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Língua Portuguesa – Profª Ana

Paula – 1ª Série
• SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

“Como se constroem as visões


sobre o corpo?”
Habilidade da aula
EM13LP07 - Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que
expressam a posição do enunciador frente àquilo que é dito: uso de
diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de
diferentes recursos gramaticais que operam como modalizadores
(verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais,
adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou
orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de
impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com
vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo
adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os
contextos de produção.
Retomada
Já estudamos sobre:
- Os braços – “Uns Braços”, “Seus
Braços”
-“Bullying” – relacionado a aparência
e as questões do aspecto físico.
- Moda – das vestimentas e dos
costumes – “Miss Dollar”
- Vestidos das mulheres e a elegância das vestimentas
masculinas: “Senhora” e “A Pata da Gazela”
- Moda do dia a dia: “História do tênis”
- Tatuagem: “Os Tatuadores”; Imagem de uma pessoa
com muitas tatuagens; Entrevista com a pessoa
tatuada; Crônica: “Tatuar ou não tatuar, eis a
questão”
- Arte nas Ruas: Street Art: Grafite, artistas de
ruas ( malabares, skate, hip hop, etc)
- Leitura de algumas imagens que dialogam com a obra
“O Beijo” de Gustav Klimt
Aula de Hoje
Ressignificações de
uma das partes do
corpo, o “cabelo”.
A história dos cabelos

Ao longo da história, as pessoas têm usado seus


cabelos das mais variadas formas, normalmente
de acordo com a moda e cultura de onde vivem.
São marcadores da sua classe social, idade, estado
civil, raça e até das suas convicções políticas.
Em algumas culturas, por questões religiosas,
as mulheres são obrigadas a cobrir seus cabelos
quando estão em público, em outras culturas, as
mulheres tem seus cabelos raspados e cobertos
por perucas.
Somente após o fim da I Guerra Mundial, as
mulheres começaram a usar cabelo curto e em
estilos naturais.
Durante o Império Romano, as mulheres
usavam os cabelos em “estilos complicados”.
Faziam uma “massa de cachos” na parte superior
e cachos ou tranças ao seu redor ou na parte de
trás. A complexidade dos penteados das
mulheres nobres era tanta que era preciso ter
escravos e uma estilista para mantê-lo. Os
cabelos eram iluminados com cinza de madeira ou
escurecidos com limalha (partículas de metal
produzidas pela fricção da lima) de cobre ou
sanguessugas marinadas em vinho e vinagre.
Usavam-se perucas, aumentadas por apliques e
almofadas, que eram mantidos no lugar com a
utilização de redes, alfinetes, pentes e pomadas.
No Império Bizantino, os nobres cobriam a maior
parte dos seus cabelos com tampas de seda e
redes de pérolas.
Desde o Império Romano até a idade média, as
mulheres deixavam seus cabelos crescerem
naturalmente e estavam sempre soltos, na maioria
das vezes com uma faixa em torno da testa e
coberto por um lenço snood ou véu.
A partir do século IX até o século XVI, as
mulheres nobres começaram a enfeitar bastante
seus cabelos, decorando-os com pérolas, pedras
preciosas, fitas e véus, que eram ocultos por
tranças e as mulheres da classe trabalhadora
quase não enfeitavam seus cabelos.
Durante os séculos XV e XVI, os homens
europeus usavam seus cabelos cortados no
máximo na altura do ombro e os mais elegantes,
utilizavam franjas. Na Itália, era bastante
comum os homens tingirem seus cabelos.
Durante os séculos XVI ao IX as mulheres
europeias começaram a utilizar ornamentos em
seus cabelos, como flores e plumas, além de
pérolas, joias, fitas e pequenos objetos
artesanais, como réplicas de navios e moinhos de
vento.
O cabelo vermelho era popular na
Inglaterra, por conta do reinado
da ruiva Elizabeth I. Nesse
mesmo período, na Espanha e nos
países Latino Americanos, usava-
se mantilhas de renda, muitas
vezes sobre um pente. Em Buenos
Aires, foi desenvolvido o
“peinetón”, ornamento que pode
medira até três metros de altura
e largura.
•No meio do século XVIII foi
desenvolvido o estilo Pouf. Os
cabelos femininos tinha grande
volume na parte da frente da
cabeça, geralmente com o uso de
uma almofada por baixo, para
levantá-lo e a parte traseira era
enfeitada com conchas, pérolas ou
pedras.
Em 1750 as mulheres perfumavam seus
cabelos, usavam pomadas e polvilhavam de
branco. Pouco antes de Primeira Guerra
Mundial, usavam turbantes de seda.
Em 1870, os homens japoneses começaram a
cortar seus cabelos em estilo jangiri ou zangiri
(também chamados de corte aleatórios) e as
mulheres japonesas da classe alta, empurravam
seus cabelos para traz, no estilo ocidental, o
sokuhatsu ou adotavam penteados tradicionais
japoneses (yakaimaki).
Durante a primeira Guerra Mundial, as mulheres
começaram a usar cabelos mais curtos. Na década de
1920, elas começaram a enrolar seus cabelos com bobs
e criar ondas com a utilização de ferros ou tesouras
aquecidas. As ondulações permanentes surgiram nessa
época, mas eram feitas por um processo caro,
desconfortável e demorado, onde eram colocados rolos
no cabelo e depois, eram submetidos a um vapor ou
máquina de calor.
No início da segunda Guerra Mundial, os
cortes masculinos imitavam os cortes do
militares (crewcut).
As mulheres japonesas, entre 1920 e
1930 usavam os cabelos de modo a cobrir as
orelhas. Eles eram ondulados ou amarrados
em um coque, na nuca (mimi-kakushi) e mais
curtos.
Na década de 1930, os homens ocidentais usavam
seus cabelos como os dos astros de cinema, curtos,
divididos na lateral ou ao meio ou penteados para trás,
com a utilização de pomadas, cremes e tônicos para
manter os cabelos no lugar.
No início da segunda Guerra Mundial, os cortes
masculinos imitavam os cortes do militares (crewcut).
As mulheres japonesas, entre 1920 e 1930 usavam os
cabelos de modo a cobrir as orelhas. Eles eram
ondulados ou amarrados em um coque, na nuca (mimi-
kakushi) e mais curtos.
Após a guerra, as mulheres começaram a
usar os cabelos mais naturais. Em 1950 eles
eram ondulados e usados em vários estilos e
comprimentos.
Mais tarde, começaram a usar o cabelo
estilo Bouffant (cabelos altos, estilo colmeia).
Para manter os cabelos no lugar, as mulheres
lavavam seus cabelos apenas uma vez por
semana.
Cabelos longos e retos, também eram
bastante usados nessa época tanto por homens
como por mulheres.
Nessa época iniciaram-se também os
processos de alisamento químico, os afrio-
americanos, começaram a usar cabelos naturais,
por vezes ornamentados com picaretas afro,
feitas de madeira ou plástico e no fim de 1970,
começaram a usar penteados naturais, como
linhas de cana e dreadlocks.
Desde 1970, as mulheres têm usado seus
cabelos em vários estilos.
Na década de 80, começaram a usar rabos
de cavalo no alto da cabeça, com “scrunchies”,
elásticos envolvidos com tecidos diversos.
Usavam-se muitos enfeites brilhantes como
presilhas.
Atualmente existe uma gama muito
grande de cortes e penteados, tanto para
homens como para mulheres, porém, a
demonstração de cuidado é cada vez mais
exigida pela sociedade. Um cabelo mal
cuidado pode gerar assédio, humilhação e
até discriminação social ou no trabalho.
Para um penteado perfeito, deve-se levar em
consideração vários fatores estéticos e atributos
físicos da pessoa, tipo natural do cabelo, padrões de
crescimento, rosto, forma da cabeça e as proporções
corporais em geral, além da imagem que ela deseja
passar e o instinto artístico do estilista.
A imagem pode transmitir valores tradicionais ou
identificação com subgrupos, como punks ou ordens
religiosas, como judeus ortodoxos.
Currículo em Ação
Página 114

Capítulo XXXIII “O
penteado”, da obra Dom
Casmurro

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