sobre o corpo?” Habilidade da aula EM13LP07 - Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo que é dito: uso de diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de diferentes recursos gramaticais que operam como modalizadores (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os contextos de produção. Retomada Já estudamos sobre: - Os braços – “Uns Braços”, “Seus Braços” -“Bullying” – relacionado a aparência e as questões do aspecto físico. - Moda – das vestimentas e dos costumes – “Miss Dollar” - Vestidos das mulheres e a elegância das vestimentas masculinas: “Senhora” e “A Pata da Gazela” - Moda do dia a dia: “História do tênis” - Tatuagem: “Os Tatuadores”; Imagem de uma pessoa com muitas tatuagens; Entrevista com a pessoa tatuada; Crônica: “Tatuar ou não tatuar, eis a questão” - Arte nas Ruas: Street Art: Grafite, artistas de ruas ( malabares, skate, hip hop, etc) - Leitura de algumas imagens que dialogam com a obra “O Beijo” de Gustav Klimt Aula de Hoje Ressignificações de uma das partes do corpo, o “cabelo”. A história dos cabelos
Ao longo da história, as pessoas têm usado seus
cabelos das mais variadas formas, normalmente de acordo com a moda e cultura de onde vivem. São marcadores da sua classe social, idade, estado civil, raça e até das suas convicções políticas. Em algumas culturas, por questões religiosas, as mulheres são obrigadas a cobrir seus cabelos quando estão em público, em outras culturas, as mulheres tem seus cabelos raspados e cobertos por perucas. Somente após o fim da I Guerra Mundial, as mulheres começaram a usar cabelo curto e em estilos naturais. Durante o Império Romano, as mulheres usavam os cabelos em “estilos complicados”. Faziam uma “massa de cachos” na parte superior e cachos ou tranças ao seu redor ou na parte de trás. A complexidade dos penteados das mulheres nobres era tanta que era preciso ter escravos e uma estilista para mantê-lo. Os cabelos eram iluminados com cinza de madeira ou escurecidos com limalha (partículas de metal produzidas pela fricção da lima) de cobre ou sanguessugas marinadas em vinho e vinagre. Usavam-se perucas, aumentadas por apliques e almofadas, que eram mantidos no lugar com a utilização de redes, alfinetes, pentes e pomadas. No Império Bizantino, os nobres cobriam a maior parte dos seus cabelos com tampas de seda e redes de pérolas. Desde o Império Romano até a idade média, as mulheres deixavam seus cabelos crescerem naturalmente e estavam sempre soltos, na maioria das vezes com uma faixa em torno da testa e coberto por um lenço snood ou véu. A partir do século IX até o século XVI, as mulheres nobres começaram a enfeitar bastante seus cabelos, decorando-os com pérolas, pedras preciosas, fitas e véus, que eram ocultos por tranças e as mulheres da classe trabalhadora quase não enfeitavam seus cabelos. Durante os séculos XV e XVI, os homens europeus usavam seus cabelos cortados no máximo na altura do ombro e os mais elegantes, utilizavam franjas. Na Itália, era bastante comum os homens tingirem seus cabelos. Durante os séculos XVI ao IX as mulheres europeias começaram a utilizar ornamentos em seus cabelos, como flores e plumas, além de pérolas, joias, fitas e pequenos objetos artesanais, como réplicas de navios e moinhos de vento. O cabelo vermelho era popular na Inglaterra, por conta do reinado da ruiva Elizabeth I. Nesse mesmo período, na Espanha e nos países Latino Americanos, usava- se mantilhas de renda, muitas vezes sobre um pente. Em Buenos Aires, foi desenvolvido o “peinetón”, ornamento que pode medira até três metros de altura e largura. •No meio do século XVIII foi desenvolvido o estilo Pouf. Os cabelos femininos tinha grande volume na parte da frente da cabeça, geralmente com o uso de uma almofada por baixo, para levantá-lo e a parte traseira era enfeitada com conchas, pérolas ou pedras. Em 1750 as mulheres perfumavam seus cabelos, usavam pomadas e polvilhavam de branco. Pouco antes de Primeira Guerra Mundial, usavam turbantes de seda. Em 1870, os homens japoneses começaram a cortar seus cabelos em estilo jangiri ou zangiri (também chamados de corte aleatórios) e as mulheres japonesas da classe alta, empurravam seus cabelos para traz, no estilo ocidental, o sokuhatsu ou adotavam penteados tradicionais japoneses (yakaimaki). Durante a primeira Guerra Mundial, as mulheres começaram a usar cabelos mais curtos. Na década de 1920, elas começaram a enrolar seus cabelos com bobs e criar ondas com a utilização de ferros ou tesouras aquecidas. As ondulações permanentes surgiram nessa época, mas eram feitas por um processo caro, desconfortável e demorado, onde eram colocados rolos no cabelo e depois, eram submetidos a um vapor ou máquina de calor. No início da segunda Guerra Mundial, os cortes masculinos imitavam os cortes do militares (crewcut). As mulheres japonesas, entre 1920 e 1930 usavam os cabelos de modo a cobrir as orelhas. Eles eram ondulados ou amarrados em um coque, na nuca (mimi-kakushi) e mais curtos. Na década de 1930, os homens ocidentais usavam seus cabelos como os dos astros de cinema, curtos, divididos na lateral ou ao meio ou penteados para trás, com a utilização de pomadas, cremes e tônicos para manter os cabelos no lugar. No início da segunda Guerra Mundial, os cortes masculinos imitavam os cortes do militares (crewcut). As mulheres japonesas, entre 1920 e 1930 usavam os cabelos de modo a cobrir as orelhas. Eles eram ondulados ou amarrados em um coque, na nuca (mimi- kakushi) e mais curtos. Após a guerra, as mulheres começaram a usar os cabelos mais naturais. Em 1950 eles eram ondulados e usados em vários estilos e comprimentos. Mais tarde, começaram a usar o cabelo estilo Bouffant (cabelos altos, estilo colmeia). Para manter os cabelos no lugar, as mulheres lavavam seus cabelos apenas uma vez por semana. Cabelos longos e retos, também eram bastante usados nessa época tanto por homens como por mulheres. Nessa época iniciaram-se também os processos de alisamento químico, os afrio- americanos, começaram a usar cabelos naturais, por vezes ornamentados com picaretas afro, feitas de madeira ou plástico e no fim de 1970, começaram a usar penteados naturais, como linhas de cana e dreadlocks. Desde 1970, as mulheres têm usado seus cabelos em vários estilos. Na década de 80, começaram a usar rabos de cavalo no alto da cabeça, com “scrunchies”, elásticos envolvidos com tecidos diversos. Usavam-se muitos enfeites brilhantes como presilhas. Atualmente existe uma gama muito grande de cortes e penteados, tanto para homens como para mulheres, porém, a demonstração de cuidado é cada vez mais exigida pela sociedade. Um cabelo mal cuidado pode gerar assédio, humilhação e até discriminação social ou no trabalho. Para um penteado perfeito, deve-se levar em consideração vários fatores estéticos e atributos físicos da pessoa, tipo natural do cabelo, padrões de crescimento, rosto, forma da cabeça e as proporções corporais em geral, além da imagem que ela deseja passar e o instinto artístico do estilista. A imagem pode transmitir valores tradicionais ou identificação com subgrupos, como punks ou ordens religiosas, como judeus ortodoxos. Currículo em Ação Página 114
Capítulo XXXIII “O penteado”, da obra Dom Casmurro