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INSPEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PONTES DE AÇO

– PARTE II
APRELHOS DE APOIO

Responsáveis pela ligação entre a superestrutura e pilares ou encontros.


Função: Transmitir as solicitações da superestrutura para pilares e encontros e
representar as condições das vinculações adotadas teoricamente
INSPEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PONTES DE
AÇO – PARTE II
APRELHOS DE APOIO
Mecanismos de deterioração
a) Presença de sujeira e detritos
- Impedimento de deslocamento horizontal em apoios móveis
- Impedimento ao giro em apoios fixos e móveis
- Favorecimento da corrosão de chapas de apoio, roletes e chumbadores
Ocasiona alteração do esquema estático considerado, podendo ainda ocasionar a
introdução de esforços não considerados no cálculo que podem ser representativos.
b) Movimentação de pilares e encontros:
- deslocamentos horizontais dos aparelhos de apoio
- Rotação acentuada
- Concentração de tensão
- Desnivelamento/desalinhamento entre tramos da ponte
- Plastificação localizada com aumento do impacto.
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MÁ CONSERVAÇÃO DAS VIAS

Sobrecargas excessivas podem provocar:


- Deslocamentos nos elementos estruturais acima do projetado
- Aumento significativo das solicitações
Má conservação das vias podem provocar:
- Aumento significativo das forças de impacto (coef. De impacto das normas
considera que as linhas dos trilhos mantén linearidade da bitola)
- Deslocamento da superestrutura proveniente das forças transversais não
consideradas no cálculo
- Concentração de tensões devido a má distribuição das forças verticais em função do
comprometimento dos dormentes.
Dissertação de mestrado Pollyana Gil Cunha. EPUSP.
Dissertação de mestrado
Pollyana Gil Cunha. EPUSP.
Dissertação de mestrado
Polyana Gil da Cunha. EPUSP.
INSPEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PONTES DE AÇO
– PARTE II

Dissertação de mestrado
Polyana Gil da Cunha. EPUSP.
INSPEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PONTES DE AÇO
– PARTE II
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– PARTE II
FADIGA:
Fenômeno que vários materiais apresentam, quando submetidos a carregamentos
cíclicos, de romperem com tensões menores que a tensão de ruptura.
Nos aços a fatiga é caraterizada pelo aparecimento e propagação de fissuras que,
dependendo do elemento comprometido, pode levar à ruína.
Deve-se considerar no projeto.
Principais Fatores:
a) Características geométricas
b) Amplitude das tensões
c) Corrosão
d) Propriedades dos materiais
e) Tipo de utilização da ponte, amortecimento
A resistência à fadiga de uma ponte é inversamente proporcional ao número de ciclos a
que está submetida.
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FADIGA:
AASHTO – LRFD 2012. Item 6.6.1.2.5 Resistência à fadiga
Para o estado de fadiga I e vida infinita:
(6.6.1.2.5-1)
Para o estado de fadiga II e vida limitada:

Constante da tabela 6.6.1.2.5-1


𝑁 =( 365 ) ( 75 ) 𝑛 ( 𝐴𝐷𝑇𝑇 ) 𝑆𝐿

( 𝐴𝐷𝑇𝑇 )𝑆𝐿= 𝐴𝐷𝑇𝑇 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑢𝑚𝑎 𝑣𝑖𝑎 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠


=Amplitude constante de fadiga tomada da tabela 6.6.1.2.5-1

=Número de faixa de tensão obtido da tabela 6.6.1.2.5-2


INSPEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PONTES DE AÇO – PARTE II
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FADIGA:
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Identificação de Fisuras de Fadiga. Liquido Penetrante (Dye penetrant)
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Identificação de Fisuras de Fadiga. Fluxo Magnetico
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Fisura crítica na base da solda ocasionada por tensões fora do plano e de flexão.
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Medidas de reparo adotadas pelo TxDOT
Tipo 1. Gouge e nova solda
Tipo 2. Corte com chama da alma.
Tipo 3. Furos na frente da fisura (crack tip)
TIPO 1 Com solda de arco, o material em volta da fisura é removido em uma distância
em frente da fisura um pouco maior da metade da largura da peça. Posteriormente se
repõe o material cortado com solda.
O custo do procedimento é alto
e só é possível de verificar a
eficiência do trabalho por meio
de raios X. As fisuras poderiam
reaparecer se não se eliminam
de maneira adequada todas as
tensões. Neste método evita-se
a perda de seção da alma.
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TIPO 2 Empregada quando as fisuras estão agrupadas e se três ou mais ramas se
originam de uma fissura. Neste método identifica-se as fissuras e corta-se o material
fissurado ao longo da área demarcada.
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TIPO 2 Deve-se ter cuidado no procedimento de corte de efetuar furos con trajetórias
suaves, evitando-se esquinas de 45 e 90 graus. Deve-se verificar que todo frente de
fisura foi removido (Dye Penetrant test antese depois do trabalho de reparo)
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TIPO 2
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TIPO 2 Este método implica menor custo que o anterior mas é importante garantir que
a área em volta da fisura seja aliviada de altas tensões.
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TIPO 3 Procedimento similar ao anterior e parte do enrijecedor soldado é removido.
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Ensaios experimentais TxDOT
Modelaram-se três vigas, cada uma com três enrijecedores na região central e se
introduziram fissuras de maneira a simular as condiões de campo.
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Ensaios experimentais TxDOT
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Ensaios experimentais TxDOT
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Ensaios experimentais TxDOT
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Viga 1. Se efetuaram furos nos frentes de fisuras. Em alguns casos a densidade de fisuras
pode ser tão severa que este método torna-se inviável, neste caso foi preciso de retirar
totalmente o material.
É muito importante o acabamento da superficie dos furos, estes devem de ser suvizados
(0.05 mm de rugosidade ou menos).
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Viga 1. Se trabalhou com o corte do enrijecedor, em três diferentes formatos.
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Viga 1. Posteriormente se realizou o corte e remoção de todo o material fraturado. Se
trabalhou com três formatos de furos.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Viga 2. Foi efetuado o corte e re-soldagem para consertar todas as fisuras nos
enrijecedores da viga. Os enrijecedores foram encurtados numa longitude de mais ou
menos de 100 mm ente o extremo inferior e a aba inferior da viga. A profundidade do
corte foi um pouco maior a metade da alma.
Posteriormente o material removido foi substituido por material de arco de solda (SMAW)
com eletrodos E70XX.
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Viga 3. Não foram introduzidas pré fissuras nesta viga. O que se fez foi soldar com uma
chapa adicional o enrijecedor à aba inferior da viga. A pintura da aba não foi removida
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Instrumentação. Foram montados strain gages na mesma posição para as três vigas, na
viga 1 se colocaram enrijecedores adicionais em volta dos furos de maneira a medir as
tensões próximas ao perímetro dos furos.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Se realizaram ensaios de Carga estática para gerar uma tensão de 82.7 Mpa na fibra
inferior da aba. Na viga 1 foram obtidos valores altos de tensão nas proximidades dos
furos.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Posteriormente foram efetuados ensaios de fadiga com tensão repetitiva de 83 Mpa na
fibra inferior da viga a uma frequência de 2 Hz.
Viga 1. Durante os ensaios de fadiga foi monitorada visualmente de maneira continua a
área próxima dos furos e periódicamente com liquido penetrante.
Após 1.8 milhões de ciclos iniciou-se uma fissura na região superior do furo do enrijecedor
1. Esta fissura originou-se a partir de uma falha superficial encima do furo, propagando-se
9 mm do lado da alma não enrijecido. Foi reparada a falha fresando o material em volta
desta e continuou-se o ensaio até 2.8 mil milhões de ciclos quando ocorreu uma fissura de
305 mm de comprimento próxima da solda longitudinal de filete em um dos extremos da
viga.

A fissura foi ocasionada por causa de esforços de flexão por flambagem (“oil-canning”) na
alma y não é associada aos trabalhos de conserto.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Viga 2. Realizou-se monitoramento da área de fisuras reparada de maneira similar à viga 1.
O ensaio foi finalizado após 3.3 milhões de ciclos sem fissuras aparentes (líquido
penetrante). Inspeção ultrasónica posterior tampouco mostrou sinais de fissuras.
Viga 3. O propósito do ensaio da viga 3 foi de analizar o desempenho a fadiga da solda
entre chapa e aba da viga efeituando o monitoramento desta área visualmente e com
líquido penetrante. O ensaio finalizou após 3 milhões de ciclos sem propagação aparente
de fissuras.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Evaluação Analítica.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Evaluação Analítica.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Evaluação Analítica.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Evaluação Analítica.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Evaluação Analítica – Alternativas .
Quando tem-se angulos pronunciados, a opção de um furo de maior dimensão resulta
mais vantajosa.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Evaluação Analítica – Alternativas .
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Recomendações Gerais para Furos como Reparo:
Orientação do Furo: O ángulo entre furos deve ser o mínimo. Os frentes de fissuras (crack
tip) não precisa estar no centro dos furos já que com isto pode-se reduzir a perda de seção
e minimizar a declividade.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Resultados Experimentais Vs. Análise teórica
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Resultados Experimentais Vs. Análise teórica
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
Influência da Proximidade do Enrijecedor: Foi modelado um furo elítico de 100x75 mm de
comprimento em cada eixo e foi variada a distância do extremo do enrijecedor até o topo
do furo. Foram estudados:
- Distância mínima: Na tabela foram analisadas separações em incrementos de 6 mm,
observou se que para que o enrijecedor não tenha efeito no perímetro do furo deve
existir uma distância de 44 mm.
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Ensaios experimentais TxDOT. Simulação de Reparações
- Altura máxima do furo: O tamanho máximo do furo ensaiado foi de 114 mm, dividindo-
se esta dimensão pela altura da viga obteve-se um fator de 0.15. Esta relação não deve-
ser empregada para alturas de furos superiores a 150 mm.
Comparação entre um furo e múltiples furos.

Fatores de Concentração de tensão:


Múltiples Furos: 3.5
Um furo alongado: 2.2

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