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De uma janela

 
Imaginar um jardim florido
Sentir o vento, ouvir pássaros e
ver a natureza tão singela.
Pensar na vida e ter o que dizer,
encontrar pessoas, dar abraços é a coisa mais bela.
Respirar o ar puro e admirar as estrelas.
Contemplar a vida com uma flor amarela.
Ouvir as águas dos rios e sua harmonia
É ver o dia amanhecer sem sequela.
Ser fiel ao próprio coração e sentir alegria
É respirar a vida com a alma, de uma janela.

Teobaldo Branco.
Flor eterna
 
Um relicário no tempo
Contemplar uma flor que cai
Lendas de sonhos e lembranças
Só a saudade, tudo se vai.
 
O apanágio oculto das ideias
Escrita no infinito da memória
Sinais que congela o tempo
Reflete, a eternidade da história
 
Teobaldo Branco
Amor poético
 
A silenciosa confissão
Bate o sino da ave-maria
A tarde se apaga no horizonte
Sol fonte da luz do dia
 
A liberdade ilumina a vida
O galo canta e faz vigia
A fascinação do grande amor
Leva-me ao sol da poesia.
 
Teobaldo Branco
O destino da vida
Saí de casa menino
Fui para um internato estudar
Não sabia o que era separação
Da vida íntima familiar
Parti rumo a um destino
Sem saber que em casa não mais ia voltar
 
O tempo não conta o futuro
Somente a vida pode contar
Os estudos abrem horizontes
A saudade segue sem cessar
O mundo muda a cada instante
Amor vazio da ausência familiar.
 
Ao sair do internato
Ao exército fui me apresentar
Como soldado cumprir o dever pátrio
A farda deu experiência militar
O mundo é uma grande escola
Mas não dispensa o bem querer familiar
 
Sem volta ao lar dos paterno
Segui a outras terras à trabalhar
Buscando o sol da liberdade
Outra vida começou a se formar
Estrada da vida sem voltas
A estrela do destino, só o tempo pode revelar.
 
Teobaldo Branco
A ilusão do passado
 
Ver o passado no tempo
Pensar na vida pacientemente
Vislumbrar o futuro risonho
Sonhar e ser feliz eternamente
 
Ver os filhos crescerem
Sentir o tempo na sua extensão
Construir uma história
Presenciar o passado, sem ilusão.

Teobaldo Branco
A vida de um migrante
 

Uma bandeira ao ombro, o retirante


A caminho na estrada da vida sobe e desce
O silêncio da musa, chora a miséria da terra
O manto em noite fria não mais aquece
Destino incerto deixa o olhar no escuro
As lembranças fulminam a paz, a vida padece.
 

O manto e a pureza do amor


É inesquecível como a brisa de uma bonança
O tempo como numa viagem, uma linda história
Hastear a bandeira de herói, no museu de uma aliança
Como se fosse visível o destino; o futuro não vê
Cumprir a promessa de um ideal e fé na esperança.
 

As flores vivem o ciclo da primavera


Mas, sofrem o calor do sol do verão
Abraçar os filhos que é a imorredoura descendência
Aquecer o espírito e fortalecer o coração
A família é inesquecível marco da vida
O Criador abençoou o mundo brilhante da união.
Teobaldo Branco
Além do amor
 

Um olhar para o céu


Sonho que foge na escuridão
Lágrimas aos olhos do tempo
Alma perdida na solidão
 

Olhar além do horizonte


Sorriso que foge numa canção
Alma no infinito do mar
Força absoluta da libertação
 

Além do amor, além de mim.


O tempo que expressa à ilusão
Melancolia do passado
Saudade! Leva meu coração.
Teobaldo Branco
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
A palavra é uma força
subjetiva que transforma o
mundo.
A arte de escrever, antes de
tudo, é a arte de pensar,
sendo vigor do espírito e da
reflexão dos homens”.
Paulo Freire
Saudade
 
Saudade é uma lembrança
Do amor que o tempo mantém
Uma separação que distancia
Saudade da imagem de alguém
 
Saudade voa como o vento
Lembrança de quem ama alguém
O tempo leva ao infinito
Tempo, leva-me também
Teobaldo Branco
O
  silêncio da paixão
A ternura do crepúsculo
O amor em compulsão
O silêncio do sino indaga
A
  melancolia, a honra, a razão.
A aragem da manhã
Proíbe matar a paixão
Pensar triste é jeito de sofrer
Sofro aos olhos da solidão.
Teobaldo Branco
Amor poético
 
A silenciosa confissão
Bate o sino da ave-maria
A tarde se apaga no horizonte
Sol fonte da luz do dia
 
A liberdade ilumina a vida
O galo canta e faz vigia
A fascinação do grande amor
Leva-me ao sol da poesia.
Teobaldo Branco
A CAMPONESA
 
A primeira viagem da vida numa bela manhã,
numa estrada, pelo interior rural,
jovem buscando espaço, distante noutras terras,
atraído numa distração, observando um bonito visual.
 
Era mês de março, naquela manhã de sol,
linda paisagem, marcava um momento de sonho,
via-se, paisagens e valos, escondidos nos montes,
Rios de águas nas planícies, com cheiro, suave e risonho.
 
Alegre, saudável caminheiro ao contemplar a bela natureza,
o desconhecido despertava, ao observar aquele ilustre povo,
era curiosa novas paisagens, de trabalhar e viver,
o imprevisível marcou o destino, naquele mundo novo.
 
Num belo momento, uma visão surpreendente,
deslumbrante à presença, de uma bela camponesa,
encontrava-se ao meio dos animais e das plantas,
uma linda jovem, de requintada beleza.
 
Florescia sua aparência, de atração esplendorosa,
Jamais visto, uma deusa, postura de nobreza,
seus cabelos longos cor de ouro, enfeitavam o rosto,
aparência saudável, de pele branca, belo corpo de princesa.
 
Numa estação de outono, o reflexo da bela imagem,
a linda paisagem, a formosa moça ao meio da natureza,
tocou minha alma, uma sensação próspera e profunda,
uma paixão, um sonho, bela viagem, oh! Linda camponesa.

Teobaldo Branco
Solidão
 
Alguém triste no relicário
Sente-se invadido pela solidão.
Curioso! O sofredor solitário.
Arte dos olhos, a plateia do coração.
 
Um sentimento tão estranho.
Pessoas que sofrem essa invasão.
Um caminho a refletir
Sobre o lendário medo da ilusão
 
A vida cheia de amor e beleza,
Lembra o caminho e mostra uma visão.
Um desafio, numa curta existência.
A sabedoria é o caminho e solução.
Teobaldo Branco
Lágrimas
 
As gotas do orvalho
Sentem, o prazer do amor
Mas, o amor, amor da vida.
Fecunda o cheiro da flor
 

A natureza da água nas flores


Dão vida e umedecem o calor
A censura de um carinho
A alma chora, lágrimas de amor

Teobaldo Branco
A ciência e a vida
 
 O ser humano preocupa-se em entender sobre a vida e a morte. Daí surge as
perguntas: na morte para onde vamos? O que seremos? Lá é melhor ou pior? O que
acontece depois? É eterno ou tudo acabará sem retorno? E, de onde viemos?
 
O homem entende que a morte não é a última palavra e acredita na imortalidade da
alma, como instinto de preservação da vida, como missão. Pois, a vontade de viver, de
amar e de ser feliz são aspirações sublimes dos desejos humanos, e concentra seu pensar
sobre o presente, preocupado com o futuro, que leva pensar sobre uma sociedade, que
induz conceitos de que a felicidade está no mundo dos espertos, o espírito da vida social.
 
A ciência observa a vida através de fatos, vendo a luz no espaço, e conclui que a terra
não é o eixo do universo, mas um dos menores astros na imensidão; o próprio sol é apenas
o centro de um turbilhão planetário; as estrelas são inumeráveis sóis ao redor dos quais
circulam mundos separados por distâncias, difícil ao acesso do entendimento, embora nos
parece próximas. Nesse conjunto regido por leis eternas, onde se revela a sabedoria e o
poder do Criador, a terra vista ao longe no espaço sideral, pouco favorável a existência
de vida, assim como outros astros. Desde então pergunta-se ao Criador, teria feito a
única sede da vida aqui, e outros mundos há criaturas?

A ciência anuncia de que a vida está em toda parte, que a humanidade é infinita como o
universo, revela que mundos semelhantes a terra, não poderia ser criado sem objetivo,
deve tê-los povoado de seres desenvolvidos.
 
A ideia dos homens está na razão do que se sabe, como todas as descobertas em curso
sob o império do conhecimento. As crenças devem se modificar. O céu é visto como
espaço infinito. A região das estrelas sem limites, hoje é um nome poético, dando lugar
as grandes descobertas em continuidade. É o que penso.
Teobaldo Branco
O poente
 
Ao entardecer no fim de cada dia,
O princípio da noite, à escuridão,
A alma do dia, que adormece,
As trevas dos olhos, desperta a solidão.
 

O infinito que anuncia o mistério,


Uma criança que vai nascer.
As flores do campo adormecem.
O silencio invade, os sonhos do amanhecer.
 
A vida é um despertar constante.
O dia surge com o sol nascente,
Depois do sofrimento vem alegria,
A lírica imagem do poente.
Teobaldo Branco
Paradigmas do amor
 
O presságio do amor
Loucura e a perdição
Dois atraídos pela simpatia
Feitiço aos olhos da ilusão
 
O mundo bucólico
Prevê a vastidão
No desespero, a dor e tristeza
Destino de uma separação
 
Morrer por amor
Paradigma da emoção
Matar por amor
Tragédia perpétua da razão
 
A felicidade renasce
Como no palco de uma canção
Amar e amar por amor
O amor é vida e a solução.
Teobaldo Branco
O destino de luta com determinação,
abraçar a vida com paixão, saber
perder com classe e vencer com
ousadia, porque o mundo pertence a
quem tem sabedoria, a vida é muito
importante para considerá-la
insignificante. Augusto Branco.
Comunista cristão
 
Parece que a ideia é somente analogia,
Que o povo deseja para a vida, somente um pedaço de pão;
Não! Nada disso é verdade,
Deus do céu! Os homens da terra são todos irmãos;
Além disso, com igualdade:
O povo quer: o que é de direito; um pedaço de chão;
Ele, ainda quer mais!
A liberdade de plantar, ser digno com as próprias mãos,
Mas, quem defende a terra?
Ora, poucos! A racionalidade não contém a destruição.
Pelo amor ecológico!
A natureza agradece e estende a sua bênção,
E, aqueles que defendem a terra?
Bem! Defendem o mundo, defende o homem da falsa ilusão.
Será que a terra tem dono?
Como ficam os que vivem nela, e na morte, o que levarão?
Este poema são apenas as palavras,
que refletem a ideia de lealdade, de um comunista cristão.

Teobaldo Branco
Nossa casa
 
A mãe terra constitui os fundamentos da vida.
A crise da civilização humana ocorre porque está submetida
ao sistema globalizado diante dos desafios planetários.
A causa irreversível da destruição ecológica emerge a
necessidade de construir projetos numa relação de
consciência com a natureza para recuperar em parte os
danos causados a vida dos seres da terra.
A sociedade humana deve ter a sensatez e moralidade no
cumprimento de seu dever com respeito em seus
procedimentos com o ecossistema, com mudanças imediatas,
haja visto, o homem deve conhecer e saber julgar a sua
própria realidade histórica para a preservação da vida no
planeta.
A realidade se fundamenta na política que norteia o
pensamento das filosofias da ciência, da ética, das religiões
e sistemas que estabelecem normas que violam as defesas da
vida da natureza da mãe terra, fonte da vida.
 A mãe terra é o astro que sustenta tudo o que existe,
todos os seres e toda a sua criação, em toda a sua
grandeza, que é a nossa casa.
  Teobaldo Branco
Além do amor
 

Um olhar para o céu


Sonho que foge na escuridão
Lágrimas aos olhos do tempo
Alma perdida na solidão
 

Olhar além do horizonte


Sorriso que foge numa canção
Alma do mar no infinito
Força absoluta de libertação
 

Além do amor, além de mim.


O tempo que expressa à ilusão
Melancolia do passado
Saudade! Leva meu coração.
Teobaldo Branco
O trem do destino
A vida surge e começa a viagem, a vida é uma
passagem numa longa caminhada.
Ao nascer, o homem recebe seu passaporte e
vai rumo a morte, construindo sua estrada.

No caminho há uma flor, muito rica de amor,


uma oferta do coração.
Ao nascer, o homem busca a glória no trem da
história e encontra a ilusão.

Na estrada da vida, o caminho é só de ida e,


a viagem prossegue sem parar.
O homem desde menino viaja rumo a um
destino, e não vê o futuro chegar.
 

Tem passageiro, que vive a sofrer, não


conseguiu viver, e não teve tempo para amar.
O trem segue com o alarme do sino rumo ao
destino, e no fim, a lei é desembarcar.
  Teobaldo Branco
Doce lembrança

A canção melancólica de uma saudade,


De quem sofre a dor, pela ausência de alguém,
Murcha como uma flor, sem piedade,
Olhando distante no céu, as estrelas do além.
 
A lembrança afetuosa de um amor causa agonia.
A grande emoção, a saudade é igual à linda donzela.
Uma cantiga, que acalma as lágrimas, um dia,
Vendo florir o campo do passado, por uma janela.
 
A saudade é uma flor, igual a seiva do mel.
A solidão é o remédio que acalma,
Doce como o beijo, amargo como o fel,
A saudade são as lágrimas da alma.
 
Teobaldo Branco
Despedida
 
Partir como quem morre
Partir como se vai nascer
É um viajar sem fim
Jamais retornar
Outro destino a percorrer
 

Como se o dia nasce


Do horizonte ao entardecer
Andar sempre em frente
Cantar a saudade
Deixando o passado morrer
 

Partir como quem nasce


Partir como quem vai morrer
Partir com esperança
Ler apenas as lembranças
A alma do destino é sofrer, sofrer..

Teobaldo Branco

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