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“Mas a minha aliança, eu a

estabelecerei com Isaque, filho


que Sara lhe dará no ano que
vem, por esta época.”

Gênesis 17.21
CONHECER PERCEBER PRATICAR
A história de Sara e A presença divina Mães tementes a
Agar: suas nessas histórias, Deus lutam por suas
peculiaridades, tanto na formação famílias e semeiam
tensões, sofrimentos de duas nações, um legado espiritual
e alegrias. como na efetivação relevante. Você pode
da linhagem testemunhar dessa
messiânica. verdade? Debata.
Gn 16.7-12
Gn 21.1-6
● A história de Sara e Hagar se desenrola nos dias
do patriarca Abraão, por volta de 1.800 a.C., num
tempo em que a maternidade era muito
importante e ser estéril trazia um peso enorme
para uma mulher (não que hoje seja diferente).
● Ter filhos representava para o casal (com
destaque ao pai) uma honra e hereditariedade
significativa.
● Ter um filho homem (nesse tempo a figura do
filho homem tinha destaque) significava a
continuidade do nome e a transferência das
benções da hereditariedade, fosse por palavras
com imposição de mãos, como também pela
transmissão de herança material.
● A angústia de Abraão era a angústia de Sara
(Deus mudou o nome de Abrão e Sarai para
Abraão – “Pai de muitas nações” – e Sara – “mãe
de muitas nações” – Gn 17.5 e 15,16).
● É nesse clima, que dura cerca de 25 anos de
espera, que Sara usa de uma possibilidade legal:
dar um filho ao seu esposo por meio de uma
serva.
● Podemos condenar Sara por essa atitude?

● Alguém dirá: “Ela não teve fé”. Pode ser, mas


arriscamos afirmar que possivelmente faríamos a
mesma coisa.
● Deus disse sobre Sara: “Eu a abençoarei e por
meio dela darei a você um filho! Sim, eu a
abençoarei, e ela se tornará mãe de muitas
nações. Haverá reis de nações entre seus
descendentes” (Gn 17.16 – NVT).
● Um ano depois se cumpriu essa palavra sobre a
vida de Sara. Aos 90 anos e já sem possibilidade
humana de gerar filhos, o milagre aconteceu.
● Mas Abraão é o pai da fé e aos 75 anos, quando
Deus lhe disse que sua descendência seria tão
grande como as estrelas nos céus, ele CREU –
(Gn 15.6).
● Sara também mostrava suas dificuldades (afinal,
humanamente, tudo dizia não): “Por isso riu
consigo mesma, quando pensou: ‘Depois de já
estar velha e meu senhor já idoso, ainda terei
esse prazer?’” (Gn 18.12).
● A história de Sara nos ensina que o importante
nem sempre é o que recebemos durante a
jornada terrenal, mas sim o legado que deixamos.
● Isaque é o legado de fé que a “mãe de muitas
nações” deixou.
● Aliás, todos nós cristãos, descendentes pela fé de
Abraão, temos Sara como nossa “mãe”, mãe da
fé, segundo o desejo do próprio Deus!
Qual o destino que recebemos de
Deus por meio do Evangelho da
Salvação?
Que legado vamos deixar em nossa
história?
● Hagar era uma escrava. Escravos não têm
direito. Escravos não têm herança. Sua vida está
destinada a servir ao seu senhor/senhora.
● Foi assim que Sara pensou quando sugeriu a seu
esposo Abraão que lhe desse um filho através de
sua serva.
● A Bíblia diz que Abraão concordou com a
sugestão de Sara. A questão é que a promessa
de Deus parecia estar longe.
● Hagar, como serva, obedeceu e coabitou com
seu senhor, mas depois que engravidou,
começou a desprezar sua senhora (Gn 16.4).
Isso pesou muito ao coração de Sara. A vergonha
da esterilidade somada ao desprezo da serva foi
demais para ela.
● Hagar também foi maltratada por sua senhora, o
que resultou em sua fuga. Porém, o Anjo do
Senhor foi ao seu encontro e mandou-a voltar.
● Convém reconhecer que nem sempre é fácil
esperarmos as promessas de Deus, mas citando
uma verdade espiritual que o apóstolo Paulo
escreve aos Filipenses, nos alegramos:
“Estou convencido de que aquele que começou
boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de
Cristo Jesus” (Fp 1.6).
● Ou seja, nunca devemos desanimar na
caminhada cristã, pois aguardamos a volta do
Senhor Jesus
Você tem conseguido esperar
com fé o cumprimento das
promessas de Deus?
● Deus ama a todas as nações. Sim, Ele escolheu
Israel para ser seu povo peculiar. Entretanto,
através de Jesus Cristo, Deus Pai revela seu
grande amor a todas as nações (ao mundo –
João 3.16). A história das mães Sara e Hagar
comprovam isso.
● No tempo certo, no sobrenatural de Deus, Sara
foi abençoada com um filho. A maternidade
trouxe consolo, alegria e restaurou sua dignidade
social. Isaque era o filho da promessa de Deus.
● Quando Isaque desmamou, Abraão deu uma
festa. Sara viu Ismael rindo de Isaque. A crise
com Hagar/Ismael chegou ao limite e Sara disse
a seu esposo: “Livre-se daquela escrava e do seu
filho, porque ele jamais será herdeiro com o meu
filho Isaque” (Gn 21.10).
● Com pesar, Abraão despediu seu filho Ismael e
sua mãe Hagar. Mas Deus não abandonou nem a
mãe, nem o filho; pelo contrário, fez-lhes
importantes promessas (Gn 21.17-20).
● Hagar teve uma experiência pessoal com Deus.
Em Gênesis 16.13 lemos: “Hagar deu ao Senhor
o nome” – assim vemos que ela confessava o
nome do Senhor – “Tu és o Deus que vê” –
● Tanto Sara como Hagar foram mães que lutaram
por seus filhos.
● Esta é uma marca presente entre um casal,
porém a mãe tem uma ligação umbilical
diferenciada com os filhos (as).
Temos lutado para educar nossos
filhos nos caminhos do
Senhor?
Conhecemos famílias fracionadas em sua
composição.
Crianças que vivem com a mãe, mas
convivem com o pai que formou outra
família.
Na medida do possível, para o bem da
criança, a busca da paz entre as partes
fracionadas ameniza o sofrimento da
criança.
Isso não foi possível entre Sara e Hagar.
Elas tiveram que se afastar e com
resquícios de ódio em seus corações.
Talvez essa origem histórica reflita até
hoje em hostilidade entre Israel e as
nações Islâmicas, especialmente os
Palestinos.
Somente o amor de Jesus e o santo
Evangelho é capaz de quebrar essas
barreiras históricas de ódio e separação.

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