Você está na página 1de 8

DISTRIBUIÇÃO DE VAZÃO EM

MARCHA
INTRODUÇÃO
Nestas situações, não há como determinar perdas de carga e vazões entre duas
derivações sucessivas, tendo em vista que seu número é, em geral, elevado e seu
funcionamento mais ou menos intermitente e variável. Para contornar o problema
assume-se como hipótese básica que a totalidade da vazão consumida no percurso é
feita de modo uniforme ao longo da linha. Isto significa que para efeito de cálculo,
cada metro linear da tubulação distribui uma vazão uniforme q, chamada vazão
unitária de distribuição expressa, em l/s/m ou m³/s/m.

Suponha um trecho de tubulação de diâmetro constante e rugosidade uniforme, de


comprimento L, alimentado por uma vazão Qm na extremidade de montante, sendo Qj
a vazão residual na extremidade de jusante. Sendo q a vazão unitária de distribuição e
x uma abscissa marcada a partir da extremidade de montante, em que a vazão
residual é Qx, as seguintes relações acontecem:

Qm = Qj + q.L Qx = Qm – q.x
Com o objetivo prático de facilitar os cálculos, define-se como vazão equivalente ou
vazão fictícia Qf uma vazão constante que, percorrendo o conduto em toda sua
extensão, produz a mesma perda de carga verificada na distribuição em marcha.

Qf = Se ≠ 0

Qf =Qm Se = 0
23 - Na tubulação mostrada abaixo, com 6" de diâmetro e f = 0,022, a pressão em A
vale 166,6 kPa e em D vale 140,2 kPa. Determine a vazão unitária de distribuição em
marcha q, sabendo que a tubulação está no plano horizontal e que a vazão no trecho
AB é de 20 l/s. Despreze as perdas localizadas.

As energias disponíveis nos pontos A e D, em relação a um plano horizontal passando


por BC, valem, respectivamente :

EA = + + hA = + + 1 = 17,66 m

ED = + + hD = + + 2 = 16,02 + m

Portanto, a perda de carga total entre os pontos A e D é igual à diferença EA - ED e vale


a soma das três parcelas: ΔHAB + ΔHBC + ΔHCD.
EA - ED = 17,66 - 16,02 - = ΔHAB + ΔHBC + ΔHCD =

1,64 - = + +

1,64 – 160,11. = 0,376 + 2818 + 1973

1,26 = 2818 + 160,11. + 1973

1,26 = 2818 + 2133,11

Qf = = (0,02 + QJ)/2

1,26 = 2818 + 2133,11

QJ = 0,015 m³/s

Qm = Qj + q.L

q.L = QD = 0,02 – 0,015 = 0,005 m³/s

q = 0,005/120 = 4,16.10-4 m³/s


24 – Dimensione as tubulações do
sistema a seguir, sendo que as
pressões em B e E são 55 mca e
5,7 kgf/cm² respectivamente
Considerar C = 100

Trecho AB

Qm = Qj + QD

Qm = 5 + 20 = 25 l/s DAB =

+ ha = + h + ΔHAB DAB = 200 mm

Trecho EF
ha = + h + ΔHAB
+ hE = + h + ΔHEF JEF = 7/ 815 = 0,00858 m/m
320 = 55 + 260 + ΔHAB
57 + 250 = 300 + ΔHEF
ΔHAB = 5 mca DEF =

ΔHEF = 7 mca DEF = 100 mm


JAB = 5/ 850 = 0,005882 m/m
24 – Dimensione as tubulações do
sistema a seguir, sendo que as
pressões em B e E são 55 mca e
5,7 kgf/cm² respectivamente
Considerar C = 100

Trecho BE

Qf = = (25+5)/2

Qf = 15 l/s

+ hB = + h + ΔHBE

55 + 260 = 57 + 250 + ΔHBE


DBE =
ΔHBE = 8 mca
DEB = 150 mm
JEF = 8 / 870 = 0,00919 m/m
25 – Um reservatório está situado com seu nível d’água na cota 160m, dele sai uma
tubulação com diâmetro de 200 mm, até a cota de 100m, onde a pressão
manométrica é de 45 mca. Daí em diante ocorre uma distribuição em marcha ao longo
de 2340 m, a vazão neste trecho é de 25 l/s, a canalização termina na cota de 0 m, com
pressão manométrica zerada. Determine o diâmetro da tubulação e o comprimento do
trecho de 200 mm. Considerar C = 100

Qf =Qm + hA = + h + ΔHAB

Qf =2= 14,43 l/s 0 + 160 = 45 + 100 + ΔHAB

+ hB = + h + ΔHBC ΔHAB = 15 mca

45 + 100 = 0 + 0 + ΔHBC J = = = 5,85.10-3 m/m

ΔHBC = 145 mca LAB = 15/ 2,12.10-3 = 2562 m

JBC = 145 / 2340 = 0,062 m/m

DBC = = 0,099 m = 100 mm

Você também pode gostar