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CAPACITISMO?
O PAPEL DOS NAPNE’S NA LUTA
ANTICAPACITISTA
Perspectiva indireta
Deve-se entender que os discursos
acerca da deficiência não são retratos
dela, mas retratos de como ela é
interpretada, por meio de uma
ideologia da deficiência, subjacente a
práticas sociais destinadas ao
deficiente. (OMOTE 2021, p. 121)
Perspectiva direta
A deficiência é considerada como um
atributo da pessoa deficiente, como
algo inerente ao comportamento ou
ao organismo dela. Certas diferenças
são consideradas como sendo por si
mesmas deficiências.
Perspectiva indireta
A deficiência não é atributo da pessoa
deficiente. É uma condição atribuída a
essa pessoa ou nela reconhecida em
função da perspectiva assumida pela
audiência. Certas diferenças são
interpretadas como deficiências em
função dessa perspectiva.
Perspectiva direta
O foco de
atenção
recai sobre a
pessoa
deficiente.
Perspectiva indireta
O foco de atenção recai
sobre as circunstâncias
sociais nas quais essa pessoa
é identificada, reconhecida e
tratada como deficiente.
Perspectiva direta
Os objetos de estudo giram em
torno da própria deficiência, das
consequências da deficiência e
dos modos de minimização da
deficiência e/ou das suas
consequências
Perspectiva indireta
A inteligibilidade da deficiência é
buscada nas próprias perspectivas
assumidas pelas audiências que
consideram alguém como deficiente.
Deve-se estudar o conhecimento que
fundamenta a prática vigente e os modos
de produção desse conhecimento.
Perspectiva direta
A conceituação
“oficial” é
considerada
como correta e
universal.
Perspectiva indireta
Qualquer conceituação da
deficiência é contingencial.
Deve-se buscar a significação
dessa conceituação na ordem
social estabelecida para
administrar as divergências.
Perspectiva direta
A intervenção significa
modificar o deficiente.
Perspectiva indireta
O alvo da intervenção é
todo o conjunto do qual o
deficiente faz parte,
desempenhando o papel
social de deficiente.
Transversalidade da deficiência
com outros marcadores sociais
Interdependência e
dependência
O que é o capacitismo?
Você trabalha? Parabéns!
“Tem gente que não tem perna e trabalha, e
você aí reclamando da vida.”
- “Nossa, mesmo deficiente ele(a) consegue
fazer tudo”.
- "Que lindo(a)! Nem parece que tem
deficiência."
- "Mesmo sendo surdo(a), você é tão
inteligente"
- "Nossa, você nem tem cara de autista!"
- "Achei que você era normal!"
CAPACITISMO É...
“[...] uma postura preconceituosa que hierarquiza as
pessoas em função da adequação dos seus corpos à
corponormatividade. É uma categoria que define a
forma como as pessoas com deficiência são tratadas de
modo generalizado como incapazes (incapazes de
produzir, de trabalhar, de aprender, de amar, de cuidar,
de sentir desejo e ser desejada, de ter relações sexuais
etc.), aproximando as demandas dos movimentos de
pessoas com deficiência a outras discriminações sociais,
como o sexismo, o racismo e a homofobia.
Essa postura advém de um julgamento moral que
associa a capacidade unicamente à funcionalidade de
estruturas corporais e se mobiliza para avaliar o que as
pessoas com deficiência são capazes de ser e fazer para
serem consideradas plenamente humanas”
(MELLO, 2016, p. 3272).
O capacitismo nosso de
cadadia
Materialidade do corpo e experiência da dor
Compartilhamento de imagem sem descrição (muitas
delas informativas e instrutivas).
Editais (internos e externos) sem apoio de LIBRAS para
anunciar o direito às pessoas Surdas desde a porta de
acesso à instituição.
Softwares e aplicativos com barreiras para a autonomia de
profissionais, acadêmicos e visitantes, os quais não
contemplam, por exemplo, a experiência da cegueira,
daltonismo, dislexia, autismo, surdez.
Espaço pouco acessível no percurso dentro da própria
instituição, com ausência de pisos podotáteis, placas com
informações visuais, rampas de acesso, contraste de cores, etc.
Recursos pedagógicos que hierarquizam modos de aprender e
de demonstrar o que aprenderam;