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Clube do Asno

Serviço de Ortopedia e Traumatologia


HSCM
Mateus Rugilo Rosa R3
Menisco discóide
Introdução
• Período gestacional: vascularizados por
completo

• 9 meses: terço central avascular

• 10 anos de idade: terço periférico vascular


( padrão adulto) restante por fluido intra – art.

R3 Mateus Rugilo Rosa


Introdução
• MM – formato de “C”, cobre 50% da superf. Do platô
tibial medial

• ML – é + circular e cobre 70% do platô tibial lateral, 12


mm de largura e 4mm de altura, estabilizado pelos lig.
Meniscofemorais ant. e post.

- Por não apresentar ligação com os LCL apresenta maior


mobilidade

- > potencial de proteção contra lesões

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Introdução
• Descrtio por Young em 1889

• Anomalia meniscal incomum

• Assintomático ou causa de dor mecânica

• + comum lateral

• 26% de incidência ML – coreanos e japoneses


• 1% em outras populações

• 0 a 0,3% - MM R3 Mateus Rugilo Rosa


Introdução
• Menisco discoide tem maior cobertura do
platô e maior espessura.

• Pode estar associado: cabeça alta da fíbula,


alt. nas ins. Musculares da cabeça da fíbula,
osteocondrite dissecante cond. Femoral
lateral, hipoplasia do condilo femoral lateral e
hipoplasia da espinha tibial lateral

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Patogênese

• Causa não determinada

• Falha na degeneração embriológica do centro


do menisco – teoria que caiu ( menisco normal
não é formado por um precursor discoide)

• Menisco formado por uma condensação


mesenquimal do femur e tibia na 2ª sem de
gestação

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Patogênese

• Teoria de Kapplan: instabilidade pela deficiência do


lig. Meniscais posteriores causaria instabilidade – não
aceita

• Teoria mais aceita: falha no desaparecimento de uma


fibrocartilagem do mesenquima durante a formação

• Menisco discoide foi encontrado em crianças de 4 e 6


meses, sugerindo um causa precoce ( congênita)

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Classificações

• Watanabe ( Artroscópica) – 1969

• A – Completa

• B – Incompleto

• C ( menos comum) – Associado a ausência de


ligamento menicofemoral posterior ( apenas lig.
Wrisberg)

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Classificações

• Lig. Wrisberg -> Sai do corno posterior do ML e se


insere no bordo lateral do condilo femoral medial

• Com o joelho em flexão mantém o ML na posição

• Com o joelho em extensão puxa o ML para o intercondilo


( menisco fica hipertrófico e irregular)

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Classificações

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Classificações

• Smillie

• Três tipos
-> primitivo: afeta o menisco com um todo

-> intermediário: menor e incompleto

-> infantil: segmento medial com espessura + elevada

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Classificações
• Jordan 1996

• Estabilidade do menisco, sintomatologia e presença


de lesões do menisco.

Estável Completo/ Com/ Sem ( Lesão) Com/ Sem Sintomas


Incompleto

Instável Discóide Tipo Wrisberg Com/Sem ( Lesão) Com/ Sem Sintomas

Instável Normal Wrisberg Variante Com/ Sem ( Lesão) Com/ Sem sintomas

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Clínica – tipo A e B

• Geralmente assintomáticos
• Sem mobilidade anormal do menisco durante a
flexo-extensão

• Se rotura, clínica semelhante a de um menisco


normal
• Dor na interlinha lateral, estalido, derrame

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Clínica – tipo C
• É uma variante da normalidade do menisco lateral,
com ausência do lig. coronário posterior

• Durante a flexo-extensão, menisco é deslocado para o


sulco intercondilar pela sua fixação ao ligamento de
Wrisberg

• Pacientes mais jovens, sintomatologia mais precoce,


s/ relação com trauma

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Clínica – tipo C
• Sd. do ressalto do joelho – Snapping Knee Sd.
• Ressalto sentido e ouvido pela criança ou pais

• Mais comumente percebido após os 4 anos, mas pode ser


antes

• Indolor, criança ativa

• Ao exame, pode existir protrusão na intelinha lateral, que


desaparece com o menisco sendo deslocado para o
intercondilo

• Pode desenvolver bloqueio

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Exames de Imagem
• Rx
• Importante na avaliação: aumento do espaço articular lateral
do joelho, formato côncavo do platô tibial lateral,
achatamento do condilo femoral lateral, hipoplasia da
espinha tibial lateral e presença de cabeça fibular alta.

• RM
• Padrão ouro

• Artroscopia muitas vezes é dificultada pelo próprio tamanho e


conformidade do menisco
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Exames de Imagem
• RM
• Critérios Dx de Samoto

-> A razão entre o comprimento mínimo do menisco e o


máximo do platô tibial no corte coronal acima de 20%

-> A razão entre a soma das larguras das duas pontas ( cornos)
do ML e o diâmetro do ML no corte sagital acima de 75%.

-> Ambas razões tem Especificidade de 95% e 97%


respectivamente.

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Tratamento
• Estáveis
-> Meniscectomia parcial ( previne degeneração articular)

-> A largura remanescente após a ressecção parcial do menisco


deve ser entre 5 e 8 m para prevenir instabilidade e rupturas.

-> meniscectomia total em últimos casos: acelera processo de


artrose

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Tratamento
• Instáveis
-> Meniscectomia total indicada com frequência

-> Estabilização do menisco através da reconstrução do lig.


meniscofemoral posterior ( diminui chance de artrose
precoce)

-> o Tratamento deve ser individualizado e baseado na clínica


do paciente, sendo o estalido insuficiente para indicação de
tto cirúrgico. A ideia é preservar o joelho evitando o processo
de artrose precoce.
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Tratamento

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