas resultados de
todas as combinaçõ es subexpressõ es contidas
possíveis entre as na expressã o principal.
variá veis de entrada (à • Isto normalmente facilita
esquerda) e o resultado a avaliaçã o,
da funçã o (à direita). principalmente no caso
de equaçõ es muito
complexas e/ou contendo
muitas variá veis.
Avaliação de Expressões Booleanas
Quando numa mesma equaçã o Booleana
aparecem operaçõ es E e OU, é necessário
seguir a ordem de precedência.
Tal como na á lgebra dos reais, a multiplicaçã o
(ló gica) tem precedência sobre a adiçã o (ló gica).
Além disso, expressõ es entre parêntesis têm
precedência sobre operadores E e OU que
estejam no mesmo nível.
O nú mero de combinaçõ es que as variá veis de
entrada podem assumir pode ser calculado por
2n, onde n é o nú mero de variá veis de entrada.
O procedimento para a criação da tabela verdade a
partir de uma equação Booleana é:
1. Criar colunas para as variáveis de entrada e listar todas
as combinações possíveis, utilizando a fórmula: no de
combinações = 2n (onde n é o número de variáveis de
entrada);
2. Criar uma coluna para cada variável de entrada que
apareça complementada na equação e anotar os valores
resultantes;
3. Avaliar a equação seguindo a ordem de precedência, a
partir do nível de parêntesis mais internos:
1o multiplicação lógica
2o adição lógica
Y. Z
LEIS FUNDAMENTAIS
E PROPRIEDADES DA
ÁLGEBRA BOOLEANA

Postulados
Leis Fundamentais e Propriedades da
Álgebra Booleana
• As leis da á lgebra Booleana dizem
respeito ao espaço Booleano (isto é.,
valores que uma variá vel pode assumir)
e operaçõ es elementares deste espaço.

• Já as propriedades podem ser deduzidas


a partir das definiçõ es das operaçõ es.
Leis Fundamentais e Propriedades da
Álgebra Booleana
• Sejam A e B duas As operaçõ es
variá veis Booleanas.
Entã o, o espaço elementares deste
Booleano é definido: espaço sã o
operaçã o OU,
operação E e
complementação,
As propriedades da álgebra Booleana
são as seguintes.
Da adição lógica
As propriedades da álgebra Booleana
são as seguintes.
Da multiplicação lógica
As propriedades da álgebra Booleana são
as seguintes.
Da complementação: Comutatividade:
As propriedades da álgebra Booleana são as seguintes.

Distributiva (da multiplicaçã o em relaçã o à adiçã o)

Associatividade:
TEOREMAS
BOOLEANOS
AXIOMA: Proposiçã o admitida como verdade sem necessidade de
demonstraçã o, mas cujo cará ter é aparente.

TEORIA: Conhecimento de ordem especulativa, geralmente racional.

POSTULADO. Proposiçã o admitida como verdade sem necessidade de


demonstraçã o, mas cujo cará ter nã o é aparente.

TEOREMA; Proposiçã o que pode ser demonstrada utilizando axiomas


e postulados.

COROLÁRIO; Consequencias do TEOREMA.


Teoremas e Postulados Booleanos

A Álgebra Booleana possui as mesmas


propriedades da Álgebra Linear
ordinária, se considerarmos:
a operação lógica básica A AND B
como a multiplicação A. B (ou AB)
a operação A OR B como a soma A+ B
Propriedades da Álgebra
Booleana
Postulados da Álgebra Booleana
Teoremas da Álgebra Booleana
Teoremas Booleanos
EXEMPLOS
25/3/10
1. Determinar a
expressã o (equaçã o) Exemplo 1:
Booleana que
representa a Tabela
Verdade abaixo.
2. Simplifique e
optimize a expressã o
utilizando os
resultados das
Tabelas 2, 3 e 4.
3. Desenhe a
interligaçã o de portas
bá sicas que
implementa esta
Tabela Verdade.
Tabela 5: Tabela verdade de uma função
lógica hipotética de 3 variáveis.
Solução:
• Mas a funçã o ló gica XOR
com duas variá veis A e C
tem a seguinte Tabela
Verdade/Expressã o
Booleana:
Solução:
Logo,

Utilizando o T11 da Tabela 4 obtemos a seguinte


Expressão Booleana simplificada:

Slide
Que resulta no seguinte circuito ló gico: seguinte
Interligação de portas básicas que
implementa a Tabela Verdade da Tabela 5.
TEOREMAS DE DE
MORGAN
O primeiro teorema de De Morgan
O primeiro teorema de De Morgan diz que
a complementação de um produto (lógico)
equivale à soma (lógica) das negações de
cada variável do referido produto. Sob a
forma de equação, teríamos:
O segundo teorema
O segundo teorema é o dual ( i.e., o
espelho) do primeiro, ou seja, a
complementação de uma soma (lógica)
equivale ao produto das negações
individuais das variáveis:
Teoremas de De Morgan
1º Teorema de De Morgan 2º Teorema de De Morgan

O primeiro teorema de De O segundo teorema é o


Morgan diz que a dual ( i.e., o espelho) do
complementaçã o de um primeiro, ou seja, a
produto (ló gico) equivale à complementaçã o de uma
soma (ló gica) das negaçõ es soma (ló gica) equivale ao
de cada variá vel do referido
produto das negaçõ es
produto. Sob a forma de
equaçã o, teríamos:
individuais das variá veis:
Particularizando os teoremas de De
Morgan para duas variáveis, temos:
Teoremas de DeMorgan
A UNIVERSALIDADE DAS
PORTAS NAND E NOR
A Universalidade das Portas NAND e NOR
• Todas as equaçõ es boolenas sã o combinaçõ es das funçõ es
bá sicas OR, AND e NOT, que podem ser obtidas
exclusivamente através da combinaçã o de portas NAND:
A Universalidade das Portas NAND e NOR
• As funçõ es bá sicas OR, AND e NOT também podem ser
obtidas através da combinaçã o de portas NOR:
REPRESENTAÇÕES ALTERNATIVAS
DAS PORTAS LÓGICAS
Representações Alternativas das
Portas Lógicas
Os símbolos alternativos sã o obtidos da
seguinte maneira:
1. Inverta cada entrada e saída do símbolo
padrã o (adicionando ou retirando a bolha).

2. Troque o símbolo OR por AND e AND por


OR.
Interpretação dos Símbolos Lógicos:
• Quando nã o existe a bolha de inversã o em uma entrada ou
saída de um símbolo ló gico, esta linha é considerada “ativa
no nível alto” ou ativa-Alto. Caso contrário, dizemos que a
linha é “ativa no nível baixo” ou ativa-Baixo.
Símbolos Lógicos “Padrão IEEE/ANSI 91-
1984”
Símbolos IEEE/ANSI para CI’s
SIMPLIFICAÇÃO
ALGÉBRICA
Reduçã o do nú mero de literais ou
de operaçõ es na equaçã o Booleana,
através da aplicaçã o das
propriedades da Á lgebra Booleana
Simplificação Algébrica
Simplificação Algébrica
Relembrando a Simplificação
Algébrica
Simplificação Algébrica
Dificuldades na obtençã o da equaçã o mínima:
• Nã o adianta encontrar todos os pares de termos que
se diferenciam de somente uma variá vel
• O processo de simplificaçã o é recursivo: apó s
simplificar mintermos, pode ser possível continuar a
simplificaçã o com os produtos resultantes da primeira
rodada de simplificaçã o
• A ordem na qual se procede a simplificaçã o faz
diferença!
• É difícil identificar as simplificaçõ es possíveis (e
também a ordem ó tima)
Simplificação Algébrica: Exemplo 2
Simplificação Algébrica: Exemplo 2
Simplificação Algébrica: exemplo 3
Simplificação Algébrica: Porém
ÁLGEBRA BOOLEANA E
MINIMIZAÇÃO LÓGICA
Álgebra Booleana e Minimização
Lógica
• A unidade bá sica construtiva de um sistema
digital é a Porta Lógica e que Funções
Lógicas com diversas variá veis de entrada
podem ser obtidas mediante a interligaçã o de
portas ló gicas bá sicas.
• Para facilitar o tratamento analítico das
diversas funçõ es ló gicas possíveis de serem
implementadas através da interligaçã o entre
portas, utiliza-se a representaçã o da funçã o
ló gica através de Equaçõ es Booleanas
Álgebra Booleana e Minimização
Lógica
Veremos que:
⇒Sempre poderemos
Não importando o número de escrever uma
variáveis de entrada, a quantidade e
os tipos de portas lógicas interligadas equaçã o algébrica
necessárias para que se obtenha uma Booleana que poderá
função lógica desejada na saída Y ,
Não importando o número de
ser simplificada e/ou
variáveis de entrada da tabela optimizada através do
verdade que descreve uma função
uso dos Teoremas e
lógica Y f A, B,...
Postulados Booleanos.
Circuito Lógico
Circuito Lógico
As vezes, a fatoração pode reduzir o nú mero
de operaçõ es, resultando num circuito mais
simples
Circuito Lógico
DERIVAÇÃO DE
EXPRESSÕES BOOLEANAS
Dada uma funçã o Booleana, descrita por sua tabela
verdade, derivar uma expressã o Booleana para esta
funçã o é encontrar uma equaçã o que a descreva.
Logo, a derivaçã o de expressõ es Booleanas é o
problema inverso da avaliaçã o de uma expressã o
Booleana,
Derivação de Expressões Booleanas
Há basicamente duas maneiras de se
definir (ou descrever) uma funçã o
Booleana:
•descrevendo-se todas as situaçõ es das
variá veis de entrada para as quais a
funçã o vale 1 ou,
•alternativamente, todas as situaçõ es em
que a funçã o vale 0.
Métodos da definiçã o da funçã o
Booleana
1. Todas as situaçõ es das variá veis
de entrada para as quais a funçã o
vale 1 : método por soma de
produtos (SdP),
2. Todas as situaçõ es em que a
funçã o vale 0: método de produto
de somas (PdS).
Métodos da definiçã o da funçã o
Booleana
• Qualquer funçã o Booleana pode ser
descrita por meio de soma de produtos
ou por meio de produto de somas.
• Como as funçõ es Booleanas só podem
assumir um dentre dois valores (0 ou 1),
basta usar-se um dos dois métodos para se
encontrar uma equaçã o para uma funçã o.
1. DERIVAÇÃO DE EXPRESSÕES
USANDO SOMA DE
PRODUTOS (SDP)
1. Derivação de Expressões usando
Soma de Produtos (SdP)
• Dada uma funçã o • A cada combinaçã o de
Booleana de n variá veis entradas podemos
(ou seja, n entradas), associar um termo
produto, no qual todas as
haverá 2 combinaçõ es variá veis da funçã o estã o
n

possíveis de valores. presentes, e que é


• Dizemos que esse conjunto construído da seguinte
de valores que as variá veis forma:
podem assumir, • se a variá vel
juntamente com os correspondente vale 0, ela
respectivos valores da deve aparecer negada; se a
funçã o, constituem o variá vel vale 1, ela deve
aparecer nã o negada.
espaço da funçã o.
Termos produto associados a cada combinação de
entradas para uma função Booleana de três variáveis
(A, B e C, por exemplo).
• Cada termo produto
construído conforme a
regra anteriormente
descrita é denominado
mintermo (ou minitermo).
Note que, para um dado
mintermo, se substituirmos
os valores das variá veis
associadas, obteremos 1.
Poré m, se substituirmos
nesse mesmo mintermo
quaisquer outras
combinaçõ es de valores,
obteremos 0.
1. Derivação de Expressões usando
Soma de Produtos (SdP)
• Dessa forma, se quisermos
encontrar a equaçã o para uma
funçã o a partir de sua tabela
verdade, basta montarmos um OU
entre os mintermos associados aos
1s da funçã o (também chamados
mintermos 1 ).
Exemplo 2.1: encontrar a equação em soma de produtos
(SdP) para a função F, descrita pela seguinte tabela verdade:

F é funçã o das variá veis A, B


e C. Os valores de (A,B,C)
para os quais F=1 sã o (0,1,0),
(0,1,1), (1,0,1) e (1,1,0). Os
mintermos associados a
essas condiçõ es (ou seja, os
mintermos 1), sã o

, respectivamente. Logo, a
equaçã o em soma de
produtos para F será o OU
entre estes produtos,
conforme segue:
1. Derivação de Expressões usando
Soma de Produtos (SdP)
• A fim de simplificar a notaçã o, o símbolo da
operaçã o E pode ser omitido. Desta forma, a
equaçã o anterior pode ser reescrita de
maneira mais concisa:
DERIVAÇÃO DE EXPRESSÕES
USANDO PRODUTO DE SOMAS
(PDS)
Derivação de Expressões usando
Produto de Somas (PdS)
• O método de derivação usando produto de somas
é o dual (isto é, o oposto) do método de
derivação em soma de produtos.
• A cada combinação das variáveis de entrada de
uma função podemos associar um termo soma,
no qual todas as variáveis da função estão
presentes, e que é construído da seguinte forma:
• se a variável correspondente vale 1, ela deve aparecer
negada;
• se a variável vale 0, ela deve aparecer não negada.
Os termos soma associados a cada combinação
de entradas para uma função Booleana de três
variáveis (A, B e C, por exemplo)
• Cada termo soma construído
conforme a regra anteriormente
descrita é denominado
maxtermo (ou maxitermo).
• Note que, para um dado
maxtermo, se substituirmos os
valores das variáveis associadas,
obteremos 0.
• Porém, se substituirmos nesse
mesmo maxtermo quaisquer
outras combinações de valores,
obteremos 1.
Derivação de Expressões usando
Produto de Somas (PdS)
Dessa forma, se quisermos encontrar
a equaçã o para uma funçã o a partir
de sua tabela verdade, basta
montarmos um E entre os
maxtermos associados aos 0s da
funçã o (também chamados
maxtermos 0 ).
Exemplo 2.2: encontrar a equação em produto de
somas (PdS) para a função F, descrita pela seguinte
tabela verdade:
Derivação de Expressões usando
Produto de Somas (PdS)
Foi escolhida a mesma funçã o do exemplo anterior,
para que se possa estabelecer comparaçõ es entre os
dois métodos de derivaçã o. Os valores das variá veis
de entrada (A,B,C) para os quais F=0 sã o (0,0,0),
(0,0,1), (1,0,0) e (1,1,1). Os maxtermos associados a
essas condiçõ es (ou seja, os maxtermos 0), sã o

respectivamente. Logo, a equaçã o em produto de


somas para F será o E entre estas somas:
Derivação de Expressões usando
Produto de Somas (PdS)
• Note que a ordem de precedência de uma
expressã o em produto de somas é “primeiro
cada soma deve ser avaliada, para só entã o
avaliar-se o produto”.
• Isto significa que os parêntesis em torno de cada
termo soma são obrigatórios!
• Repare também que os símbolos referentes à
operaçã o E (entre os termos soma) podem ser
omitidos.
FORMAS CANÔNICAS,
PADRÃO E NÃO-PADRÃO
Formas Canônicas, Padrão e Não-
Padrão
• As representaçõ es em soma de
produtos e em produto de somas sã o
denominadas formas padrão:
em cada termo soma e em cada termo
produto todas as variá veis da funçã o
estã o presentes. Devido a essa
característica, essas formas sã o
chamadas canônicas
Formas Canônicas, Padrão e Não-
Padrão
• Se associarmos cada combinaçã o das
variá veis de entrada ao seu equivalente em
decimal, cada mintermo pode ser
representado por mi, onde i é o decimal
associado.
• De forma similar, cada maxtermo pode ser
representado por Mi, onde i é o decimal
associado.
A tabela a seguir lista todos os mintermos e
maxtermos de uma função de três variáveis (A, B
e C)
Voltando à função F das seções anteriores,
podemos reescrever a expressão em soma de
produtos, na forma canônica, como segue:
E sua expressão em produto de somas, na
forma canônica, pode ser reescrita como:
CIRCUITOS LÓGICOS PARA
FORMAS PADRÃO E NÃO-
PADRÃO
Circuitos Lógicos para Formas Padrão
e Não-Padrão
As regras seguintes devem ser observadas, a fim de
facilitar a compreensão do desenho:
as variáveis de entrada devem ser identificadas
preferencialmente à esquerda, junto aos respectivos fios;
inversores devem ser providos para as variáveis que
aparecem negadas na equação;
as portas que implementam as operações Booleanas
que aparecem na equação normalmente são
posicionadas da esquerda para a direita, seguindo a
ordem de avaliação dos operadores
Um circuito lógico para soma de produtos.
Um circuito lógico para soma de produtos.
• Repare que em todas as interseçõ es de
fios em que há conexã o física, deve
haver um ponto (suficientemente
grande), como se fora uma “solda”.
• Logo, quando nã o há o referido ponto
na interseçã o de fios, significa que tais
fios estã o “eletricamente isolados”.
• O circuito pode ainda ser desenhado utilizando-se uma
notaçã o simplificada para os inversores das entradas.
• Ao invés de se desenhar um inversor para cada variá vel que
aparece negada na equaçã o, coloca-se um círculo junto a cada
entrada de cada porta na qual há uma variá vel negada.
• A aplicaçã o desse procedimento para o circuito da figura 2.5
resulta no seguinte desenho:
Um circuito lógico para soma de produtos.
• No caso de equaçõ es na forma produto de somas
(canô nica ou simplificada), o primeiro nível é
constituído por portas OU, sendo cada uma
responsá vel por uma das “somas” ló gicas da
equaçã o. O segundo nível, por sua vez, é constituído
por uma porta E, que realiza o produto ló gico das
parcelas.
Um circuito lógico para produto de somas.
Circuito lógico multinível
MAPAS DE
KARNAUGH

Simplificação de Funções
Booleanas usando Mapas de
Karnaugh
Mapas de Karnaugh
Método de simplificaçã o baseado na
identificaçã o visual de grupos de
mintermos passíveis de serem
simplificados.
No entanto, para que se possa identificar
tais grupos, é necessá rio que os
mintermos sejam dispostos de maneira
mais conveniente.
Mapas de Karnaugh
⇒Um Mapa de Karnaugh (Mapa K) é a representação das
linhas de uma Tabela Verdade em forma de quadrículos
adjacentes.

⇒Dois quadrículos adjacentes verticalmente ou


horizontalmente em um mapa K correspondem à duas linhas da
Tabela Verdade tal que apenas uma variável tenha seu valor
lógico alterado de um quadrículo para o outro. Isto permite que a
Propriedade Distributiva da Tabela 2 em conjunto com o teorema
T9 da Tabela 4 leve à eliminação de uma variável.
Mapas de Karnaugh
⇒A simplificação lógica obtida com um Mapa K
segue os seguintes princípios:
(I) Seleciona-se
uma combinação de quadrículos tal que inclua
todos os quadrículos pelo menos uma vez, sendo o número de
quadrículos selecionados uma potência inteira de 2. Ou seja,
um quadrículo pode aparecer em mais de uma combinação.
(II) As combinações devem ser selecionadas objetivando
incluir o maior número de quadrículos por combinação,
utilizando para tanto o menor número possível de
combinações.
Exemplo 2: Simplifique a Expressão Booleana
resultante da Tabela Verdade abaixo
Tabela Verdade Solução:
Exemplo 3:Simplifique a Expressão
Booleana resultante da Tabela Verdade
abaixo. Soluçã o:
MÉTODO DE USO DOS
MAPAS DE
KARNAUGH
Método de uso dos Mapas de Karnaugh
Para efeito de sistematizar o uso de um Mapa K na
minimizaçã o ló gica, sugere-se adotar o seguinte
procedimento:
(I) Assinalar inicialmente apenas os quadrículos que não
podem ser combinados com nenhum outro.
(II) Identificar os quadrículos que podem ser combinados
com um único outro quadrículo somente de uma maneira.
Assinalar estas combinações de dois quadrículos por
combinação. Quadrículos que podem ser combinados em
grupos de dois de mais de uma maneira são deixados
temporariamente de lado.
Método de uso dos Mapas de Karnaugh
Para efeito de sistematizar o uso de um Mapa K na minimizaçã o
ló gica, sugere-se adotar o seguinte procedimento:

(III) Identificar quadrículos que podem ser combinados com três outros
quadrículos somente de uma maneira. Assinalar estas combinações de
quatro quadrículos por combinação. Quadrículos que podem ser combinados
em grupos de quatro de mais de uma maneira são deixados
temporariamente de lado.

(IV) Identificar quadrículos que podem ser combinados com sete outros
quadrículos somente de uma maneira. Assinalar estas combinações de oito
quadrículos por combinação. Quadrículos que podem ser combinados em
grupos de oito de mais de uma maneira são deixados temporariamente de
lado.
Para efeito de sistematizar o uso de um Mapa K na
minimizaçã o ló gica, sugere-se adotar o seguinte
procedimento:

(V) Repetir o processo para grupos de 16,32, etc...

(VI) Se, uma vez encerrado o processo acima, ainda restarem


quadrículos não incluídos em agrupamentos, estes quadrículos
podem ser combinados uns com os outros ou com quadrículos já
incluídos em outros agrupamentos (se houver adjacência e o
agrupamento resultante contiver uma potência inteira de 2).

(VII) É importante relembrar que o objetivo é obter o menor


número de agrupamentos possível, cada agrupamento contendo
o maior número possível de quadrículas que resulte em uma
potência inteira de 2.
O processo de simplificaçã o usando a
nova disposiçã o inicia pela construçã o da
tabela em si:
os valores da funçã o que se quer simplificar devem
ser preenchidos conforme a nova ordem.
Apó s, identificam-se todos os grupos de
mintermos-1 adjacentes entre si.
Cada grupo origina um termo produto, no qual
somente as variá veis comuns a todos os
mintermos-1 permanecem.
Desde que os grupos de mintermos-1 adjacentes
tenham sido corretamente identificados, a
simplificaçã o se torna trivial.
Mapas de Karnaugh: Identificando na tabela-verdade os
mintermos que se diferencial de somente uma variável…

• Se trocarmos a ordem
de alguns elementos,
cada par de elementos
adjacentes podem ser
simplificados
Mapas de Karnaugh
• Reordenando os mintermos

• Nesta nova organizaçã o da


tabela-verdade existe uma
relaçã o de adjacência entre
os mintermos.
• Quaisquer dois mintermos
adjacentes se diferenciam
de somente uma variá vel
Mapas de Karnaugh
Reordenando os mintermos

A relaçã o de adjacência vale somente:


• Na horizontal
• Na vertical
• Eis o tal mapa de Karnaugh
(para funçõ es de 3 variáveis)
Mapas de Karnaugh
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes, os quais podem
conter 2, 4, 8, 16, 32 … “1s”
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de produto usando
somente as variá veis de entrada que sã o iguais para todos
os “1s”
3. Se houver mais de um grupo, montar e equaçã o em soma
de produtos (que já estará simplificada)
OBS: se algum “1” restar sozinho, seu produto
(mintermo) também deve ser usado na equaçã o em
soma de produtos
Mapas de Karnaugh
Como usar, considerando
soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” Exemplo 1:
adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a
equação de produto (já
simplificada)
3. Montar a equação em soma de
produtos
Mapas de Karnaugh
Como usar, considerando
soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s”
adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a
equação de produto (já
simplificada)
3. Montar a equação em soma de
produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de produto
(já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Como usar, considerando soma de produtos
1. Identificar grupos de “1s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de
produto (já simplificada)
3. Montar a equaçã o em soma de produtos
Mapas de Karnaugh
Como usar, considerando produto de somas
1. Identificar grupos de “0s” adjacentes, os quais podem
conter 2, 4, 8, 16, 32 … “0s”
2. Para cada grupo, escrever a equaçã o de soma usando
somente as variá veis de entrada que sã o iguais para todos
os “0s”
3. Se houver mais de um grupo, montar e equaçã o em
produto de somas (que já estará simplificada)
OBS: se algum “0” restar sozinho, sua soma
(maxtermo) também deve ser usado na equaçã o em
produto de somas
Como usar, considerando produto de somas
1. Identificar grupos de “0s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equação de soma (já simplificada)
3. Montar a equação em produto de somas
Como usar, considerando produto de somas
1. Identificar grupos de “0s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equação de soma (já simplificada)
3. Montar a equação em produto de somas
Como usar, considerando produto de somas
1. Identificar grupos de “0s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equação de soma (já simplificada)
3. Montar a equação em produto de somas
Como usar, considerando produto de somas
1. Identificar grupos de “0s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equação de soma (já simplificada)
3. Montar a equação em produto de somas
Como usar, considerando produto de somas
1. Identificar grupos de “0s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equação de soma (já simplificada)
3. Montar a equação em produto de somas
Como usar, considerando produto de somas
1. Identificar grupos de “0s” adjacentes
2. Para cada grupo, escrever a equação de soma (já simplificada)
3. Montar a equação em produto de somas
OUTRAS OPERAÇÕES
LÓGICAS
Existem 16 funçõ es Booleanas de duas
variáveis e as funçõ es E e OU sã o
apenas duas dessas 16 funçõ es.

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