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Cidadania e

Empregabilidade
ORGANIZAÇÃO POLITICA DOS ESTADOS
DEMOCRÁTICOS

Formadora: Mafalda Teixeira


Organização Política dos Estados
Democráticos
Temas a abordar: 6. A União Europeia (UE)
7. A Organização das Nações Unidas (ONU)
1. A Cidadania e o Cidadão 8. Outras organizações importantes
2. Direitos e Liberdades fundamentais 9. Participação organizada e solidariedade
3. A Democracia social

4. Os Estados Democráticos 10. Justiça e Equidade Social


5. A organização Institucional do Estado 11. Imigração e Interculturalidade
Português
Tema
1
A
Cidadania
eo
Cidadão
Cidadania, o que
é?
“A cidadania é responsabilidade perante nós e
perante os outros, consciência de deveres e
direitos, impulso para a solidariedade e para a
participação, é sentido de comunidade e de
partilha, é insatisfação perante o que é injusto
ou o que está mal, é vontade de aperfeiçoar, de
servir, é espírito de inovação, de audácia, de
risco, é pensamento que age e ação que se
pensa.”
Jorge Sampaio, in Educar para a Cidadania, Maria de Lourdes L.
Paixão, Lisboa Editora
A História da
Cidadania
A história da cidadania confunde-se em muito com a
história das lutas pelos direitos humanos.

A conceção moderna de cidadania assenta na


igualdade de todos ao homens perante a lei e remonta
à Revolução Francesa e à ratificação da Declaração
Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão em
1789.
A Cidadania e o
Cidadão
Cidadania pressupõe a existência de direitos e deveres que devem ser tidos em conta pelo
cidadão.

A Cidadania é então uma construção coletiva onde cada um de nós enquanto cidadão devemos
não só zelar pelos nossos direitos, mas também cumprir com os nossos deveres perante a
comunidade e o Estado.
O
Cidadão
Cidadão é o indivíduo pertencente a um Estado livre, no gozo dos seus direitos
civis e políticos, e sujeito a todas as obrigações inerentes a essa condição.
Tema
2
Direitos e
Liberdades
fundamentais
Direitos e Liberdades
Fundamentais
Os Direitos Fundamentais dizem respeito aos direitos do ser humano que são reconhecidos e
positivados na esfera do Direito Constitucional de um determinado Estado – caracter nacional
– ou conjuntos de Estados (por exemplo, a União Europeia).

Em Portugal os Direitos e Liberdades Fundamentais dos cidadãos encontram-se reunidos na


Constituição da Republica Portuguesa.
São eles:
 Os Direitos Cívicos
 Os Direitos e Liberdades do Campo Político
 Os Direitos e Liberdades do Campo Económico e Social
 Os Direitos e Liberdades do Campo Cultural
Direitos
Cívicos
Correspondem aos direitos fundamentais da pessoa humana. São eles:
 Direito à vida e à integridade pessoal (física e moral)
 Direito à liberdade e à segurança
 Direito à vida pessoal e privada
 Direito à família, casamento e filiação
 Direito à liberdade de expressão e de informação
 Direito à defesa em tribunal
 Direito à liberdade de consciência, de religião e de culto
Direitos
Políticos
São direitos políticos:
 Direito à participação na vida pública
 Direito de sufrágio (é também um dever cívico)
 Direito de acesso a cargos públicos
 Direito de constituir ou participar em associações e
partidos políticos
 Direito de petição e direito de ação popular
Direitos Económicos e
Sociais
São direitos económicos e sociais:
 Direito ao trabalho
 Direito à segurança social e solidariedade
 Direito à saúde
 Direito dos trabalhadores, engloba:  Direito à habitação
• o direito à greve  Direito ao ambiente e qualidade de vida
• à justa retribuição do trabalho
• a salvaguarda das condições de higiene,
segurança e saúde
• a garantia de assistência em situações de
precariedade – por exemplo: doença
profissional, acidente de trabalho
• criação de comissões de trabalhadores e
associações sindicais
Direitos do Campo
Cultural
São direitos culturais:
 Direito à educação
 Direito à fruição e criação cultural
 Direito à cultura física e ao desporto
Os Direitos
Humanos
 A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada
pela Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.

 Contém um total de 30 artigos, que abordam


questões
relativas aos direitos básicos de todos os seres humanos.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com
espírito de fraternidade.
Artigo 1º da Declaração dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi assinada


pelos 193 países que fazem parte da Organização das Nações
Unidas.
Direitos Humanos, o que
são? Direitos – coisas a que temos direito ou que nos são
permitidas. Liberdades que nos são garantidas.

Humanos – relativo a um membro da espécie homo sapiens


– a uma pessoa, seja ela homem, mulher ou criança.

Direitos Humanos – direitos inerentes à nossa condição


humana. São iguais para todos ser humanos,
independentemente da raça, idade, crenças e estatuto
social.
Os Direitos Humanos são Universais!
Tema
3
A
Democracia
Democracia, o que
é?
“A Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo”
Abraham Lincoln (1809 – 1865)
A História da Democracia (na europa
ocidental)

O termo Democracia surgiu na Antiguidade As ideias democráticas reaparecem na Idade Na Europa, a Democracia voltou a ficar
Clássica, na Grécia (Atenas). Moderna como resposta ao absolutismo. suspensa com a ascensão de regimes
Assiste-se então, à queda da monarquia e ao ditatoriais e totalitários. Situação que durou
aparecimento do Liberalismo. até ao fim da Segunda Guerra Mundial.
A História da Democracia (em
Portugal) A Primeira Républica
A 5 de Outubro de 1910 dá-se a Implantação da
Républica em Portugal.

Em 1911 foi aprovada a primeira Constituição da


Républica Portuguesa e foi eleito o primeiro
Presidente da Républica (Manuel de Arriaga).

A aprovação da primeira Constituição da Républica


marca o regresso dos princípios liberais que passam
pela consagração do sufrágio direto na eleição do
parlamento, a soberania da Nação e a divisão
tripartida dos poderes políticos
A História da Democracia (em
Portugal)
O 25 de Abril e a Construção da Democracia

No dia 25 de abril de 1974, um grupo de miliares do


Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubaram o
regime vigente (Estado Novo).
 Democratizar, descolonizar e desenvolver eram os
principais objetivos do MFA.
Após o sucesso deste movimento deu-se uma
profunda mudança na sociedade portuguesa, com a
aquisição de novos direitos, liberdades e garantias.
Promulgados após a aprovação da Constituição da
Républica de 1976.
A História da Democracia (em
Portugal) A Constituição de 1976 e o Restabelecimento da Democracia

A Constituição da República promulgada em 1976 representa o


fim legal do Estado Novo.

Restitui aos portugueses direitos, liberdades e garantias de


que tinham sido privados durante a ditadura (como por exemplo:
o direito ao voto, a liberdade de expressão, entre outros).

Estabelece o funcionamento dos órgãos de poder central, local


e regional (é dada à população a possibilidade de eleger os órgãos
de poder local e regional, coisa que não acontecia até aqui).
Democracia, é a melhor
opção?
“Muitas formas de governo foram tentadas, e serão testadas neste mundo de
pecado e aflição. Ninguém finge que a democracia é perfeita ou onisciente. De fato,
diz-se que a democracia é a pior forma de governo exceto todas as outras formas
que foram testadas de tempos em tempos.”

Winston Churchill
Tema
4
Os Estados
Democrático
s
Estados Democráticos, o que
são?
O Estado democrático de direito é um conceito que
designa qualquer Estado que se aplica a garantir o
respeito das liberdades civis, ou seja, o respeito pelos
direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através
do estabelecimento de uma proteção jurídica.

Num estado de direito, as próprias autoridades políticas


estão sujeitas ao respeito das regras de direito.
Um Estado Democrático chamado
Portugal
“A República Portuguesa é um Estado de direito
democrático, baseado na soberania popular, no
pluralismo de expressão e organização política
democráticas, no respeito e na garantia de
efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e
na separação e interdependência de poderes,
visando a realização da democracia económica,
social e cultural e o aprofundamento da democracia
participativa.”
Artigo 2.º da Constituição da Républica Portuguesa
Estados Democráticos no
Mundo

Fonte: Democracy Index, 2019. The Economist


Tema
5
A Organização
Institucional do
Estado Português
As Instituições Democráticas em
Portugal
Poder Central Poder Local Poder Regional

Presidente da Republica Assembleia da Republica Câmaras e Assembleias Governos Regionais e


Municipais Assembleias Regionais

Governo Tribunais Juntas de Freguesia e


Assembleias de Freguesia
Os órgãos de Soberania e o Poder
Central
Presidente da Assembleia
Governo Tribunai
Republica da Republica
s

É o Chefe de Estado e o É composta por todos os Conduz a política geral do


deputados eleitos pelos Administram a justiça. Nos
Comandante Supremo das forças país e dirige a
Portugueses para os regimes democráticos
armadas Administração Pública, que
representarem a nível caracterizam-se por serem
executar a política do
nacional independentes e autónomos
Estado

Poder Legislativo Poder Executivo Poder Judicial

Órgãos de Soberania eleitos pelos cidadãos portugueses


Os órgãos de Poder Local e
Regional
Poder Local Poder Regional

Câmaras e Assembleias Juntas de Freguesia e


Governos Regionais Assembleias Regionais
Municipais Assembleias de Freguesia

Caracterizado pela proximidade às populações que o As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores
elege. Deve garantir a concretização dos interesses usufruem de um regime de governo especial. Têm o
dessa população e ao mesmo tempo dar resposta aos poder de fazer leis em matérias de interesse regional e
seus problemas e necessidades. exercer o poder executivo através de dois órgãos de
soberania: a Assembleia e o Governo Regional
Tema
6
A União
Europeia
União Europeia, o que
é?
A União Europeia (UE) é uma união económica e política
composta por 27 Estados-membros.

Países que fazem parte da UE


Alemanha Grécia
Áustria Hungria
Bélgica Irlanda
Bulgária Itália
Chéquia Letónia
Chipre Lituânia
Croácia Luxemburg
Dinamarc o Malta
a Países Baixos
Eslováquia Polónia
Eslovénia Portugal
Espanha Roménia
Estónia Suécia
Finlândia
França
Objetivos e Valores da União
Europeia
OBJETIVOS VALORES
 Dignidade do ser humano.
 Promover a paz e o bem-estar dos seus cidadãos.
 Garantir a liberdade, a segurança e a justiça. Liberdade (liberdade de circulação e as liberdades
individuais).
 Favorecer o desenvolvimento sustentável e a proteção
 Igualdade de todos os cidadão perante a lei.
do ambiente.
 Lutar contra a exclusão social e a discriminação.  Estado de Direito.

 Promover o progresso científico e tecnológico.  Direitos Humanos.

Reforçar a coesão económica, social e territorial dos


países da UE.
Estes objetivos e valores constituem a base da União
 Reforçar a solidariedade entre os países da UE. Europeia e estão estabelecidos no Tratado de Lisboa e na
Carta dos Direitos Fundamentais da UE
 Respeitar a diversidade cultural e linguística da UE.
 Estabelecer uma união económica e monetária.
A Cidadania
Europeia
A cidadania europeia foi instituída pelo Tratado de Maastricht, em 1992, e confere direitos e
deveres aos cidadãos da União Europeia.

“É cidadão da União qualquer pessoa que tenha a nacionalidade de um Estado-membro.”


Artigo 8 º. Tratado de Maastricht
Direitos e Deveres do Cidadão
Europeu DIREITOS DO CIDADÃO DEVERES DO CIDADÃO

 Viajar e viver na UE – liberdade de  Assumir a identidade europeia.


circulação.
 Aplicar na prática os valores europeus.
 Participar na vida política da UE.
 Reclamar o direito à justiça – contribuir para
Apresentar petições e queixas ao construção de uma sociedade mais justa.
Parlamento Europeu.
 Proteção diplomática e consular.
 Defesa do consumidor.
Instituições e Órgãos da
UE
A União Europeia é constituída por três organismos principais: a Comissão Europeia, o Parlamento
Europeu e o Conselho da União Europeia.

A Comissão Europeia
 Propõe novas leis.
 Gera as politicas europeias e distribui os fundos da UE.
 Zela pelo cumprimento do direito Europeu.
 Representa a UE a nível internacional.

A Comissão Europeia é o órgão executivo da UE


Instituições e Órgãos da EU
(cont.)
O Parlamento Europeu

Tem três poderes principais:


 Poder Legislativo
 Poder de Supervisão
 Poder Orçamental

O Parlamento Europeu é o órgão legislativo da União


Europeia. É diretamente eleito pelos cidadãos
europeus de cinco em cinco anos.
Instituições e Órgãos da EU
(cont.)
Conselho da União Europeia

 Negoceia e adota a legislação europeia.


 Coordena as políticas dos países da UE.
 Define a política externa e de segurança.
 Celebra acordos entre a UE e outros países ou organizações
internacionais.
 Aprova o orçamento da UE em conjunto com o Parlamento
Europeu.

O Conselho da União Europeia é, juntamente com o


Parlamento Europeu, o principal órgão de decisão da
UE.
Símbolos da União
Europeia
 A Bandeira Europeia – simboliza os ideais de unidade,
solidariedade e harmonia entre os povos da Europa.
 O Dia da Europa – celebra-se no dia 9 de maio. É um dia
para festejar a paz e a unidade no continente europeu.

A Divisa Europeia – “Unidos na Diversidade”. Esta divisa,


evoca a forma como os europeus formaram a UE para
trabalhar em conjunto pela paz e prosperidade, sem
nunca esquecer a enriquecedora diversidade de culturas,
tradições e línguas que caracterizam o continente
europeu.

O Hino Europeu – a melodia escolhida para simbolizar a


UE é o “Hino à Alegria” e exalta os ideais europeus de  O Euro – é a moeda oficial de 19 países da União
liberdade, paz e solidariedade.
Europeia, que juntos constituem a “zona euro”.
A União Europeia no
Mundo
A União Europeia:

 É o principal Bloco Comercial do mundo.

É o maior exportador mundial de bens e serviços e o maior mercado de


importação para mais de 100 países.

Apoia milhões de pessoas vítimas de catástrofes (naturais ou não) ao redor do


mundo.

Desempenha um papel importante no plano diplomático, procurando promover a


estabilidade, a segurança e a prosperidade, a democracia, as liberdades
fundamentais e o Estado de Direito a nível internacional.
Portugal na União
Europeia
Data de adesão: dia 1de janeiro de 1986
Moeda: Euro
Schengen: membro do Espaço Schengen desde 26 de março de
1995

Desde a sua adesão, Portugal é um país com uma voz ativa na UE.
Mas afinal o que mudou desde aí?
“Portugal é hoje um país completamente diferente, onde a
esperança média de vida aumentou bastante, onde a
mortalidade precoce caiu vertiginosamente, o nível de
qualificações dos portugueses subiu de forma exponencial, as
redes de apoio social e de cuidados de saúde alargaram-se a
todos os pontos do país, sem esquecer os ganhos de
produtividade e o avanço tecnológico, que são hoje
inquestionáveis.” Duarte Marques. In Expresso
https://ensina.rtp.pt/artigo/como-nasceu-a-uniao-europeia/
Tema
7
A Organização das
Nações Unidas
A Organização das Nações Unidas
(ONU)
A Organização das Nações Unidas (ONU) é, em termos gerais, uma organização internacional
formada por vários países que se reuniram, voluntariamente, para trabalhar pela paz e pelo
desenvolvimento mundial

“O objetivo da ONU é o de unir todas as nações do mundo em prol da paz e do desenvolvimento, com base
nos princípios da justiça, dignidade humana e no bem-estar de todos. A ONU dá aos países a oportunidade
de procurar soluções em conjunto para os desafios do mundo, preservando os interesses e a soberania
nacional.”
A Organização das Nações Unidas no
Mundo

Atualmente a ONU é composta por 193 estados-membros


História e Missão da
 ONU
Data de fundação: 24 de Outubro de 1945

 Missão: promover a paz e a cooperação internacionais

 Principal documento: a Carta das Nações Unidas

 Secretário Geral: António Guterres

 Países membros: fazem parte da ONU 193 países

 Portugal na ONU: Portugal é membro da ONU desde 1955


Competências da
ONU
Devido aos poderes conferidos pela Carta das Nações Unidas e
graças ao seu caráter internacional sui generis, a ONU pode
tomar medidas sobre as grandes questões relacionadas com a
humanidade, como a paz e a segurança, alterações climáticas,
desenvolvimento sustentável, direitos humanos,
desarmamento, terrorismo, ajuda humanitária e emergências
de saúde, igualdade de género, governação, entre muitas
outras.

Não é por isso de estranhar, que perante uma missão tão


abrangente, o sistema da ONU seja composto por um conjunto
de programas, fundos e agências especializadas, conhecidos
como “Família das Nações Unidas”
A “Família das Nações
Unidas”
O sistema da ONU, também conhecido como “Família das Nações Unidas”, é formado
por programas, fundos e agências especializadas (15 no total).

São exemplo destes programas, fundos e agências especializadas:


 Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
 Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)
 Fundo Monetário Internacional (FMI)
 Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)
 Organização Mundial de Saúde (OMS)
 Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
A “Família das Nações Unidas” em
ação
A “Família das Nações Unidas” em
ação
A “Família das Nações Unidas” em
ação
Objetivos da ONU até
2030
Em 2015 foram definidos pelas da Organização das Nações Unidas, os seguintes objetivos de
desenvolvimento sustentável:
Objetivos da ONU até 2030
(cont.)
Tema
8
Outras
Organização
Importantes
Outras Organizações
Importantes
Atualmente existem inúmeras organizações intergovernamentais e não governamentais que trabalham
com o intuito de tornar o mundo um lugar mais justo e equilibrado a todos os níveis.

Organizações intergovernamentais são, associações voluntárias de


Estados-soberanos, que trabalham entre si com o intuito de atingir os
objetivos políticos, económicos, sociais, culturais, bélicos.

Organizações nãos governamentais (ONG) são organizações sem


fins lucrativos formadas pelas sociedades. Cuja missão passa pela a
resolução de alguns dos problemas da sociedade. Pela reivindicação
de direitos e melhorias e ainda, pela fiscalização do poder público.
Organizações Intergovernamentais
São Organizações Intergovernamentais,

 Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO)


 Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO)
 Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)
 Organização Mundial de Saúde (OMS)
 Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
 Fundo das Nações para a Infância (UNICEF)
 Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
 Organização Mundial do Comércio (OMC)
Organizações Não Governamentais
(ONG)
São Organizações Não Governamentais,

 Assistência Médica Internacional (AMI)


 Cruz Vermelha
 Amnistia Internacional
 Médicos Sem Fronteiras
 Cáritas
 Greenpeace
 Médicos do Mundo
Tema
9
Participação Organizada
e Solidariedade
Social
Solidariedade
Social
Solidariedade, o que é?
“É um
comportamento
social que suscita
sempre a ideia de
coesão, agregação,
ordenação e
integração
unificante dos
homens que se
sentem agentes
sociais de
solidariedade”.
Gutiérrez Garcia

Solidariedade Social
Solidariedade Social e o aparecimento das
IPSS
Com o desenvolvimento industrial e da rápida evolução do mercado livre, as crises sociais graves sucedem-
se de forma mais ou menos avassaladora em todos os países.
Perante a fragmentação social, à qual o Estado não conseguia responder adequada e atempadamente,
surge a necessidade de uma reorganização da sociedade que culmina na criação de associações cujo
principal objetivo passa pela defesa dos interesses de um determinado grupo, causa ou minoria. São as
chamadas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
As Instituições de Solidariedade
Social
O que são?
“são entidades sem finalidade lucrativa, constituídas exclusivamente por iniciativa de particulares, com o
propósito de dar expressão organizada ao dever moral de justiça e de solidariedade, contribuindo para a
efetivação dos direitos sociais dos cidadãos, desde que não sejam administradas pelo Estado ou por outro
organismo público”
Estatuto das IPSS, 2014
As Instituições de Solidariedade Social
(cont.)
Atividades desenvolvidas pelas IPSS

 Apoio à infância e juventude, incluindo as crianças e jovens em perigo


 Apoio à família
 Apoio às pessoas idosas
 Apoio às pessoas com deficiência e incapacidade
 Apoio à integração social e comunitária
Proteção social dos cidadãos nas eventualidades da doença, velhice, invalidez e morte. E ainda, em todas as situações
de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho
 Prevenção, promoção e proteção da saúde
 Educação e formação profissional dos cidadãos
 Resolução dos problemas habitacionais das populações
As Instituições de Solidariedade Social
(cont.)
Serviços prestados pelas IPSS

 Acolhimento institucional para crianças e  Centros Comunitários


jovens em perigo  Centros de Atividades Ocupacionais
 Alojamento Social de Emergência e de Tempos Livres (CATL)
 Cantinas Sociais  Creches e Jardins de Infância
 Casas Abrigo  Cuidados Continuados Integrados
 Centros de Dia Lares residenciais (de infância e
 Centros de Apoio à Vida juventude ou pessoas idosas)
 Centros de Apoio Familiar e Aconselhamento
Familiar
 Serviços de apoio domiciliário
As Instituições de Solidariedade Social
(cont.)
Importância das IPSS

A importância das IPSS está intimamente ligada ao interesse público do trabalho que desenvolvem já que
estas instituições estão onde o Estado não está – ou, estando, está com deficiente trabalho
Assim, podemos afirmar que as IPSS
são economia das pessoas e para as pessoas, com abordagem mais humanista, mais próxima e mais
benéfica para os cidadãos, sobretudo, para os que vivem em situações de maior fragilidade social
O Voluntariado e a Solidariedade
Social
O voluntariado e a solidariedade social ocupam nas sociedades modernas um
lugar de destaque, pela importância que têm e por serem cada vez mais atuais e
úteis à sociedade contribuindo para a unidade dos povos e para a solução dos
seus problemas.

Mas final afinal, o que é o voluntariado?


É um conjunto de ações de interesse social e comunitário realizadas de forma
desinteressada e estruturada por pessoas
(voluntários) ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade.

E quem é o voluntário?
O voluntário é aquele que dá uma parte do seu tempo gratuitamente, pondo toda a sua capacidade no desempenho de
uma tarefa de carácter social, cultural ou cívico, em favor de uma comunidade.
O Voluntariado e a Solidariedade Social
(cont.)
Onde fazer voluntariado?
São várias as instituições internacionais, nacionais, regionais e locais que promovem nas suas atividades o
voluntariado.
Assim, se tiver intenção de fazer voluntariado pode, por exemplo, contactar as Instituições de
Solidariedade Social (IPSS) da sua área de residência, ou então consultar plataformas como:
 Plataforma Portugal Voluntário (www.portugalvoluntario.pt)
 Bolsa de Voluntariado (bolsadovoluntariado.pt)
 Serviço Voluntário Europeu (europa.eu)
 Global Volunteers (globalvolunteers.org)
 Programa Internacional de Voluntariado WWF (www.natureza-portugal.org)
O Voluntariado e a Solidariedade Social
(cont.)
Razões para fazer voluntariado
Fazer voluntariado não é apenas uma forma de ajudar os outros, é também um contributo para o
crescimento e enriquecimento pessoal de quem o realiza.
Assim, fazer voluntariado:
 É bom para a saúde
 É impulsionador de carreira
 É uma experiência no mundo real
 É defender uma causa em que se acredita
 É criar laços com outras pessoas
 É ganhar uma nova perspetiva da vida e do mundo
 É uma oportunidade de criar um impacto positivo e de fazer a diferença numa comunidade e no mundo
O Voluntariado e a Solidariedade Social
(cont.)
Importância do Voluntariado
Em termos socias o voluntariado tem permitido discussões sobre valores como a ética e cidadania, além de
estimular a solidariedade e a cultura de paz.
Por outro lado, o voluntariado permite o crescimento pessoal, social e emocional de todos aqueles que o
praticam.

“As pessoas não são ilhas que possam realizar-se separadamente. E em cooperação mútua e em relação fraterna que
elas conseguem as condições necessárias à sua realização plena”
Manuel Bernardo
O Voluntariado e a Solidariedade Social
(cont.)
Voluntariado…
“Seja a mudança que quer ver no mundo”
Mahatma Gandhi

“Quando somos bons para os


outros,
somos ainda melhores para nós”
Benjamin Franklin
Tema
10
Justiça e
Equidade
Social
Justiça e Equidade
Social
Justiça Social

“é um princípio fundamental de coexistência pacífica e próspera entre as nações. Defendemos


os princípios da justiça social quando promovemos a igualdade de género ou os direitos dos
povos indígenas e dos migrantes. Favorecemos a justiça social eliminamos as barreiras que as
pessoas enfrentam, por motivos de género ou relacionados com a idade, raça, origem étnica,
religião, cultura ou deficiência”

Por outras palavras, justiça social é uma construção moral e política


baseada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva.
Justiça e Equidade Social
(cont.)
Equidade Social

é a busca da igualdade tendo em conta as diferenças individuais, sociais e económicas de cada


um.
Perante isto, o filósofo John Rawls afirma
que uma sociedade justa deve respeitar os
seguintes princípios básicos:

 Garantia das liberdade fundamentais


todos. para
 Igualdade equitativa de oportunidades e
manutenção das desigualdades apenas para
favorecer os mais desfavorecidos.
Justiça e Equidade Social
(cont.)
Resumindo…

… só existe justiça onde a equidade opera.


Tema
11
Imigração e
Interculturalidade
Imigração… o que
é?
É o movimento de entrada de estrangeiros num determinado país de forma temporária ou
permanente.

Porque ocorre?

De uma forma geral, as pessoas que imigram procuram


melhores condições de vida.
No entanto, há quem saia do seu país de origem por ter sido,
em algum momento, alvo de perseguição e/ou descriminação
devido às suas opções políticas e religiosas (por exemplo).
Imigração em
Portugal
Número de imigrantes em Portugal subiu quase
23%. Já somam 590 mil.
(Fonte, Público. Junho de 2020)
As comunidades mais representadas são
pessoas oriundas dos seguintes países:
 Brasil
 Cabo Verde
 Reino Unido
Interculturalidade
Tem em conta a diversidade cultural presente nas sociedades atuais, procurando favorecer –
através do diálogo – a integração e a convivência harmoniosa de pessoas com culturas diferentes.

Diversidade Diferente Diversidad Diferentes Diferentes


cultural Religiões Costumes e
s Etnias e
Tradições
Linguística
Interculturalidade
(cont.) VANTAGENS DESVANTAGENS

 Conhecimento de e costumes  Aumento da exclusão social


diferentes
usos dos nossos.
 Perda de identidade cultural - desculturação
 Enriquecimento cultural
Aumento dos sentimentos de ódio e de
 Troca de saberes rejeição face ás minorias (racismo, xenofobia,
etnocentrismo, etc.)
 Progresso e desenvolvimento
Lembrando que…

“O verdadeiro diálogo não é falar


com pessoas que acreditam nas
mesmas coisas que nós acreditamos”
(Zygmunt Bauman)

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