Você está na página 1de 39

MONITORAÇÃO DE EQUIPAMENTOS VIA

ANÁLISE DE SINAIS DE VIBRAÇÃO

INTRODUÇÃO À MANUTENÇÃO PREDITIVA


MONITORAÇÃO DE EQUIPAMENTOS VIA ANÁLISE DE SINAIS

OBJETIVOS
• Avaliação do Estado de Funcionamento.
• Identificação, Caracterização e Evolução de DEFEITOS
• Diagnóstico de FALHAS.
• Manutenção PREVENTIVA/PREDITIVA

METODOLOGIA
• Técnicas Experimentais: Instrumentação e Medição de sinais
• Técnicas de Análise de Sinais.
• Técnicas de Modelagem e Simulação Analítica - Computacional
• Técnicas de Detecção, Classificação e Avaliação de Eventos.
MONITORAÇÃO DE EQUIPAMENTOS VIA ANÁLISE DE SINAIS
VIBRAÇÕES de MÁQUINA ROTATIVA

Posição de
medição
Amplitude de Vibração

SENSOR

Amplitudes em cada FREQUÊNCIA do espectro podem ser relacionadas


com o estado de funcionamento de COMPONENTES ESPECÍFICOS
MONITORAÇÃO DE EQUIPAMENTOS VIA ANÁLISE DE SINAIS
Máquinas Rotativas: NÍVEIS de VIBRAÇÃO
VALOR GLOBAL RMS na banda de 10 Hz a 1kHz
Segundo as normas ISO2372/3945 e VDI2056

45.0
GRUPOS DE MÁQUINAS
28.0
K: Máquinas PEQUENAS até 15kW PROIBIDO PROIBIDO PROIBIDO
18.0
M: Máquinas MÉDIAS de 15 a 75 kW 11.2
ou até 300kW se montadas em
7.10 TOLERADO 2.5x
fundações especiais
4.50 TOLERADO
G: Máquinas GRANDES em fundações

VRMS [mm/s]
2.80 TOLERADO REGULAR 2.5x
RÍGIDAS (fn > Ω) com mais de 75 kW
1.80 REGULAR
1.12 REGULAR
V 
dB  20 log   0.71

 Vr  0.45
BOM BOM BOM
0.28
A Norma VDI usa Vr = 10-6 mm/s 0.18

V / Vr = 2.5  8 dB Grupo K Grupo M Grupo G


VIBRAÇÕES DO EQUIPAMENTO

INTERPRETAÇÃO DOS SINAIS DE VIBRAÇÃO

Vibração medida em uma Máquina Rotativa com intervalo de 1 ano:

Valor RMS GLOBAL:


Inicial: 0.53 mm/s
Após 1 ano: 0.54 mm/s
AUMENTO: 1.02 vezes

AMPLITUDE em 600 Hz:


Inicial: 0.63 mm/s
Após 1 ano: 2.46 mm/s
AUMENTO: 3.91 vezes

CONCLUSÃO
O valor RMS GLOBAL não é sensível para DIAGNOSTICAR a grande
variação de amplitude ocorrida em 600 Hz o
ESPECTRO de frequências é FERRAMENTA mais adequada !
SISTEMAS de MEDIÇÃO de VIBRAÇÕES

POSIÇÃO ou DESLOCAMENTO
MOVIMENTO VELOCIDADE
ACELERAÇÃO

ABSOLUTO SENSORES ABSOLUTOS


ou ou INERCIAIS
RELATIVO SENSORES RELATIVOS ou
DIFERENCIAIS

TRANSLAÇÃO ( x, y, z )  ( x , y , z )  ( x, y, z )


ou [ m] [m / s] [m / s 2 ]
ROTAÇÃO
( x ,  y ,  z )  (x ,  y , z )  (x , y , z )
[rd ] [rd / s ] [rd / s 2 ]
VIBRAÇÕES DO EQUIPAMENTO
ESCOLHA DOS PONTOS DE MEDIÇÃO
1 1
2 2
FT
ENTRADAS . SAÍDAS
. (FRI e FRF)
n k

Excitações Vibrações MEDIDAS


DESCONHECIDAS pelos sensores
geradas pelos instalados em
componentes da POSIÇÕES
máquina específicas

Cada ENTRADA é transferida para a SAÍDA por uma FRF específica (caminhos de
propagação diferentes)  saídas são AMPLIFICADAS ou ATENUADAS
ENTRADA 1

FRF 15

SAÍDA 5
f1 f2 f3 f4 f f1 f2 f3 f4 f f1 f2 f3 f4 f

SAÍDA5 = FRF15 x ENTRADA1


SISTEMAS DE ENGENHARIA

DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO RESPOSTA EM FREQUÊNCIA

EXCITAÇÃO 2
FRF SAÍDAS
DE BANDA 1 3
G j1 ( f )
LARGA Hj1(f) k
MEDIDAS
(MEDIDA)
G j1 ( f )
 H j1 ( f )
G11 G11 ( f )
H21

H31

O PONTO de MEDIÇÃO mais


ADEQUADO é o da FRF (H21)
com AMPLIFICAÇÃO na
Hk1
frequência RELACIONADA ao
COMPONENTE monitorado
PROPRIEDADES DOS SINAIS DE VIBRAÇÃO

CEPSTRUM DE POTÊNCIA

O ESTIMADOR do CEPSTRUM de um sinal DISCRETO:



Cxx ( ) É OBTIDA a partir do:
1. Cálculo da função densidade espectral Gxx (f)
2. Cálculo do logaritmo de Gxx  LG = ln [Gxx]
3. Cálculo da Transformada INVERSA de Fourier de LG

 1 na  
Gxx ( f ) 
na
 X k ( f ) X k ( f )  Cxx ( )   ln Gxx ( f )  e j 2 f  d
k 1
*

Cxx é função COMPLEXA definida para  ≥ 0

PERIODICIDADES NO ESPECTRO E TEMPOS DE ATRASO


APLICAÇÃO: Análise de Defeitos em REDUTORES
PROPRIEDADES DOS SINAIS DE VIBRAÇÃO

PROPRIEDADES DO CEPSTRUM

Exemplo: Sinal Harmônico de 20 Hz, Exponencialmente Decrescente,


com eco de ganho Ao = 0.2, localizado a partir de to = 0.25 segundos

to

Ao

ESPECTRO: só identifica a frequência do sinal: 20 Hz.


CEPSTRUM: identifica o TEMPO de ocorrência e o GANHO do eco.
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS

Banda de BAIXAS FREQUÊNCIAS (ALTA ENERGIA)


TIPO DE FALHA FREQUÊNCIAS
a. DESBALANCEAMENTO 1x Ω
b. DESALINHAMENTO (1, 2, 3 ..)x Ω
c. DEFLEXÃO DO EIXO (1, 2, 3 ..)x Ω
d. MANCAIS HIDRODINÂMICOS (0.40 – 0.49)x Ω
e. FOLGAS EM MANCAIS E ARTICULAÇÕES (0.5, 1.5, 2.5 ..)x Ω

Ω é a rotação do eixo onde está localizado o DEFEITO


c
a

e
d
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS

Banda de BAIXAS FREQUÊNCIAS (ALTA ENERGIA)

DESBALANCEAMENTO: PONTOS de MEDIÇÃO  MANCAIS


Fd  d  2e j  t
1 2

FREQUÊNCIA = Ω
AMPLITUDES : são proporcionais ao
desbalanceamento
Só desbalanceamento ESTÁTICO:
DEFASAGEM Φ12 = 0
Só desbalanceamento DINÂMICO:
DEFASAGEM Φ12 = 180
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de BAIXAS FREQUÊNCIAS (ALTA ENERGIA)

DESALINHAMENTO e DEFLEXÃO: PONTOS de MEDIÇÃO  MANCAIS ou


EIXO

1xΩ 0.5Ω
Ω
2xΩ
3xΩ 2.5Ω
1.5Ω
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de BAIXAS FREQUÊNCIAS (ALTA ENERGIA)

ESTUDO de CASO: COMPRESSOR RADIAL: Ω = 160 Hz

Esquema de UM dos
mecanismos alternativos
de um COMPRESSOR

Frequências IDENTIFICADAS no ESPECTRO


1 5.000

2 4 ANTES DO REPARO
1 Com meio-harmônicos
Desalinhamento:
5 1.000
160, 320, 480 Hz...

ARMS [m/s2 ]
3

0.500

0.100
(1, 2 , 3, 4 , 5) x Ω Folgas nos Mancais:
(1, 2 , 3, 4 , 5) x 0.5Ω 80, 240, 400 Hz...
200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 f [Hz]
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de BAIXAS FREQUÊNCIAS (ALTA ENERGIA)
ESTUDO de CASO: COMPRESSOR RADIAL: Ω = 160 Hz
1.000
APÓS REPARO
Sem meio-harmônicos
0.500

ARMS [m/s2 ]
0.100

0.050

200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 f [Hz]

CORREÇÃO do DESALINHAMENTO CORREÇÃO das FOLGAS


ARMS [m/s2] ARMS [m/s2]
f [Hz] ANTES APÓS f [Hz] ANTES APÓS
160 4.80 0.45 80 0.90 0.07
320 1.20 0.35 240 2.25 0.08
480 0.25 0.10 400 0.60 0.04
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS

FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS

Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ALTA ENERGIA)


TIPO DE FALHA - ENGENAGENS FREQUÊNCIAS
DEFLEXÃO DOS DENTES (1, 2, 3 ..)x ZΩ
DESGASTE DOS FLANCOS (1, 2, 3 ..)x ZΩ
ERROS GEOMÉTRICOS (fantasmas) α(1, 2, 3 ..)x ZΩ
TRINCAS, PITTING (LOCALIZADAS) MODULAÇÕES (Ω)

Ω é a ROTAÇÃO do eixo onde está localizado o defeito


Z é o NÚMERO DE DENTES da engrenagem
fe = ZΩ é a FREQUÊNCIA de ENGRENAMENTO

Ω1 Z1

Ω2
Z11  Z 2  2  f e
Z2
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)
Deflexão
devida à
CARGA

PERFIL
IDEAL

PERFIL
do

GASTO
DENTE

PERFIL
IDEAL

Sem desgaste
Com desgaste
AMPLITUDE

OS AUMENTOS das AMPLITUDES


nas frequências MÚLTIPLAS de fe
são MAIS SIGNIFICATIVOS
fe 2fe 3fe
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)
Deflexão
devida à
CARGA
TRINCA em um ÚNICO DENTE:
PERFIL Uma excitação IMPULSIVA a
IDEAL
do cada rotação da engrenagem é
DENTE
modulada com o sinal gerado pela
deformação do dente  BANDAS
TRINCA LATERAIS em torno de fe e seus
MÚLTIPLOS espaçadas de Ω

1/Ω

fe 2fe 3fe
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)

FALHAS em VÁRIOS DENTES  EVOLUÇÃO DA FALHA

1/Ω

fe 2fe 3fe

As AMPLITUDES das bandas laterais AUMENTAM e se destacam em


torno da FREQUÊNCIA de ENGRENAMENTO e de seus MÚLTIPLOS.
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)
Estudo de caso: REDUTOR com Z1 = 40 dentes f1 = 8.325 Hz
Engrenamento  fe: 333, 666, 999, 1332 Hz ...
Desalinhamento do eixo  fd: 8.325, 16.65, 24.975 Hz ...
Modulações k*fe ± n * fd  bandas laterais em torno de k*fe
10
Frequências IDENTIFICADAS no espectro:
20
df = 1.25 Hz
358
641
974

30
691 1024 1 2 3 4 fe e seus múltiplos:
333, 666, 999 e 1332 Hz
-dB

308
40
Bandas LATERAIS em torno de fe e seus
50 múltiplos: 308 e 358  333 ± 25 Hz
60
641 e 691  666 ± 25 Hz
0 200 400 600 800 1000 1400 1800 f [Hz]
974 e 1024  999 ± 25 Hz

ESPECTRO  CONCLUSÕES POSSÍVEIS:


- Existe DESGASTE nos flancos dos dentes (amplitudes em k*fe)
- As MODULAÇÕES são MAIORES em torno de 3 * fe
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)
Estudo de Caso: REDUTOR com Z1 = 40 dentes f1 = 8.325 Hz
Uso do CEPSTRUM para identificar as frequências de MODULAÇÃO

(25 Hz)
(8.3 Hz)

QUEFRENCIAS identificadas no
CEPSTRUM:
1
40 ms  fm3 = 1/0.04 = 25 Hz
120 ms  fm1 = 1/.120 = 8.3 Hz

0 100 200 300 q [ms]

CEPSTRUM  CONCLUSÃO ADICIONAL:


- Existem modulações SIGNIFICATIVAS para 1 * fe e para 3 * fe
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)
Estudo de Caso: REDUTOR com Z1 = 40 dentes f1 = 8.325 Hz
REPARO: TROCA da engrenagem e ALINHAMENTO  ESPECTRO
10

Freq. [Hz] ANTES APÓS


20
df = 1.25 Hz
FANTASMA
1 333 -30 -26
30 FANTASMA
-dB

2 666 -33 -42


40

3 999 -28 -49


50

4 1332 -36 -60


60
0 200 400 600 800 1000 1400 1800 f [Hz]

CONCLUSÕES a partir do ESPECTRO


- As AMPLITUDES nos múltiplos de fe foram REDUZIDAS (maiores efeitos em
2*fe, 3*fe e 4*fe)
- O DESALINHAMENTO foi corrigido : BANDAS laterais SUMIRAM.
- Apareceram frequências FANTASMA: -25dB@ 420 Hz e -34dB@760 Hz 
há ERROS GEOMÉTRICOS na fabricação da nova engrenagem.
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)

Estudo de caso: REDUTOR com Z1 = 40 dentes f1 = 8.325 Hz


REPARO: TROCA da engrenagem e ALINHAMENTO  CEPSTRUM
2

AMPLITUDES no CEPSTRUM:
Quefrencia ANTES APÓS
40 ms 1.75 0.82
120 ms (8.3 Hz)
1
120 ms 1.70 1.10
40 ms (25 Hz)

0 100 200 q [ms] 300

CONCLUSÕES a partir do CEPSTRUM


As AMPLITUDES das bandas laterais foram REDUZIDAS (maior efeito
em q = 40 ms (25 Hz)  correção do DESALINHAMENTO
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
Banda de MÉDIAS FREQUÊNCIAS (ENGRENAGENS)
Estudo de caso: REDUTOR com Z1 = 40 dentes f1 = 8.325 Hz
4 ANOS APÓS REPARO: ESPECTRO

10
Freq. APÓS APÓS 4 Δ dB
FANTASMA [Hz] correção anos
20

333 -26 -28 -2


30
666 -42 -34 +8
-dB

40 999 -49 -45 +4


1332 -60 -56 +4
50
420 -25 -26 -1
60
0 200 400 600 800 1000 1400 1800 f [Hz] 760 -34 -44 -10

CONCLUSÕES a partir do ESPECTRO


As AMPLITUDES dos MÚLTIPLOS de fe voltaram a AUMENTAR  desgaste
As AMPLITUDES nas frequências FANTASMA foram REDUZIDAS  acerto do perfil
OBS: os harmônicos MAIS ALTOS são mais SENSÍVEIS à EVOLUÇÃO ou REDUÇÃO
de FALHAS
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
Banda de ALTAS FREQUÊNCIAS: ROLAMENTOS (BAIXA ENERGIA)
β
LOCAL da FALHA FREQUÊNCIAS
BD
n  BD 
fex  fr  1  cos(  ) 
2  PD 
2
1. PISTA EXTERNA
n  BD 
3 fin  fr 1  cos(  ) 
2. PISTA INTERNA 2  PD 
PD
PD   BD  
2

fro  fr 1   cos(  )  
1
3. ESFERA / ROLO BD   PD  

Estas frequências são determinadas considerando o rolamento com um


mecanismo planetário SEM escorregamento entre os componentes.

n - número de esferas/rolos.
fr - velocidade angular relativa entre as pistas externa e interna
β – ângulo de contato
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS

Banda de ALTAS FREQUÊNCIAS: ROLAMENTOS (BAIXA ENERGIA)


β

BD

CASO: PISTA EXTERNA PARADA


2
fr = rotação da pista INTERNA 3

CARGA ESTÁTICA VERTICAL PD

EXCITAÇÃO DE UMA FALHA EXCITAÇÃO DE UMA FALHA


NA PISTA EXTERNA (1) NA PISTA INTERNA (2)
1/fr
1/fex
1/fin

t t

Pulsos de MESMA AMPLITUDE se Pulsos se repetem com a frequência de


repetem com a frequência de passagem do rolo/esfera pela FALHA com
passagem do rolo/esfera pela FALHA AMPLITUDES MAIORES na zona de CARGA
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS

Banda de ALTAS FREQUÊNCIAS: ROLAMENTOS (BAIXA ENERGIA)

A MEDIÇÃO da vibração é feita com um


ACELERÔMETRO instalado no mancal,
preferencialmente na direção da CARGA.

As FALHAS localizadas no rolamento provocam IMPULSOS de


BAIXA ENERGIA que são TRANSMITIDOS até o ponto de medição.
O CAMINHO de PROPAGAÇÃO é caracterizado por uma Função de
Transferência.
Há maior AMPLIFICAÇÃO da vibração nas bandas de frequência em
torno das ressonâncias mais elevadas. (kHz)
O acelerômetro mede vibrações devidas à falha SUPERPOSTAS às
devidas a OUTRAS excitações.
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
FALHA em ROLAMENTOS: DETECÇÃO DO ENVELOPE

B
Banda de
interesse

fo

FILTRAR [fo + B/2, fo - B/2] FILTRAR [0, B/2]

T T
T
|a|

|a|
a [m/s2]

t [s]
t [s] t [s]

ENVELOPE
DEFEITOS EM MÁQUINAS ROTATIVAS
FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
FALHA em ROLAMENTOS: DETECÇÃO via ESPECTRO do ENVELOPE

ESTUDO DE CASO: Defeito na pista INTERNA (móvel)


fr = 12 Hz, BD/BP=1/6, n=10, β = 0 
fex = 50 Hz, fin = 72 Hz, fro = 70 Hz

72 Hz
144 Hz
- As frequências: 72 Hz e seus
0.2
múltiplos inteiros indicam que
12 Hz o defeito está na PISTA
A [m/s2]

INTERNA.
216 Hz
0.1

- A presença de Bandas Laterais


espaçadas de 12 Hz indicam que
ocorre MODULAÇÃO com fr.
0.0
(frequência de rotação da pista
f [Hz] interna do rolamento)
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

MÉTODOS

CORRETIVA
ESPERA OCORRER A FALHA PARA EFETUAR A MANUTENÇÃO
- Não há previsão de ocorrência da falha. (exemplo: pneu furado)
- O tempo gasto na manutenção é elevado.
- Exige grande estoque de peças de reposição.
- Equipe de pessoal de manutenção sempre disponível.

CUSTO E RISCO
ELEVADOS
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

MÉTODOS

PREVENTIVA
A MANUTENÇÃO É REALIZADA A INTERVALOS DE TEMPO DEFINIDOS
(VEÍCULO AUTOMOTIVO)
- Exige o conhecimento prévio da vida de cada componente.
- Cada etapa da manutenção é feita para subgrupos de componentes
- O componente é trocado mesmo que esteja em bom estado.
- O tempo gasto em cada etapa da manutenção é reduzido.
- O estoque de peças de reposição pode ser planejado.
- Equipe de pessoal de manutenção é programada com antecedência.

CUSTO ELEVADO
RISCO REDUZIDO
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

MÉTODOS
PREDITIVA
A MANUTENÇÃO É REALIZADA SOMENTE SE UM COMPONENTE
INDICAR PROBABILIDADE DE FALHA
- Exige o monitoramento do estado de cada componente.
- Exige um banco de dados do funcionamento do equipamento.
- Cada etapa da manutenção é programada a partir do monitoramento
- O componente é trocado quando seu estado é deteriorado.
- O tempo gasto em cada etapa da manutenção é reduzido.
- O estoque de peças de reposição pode ser planejado.
- Equipe de pessoal de manutenção é programada com antecedência.

CUSTO FINAL REDUZIDO


RISCO REDUZIDO
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

PREDITIVA – ETAPAS
ESTATÍSTICA DE VIDA DOS COMPONENTES DE CADA MÁQUINA

1. DADOS DO FABRICANTE OU ENSAIOS/EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA


PELO USUÁRIO

- NÍVEIS ACEITÁVEIS, DE ATENÇÃO E DE MANUTENÇÃO


- INTERVALOS DE CONFIANÇA
- CONDIÇÕES DE MEDIÇÃO:
- GRANDEZA FÍSICA
- PONTOS DE MEDIÇÃO
- REGIME DE OPERAÇÃO DA MÁQUINA
- FREQUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS DA FALHA
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

PREDITIVA – ETAPAS

2. DEFINIÇÃO DOS INTERVALOS DE TEMPO DE MEDIÇÃO


Nível

MANUTENÇÃO
DIAGNÓSTICO
ATENÇÃO

T 2T 3T 4T Td Tm tempo
COMPONENTE 32

AUMENTO da VIBRAÇÃO AÇÃO


3 a 8 dB Reduzir intervalos de medição
8 a 10 dB Iniciar diagnóstico
20 dB Fazer manutenção ( falha eminente)
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

PREDITIVA – ETAPAS

3. GERAÇÃO DO BANCO DE DADOS DA MÁQUINA


- incluir os estados medidos
- comparar com os padrões
- criar formatos de saída
4. ESTABELECER ROTINA DE TOMADA DE DECISÃO
- prever momento da parada para manutenção
- selecionar componentes a serem substituídos
- programar aquisição dos componentes
- programar o procedimento de manutenção
5. EFETUAR A MANUTENÇÃO
6. VERIFICAR RESULTADO E INCLUÍ-LO NO BANCO DE DADOS
MANUTENÇÃO PREDITIVA
ESTRATÉGIAS – FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES
MANUTENÇÃO PREDITIVA
ESTRATÉGIAS – BANCO DE DADOS

- Para CADA MÁQUINA: organizar os pontos de medição associados


à monitoração de cada defeito.
- Para cada tipo de DEFEITO escolher a técnica de análise mais
eficiente (espectro, cepstrum, ...) para auxiliar a DETECÇÃO da
FALHA.
- Para cada tipo defeito escolher a BANDA de frequências que melhor
caracteriza a sua evolução.

O BANCO DE DADOS DEVE SER OTIMIZADO:


SOMENTE AS INFORMAÇÕES RELEVANTES
DEVEM SER ARMAZENADAS
MANUTENÇÃO PREDITIVA
ESTRATÉGIAS – CENTRO DE DECISÕES

- Engenheiro especializado analisa os DADOS MEDIDOS e os compara


com os PADRÕES da máquina.
- Pode-se utilizar rotinas computacionais (redes neurais ou lógica
Fuzzy) para auxiliar a Previsão de Falha.
- Decidir quais componentes serão trocados apesar de desempenho
aceitável, com base no tempo de parada da máquina e seu efeito na
produção da indústria. (otimização da operação)
- Gerar RELATÓRIOS e REQUISIÇÕES de MANUTENÇÃO.
- Manter AVALIAÇÃO DE CUSTOS por máquina para poder definir sua
vida útil global.
MANUTENÇÃO PREDITIVA
CUSTOS e APLICAÇÕES
1. IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA: (CUSTO INICIAL ELEVADO)
- sistemas de medição
- equipe de manutenção preditiva (medição, análise e decisão)
- equipe técnica operacional da manutenção (própria ou terceirizada)
- sistema de computação especializado (hardware e software)
2. APLICAÇÃO DA ESTRATÉGIA: (CUSTO MÉDIO BAIXO)
- Treinamento contínuo da equipe de manutenção
- Procedimentos operacionais para cada máquina incluída na estratégia
- Avaliação do custo de inclusão de nova máquina
3. APLICAÇÃO VIÁVEL PARA:
- EQUIPAMENTOS DE ALTO VALOR AGREGADO
- EQUIPAMENTOS SENSÍVEIS PARA A PRODUÇÃO/SEGURANÇA
- FAMÍLIAS DE EQUIPAMENTOS IDÊNTICOS

Você também pode gostar