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APERFEIÇOAMENTO DE MONTADORES

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Cristóvão Bento (c.bento@envc.pt) Janeiro/2010
INDICE

1 – DEFINIÇÃO DE QUALIDADE
2 – SISTEMA DE QUALIDADE DOS ENVC
3 – CERTIFICAÇÃO DOS ENVC
4 – DEFINIÇÃO E NOÇÕES DE AÇOS
5 – INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA
6 – PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
7 – DESIGNAÇÃO E NOMENCLATURA DOS AÇOS
8 – LISTA DE DESIGNAÇÕES DE AÇOS POR PAÍS
9 – AÇOS DE CONSTRUÇÃO NAVAL (EQUIVALÊNCIA ENTRE S.C.)
10 – COMPARAÇÃO ENTRE DESIGNAÇÕES DE AÇOS

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DEFINIÇÃO DE QUALIDADE

Qualidade pode definir-se como o resultado da realização de bens e


serviços, os quais devem ser executados de acordo com regras, regulamentos
e especificações de trabalho, tendo em vista a satisfação das expectativas e
exigências do cliente. Poderemos também dizer que um produto com
qualidade é aquele que satisfaz o cliente e que é executado no melhor tempo
possível, ou seja, a custos reduzidos e dentro dos prazos previstos. A
qualidade só pode ser avaliado quando o produto estiver em utilização.

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SISTEMA DA QUALIDADE DOS ENVC

Politica e
Objectivos da
Qualidade

Manual da Qualidade

Procedimentos da Qualidade

Instruções de Trabalho

Registos da Qualidade Outros


Planos da Planos de
Desenhos (fichas, relatórios e protocolos Documentos
Qualidade Inspecção e Ensaio
de inspecção, etc.) Informativos

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SISTEMA DA QUALIDADE DOS ENVC

Politica da Qualidade – Documento onde se define um conjunto de intenções e


orientações estratégicas da empresa, relacionadas com a qualidade, e expressas pela
gestão de topo.
Manual da Qualidade – Documento onde a empresa define a estrutura organizacional
relativamente à qualidade. Apresenta também o comprometimento face aos requisitos
da norma de referência, ISO 9001, bem como estabelece as competências e a
responsabilização de cada sector em prol da qualidade.

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SISTEMA DA QUALIDADE DOS ENVC

Procedimentos – É um conjunto de documentos que descrevem resumidamente


como as actividades relevantes da empresa se desenvolvem.
Indicam quem faz o quê, quando, como, porquê, e quais os registos da qualidade que
resultam dessas actividades.
Instruções de Trabalho – Documentos que definem em pormenor os requisitos de
qualidade a respeitar em cada processo de trabalho. Nos sectores da produção, estão
geralmente afixadas junto aos equipamentos.

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CERTIFICAÇÃO DOS ENVC

Os ENVC são uma empresa certificada segundo a


norma ISO 9001:2000 no âmbito da construção,
reparação e transformação de navios mercantes e
militares até 30.000 TDW. Para melhor compreensão
sobre a evolução da certificação na empresa, apresento
uma breve resenha histórica sobre o passado e o
presente do sistema da qualidade dos ENVC.

ANO FASES DO SISTEMA DE QUALIDADE DOS ENVC

1994 Conclusão da constituição do sistema da qualidade no âmbito da norma ISO 9001:1995

1996 Obtenção da certificação pelo IPQ

Renovação da certificação com a APCER pela norma ISO 9001:1995


1999
(organismo proveniente do desmembramento do IPQ)

2001 Transição do sistema da qualidade no âmbito da norma ISO 9001:2000

2002 Obtenção da certificação pela BVQI

2006 Renovação da certificação com a BVQI pela norma ISO 9001:2000

2009 Renovação da certificação com a BVQI pela norma ISO 9001:2000

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DEFINIÇÃO E NOÇÕES DE AÇOS
AÇO – é uma liga de ferro e carbono (0<%C<2) contendo pequenas percentagens de outros elementos.

Ferros Fundidos: 2<%C<4 Teores máx, de alguns elementos nos aços:


AÇOS
0<%C<2 Aço Inox: %C<1,2;%Cr>10,5 • Al – 0,10% • Ni – 0,30%
• Bi – 0,10% • Nb – 0,06%
• B – 0,0008% • Pb – 0,40%
Se não contiver nenhum elemento de liga
AÇO CARBONO em quantidade superior aos mínimos
• Cr – 0,30% • Se – 0,10%
indicados na tabela • Co – 0,10% • Si – 0,50%
• Cu – 0,05% • Ti – 0,05%
• Mn – 1,65% • W – 0,01%
AÇO LIGADO
• Mo – 0,08% • V – 0,10%

AÇO DE Se nenhum elemento de


BAIXA LIGA liga atingir um teor de 5%

Se pelo menos um
AÇO DE elemento de liga
ALTA LIGA ultrapassar um teor de 5%

 Tensão de cedência (yield strength - Re) – é a tensão necessária para produzir uma deformação permanente do material
 Tensão de ruptura (tensile strength - Rm) – é o valor máximo de tensão que o material atinge antes da ruptura
 Alongamento (elongation - %) – é o valor que demonstra o comportamento dos materiais que se deformam ao serem submetidos a
forças externas, retornando à sua forma original quando a acção externa for removida

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INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA

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PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Dureza – é a propriedade dos materiais manifestarem a sua resistência a deformações permanentes, mantendo
a ligação dos átomos.
Basicamente, a dureza pode ser avaliada a partir da capacidade de um material "riscar" o outro.
Outra maneira de avaliar a dureza é verificar a capacidade de um material penetrar o outro (chamado ensaio de
penetração).
Resiliência – capacidade de absorver impactos, aceitando uma deformação temporária, para logo após retornar
à forma original.
O material mais resistente é geralmente o de maior dureza.
Os materiais duros quebram, os materiais resilientes vergam, mas não quebram.
Tenacidade – é o impacto necessário para levar um material à ruptura. Se um material é tenaz ele pode sofrer
um alto grau de deformação sem romper.
Tenacidade é uma medida de quantidade de energia que um material pode absorver antes de fracturar.
Os materiais cerâmicos têm uma baixa tenacidade.
Ductilidade – é a propriedade física que os materiais têm de suportar a deformação plástica sem atingir a
ruptura.
O oposto de dúctil é frágil, quando o material se rompe sem sofrer grande deformação.
Exemplo de materiais dúcteis (ouro, cobre e alumínio).
Condutibilidade – é a propriedade física dos materiais que permite a passagem de corrente calorífica ou
eléctrica. A condutibilidade varia com a composição do material.
Resistência à tracção – é a resistência que o material manifesta quando sujeito a um esforço que tende a
alongá-lo ou esticá-lo até à ruptura.
Elasticidade – é a característica que analisa o comportamento dos materiais que se deformam ao serem
submetidos a forças externas, retornando à sua forma original quando a acção externa for removida.
Fadiga – é a resistência que o material evidencia quando atinge uma repetição de ciclos sem atingir a ruptura. O
material atinge a fadiga quando já não suporta essa repetição de ciclos.

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DESIGNAÇÃO DE AÇOS

S – Aço Estruturais de Construção


P – Aços para utilização sob pressão
L – Aços para utilização em tubos de condutas

E – Aço de Engenharia
B – Aço para utilização em betão
Y – Aço para utilização em betão pré-esforçado
M – Aço Magnético

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NOMENCLATURA DOS AÇOS

 A 1ª letra designa o tipo de aço (S = Aço Estrutural/Structural; E = Aço de Engenharia/Engineering)

 Os 3 algarismos indicam a tensão de cedência (235 Mpa)


 A 2ª letra seguida do algarismo/letra indicam o tipo de ensaio e a temperatura de teste
JR = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de +20 ºC
JO = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de 0 ºC
J2 = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de -20 ºC
J4 = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de -40 ºC
k2 = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 40J e c/ temperatura de teste de -20 ºC
 A 3ª letra seguida do algarismo indicam o tipo de acabamento no fornecimento do aço
G1 = Fornecimento do aço sem tratamento
G2 = Fornecimento do aço com shop-primer
G3 = Fornecimento do aço com acabamento normalizado
G4 = Fornecimento do aço com condições de acabamento definidas pelo cliente
 Por vezes no aço para a construção naval, aparece uma 4ª letra que indica a aplicação do aço
S = Aço para construção naval + tipo de shop-primer (Shipbuilding)
S1 = Fornecimento do aço com shop-primer vermelho com curta duração e curta protecção
S2 = Fornecimento do aço com shop-primer cinzento com longa duração e longa protecção

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LISTA DE DESIGNAÇÕES DE AÇOS POR PAÍS

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AÇOS DE CONSTRUÇÃO NAVAL (EQUIVALÊNCIA ENTRE S.C.)

Análise GL
 Aços de baixa/média resistência – A, B, nos quais a tensão de cedência é inferior a 235Mpa
 Aços de média/alta resistência – D, E, A32, D32, E32, nos quais a tensão de cedência varia entre 235 e 315 MPa
 Aços de alta/resistência – A36, D36, E36, nos quais a tensão de cedência é inferior a 355 MPa

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COMPARAÇÃO ENTRE DESIGNAÇÕES DE AÇOS
DESIGNAÇÃO ACTUAL DESIGNAÇÃO ANTIGA DESIGNAÇÃO DA S.C.

N.º EN 10025-2 DIN 17100 GL

1.0440 S235JRS1 R St 37-2 A

1.0442 S235J0S St 37-3 U B

1.0474 S235J2S2 St 37-3 N D

1.0476 S235J4S St 44-2 E

1.0513 S315G1S St 44-3 A32

1.0514 S315G2S  St 44-3 U D32

1.0515 S315G3S St 44-3 U E32

1.0583 S355G1S St 44-3 N A36

1.0584 S355G2S St 52-3 U D36

1.0589 S355G3S St 52-3 N E36

 A 1ª letra designa o tipo de aço (S = Aço Estrutural/Structural; E = Aço de Engenharia/Engineering)

 Os 3 algarismos indicam a tensão de cedência (235 Mpa)


 A 2ª letra seguida do algarismo/letra indicam o tipo de ensaio e a temperatura de teste
JR = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de +20 ºC
JO = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de 0 ºC
J2 = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de -20 ºC
J4 = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 27J e c/ temperatura de teste de -40 ºC
k2 = Ensaio charpy c/ energia de impacto de 40J e c/ temperatura de teste de -20 ºC
 A 3ª letra seguida do algarismo indicam o tipo de acabamento no fornecimento do aço
G1 = Fornecimento do aço sem tratamento
G2 = Fornecimento do aço com shop-primer
G3 = Fornecimento do aço com acabamento normalizado
G4 = Fornecimento do aço com condições de acabamento definidas pelo cliente
 Por vezes no aço para a construção naval, aparece uma 4ª letra que indica a aplicação do aço
S = Aço para construção naval + tipo de shop-primer (Shipbuilding)
S1 = Fornecimento do aço com shop-primer vermelho com curta duração e curta protecção
S2 = Fornecimento do aço com shop-primer cinzento com longa duração e longa protecção
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“SÓ É POSSÍVEL SOBREVIVERMOS NO MERCADO

DE CONSTRUÇÃO NAVAL, SE APOSTARMOS NA

DIFERENCIAÇÃO POSITIVA, ISTO É, NA QUALIDADE.

QUEM FAZ A QUALIDADE É CADA UM DE NÓS, DANDO

O SEU MELHOR NO POSTO DE TRABALHO”

Cristóvão Bento

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