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Solos

Operador
Agrícola
Definição de solo

● Solo - É a camada superficial da crosta terrestre, constituída


por partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e
organismos vivos e que serve de meio natural para o
crescimento das plantas.
Horizontes do solo

● Os solos evoluídos possuem normalmente várias camadas


sobrepostas, designadas por horizontes.
O – Horizonte com predominância de restos orgânicos
A - Geralmente apresenta coloração mais escura devido à presença
de matéria orgânica bastante decomposta, que imprime colorações
pretas/escuras a essa seção do solo.

B - geralmente de coloração amarelada ou avermelhada, cuja cor é


mais influenciada pelas partículas minerais do solo, uma vez que
apresenta muito menos partículas orgânicas em relação ao
horizonte A
C - Este último horizonte está mais próximo da rocha e, por isso,
geralmente apresenta fragmentos de rocha na sua massa. A sua
coloração é bastante variada.

R – Rocha consolidada.
Funções do solo

1. Sustenta o crescimento das plantas, principalmente


fornecendo suporte mecânico, água e nutrientes para as raízes
que posteriormente distribuem para a planta inteira e são
essenciais para sua existência. As características dos solos
podem determinar os tipos de vegetação ou de plantas que
neles se desenvolvem, a sua produtividade e, de maneira
indireta, determinam o número e tipos de animais (incluindo
pessoas) que podem ser sustentados por essa vegetação.
Funções do solo

2. As características dos solos determinam o destino da água na


superfície da terra. Solos mais permeáveis (arenosos) facilitam
a infiltração da água no solo, enquanto que solos mais
impermeáveis (argilosos) levam a maior acumulação de água à
superfície.
Funções do solo

3. Desempenha um papel essencial na reciclagem de nutrientes


e destino que se dá aos corpos de animais (incluindo o homem)
e restos de plantas que morreram na superfície da terra. Se
esses corpos e resíduos não tivessem sido assimilados pelo solo,
reincorporados e convertidos em matéria orgânica, as plantas e
animais teriam esgotado os seus alimentos.
Funções do solo

4. É o hábitat, a “casa” de muitos organismos. Uma porção de


solo pode conter bilhões de organismos vivos e mortos.
Funções do solo

5. Os solos fornecem o material (areia, madeira, etc.) para a


construção das nossas casas e edifícios, mas também
proporcionam a fundação, a base para todas as estradas,
aeroportos, casas e edifícios que construímos.
Como se forma o solo:
a) desintegração e a decomposição das rochas, originando os
componentes minerais;
b) A incorporação e a decomposição de orgasmos animais e
vegetais dando origem aos componentes orgânicos (húmus).
Como se forma o solo:

A decomposição das rochas leva à formação de pequenas


partículas das quais os solos são constituídos, denominado de
matéria mineral. Essas partículas são misturadas às partículas
orgânicas, denominado de material orgânico, provenientes da
decomposição de pequenos animais e restos de plantas, dando
origem às camadas superficiais do solo, muito importantes para o
crescimento das plantas, pois é nelas que se concentra grande
parte de suas raízes.
Fatores que interferem na formação do
solo:
● clima (chuva, vento e temperatura, principalmente);
● Relevo
● organismos vivos (animais; fungos, líquenes, bactérias, o
próprio Homem);
DISTRIBUIÇÃO IDEAL DOS QUATRO
CONSTITUINTES DO SOLO PARA O BOM
CRESCIMENTO DAS PLANTAS
Textura do solo:

A fração mais fina das partículas do solo tem tamanho inferior a


2,0 mm, sendo consideradas três classes separadas, que incluem a
areia, o limo e a argila.
Tipos de solos:

  Solos Arenosos

- A matéria mineral é formada por mais de 85% de areia.


-São pobres em nutrientes.
-São solos leves.
- São muito permeáveis (não retêm água suficiente = muito
secos).
- Exigem regas e fertilizações mais frequentes e abundantes.
     
Tipos de solos:

  Solos Argilosos

- A matéria mineral é formada por mais de 40% de argila.


- São solos pesados, difíceis de trabalhar.
- Têm maior poder de retenção de água e nutrientes.
- Exigem particular atenção em relação à drenagem e arejamento.
     
Tipos de solos:

  Solos Francos

- A areia, o limo e a argila estão equilibrados.


-São geralmente bem arejados e fáceis de trabalhar.
- São solos férteis.
-
     
 Matéria orgânica do solo:

Os restos de plantas e outros seres vivos, parcial ou


totalmente decompostos, acumulam-se principalmente na
camada superficial do solo.

Quando esses restos estão totalmente decompostos dá-se o


nome de Húmus.

A matéria orgânica do solo é importante porque:


- aumenta a sua porosidade, facilitando operações culturais em
solos pesados e a penetração de raízes;
- contém nutrientes essenciais para o desenvolvimento das
plantas;
- aumenta a retenção de água no solo;
- dá vida ao solo, fornecendo alimento aos microorganismos do
solo que libertam nutrientes para as plantas.
 Água e ar do solo:

Ocupam os espaços entre as partículas do solo, ou seja, os


poros.

Quando a água retida nos poros é absorvida pelas raízes das


plantas estes são preenchidos com ar.

O arejamento do solo é essencial para que as raízes respirem.


(poucas são as plantas que suportam crescer em solos
encharcados e/ou pouco arejados – por isso são importantes
as mobilizações do solo = lavrar a terra)
 Um solo ideal deve ser fértil, profundo, grumoso (de
fácil desagregação), bem drenado, rico em matéria
orgânica (bem estrumado).

 Solos pesados, muito argilosos, (textura mais fina) tendem


a acumular água, demoram a perdê-la e são difíceis de
trabalhar.

Solos muito arenosos, (textura mais grosseira) com pouca


matéria orgânica, perdem água muito rapidamente, exigindo
mais regas, sobretudo nas épocas mais quentes.

O melhor solo possui características que o situam entre estes


dois extremos. - solos francos (mistura relativamente
uniforme de areia, limo e argila)
Figura 1– Barril de Liebig, representativo da lei do mínimo: Cada
tábua do barril representa um nutriente essencial para o crescimento e
desenvolvimento das plantas. Quando uma das tábuas possui um
tamanho inferior às demais, a capacidade do barril é limitada. O
mesmo se passa com os nutrientes disponíveis para as plantas.
Para obterem a energia de que necessitam para o crescimento e
reprodução, as plantas necessitam para além de luz solar, dióxido de
carbono (que captam da atmosfera), e água…

…outros elementos químicos muito importantes (nutrientes


essenciais) obtidos do solo, tais como o azoto (N), fósforo (P),
potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), entre outros.

A nutrição de uma planta só é equilibrada quando receber todos os


nutrientes necessários na quantidade certa.
Os nutrientes de maior consumo são designados por macronutrientes
enquanto os nutrientes necessários em quantidades mínimas, são
designados por micronutrientes, como por exemplo o manganês
(Mn), ferro (Fe), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), molibdénio (Mo),
cloro (Cl), e sódio (Na).

Embora em diferentes proporções, todos os nutrientes essenciais são


necessários para a vida das plantas, sendo que quando se verificar uma
deficiência num deles, toda a produção é afetada (lei do mínimo ou
lei de Liebig).

As plantas extraem do solo uma quantidade significativa de nutrientes,


que terá que ser reposta, para não surgirem situações de carência.
Os nutrientes devem existir em proporções exatas para cada espécie
vegetal e em níveis próprios para cada variedade.
A reposição de nutrientes num solo pode ocorrer quer através de
incorporação de matéria orgânica, quer através da adição de
fertilizantes de síntese.
Dos fertilizantes orgânicos mais conhecidos, destacam-se a farinha
produzida a partir de cascos e chifres de animais, (fonte primária de
azoto, que fica disponível para utilização pelas plantas poucas semanas
após a sua aplicação); sangue e restos de peixe, como fonte de azoto e
de fósforo, aplicáveis 2 a 3 semanas antes da sementeira ou de uma
plantação; farinha de ossos esterilizada, rica em fósforo. Tratam-se de
materiais pouco disponíveis e relativamente dispendiosos. Atualmente
existem fertilizantes orgânicos especialmente formulados para
utilização em agricultura biológica.
A alternativa aos fertilizantes orgânicos, pode residir na utilização de
fertilizantes de síntese (adubos químicos):

Podem utilizar-se adubos compostos, que contêm os três elementos


químicos mais importantes: azoto (N), fósforo (P) e potássio (K). As
formulações comerciais possuem diferentes proporções de N-P-K,
juntando-se-lhe outros elementos químicos, tais como o magnésio
(Mg), cálcio (Ca) e enxofre (S), assim como microelementos, como o
manganês (Mn), boro (B), zinco (Zn), molibdénio (Mo) e ferro (Fe)..
Numa horta tradicional, era costume possuir na área circundante à habitação, um
galinheiro, uma pequena pocilga, uma coelheira, ou, eventualmente, uma pequena
cavalariça. Os dejetos produzidos eram mais do que suficientes para a elaboração
de um composto de qualidade, tanto mais que os animais eram alimentados, quer
com restos de cozinha, erva ou rações obtidas a partir de cereais tradicionais.
Raramente se utilizavam na criação dos animais, antibióticos ou qualquer outro
tipo de fármaco.
Tudo isto é passado e atualmente, salvo raras exceções, a maioria dos dejetos é
obtida em explorações de natureza industrial, em que os animais são
maioritariamente alimentados a partir de produções convencionais, obtidas com
utilização de vários tipos de agroquímicos. Assim sendo, e visto que a adição de
matéria orgânica ao solo, garante a melhoria significativa das suas características
físicas, a agricultura biológica opta preferencialmente pelas adubações verdes.
O modo de nutrir as plantas está intimamente relacionado com a sua capacidade de
resistir a doenças e até mesmo a algumas das pragas que as afetam.
A carência ou o excesso de micronutrientes podem estar associados à saúde das
plantas. Normalmente, os solos possuem quantidades de micronutrientes
suficientes para atender às necessidades das plantas. Contudo, a sua eficiência
depende da quantidade de matéria orgânica presente no solo e da sua maior ou
menor solubilidade.
No caso de se verificar uma carência num micronutriente, a única forma de a
suprir, passa pela aplicação às plantas de formulações apropriadas. Os
micronutrientes sob a forma de óxidos ou de óxidos silicatados, são vendidos no
mercado como FTE (fritted trace elements). Utilizam-se numa dose entre 3 a 5 gr
por m2. O efeito da aplicação de micronutrientes é maior nas culturas precoces e
no caso de culturas fora de época.
Relação da água com os seres vivos
:
Quantidade de água nos seres vivos e nos
alimentos :

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