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CIRURGIA

Sequência VS Sequência
médica psicológica
Sequência médica

1. Consulta (rotina, externa, médico de


família, etc.)
2. Internamento
(enfermaria, UTI´s, “espera”)
3. Internamento
(enfermaria, S.O., “recobro”)
4. Regresso a casa (ambulatório)
5. Regresso à profissão (ambulatório)
Sequência psicológica
1. Expectativa (ambivalência, euforia, negação)
2. Antecipação (fantasia/ameaça/desequilíbrio
da identidade)
3. Confronto (risco psicopatológico,
reorganização da identidade)
4. Reaprendizagem (relações familiares)
5. Reorganização (relações sociais)
factores influentes na
recuperação post-cirúrgica

Factores da doença
Factores do meio
Factores pessoais
factores influentes na recuperação
post-cirúrgica
Factores da doença

- tipo de doença
- tipo de intervenção médica
- consequências da doença e do tratamento
- prognóstico
0

Factores do meio
- família
(relação afectiva, objectal, emocional)
- pares
(apoio social)
- sociedade
(equilíbrio social)
Factores pessoais

- endógenos (idade, sexo, hereditariedade,


constituição, etc.)
- personalidade (ansiedade, depressividade,
agressividade, psicopatologia anterior)
- recursos psicológicos, mecanismos
(negação, auto-distracção, capacidade de
elaboração psicológica, reestruturação
cognitiva, etc.)
O que pode mudar
no funcionamento psicológico?
O que pode mudar
no funcionamento psicológico?

O auto-conceito
A auto-estima
O auto-controlo
A identidade
O auto-conceito

se a cirurgia é mutilante,
se a cirurgia é limitativa,
se o indivíduo fantasia consequências
que não existem, etc.
A auto-estima

se a mutilação inibe a vida emocional


do sujeito,
se a limitação impede a gratificação
do desejo,
se a fantasia desperta um aspecto
psicopatológico “adormecido”,
etc.
O auto-controlo

se os factores do meio não


são equilibrantes,
se os recursos psicológicos não
são suficientes,
se a interacção do indivíduo com o
meio e com os recursos não é saudável,
etc.
A identidade

estabilidade
maturidade
organização
adaptação
Intervenção psicológica em cirurgia

Onde?
Intervenção psicológica em cirurgia

Onde?

* em ambulatório
* nas enfermarias
* nas salas de operações
* no pós-operatório
Intervenção psicológica em
cirurgia
Como?

* dar informação
* explicar
* ensinar
* ouvir, comunicar, fazer falar
Intervenção psicológica em cirurgia
Objectivos
* aceitação/colaboração com o tratamento
* efeito distractivo na percepção da dor
* efeito ansiolítico na percepção do corpo
* automobilização mais rápida (internamento)
* automobilização mais rápida (pós-alta)
Intervenção psicológica em cirurgia
Objectivos

* redução dos consumos medicamentosos


* redução dos cuidados médicos,
de enfermagem e hospitalares
* recuperação harmoniosa do estado
de saúde
Esterilização Cirúrgica (EC)
Motivação para a EC
projecto familiar completo
consequências de outras técnicas de PF
alívio definitivo das preocupações com
possíveis gravidezes
evolução psicológica e maturação
da identidade
incremento e vulgarização
Esterilização Cirúrgica (EC)

Motivação para o arrependimento

reorganização das relações familiares


luto na família próxima
consequências psicológicas da EC
consequências sexuais da EC
Esterilização Cirúrgica (EC)

Motivação para o arrependimento

ausência dos benefícios da gravidez e


da maternidade
idade
reorganização familiar
EC conjunta c/outra intervenção médica
perturbação psicológica prévia
Esterilização Cirúrgica (EC)
Avaliação Psicológica Prévia

rastreio psicológico sistemático


abordagem conjugal VS individual
esterilização feminina VS masculina
funcionamento psicológico dos
candidatos à EC
funcionamento conjugal dos
candidatos à EC
Esterilização Cirúrgica (EC)

Avaliação Psicológica Prévia


história clínica com
acidentes psicopatológicos
relação dos candidatos com outras
técnicas de PF
motivação para a EC
Esterilização Cirúrgica (EC)
Intervenção Psicológica
(antes-durante-depois)

motivação para a EC
contracto psicoterapêutico
procurar sinais de evolução
consenso sobre VS renovação do
a EC contracto
Esterilização Cirúrgica (EC)
Intervenção Psicológica
(antes-durante-depois)
relacionamento durante o internamento
hospitalar
presença no despertar da anestesia
regresso ao quotidiano
(familiar – profissional – social)
encaminhamento / acompanhamento
pós-alta, quando necessário
Exemplo de preparação psicológica
pré-cirúrgica
Anderson (1987)
cirurgia: bypass das artérias coronárias
objectivos:
facilitação da recuperação pós-cirúrgica
prevenção das crises de
hipertensão aguda pós-operatória (PO)
prevenção da perturbação psicológica PO
n = 60

sexo masculino

idade: média = 59 (min.= 31; máx.= 75)

escolaridade: 2812; 23=12; 912

rejeições: 4
grupo controlo

preparação hospitalar
(visita da enfermeira para discussão de
2 folhetos sobre o hospital e a cirurgia)
entrevista de 30’ com um dos
investigadores
(assuntos hospitalares; história individual;
mudanças de vida)
grupo informação

vídeo de 18’
(entrevistas com pacientes operados e
recuperados, relatando o seu percurso
naquele serviço)
preparação hospitalar
cassete áudio de 6’
(revisão no quarto)
entrevista com um investigador
grupo informação e coping
preparação hospitalar
preparação vídeo e áudio
ensino dos exercícios de
auto-controlo pós-cirúrgico
repetição dos exercícios até:
a) poder explicar a razão e a
natureza dos exercícios
b) poder aplicar os exercícios sem ajuda
medidas pré-cirúrgicas

escala de ansiedade estado (STAI)


preoperative opinion survey (medos)
patient survey questionnaire
a) informação existe? é útil?
b) controlará a recuperação?
c) informação dos exercícios?
nursing’s rating form
medidas pós-cirúrgicas
escala de ansiedade estado (STAI)
post operative affect scale
recovery inventory
staff observation scale
hipertensão aguda pós-operatória
(subida rápida da TA;
tensão sistólica acima de 16 mm Hg)

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