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O PODER RÉGIO

História A
Professor Sérgio Alves
DA MONARQUIA FEUDAL À CENTRALIZAÇÃO DO
PODER

 Rei – Instituição monárquica: unificar os particularismos


territoriais, coesão interna através da identidade nacional;

 1º Monarquia Feudal:
- relações de dependência orientadas pelo rei;
- difícil distinção entre público e privado;
- “terra de reis”, herdada pelo filho primogénito;
- várias parcelas de terra através de honras e coutos;
- títulos precários para cargos públicos (tenências de terras ou
alcaidarias dos castelos), propriedades fundiárias, rendas, casas,
padroados, cavalos, armas, etc.
DA MONARQUIA FEUDAL À CENTRALIZAÇÃO DO
PODER
 1º Monarquia Feudal – Corte de
Vassalos
- conjunto de pessoas que devem
fidelidade e apoio nas tarefas da
defesa; administração e expansão
do reino após a cedência de bens e
poderes reais;
- Rei é o 1.º senhor feudal;
- Rei, o mais rico e poderoso dos
senhores – Dominus Rex.

Iluminura sobre a vassalagem ao rei.


DA MONARQUIA FEUDAL À CENTRALIZAÇÃO DO
PODER
 2º Centralização do Poder:
- Doutrina do direito divino;
- Órgão máximo do poder público;
- Chefia militar;
- Manutenção da paz e da justiça – juiz
supremo, justiça maior – legislação
suprema/Leis Gerais;
- Exclusivo da cunhagem da moeda;
- Tabulação de preços – Lei da
Almotaçaria (D. Afonso III);
- Fiscalidade – isenções, sisas gerais
(impostos de compra e venda de bens);
- Antepassado do Estado Moderno (rei com
poder legislativo, judicial e executivo –
organização burocrática)
Iluminura sobre a vassalagem ao rei.
DA MONARQUIA FEUDAL À CENTRALIZAÇÃO DO
PODER
 Corte – Itinerante e administrativa
- Governo central, circulava por todo o país;
- Corpo de funcionários e assembleias;
- Executar resoluções do rei, deliberando e legislando.

Iluminura sobre a
Corte itinerante.
DA MONARQUIA FEUDAL À CENTRALIZAÇÃO DO
PODER
 Funcionalismo administrativo
- Alferes-mor (mais alto lugar da hierarquia militar, nas batalhas transportava o
pendão real e na ausência do rei chefiava o exército);
- Mordomo-mor (supervisionava a administração civil do reino + dapífero);
- Chanceler-mor (redação dos diplomas régios e guarda do selo real);
- (D. Afonso II faz os 1.ºs registos de chancelaria – diplomas emitidos pelo rei,
1.ºs documentos escritos em português, mas o latim é a língua oficial)
- (Reforço da chancelaria real com D. Afonso III – vários notários e escrivães,
escrivão privado do rei – escrivão da puridade).

Iluminura sobre o escrivão.


Exemplos de paleografia.
DA MONARQUIA FEUDAL À CENTRALIZAÇÃO DO
PODER
 Cúria Régia
- Órgão consultivo e administrativo;
- Decidiam, em consenso, o concelho que deviam dar ao rei;
- Assuntos de governação económica, tributos, moeda, doações, guerra e
paz;
- Funções judiciais: pleitos da nobreza, casos de justiça maior que
necessitavam de decisão do governante;

- Reuniões ordinárias: rei, rainha, membros da corte, ricos-homens,


alcaide e os altos funcionários;

- Cúria Extraordinária: assuntos de dimensão nacional, com as várias


facções sociais presentes (1.ºas Leis Gerais decididas na 1.ª Cúria
Extraordinária em Coimbra, 1211).

Selos reais.
DA MONARQUIA FEUDAL À CENTRALIZAÇÃO DO
PODER
 Das Cúrias para um Conselho Régio e Cortes, D. Afonso III
- Evolução justificada pela centralização do poder, preparação conveniente
de material jurídico;

- Legistas: novos conselheiros privados do rei (Pedro Hispano, futuro Papa, e


João de Deus, professor de Direito em Bolonha);

- Tribunais superiores;

- Assembleia de Cortes (1ª Leiria, 1254): maior diversidade social com os


três estados do reino e mais assuntos debatidos – periodicidade dependente
da vontade do rei, perante queixas ou pedidos.

Selo nobre.
INTERVENÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL
 D. Afonso III – nova organização local com
dependência directa à Coroa
- Regiões dividas em comarcas (meirinhos e
corregedores), julgados (juízes) e almoxarifados
(almoxarifes e mordomos);
- Áreas de concelhias: alcaide-mor (comandava as
tropas ao serviço da Coroa e vigiava as
actividades judiciais locais), almoxarife e
mordomo (cobrar direitos e rendas reais),
corregedor e juízes de fora (inspeccionar os
magistrados e administração municipal), e
vereadores (magistrados dos concelhios desde
1340);
- Rei pretende controlar a autonomia dos
concelhos, mantendo os direitos e o bem público Pelourinho.
com os vários senhorios.
COMBATE À EXPANSÃO SENHORIAL
 D. Afonso II – D. Afonso III – D. Dinis travam o
crescimento desenfreado da propriedade nobre e
eclesiástica:
- Criação de documentos a partir das Leis Gerais:
- Leis da Desamortização (1211) – proibição dos mosteiros
e igrejas adquirem bens de raiz;
- Confirmações (1217-1221) – confirmação do rei dos
títulos de posse de terras e direitos da nobreza e do alto
clero;
- Inquirições (1211-1223) – averiguação dos reguengos
sobre os direitos e rendas devidos ao rei, contra
usurpações, processos fraudulentos.

- Legislação anti-senhorial trouxe períodos de luta


violentos, e os senhores prestavam falsas declarações.

D. Afonso II – D. Afonso III – D. Dinis.


REACÇÃO DOS SENHORIOS AO COMBATE
 Queixas ao Papa contra os reis de Portugal, alegando
atentados contra a liberdade da Igreja:
- Excomunhões – D. Afonso II e III declaram
arrependimento régio na hora da morte, mas D. Sancho II
é deposto pelo Papa Inocêncio IV (Bula de Deposição);
- Interditos.

 Apoios dos Concelhos:


- Porto como concelho perfeito (1316) – autonomia
judicial, promoção política das elites urbanas.

D. Afonso II – D. Afonso III – D. Dinis.


AFIRMAÇÃO DE PORTUGAL NA IBÉRIA
 D. Dinis:
- Administração justa e coesa;
- Fronteiras terrestres definidas;
- Fortificações e forais;
- Expansão da superfície cultivável, feiras e comércio;
- Organizou a marinha de guerra;
- Moeda nacional fixa;
- Rei trovador, 1.ª Universidade Portuguesa, Português
como língua oficial de documentos da chancelaria
régia, fomento da arte gótica;
- Tratado de Alcanises;
- Casamento do com Isabel de Aragão.

D. Dinis – D. Isabel de Aragão – D. Afonso IV.


AFIRMAÇÃO DE PORTUGAL NA IBÉRIA
 D. Afonso IV:
- Acção conjunta com Afonso XI de Castela contra o
domínio muçulmano na península;
- Batalha do Salado;
- Epíteto O Bravo, afirmação de Portugal entre os
outros grandes reinos;
- Garante a independência nacional.

D. Dinis – D. Isabel de Aragão – D. Afonso IV.

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