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ÉTICA NOS NEGÓCIOS - Aula 2

Ética Nos Negócios

SISTEMA DE MERCADO
E O PAPEL DO ESTADO
NA ECONOMIA

TEORIAS
UTILITARISTAS
SISTEMAS DE MERCADO E A ÉTICA
 Sistemas de Mercado
A compreensão do estudo de Sistemas de
Mercado, lugar imaginário onde convergem
os interesses dos vendedores e
compradores exige a compreensão da
razão da existência do Estado e da sua
forma de organização. Tipo de Propriedade
predominante (Pública/Privada)

1. Qual a justificação para a existência do Estado?

2. Qual a dimensão ideal do sector público?

3. Qual é a composição desejável da despesa pública?

12-08-22
Principais objectivos da Actividade Económica do Estado
As diferentes concepções sobre os objectivos e
o papel do estado baseiam-se em diferentes
acepções sobre o Papel do Estado na
economia e o papel dos mercado, visando:

 Eficiência na afectação de recursos;


 Distribuição adequada da renda nacional;
 Estabilidade económica;
Crescimento e desenvolvimento económicos;

O Estado para prossecução dos seus


objectivos pode utilizar instrumentos de
incentivo ou de penalização que podem alterar
o comportamento dos agentes económicos;
Principais objectivos da Actividade Económica
Conclusão:
A actividade económica visa satisfazer as
necessidades colectivas ou alcançar
objectivos económicos, políticos e sociais e
se concretiza na arrecadação de receitas e
realização de despesas. (Lei Vs Ética).
 À semelhança de outros agentes económicos, a
actividade ou intervenção do Estado na
economia está sujeita a riscos, que podem
conduzir a perdas de eficiência devendo, por
isso, ser objecto de criteriosa e rigorosa
avaliação e controle (Leis, Ética e Moral).
AS TEORIAS ECONÓMICAS SOBRE O PAPEL DO
ESTADO NA ECONOMIA E A ÉTICA
1. Estado Mínimo Liberal (Laissez faire) – Primazia
do Mercado
- concorrência perfeita
- decisões baseadas no preço;
- nível de procura e;
- qualidade
– Equilíbrio entre a oferta e a procura
• O principal objectivo dos agentes económicos
num sistema de mercado aberto é maximizar o
retorno sobre o investimento
Papel do Estado Liberal, em Síntese:
 Criar condições para que os mercados
possam funcionar (defesa nacional,
segurança, justiça);

Fornecer alguns bens que, mesmo que os


mercados funcionem livremente, nunca serão
produzidos;

Nesta acepção, a razão fundamental da


intervenção do Estado tem a ver, com a função
afectação de recursos.
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1. Estado Liberal (cont.)

 Defensores da Ética utilitarista (Adam


Smith/Jeremy Bentham) séculos XVIII/XIX:

– O bem estar de uma sociedade é identificado pela


soma dos níveis de bem-estar de todos os
indivíduos dessa sociedade.

 A riqueza das nações é o objectivo (não a


redistribuição do rendimento e da riqueza).
(Implícito utilidade marginal do rendimento constante)

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2. O Estado de Bem-Estar ou Protector
(Welfare State)
Concepção diferente da teoria da eficiência dos
mercados
– Se for competitivo, o mercado é um
mecanismo poderoso e insubstituível de
transmissão de informação entre agentes
económicos (afectação eficiente de recursos),
mas, não constituem um processo plenamente
justo, e podem (re-)produzir enormes
; desigualdades, sobretudo se partirem de uma
distribuição inicial muito desigual dos direitos
de propriedade

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2. O Estado de Bem-Estar ou Protector
(Welfare State)
“O Estado de bem-estar’ é um poder organizado,
deliberadamente usado num esforço de modificar o
funcionamento das forças de mercado em pelo
menos três direcções:

1. Garantir aos indivíduos um rendimento mínimo


independente do valor de mercado da sua propriedade;
2. Diminuir a extensão da insegurança, advogando que
sempre os indivíduos tem como fazer face a
“contingências sociais”;
3. Assegurar que todos os cidadãos, sem distinção de
status ou classe, seja oferecido um certo tipo de
serviços sociais.
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2. O Estado de Bem-Estar ou Protector
(Welfare State)
 A razão essencial é a função distribuição, a dois níveis:

1. Redistribuição de rendimento (utilitarismo);


– A utilidade de um euro adicional para um indivíduo pobre é muito
superior à desutilidade de um euro para um indivíduo rico;

– Logo, a redistribuição do rendimento a favor dos mais pobres


aumenta o bem-estar social (a soma das utilidades de todos os
indivíduos).

• 2. Fornecimento de bens e serviços básicos, ou primários


(rawlsianismo), mesmo para indivíduos sem renda. Pode
fundamentar-se numa versão modificada do utilitarismo clássico:
utilidade marginal decrescente

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2. O Estado de Bem-Estar ou Protector (Welfare State)

 Papel do Estado baseado na noção de sociedade


justa, assente em dois princípios:

PRIMEIRO – Princípio de iguais liberdades: cada


pessoa deve ter as mais extensas liberdades básicas,
compatíveis com semelhantes liberdades dos outros.
SEGUNDO – Princípio da diferença: Desigualdades
sociais e económicas devem ser arranjadas de modo a
serem simultaneamente:
a) vantajosas para todos;
b) ligadas a lugares acessíveis a todos.

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2. O Estado de Bem-Estar ou Protector (Welfare State)
 Aspectos a ter em conta:
– O princípio das liberdades sobreleva-se ao da
diferença - não se podem sacrificar liberdades básicas
(de expressão, de pensamento) para obter vantagens
económicas e sociais;
– Desigualdades são definidas em termos de bens
primários, e não em termos de rendimentos.
– Deve haver igualdade de oportunidades: pode
justificar-se uma discriminação positiva face a grupos
marginalizados (ex: negros, mulheres,...);
– As desigualdades só se justificam se conduzirem à
melhoria da situação dos mais desfavorecidos -
princípio do maximin (Teoria utilitarista).

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2. O Estado de Bem-Estar ou Protector (Welfare State)

• O Utilitarismo - Fundamento normativo à


política redistributiva do Estado de bem-
estar

• O Rawlsianismo - Fundamento normativo


à provisão de bens primários (saúde,
ensino básico) pelo Estado de bem-estar

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PAPEL DO ESTADO VS FINANÇAS PÚBLICAS

CONCEPÇÃO DO ESTADO FINANÇAS PÚBLICAS

ESTADO MÍNIMO FINANÇAS CLASSICAS

ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL FINANÇAS INTERVENCIONISTAS

ESTADO MISTO (EBS E EI) FINANÇAS MODERNAS


O Papel do Estado Na Economia
 Será que o Estado prossegue sempre o
interesse público?
 Há autores que defendem que os cidadãos,
quer na esfera privada (dos mercados) quer na
esfera pública, defendem essencialmente os
seus interesses (hipótese crucial para o
desenvolvimento da análise)
 Esta posição conduz a uma visão crítica e algo
negativa do Estado.
 Abordagem que induz os conceitos de Ética nos
negócios (Códigos de Conduta); Fraude; Conflito de
interesses entre o Agente e o Proprietário
Fraude e Ética
• Fraude: Deturpação material feita com a intenção de enganar,
provocando danos ao grupo que no mercado procura
razoavelmente pautar por uma conduta ética na realização dos
negócios
• Ética: Observância de um leque de salvaguardas, sejam em Leis,
Regulamentos, códigos de ética, Manuais de governação que
procuram minorar os efeitos das frades
• Agente: Alguém que se empenha no negócio agindo em nome de
um outrem, chamado o proprietário ou mandante numa relação de
agência
• Sete princípios de conduta empresarial: Bem-estar, dever,
direitos, justiça, honestidade, dignidade e integridade
• Estes princípio expressam virtualmente toda a “ética”
nos negócios.

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Fraude e Ética
• Raciocínio Ético
– Um procedimento intelectual para justificar decisões
éticas
– Um processo psicológico pelo qual as pessoas
realmente formam julgamentos éticos
– Quadro de Raciocínio Ético

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