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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE QUÍMICA – INSTITUTO DE FÍSICA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ENSINO DE CIÊNCIAS
BIOQUÍMCA
PROFESSORA: MÁRCIA MURTA

SEMINÁRIO:
SANTO DAIME E LSD

ELIAS BATISTA DOS SANTOS


PÉTERSON GUSTAVO PAIM
SUMÁRIO
1-Objetivos
2-Tipos de drogas
2.1 - Drogas Alucinógenas
2.1.1 - Santo Daime
.Histórico da Ayahuasca
.Modo de preparo
.Neuroquímica
.Propriedades Organolépticas
.Efeitos no organismo
.Usos em geral
2.1.2 - LSD
.Histórico
.Efeitos no organismo
.Lsd e Tolerância
3-Conclusão
4-Bibliografia
OBJETIVOS

-Entender o mecanismo de ação das drogas alucinógenas,


com base no Santo Daime e no LSD
-Compreender os seus aspectos históricos
-Verificar o potencial medicinal das mesmas
-Colaborar com os professores em material didático sem
apologia e sem moralismo
TIPOS DE DROGAS
(Cada tipo atua em diferente via sináptica)

-PERTUBADORAS DO SNC – Atuam na via da anandamida


.Maconha e similares

-ESTIMULANTES – Atuam na via da dopamina


.Cafeína
.Heroína
.Cocaína

-ALUCINÓGENAS – Atuam na via da serotonina


.Loló
.Lança-perfume
.LSD
.Santo Daime
DROGAS ALUCINÓGENAS
-A palavra alucinação significa, em linguagem médica,
percepção sem objeto; isto é, a pessoa que está em processo
de alucinação percebe coisas sem que elas existam. Assim,
quando uma pessoa ouve sons imaginários ou vê objetos que
não existem ela está tendo uma alucinação auditiva ou uma
alucinação visual.
-As alucinações podem aparecer espontaneamente no ser
humano em casos de psicoses, sendo que destas a mais
comum é a doença mental chamada esquizofrenia.
-Alguns autores também as chamam de psicodélicas. A
palavra psicodélica vem do grego (psico = mente e delos =
expansão) e é utilizada quando a pessoa apresenta
alucinações e delírios em certas doenças mentais ou por
ação de droga.
SANTO DAIME
(Chá da mistura do caapi e da chacrona)

 
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

O caapi (Banisteriopsis caapi). Esse cipó contém harmalina, uma


     
     
     

substância capaz de inibir a MAO, a enzima responsável pela


     
     
     
     

desativação da DMT no corpo.


     
 
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A chacrona (Psichotria viridis). Essa planta contém um


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alucinógeno chamado DMT. stâ


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a
cap
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de
inib
Há diversos tipos de ayahuasca (dependendo do lugar e
da cultura). Em todos, porém, o caapi e a chacrona são os
ingredientes fundamentais. Na cultura indígena nacional, a bebida
era uma importante ferramenta para o contato com o divino, o
diagnóstico de doenças, a percepção dos pensamentos dos
inimigos e profecias do futuro. Assim, hoje em dia, a experiência
místico-religiosa influencia de modo marcante o conteúdo
alucinógeno proveniente do consumo do chá.
HISTÓRICO DA AYAHUASCA

-Na linguagem Quechua, aya significa espírito ou ancestral,


e huasca significa vinho ou chá (Luna & Amaringo, 1991;
Grob et al., 1996).
-Outras denominações:yajé, caapi, natema, pindé, kahi, mihi,
dápa, bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of
the soul. No Brasil, é conhecida por Chá do Santo Daime ou
Vegetal (União do Vegetal).
-Preparada a partir das plantas Banisteriopsis caapi e
Psychotria viridis, que contém potentes alucinógenos em sua
composição, como a harmina, a harmalina, a
tetra-hidro-harmalina e a N,N-dimetiltriptamina (DMT).
-Há evidências arqueológicas através de potes e
desenhos que levam a crer que o uso de plantas
alucinógenas ocorra desde 2.000 a.C. na Bacia
Amazônica.
-O uso destas plantas foi condenado pela Santa
Inquisição em 1616, o cerimonial persistiu de forma
escondida dos dominadores portugueses e espanhóis.
Os padres jesuítas descreveram o uso de “poções
diabólicas” pelos nativos do Peru no século XVII.
-Em 1851, o botânico inglês R. Spruce noticiou o uso de
bebidas que intoxicavam os índios Tukanoan, no Brasil.
Os índios participavam de uma cerimônia que incluía
uma infusão que chamavam “caapi”. Após a cerimonia,
mostraram a Spruce a planta da qual a infusão derivava.
Spruce chamou a planta de Banisteria caapi,
reclassificada como Banisteriopsis caapi pelo
taxonomista Morton em 1931.
-Os alcalóides da Ayahuasca, graças à facilidade de
extração, já eram conhecidos desde a primeira metade do
século XIX e possuíam usos clínicos.
-A Harmalina foi isolada da Peganum harmala (correlata
variação da Ayahuasca) em 1840.
-Em 1847, a Harmina foi identificada Na Peganun e, em
1905, com o nome de telepatina, na Ayahuasca (Zerda e
Bayon).
-Somente em 1939, Chen & Chen descobriram que tanto a
caapi, yagé e ayahuasca eram a mesma bebida. Foram
estes mesmos pesquisadores que confirmaram que a
harmina, telepatina e banisterina eram a mesma substância.
-Em 1957, Hochstein and Paradies encontraram, além de
Harmina, também Harmalina e Tetrahidroharmina na
Ayahuasca.
-Em 1968, identificou-se a N,N dimetiltriptamina (DMT)
como outro alcalóide deste chá.
-A DMT já havia sido sintetizada em 1931, porém só foi
identificada como substância natural em 1955, na planta
Piptadenia peregrina (Anadenanthera peregrina).
-Os princípios da ação farmacológica da Ayahuasca foram
traçados na década de 1960.
-Em 1972, o estudo de Rivier & Lindgren identificou os
alcalóides presentes na decocção da planta, quais sejam:
Harmina, Harmalina, Tetrahidroharmina e Dimetiltriptamina.
-É crescente o uso da Ayahuasca, inclusive nas
Américas e Europa (Callaway & Grob, 1998) o que se
deve a vários fatores: o volume de publicações literárias
de impacto bem como a mídia do depoimento de
pessoas famosas (Cazenave, 2000); que pagam até
U$1300 para tomar o chá na floresta amazônica (Drug
turism).
- Após décadas de impasse, o senhor Jorge Aramando
Félix, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança
Institucional e Presidente do Conselho Nacional
Antidrogas, deu resolução favorável ao uso religioso da
Ayahusca em 04/11/04.
MODOS DE PREPARO

- Geralmente preparado com talos socados da


Banisteriopsis caapi (ou espécies correlatas) mais as folhas
da Psichotria viridis.
-Os métodos de preparo variam conforme o grupo, como um
chá quente ou amassando-se junto à água fria, deixando-se
em descanso por aproximadamente 24 horas (Karniol &
Seibel, Parecer do Grupo de Trabalho, 1986).

PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS

-Líquido de cor escura, cheiro de azeitona em conserva


e gosto amargo (pH básico).
NEUROQUÍMICA

-Uma das áreas de pesquisa da química é a neuroquímica: a


ciência que estuda a relação entre a estrutura química de certas
moléculas e suas atividades no Sistema Nervoso Central (SNC).

                                                                   
-Um dos conceitos básicos da neuroquímica é a chamada
Chave & Fechadura, pois, uma vez na fenda sináptica, as
moléculas do neutotransmissor têm acesso aos sítios
receptores, situados em moléculas da membrana pós-sináptica
e também da pré-sináptica. Tais sítios têm uma estrutura
molecular particular que lhe permite reconhecer a molécula do
transmissor, assim como uma fechadura reconhece sua chave
(o modelo é chamado de lock and key).

                                                
SISTEMA DE RECOMPENSA DO CÉREBRO
Outra contribuição da neuroquímica é a pesquisa no
sistema de recompensa do cérebro. Sabe-se hoje que a
“sensação” de bem estar é acionado por mecanismos químicos e
o seu desenvolvimento ocorreu para nos fazer sentir satisfação
após a alimentação ou atividades sexuais. Assim, o combate ao
stress e a depressão tem avançado muito com o produção de
medicamentos que atuem semelhantemente os
neurotransmissores e neuroreceptores que acionam o sistema
límbico.
SÍNTESE DA SEROTONINA

TRIPTOFÂNIO
A FMN (Flavina
mononucleotídeo),
presente na
estrutura química
da enzima MAO, é
um carreador de
elétrons muito
presente em
atividades redox na
célula. Na figura,
observa-se como a
FMN se reduz a
FMNH2
AÇÃO DA MAO REDUZINDO AMINAS BIOGÊNICAS
(SEROTONINA, TRIPTAMINA...)
A MAO é uma enzima
portadora de flavina,
localizada primariamente
na membrana externa das
mitocrôndrias e
encontrada nos terminais
nervosos, no fígado e em
outros órgãos. Esta
enzima oxidativa inativa
as aminas biogênicas
convertendo-as a aldeídos
posteriormente eliminados
na urina (A excreção de
H+ é acompanhada por
excreção de Na+, Ka+,
H2O, provocando sede).
N,N-DIMETILTRIPTAMINA
HARMALINA
A MAO TEM MAIS AFINIDADE COM A HARMALINA
PORQUE O NITROGÊNIO ESTÁ MAIS VULNERÁVEL AO
ATAQUE. ASSIM, A DMT FICA LIVRE PARA AGIR NO
ORGANISMO.

NA DMT, O NITROGÊNIO NA HARMALINA, O


ESTÁ LIGADO À METILA, NITROGÊNIO NÃO ESTÁ
DIFICULTANDO O ATAQUE LIGADO ÀS METILAS,
DA MAO. FACILITANDO A INTERAÇÃO
COM A MAO.
- A DMT é um potente alucinógeno, porém é inativada quando
administrada por via oral, provavelmente devido à desaminação
pela monoaminoxidase (MAO) intestinal e hepática. Sua ação
ocorre sobre o receptor 5 HT1A e é antagonista do 5 HT2.

- As beta-carbolinas possuem alta atividade como inibidoras da


MAO (ação reversível) e são provavelmente alucinógenas. No
entanto, este mecanismo de ação não está totalmente
esclarecido, pois existem poucos estudos sobre suas
propriedades psicotomiméticas. A harmalina possui efeitos de
vasoconstrição, provavelmente por interagir com sítios de sódio
na ATPase (Na/K).
- A união dessas substâncias causa potencialização das
propriedades alucinógenas, pois além da inibição da MAO pelas
beta-carbonilas e conseqüente aumento de catecolaminas
( serotonina e norepinefrina), ocorre aumento da concentração de
DMT que interage com os receptores desses neurotransmissores,
aumentando as alterações psicotomiméticas.
EFEITOS NO ORGANISMO

-Variam conforme o preparo, mas geralmente incluem:


tontura, vômito, estado de euforia ou agressividade (em
grandes doses), diarréia (mesmo após o término do efeito
alucinógeno) e sono repleto de sonhos ou pesadelos.
-As plantas adicionadas à Ayahuasca ajudam a maximizar
as experiências de estimulação visual e as sensações de
contato com forças e locais sobrenaturais e divinos.
-Aumentos leves da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e
incoordenação motora. Há referência ainda à audição de
zumbidos, formigamento de extremidades, sudorese e tremores
(Schultes, 1980).
Os efeitos psíquicos mais freqüentemente relatados são:
 -alterações no processo de pensamento, concentração,
atenção, memória e julgamento;
-alteração na percepção da passagem do tempo;
-medo de perda do controle e do contato com a realidade;
-alterações na expressão emocional variando do êxtase ao
desespero;
-mudanças na percepção corporal;
-alterações perceptuais atingindo vários sentidos, onde
alucinações e sinestesias são comuns;
-mudanças no significado de experiências anteriores -
“insights”;
-sensação de inefabilidade;
-sentimentos de rejuvenescimento;
-hiper sugestionabilidade;
-sensação da “alma se desprendendo do corpo“;
-sensação de contato com locais e seres sobrenaturais.
 
USOS EM GERAL

-Entre os Tukanoans, o yajé é responsável pela arquitetura


da tribo, pois as imagens geométricas induzidas pelo efeito
do chá desempenham um importante papel na estrutura da
vida cultural desta tribo, sendo que as experiências
relacionadas à Ayahuasca pertencem a uma realidade mais
nobre que a ordinária (Spruce, 1908).
-Entre os nativos é usada para propósitos de cura, religião e
para fornecer visões que são importantes no planejamento
de caçadas, prevenção contra espíritos malévolos, bem
como contra ataques de feras da floresta.
-O uso da Ayahuasca sobreviveu aos ataques das culturas
dominadoras. Espalhou-se para os mestiços chegando
enfim às pequenas cidades da região Amazônica, onde o
uso da bebida foi redimensionado pelos xamãs
(vegetalistas ou curandeiros) (Luna, L. E., 1984).
-Outra tentativa de uso curativo da Ayahuasca foi
empreendido na província de San Martin, no Peru, na
década de 80, por um grupo misto de médicos franceses e
peruanos, na tentativa de facilitar o tratamento da
dependência química à pasta de cocaína, sendo que não
se conhece nenhum estudo científico controlado, que possa
corroborar este resultado (Mabit, 1996).
-Como é descrito para muitas outras substâncias
psicoativas, e em especial para os alucinógenos, a
experiência de usar Ayahuasca é influenciada pelas
expectativas do indivíduo (setting) e experiências prévias.
ÁCIDO LISÉRGICO DIETILLAMIDA – LSD
Breve Histórico
A Idade Média foi uma era de "pragas" periódicas e uma delas
ficou conhecida como "Fogo Sagrado". O Fogo Sagrado causava
problemas neurológicos, incluindo ataques epilépticos e terríveis
alucinações ou ainda gangrena nas extremidades dos braços e
pernas. Consta que mais de 40.000 pessoas morreram desta
epidemia.
O agente causador desta praga foi um fungo denominado
Claviceps purpurea, um contaminante comum do centeio e outros
cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos
secundários conhecidos como alcalóides do ergot e, dependendo
de suas estruturas químicas, exercem atividade no sistema
nervoso central ou vasoconstrição (contração de vasos
sangüíneos). Os camponeses que comeram pão de centeio
contaminado com o fungo desenvolveram a doença, a qual
atualmente denominamos de "ergotismo".
- As propriedades contráteis destes metabólitos do fungo foram
exploradas por parteiras do século XVI em diante. Em 1824, os
perigos do ergot foram reconhecidos oficialmente em uma
publicação, sendo recomendado que seu uso ficasse restrito ao
tratamento do sangramento pós parto.
-No início do presente século, vários laboratórios iniciaram as
investigações da química e farmacologia do ergot. A ergometrina,
um dos diversos alcalóides do ergot, foi aquela que revelou
possuir a maior atividade vasoconstritora e é utilizada até hoje em
procedimentos médicos pós-parto.
-Em 1943, ainda pesquisando sobre os alcalóides do ergot, Albert
Hofmann e seus colaboradores, na companhia farmacêutica suiça
Sandoz, obtiveram uma série de análogos estruturais ao ácido
lisérgico, que é a estrutura-mãe da família dos alcalóides do
ergot.
- Purificando a dietilamida do ácido lisérgico, Hofmann
acidentalmente teve contato com a substância, descrevendo com
suas próprias palavras a experiência: "condição intoxicada,
caracterizada por uma imaginação extremamente estimulada...um
ininterrupto espectro de figuras fantásticas, formas extraordinárias
com cores intensas e caleidoscópicas". Ele associou estes
sintomas com os da esquizofrenia e especulou que a doença
teoria origem na química do cérebro.
- Hoje em dia, lavouras de centeio inteiras são mecanicamente
pulverizadas com suspensões de Claviceps purpurea, sendo
cultivados na Alemanha, Suiça e leste europeu. Dentre os
alcalóides comercializados, há o maleato de ergonovina e seu
análogo sintético maleato de metilergonovina que são ocitócicos,
tartarato de ergotamina e mesilato de diidroergotamina
empregados no tratamento de enxaqueca, mesilatos ergolóides
contra o declínio da capacidade mental de idosos e maleato de
metisergida na profilaxia de cefaléia de origem vascular.
EFEITOS NO ORGANISMO
-O LSD é solúvel em água, inodoro, incolor e insípido. Assim,
pode ser colocado em um líquido sem que se perceba sua
presença. (...Não coma nada dado por estranho...diziam algumas
mães dos anos 60...).
-O LSD é rapidamente absorvido depois de administrado
oralmente. É eficaz em quantidade muito pequenas.
-Uma dose de 2,5 microgramas produz efeitos durante 12 horas.
Este efeito demorado, ocorre porque a quantidade que tem
acesso no cérebro é extremamente pequena, por causa da
especificidade dos neuroreceptores. Por isso, doses em intervalos
muito curtos são totalmente ineficazes em um prazo de três dias.
-Os efeitos no organismo ocorrem em três fases: efeitos
somáticos, efeitos sensoriais e efeitos psíquicos.
-Os efeitos somáticos podem incluir:A aceleração dos batimentos
do coração (taquicardia), o aumento da pressão arterial, a
dilatação das pupilas (midríase) e a salivação, resultantes de uma
descarga do sistema nervoso simpático, devido a noradrenalina.
Aumento da freqüência respiratória, efeito hipertermizante
(aumento da temperatura corpórea) e aumento do ritmo cardíaco.
-Os efeitos sensoriais podem incluir: distorções sensoriais e
pseudo-alucinações. Podem apresentar pós-imagem persistentes
e sisnestesia (cores são “ouvidas” e os sons são “vistos”). Os
limites do corpo parecem deixar de existir.
-Os efeitos psíquicos podem incluir: interrupção do raciocínio,
verdadeiras alucinações, episódios psicóticos e até o medo
despersonalização.
LSD E TOLERÂNCIA
-O LSD com seu efeito alucinógeno (O usuário acredita que pode
voar ou andar sobre as águas, podendo levar a uma ação suicida)
provoca tolerância rapidamente (tolerância aguda).
-A tolerância é mais pronunciada para os efeitos psíquicos, mas
atinge também os efeitos periféricos.
-É praticamente impossível sentir qualquer efeito após algumas
doses sucessivas.
-A tolerância esvaece rapidamente e a mesma dose pode ser
administrada em poucos dias, sem prejuízo dos efeitos
desejados.
-A tolerância aguda aos efeitos dos alucinógenos LSD-análogos
possibilita apenas o consumo eventual dessas substâncias.
Mesmo os usuários mais pesados a utilizam apenas algumas
vezes no mês.
-Nas intoxicações observa-se frequentemente:a palpitação, a
sialosquise ( boca seca ), sede, taquicardia, midríase, distúrbios
da fala, excitação, inquietação, alucinose, ideação delirante e
coma. Pode desencadear crises de ansiedade semelhantes a um
ataque de pânico.
-Não causa dependência, nem síndrome de abstinência,
porque não modifica a estrutura dos neuroceptores.
Também, não há dose letal conhecida. Se mortes
ocorrem, são por causa das bad trips (má viagem).
CURIOSIDADE: O LSD (Dietilamida do ácido lisérgico)
também é conhecido por outros nomes, como tira, ácido,
sol da Califórnia, iluminador e Antônio Carlos:
BIBLIOGRAFIA
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CÉLULA. 3ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
BRODY, Theodore e outros. FARMACOLOGIA HUMANA: da
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1991.
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ROMEIRO, Luiz A Soares e outros. Novas Estratégias
Terapêuticas para o Tratamento da Depressão: Uma visão da
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