Você está na página 1de 39

HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Aula de Revisão – AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Conteúdo Programático desta aula

Esta aula se destina


basicamente a analisarmos, de
uma forma breve e resumida,
os principais aspectos
abordados por nós ao longo
das 5 primeiras aulas de nossa
disciplina.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

MUNDO
CONTEMPORÂNEO
E A IDEIA DE
ACELERAÇÃO DO
TEMPO
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Consolidação
da burguesia
com a
Revolução
Francesa, que
põe fim ao
Antigo
Regime.
.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

ERA NAPOLEÔNICA

Napoleão assume o poder na França em 1799,


empreende diversas guerras de conquista na Europa,
altera o mapa europeu e governa até 1815, sendo
derrotado pelo seu próprio desejo de conquista e
expansão. Suas tropas foram sendo dizimadas e a
Europa buscou se reorganizar. Para isso, foi
estabelecido o Tratado de Paris e o Congresso de
Viena. O objetivo principal de ambos era reestabelecer
a paz na Europa e reorganizar as fronteiras dos países
buscando reconduzir as monarquias destituídas ao
poder.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Revolução Industrial

O termo Revolução Industrial designa o conjunto


de transformações no sistema pela produtivo
pelo qual a Inglaterra passou no século XVIII. Foi
um processo iniciado pela Inglaterra mas que não
ficou restrita apenas à esse país mas expandiu-se
pelo mundo. Importante destacar que essa
revolução não tem um início, é um processo que
vai se desenvolvendo e ganhando mais
aperfeiçoamento, em um processo contínuo que
dura até os dias atuais.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Por que começou na Inglaterra ?


•Problema agrário já estava resolvido;
•Atividades agrícolas dirigidas ao mercado;
•Cercamento dos campos;
•Política engatada ao lucro;
•Economia forte e Estado agressivo;
•Mão-de-obra disponível;
•Jazidas de carvão mineral, possibilitando o
desenvolvimento de fábricas movidas a este combustível
•Etapa inicial da revolução não precisava de refinamento
intelectual e por isso a Inglaterra teve condições de dar
início ao processo;

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Questões sociais da Revolução Industrial


Há um forte crescimento das cidades, uma expansão
que muda a face das mesmas. Elas se tornam sujas,
caóticas, com doenças. Um claro problema de falta
de infraestrutura é uma de suas características
básicas. Problemas de habitação, saneamento,
transporte, típicos de grandes cidades. A falta de
emprego estimula a fome, a miséria, o crime e a
prostituição. Muitos indivíduos tornam-se alcoólatras
pois assim encontravam uma fuga para seus
problemas.
Não havia emprego para todos pois a oferta de mão-
de-obra ultrapassava a demanda, o que gerava muitos
desempregados.
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Havia uma intensa exploração da mão-


de-obra infantil e feminina pois
custavam mais barato e a lei era o
lucro. A mortalidade infantil era alta
devido á problemas de higiene e de
miséria. O operariado vivia em péssimas
condições e isso acabaria por gerar
questionamentos quanto à esse
contexto, além de reflexões sobre a
exploração do trabalhador e a busca
pelo lucro incessante.
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Alguns resultados da Revolução


Industrial inglesa:

• a urbanização;
•a transformação do mundo do trabalho;
• a produção em larga;
•desenvolvimento da infra estrutura;

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

O que é capitalismo ?

O que é socialismo ?

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Conforme a burguesia se desenvolve e se afirma


enquanto classe, a interferência real, que já foi
necessária, torna-se um fardo, pois impede o
livre desenvolvimento do comércio. Surgem
então novas teorias econômicas, que irão compor
o quadro que chamaremos de modo capitalista de
produção. Surgem, então, teorias que passam a
questionar a validade do protecionismo e do
controle do rei na economia e, ao mesmo tempo,
buscam entender os mecanismo de formação e
funcionamento do sistema capitalista a medida
em que este vai se desenvolvimento.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Fisiocracia e Liberalismo

Ambos se opunham a ingerência do


Estado na economia, e defendiam que
esta possuía uma dinâmica própria, que
funcionaria melhor quanto menor fosse
a intervenção estatal. Entretanto, os
fisiocratas defendem que a fonte de
toda riqueza está na terra, enquanto os
liberais defendem a preponderância das
relações comerciais.
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Fisiocratas defendem a posse da terra como


riqueza pois ela gera excedente, fator ligado
ao comércio.

Escola Clássica de economia

Adam Smith - é um de seus principais


teóricos e defende a não intervenção do
Estado na economia – base do liberalismo.
Para Smith, a economia se autoregularia . É
dele também a teoria da mão invisível que
seria responsável por essa autoregulação.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

David Ricardo – propõe a teoria das vantagens


comparativas – relação econômica entre dois
países trará vantagens para ambos.

Thomas Maltus – analisou a relação entre


demografia e capitalismo, preocupando-se com a
escassez de recursos decorrente do crescimento
demográfico.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Tripé do Capitalismo

Lucro

Propriedade Privada

Trabalho assalariado
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Observar o inchaço das cidades, a miséria do


operariado e o enriquecimento da burguesia, com o
apoio do Estado, motivou o surgimento de novas
teorias, que se oporiam ao capitalismo, as teorias
socialistas. Embora Karl Marx seja o mais famosos de
seus teóricos, ele não foi o único, tampouco, o
primeiro. Desde o século XVIII estas teorias socialistas
tem sido gestadas no que foi chamado por Marx e seus
contemporâneos de socialismo utópico. Logo, devemos
dividir as teorias socialistas em duas correntes:

•Socialismo Utópico

•Socialismo Científico

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE
NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Socialistas utópicos – criticavam, de modo geral, as


condições de vida as quais eram submetidas a classe
trabalhadora, além da desigualdade social que o
capitalismo provocava. Suas teorias foram produzidas
entre os século XVIII e XIX.
Principais teóricos:
Robert Owen – preocupava-se com as condições de trabalho
do operariado.

Saint Simon – distribuição de recursos de acordo com a


capacidade dos indivíduos, permitindo que cada um
desenvolvesse suas potencialidades em harmonia.

Charles Fourier – elaborou a teoria das comunidades


modelo. Pai do cooperativismo.
A ALTERNATIVA SOCIALISTA– AULA 3
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE
NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

.
Louis Blanc – Estado deveria incentivar as
associações profissionais e lucro seria dividido
entre Estado e trabalhadores.

Joseph Proudhon – diferente dos outros, defendia


uma sociedade sem Estado, uma das bases do
anarquismo. Recusava o título de socialista
utópico. Defendia o corporativismo e as
associações coletivas.

A ALTERNATIVA SOCIALISTA– AULA 3


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Socialismo Científico – Karl Marx e Friedrich


Engels
O alemão Karl Marx foi, antes de tudo, um
estudioso do sistema capitalista. Foi a partir da
compreensão do funcionamento deste modelo
produtivo que Marx elaborou suas criticas e,
mais tarde, seu modelo econômico, que ficaria
conhecido como socialismo. Sua principal obra é
“O Capital”, mas também podemos destacar o
Manifesto do Partido Comunista, escrito em
colaboração com Friedrich Engels. Marx elabora
ainda o conceito de mais-valia. Lembra o que é
isso ?
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Primavera dos Povos


Na França, após a derrota de Napoleão, a monarquia foi
restaurada através da dinastia Bourbon, assumindo o
trono o rei Luís XVIII mas, havia muitos desafios neste
processo de restauração monárquica que o Estado
deveria dar conta. Luís XVIII outorgou uma nova
Constituição, que aliava conquistas obtidas na
Revolução Francesa, como a liberdade de pensamento e
a igualdade jurídica, com princípios remanescentes do
Antigo Regime. Ainda que tenha mantido a divisão dos
três poderes, exercendo apenas o poder executivo, a
constituição real estabeleceu o voto censitário, ou seja,
por renda, o que fez cair radicalmente o numero de
eleitores na França.
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Luís XVIII morre em 1824, e seu irmão, líder dos


ultrarrealistas, sobe ao trono, com o titulo de Carlos X.
O rei contava com grande apoio dos nobres, ao qual
retribuía estabelecendo leis que os favorecessem. Com
a restauração, estes nobres puderam retornar a França,
fazendo parte dos ultrarrealistas. A lei das indenizações
previa que a nobreza deveria receber pagamento pelos
bens que os revolucionários haviam confiscado. Apesar
do apoio dos nobres, os liberais ganharam as eleições
para a Câmara. Insatisfeito, o rei adota medidas
autoritárias e o povo se rebela. A burguesia apoia a
instauração de uma monarquia constitucional, deposta
em 1848, quando é instaurada a Segunda República na
França.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

O movimento de 1848 também se espalhou


por outros lugares, apontando a disputa
entre projetos de estado: liberal,
nacionalista e socialista.
Na Itália, as reformas liberais predominaram
e inspiraram a eclosão de movimentos no sul
conservador.
Na França, o movimento de 1848 depôs o rei
e instaurou a República, que depois foi
substituída pela monarquia de Luis
Bonaparte, alçado ao poder a partir de um
golpe em 1851.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Na Alemanha não unificada vigorava desde 1834 o


Zolverrein, uma liga aduaneira que permitia o livre
comércio entre os Estados germânicos. Embora a
economia se desenvolvesse não se podia dizer o
mesmo da política. As monarquias alemãs possuíam
forte influencia absolutista e as reformas liberais
eram poucas ou insuficientes para suprir as
necessidades de um mercado em constante expansão.
Tanto no caso da Itália quanto da Alemanha, o
nacionalismo foi uma nota em comum. Mais do que o
liberalismo, os anseios nacionalistas estiveram na
base dos movimentos que afetaram não só a Prússia,
mas a Áustria, a Hungria e outros estados.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

No contexto de lutas da classe


trabalhadora, o socialismo começa a
ganhar cada vez mais adeptos e isso
ocorre principalmente porque ele falava
diretamente acerca das condições de vida
e trabalho aos quais os trabalhadores eram
submetidos. O mundo do trabalho começa
a se manifestar e a questionar sua
situação. Surgem dois movimentos, o
ludismo e o cartismo.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Situação da classe operária

•Jornada de trabalho chegava à 14 e até 16


horas por dia;
•Não tinham folgas ou férias;
•Trabalho infantil e de mulheres era muito
utilizado pois custava menos;
•Não havia vínculo empregatício e o
trabalhador valia o que produzia, por isso
era denominado “mão de obra”;

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Um dos primários movimentos de resistência à Revolução


Industrial foi o ludismo, no início do século XIX. Seu nome
deriva de um de seus líderes, Ned Ludd, que praticavam a
quebra das máquinas pois atribuíam a elas o aumento do
desemprego. Os ludistas, como ficaram conhecidos os
“quebradores de máquinas” eram perseguidos e punidos,
muitas vezes, com a pena de morte. Historiadores como
Hobsbawm entendem o ludismo como uma fase de pré-
organização sindical, quando a violência e o vandalismo se
manifestavam como forma de resistência operária.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Também no século XIX, teve lugar um outro movimento, o


cartismo. Mas, diferente do ludismo, o cartismo defendia a
mudança das condições sociais do operariado pela via
politica. Feargus O’Connor e William Lovett lideraram o
movimento, e escreveram a Carta do povo – por isso o
nome do movimento é cartismo – no qual reivindicavam
participação política e ampliação de direitos, como o voto
universal e secreto, e a melhoria nas condições de
trabalho. A carta do povo foi encaminhada ao Parlamento
Inglês, que recusou suas demandas, mas o cartismo, ainda
que não tenha obtido o sucesso esperado, acabou se
tornando um importante movimento para a aquisição dos
direitos trabalhistas.

 
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

O movimento de trabalhadores evoluiu do ludismo, um


movimento desorganizado, ao cartismo, organizado e
buscando mudanças dentro da lei, até os trade unions, os
sindicatos, que acabaram por se constituir na mais
eficiente forma de organização e negociação do
operariado. O fortalecimento do operariado motivou a
criação da Primeira Associação Internacional dos
Trabalhadores, em 1864, na cidade de Londres. Mas as
lideranças trabalhistas possuíam diversas influencias e, na
maior parte das vezes, discordavam entre si. Surgiram
então diversas tendências, que defendiam o marxismo, o
socialismo, o anarquismo, o comunismo etc. Em especial, o
marxismo, que daria origem ao socialismo científico e o
anarquismo, cujo um dos principais teóricos seria o russo
Mikhail Bakunin.
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Unificação
Italiana e
Alemã
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

A divisão entre os estados italianos se tornou mais


nítida após o Tratado de Viena, que redefiniu as
possessões na Península Itálica e alguns de seus
territórios ficaram sob o domínio estrangeiro, como
os territórios cedidos aos estados germânicos.
Soma-se a esta divisão a existência dos estados
papais, de domínio da Igreja Católica e temos uma
Itália com uma configuração politica que era um
grande obstáculo a unificação. De modo geral,
podemos destacar duas fortes tendências politicas:
os monarquistas e os republicanos, que se uniram
em torno do projeto de unificação pois o
nacionalismo era um elemento presente em ambos.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Os monarquistas eram liderados pelo Conde de Cavour, e


a unificação acabou acontecendo em torno do reino mais
industrializado e próspero economicamente, o Piemonte
e Sardenha, governado pelo rei Vitor Emanuel II. A
defesa pela unificação e os ideias nacionalistas ficaram
conhecidos como Risorgimento. Além da questão
politica, havia também a enorme diferença interna. Os
estados do Norte da Itália eram liberais e haviam feito
sua própria revolução industrial, enquanto os estados do
sul eram conservadores e de economia fortemente
agrária. O apoio externo era fundamental para os ideais
dos unificadores. A França de Napoleão III forneceu o
suporte necessário do ponto de vista da política externa,
auxiliou na conquista dos territórios italianos que
estavam nas mãos estrangeiros.
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Ainda que nem Mazinni nem Garibaldi fossem


monarquistas, a unificação italiana estava
claramente sendo conduzida pelos monarquistas e foi
esta a forma de governo que preponderou na Itália.
Em 1870, Vitorio Emanuel finalmente unificou os
estados sob um único país, estabelecendo Roma
como sua capital.
A questão dos Estados papais foi resolvida em 1922,
com o Tratado de Latrão que criou o Vaticano,
estado soberano e pertencente à Igreja Católica e
onde o Papa é líder da Igreja e do Estado.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Assim como a Itália, a Alemanha também se unificou em


torno de seu estado mais forte econômica e
politicamente, neste caso, a Prússia. Depois do
Congresso de Viena, o território alemão encontrava-se
dividido em 39 estados, denominados Confederação
Germânica. Embora fossem autônomos, a Áustria, por
ser um dos mais sólidos estados monárquicos, exercia
uma enorme influência na política desta Confederação.
O mais forte adversário austríaco era a Prússia, cujo
desenvolvimento econômico ameaçava a posição politica
da Áustria.
Em 1834, o Zolverrein, a liga aduaneira dos estados
germânicos, derrubou as barreiras alfandegárias entre os
reinos. Isso estimulou o comércio interno e fortaleceu os
vínculos econômicos.
AULA DE REVISÃO AV1
HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

O Zolverrein era liderado pela Prússia, que, por


razões óbvias, deixou a Áustria de fora da liga. Esta,
por sua vez reagiu, ameaçando os prussianos com
uma reação armada e obrigando a Prússia a
reconsiderar sua posição e aceitar a presença
austríaca na liga. Politicamente, a Áustria possuía
melhores relações internacionais que a Prússia e,
portanto, contava com um maior número de aliados.
Em 1860, sob o comando do chanceler Otto Von
Bismarck a Prússia iniciou um intenso programa de
modernização militar. A disciplina de suas forças
armadas tornaram-se lendárias e estas foram um
instrumento fundamental para o processo de
unificação, extremamente conflituoso.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

No caso da Alemanha do século XIX, Bismarck


acreditava que a unificação se daria a partir da
superioridade das Forças Armadas e por isso buscou
desenvolver ao máximo o Exército prussiano.
Em 1866 foi assinado o Tratado de Praga, que punha
fim a Confederação Germânica e marcava a ascensão
da Prússia como uma potência. Os Estados no norte
foram reorganizados, passando a ser liderados pelo
Kaiser Guilherme I. Otto von Bismarck ocupava o
cargo de primeiro ministro do Kaiser. A política de
Napoleão III propiciou a declaração de guerra entre
prussianos e franceses.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Bismarck acreditava que a guerra contra um


inimigo comum reuniria os diversos estados,
que superariam suas diferenças para lutar
contra uma ameaça estrangeira. Suas previsões
se mostraram corretas e ao final da guerra,
com a derrota da França, em 1871, o processo
de unificação alemã finalmente se completara.
Estava criado o Segundo Reich, que significa
segundo império, tendo sido o primeiro
império o antigo Sacro Império Romano
Germânico.

AULA DE REVISÃO AV1


HISTÓRIA DA CULTURA E DA SOCIEDADE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

NESSA AULA VOCÊ:

• Revisou os principais aspectos que


caracterizaram as cinco primeiras aulas dessa
disciplina, analisando de forma breve e
resumida acontecimentos relevantes do
período estudado. Não deixe de assistir as
aulas pois são muito importantes para
consolidar o seu aprendizado !!

AULA DE REVISÃO AV1

Você também pode gostar