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seccionadoras

São dispositivos destinados a realizar


manobras de seccionar e isolar um circuito
elétrico.
Em condições normais e com seus contatos
fechados, elas devem manter a condução de
sua corrente nominal, inclusive de curto-
circuito até a abertura do disjuntor, sem
sobreaquecimento.

Basicamente a seccionadora é uma extensão


do condutor que, se desloca quando
acionado, abrindo e fechando através dos
contatos fixo e móvel.
Normalmente em média tensão seu controle
é manual através de alavanca ou bastão.

DISPOSITIVOS DE MANOBRA - SECCIONADORAS - PARTE 4

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seccionadoras
Classificação das seccionadoras de MT (Média Tensão)
Podemos classificar as seccionadoras de Média Tensão em função de suas
características de operação.

Características de operação

Enfocando as características de operação, as chaves seccionadoras podem ser:

Chave seccionadora sem carga

Cada fase é munida de um isolador para sustentação do contato fixo e outro para
sustentação do braço de acionamento (varão), um eixo rotativo, que quando
acionado através de uma alavanca manual, provoca o fechamento ou abertura
simultânea das três facas (contatos móveis).

isolador de
sustentação do contato fixo
contato fixo contato móvel (faca)

estrutura

eixo de acionamento braço de acionamento


(varão)

isolador de
sustentação do
contato móvel
Chave seccionadora tipo GV-06 - G&V

Esse tipo de seccionadora pode, também, ser dotada de fusíveis (fase a fase)
que, quando queimado, interrompe a alimentação da respectiva fase, porém, sem
provocar a abertura da seccionadora.

isolador de
sustentação do contato fixo
contato fixo fusível / contato móvel
estrutura

eixo de acionamento braço de acionamento


(varão)

isolador de
sustentação do
contato móvel
Chave seccionadora tipo GV-15E - G&V

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seccionadoras
Chave faca unipolar

A operação de abertura e fechamento é realizada manualmente através de um


bastão isolante, cada fase é acionada individualmente.

Chave fusível

Também conhecida como chave Mattews, executa tanto a função normal de


comando sem carga, quanto a de proteção perante um curto-circuito, pela queima
do fusível que, em condições normais, também faz a vez de contato móvel. A
operação desta chave é idêntica à da chave faca unipolar

contato fixo
fixação

fusivel / contato móvel isolador

Chave fusível tipo base “C” - Power Light


Chave seccionadora sob carga

Também chamada de interruptor tripolar de média tensão, possui um dispositivo


destinado a abrir e fechar um circuito sob carga. É projetada para ser instalada
em ambiente abrigado.

O arco elétrico é dissipado dentro de uma câmara e os contatos são acionados


com o auxílio de molas para acelerar a abertura e fechamento.
contato corta-arco
contato móvel (faca)
contato fixo
braço de acionamento
(varão)
câmara de extinção

isolador de
mola sustentação do
contato fixo
isolador de eixo de acionamento
sustentação do
contato móvel estrutura
Chave seccionadora tipo CRW - Irta

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seccionadoras
Esse tipo de seccionadora pode, também, operar com fusíveis (fase a fase) que,
quando queimam, provocam o acionamento de um disparador (espoleta) que, por
sua vez, aciona o dispositivo de abertura da chave, seccionando o circuito.

isolador de
sustentação do
contato fixo
contato fixo
contato móvel (faca)

braço de acionamento câmara de extinção


(varão)
contato corta-arco
eixo de acionamento
isolador de
sustentação do fusivel
contato móvel
acionamento do
dispositivo de abertura
estrutura
Chave seccionadora tipo CSC - Marini Daminelli

Mecanismo de operação
Podemos definir mecanismo de operação como sendo um subconjunto que
possibilita a operação mecânica da seccionadora, quando das manobras de
abertura e fechamento.

O mecanismo de operação das chaves seccionadoras possui, de forma geral, o


mesmo princípio de funcionamento e pouca variação de detalhes construtivos em
razão dos vários fabricantes.

Em geral, as chaves seccionadoras de média tensão, possuem dispositivo de


bloqueio dotado de fechaduras (bloqueio KIRK), que impede a operação do
mecanismo e conseqüentemente a manobra da seccionadora, sem a necessária
observância dos procedimentos de segurança.
Haste de
Alavanca de acionamento acionamento

Bloqueio Kirk

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seccionadoras
Aplicações - Benefícios - Comparativo
Em instalações onde a chave seccionadora está localizada próxima do disjuntor
(em geral de 3 a 5m) aplica-se usualmente a seccionadora seca, visto que o
próprio disjuntor desempenha a função de proteção contra sobrecorrentes.

Nas instalações onde se dispõe o disjuntor distante da seccionadora (em geral


acima de 5m), recomenda-se a utilização de seccionadoras com fusíveis para
proteção, inclusive dos cabos condutores e, até mesmo, para melhoria da
seletividade.

As chaves seccionadoras que operam sem carga são, em geral, dispostas entre
disjuntores e para isolação dos circuitos.

Utiliza-se, normalmente, a chave seccionadora sob carga em circuito de


alimentação de transformadores de pequeno porte.

Utilizando seu equipamento


Na operação e na manutenção dos equipamentos elétricos existentes em uma
subestação, é de fundamental importância conhecer e cumprir as regras e
procedimentos de segurança.

Somente pessoal habilitado e autorizado, reconhecido pela empresa como


possuidor de conhecimentos técnicos inerentes às subestações elétricas, deve
ser responsável pela operação, inspeção ou pela manutenção dos equipamentos.

Embora pequena a diversidade construtiva entre as várias marcas de


seccionadoras, há sempre a necessidade de o operador/inspetor conhecer
plenamente o equipamento a ser manobrado, seguindo rigorosamente os
procedimentos pré-estabelecidos.

Os procedimentos devem ser criados partindo-se da consulta ao manual de


operação do equipamento, da experiência técnica e da observação das normas
existentes.

A falta de observação dos procedimentos é o principal fator de ocorrência de


danos nas seccionadoras nas operações de fechamento e abertura.

A segurança pessoal do operador/inspetor deve estar sempre em primeiro plano.


Além do necessário conhecimento da seccionadora, deve-se também observar a
distância mínima de segurança para operação de acordo com a tensão nominal.

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seccionadoras
Citamos como exemplo o procedimento adotado pela Eletropaulo, que estipula
para a classe de até 15KV a distância mínima de operação com segurança em
1,25m do ponto energizado.

Inspeções e manutenções
É inegável que, atualmente, os processos produtivos vêm sendo compelidos a
atingir níveis crescentes de qualidade e eficiência, face aos grandes desafios de
um mercado consumidor cada vez mais competitivo.

Na esteira, e como fator de alavancagem do desenvolvimento, o Setor Elétrico,


evidentemente estará subordinado a metas envolvendo qualidade e produtividade.

Nesse cenário, as Inspeções e Manutenções adquirem dimensões


significativamente importantes, como elos da cadeia de procedimentos que
permitirá ao Setor atingir padrões adequados de desempenho exigidos pelos
consumidores.

Inspeção - Conceito

Exame visual periódico das características principais da seccionadora em serviço,


sem qualquer espécie de desmontagem.

Este exame é geralmente feito, observando-se a conexão dos contatos e a poluição


das partes isolantes, compreendendo também as operações de lubrificação e
limpeza das partes que podem ser acessadas com a seccionadora em serviço.

As constatações feitas durante uma inspeção deverão instruir relatório técnico e


podem indicar a necessidade de manutenção preventiva e/ou corretiva.

Manutenção - Conceito

Conjunto de operações previstas pelas inspeções e revisões programadas.

A manutenção executada por técnicos experientes, contemplando medições


elétricas para avaliação funcional dos equipamentos, limpeza e lubrificação dos
pontos recomendados; além das correções requeridas no relatório técnico das
inspeções e/ou manutenções anteriores, sugerem a forma indicada para evitar ou
diminuir a incidência de paradas não programadas.

As manutenções podem ser: preditiva, preventiva e corretiva

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seccionadoras
Peridiocidade dos intervalos de inspeção e manutenção - Conceito

Os intervalos entre inspeções e revisões de seccionadoras não devem ser tão


longos, que coloquem em risco sua confiabilidade e nem tão curtos que redundem
em despesas e trabalhos desnecessários.

Para se determinar os períodos das inspeções e revisões periódicas programadas,


deve-se ter em vista as partes principais da seccionadora:

-Estrutura;
-Isoladores;
-Contatos fixos e móveis;
-Mecanismo de operação;
-Bloqueio KIRK e
-Intertravamentos.

Os períodos devem ser estabelecidos tendo-se em vista cada uma delas


separadamente.

Os períodos das inspeções e revisões comumente adotados são principalmente


das seguintes espécies: por tempo definido e pelo número de operações.

Eles são estabelecidos conforme as instruções do fabricante e a experiência


adquirida pelo usuário da seccionadora.

O período por tempo definido é aquele em que o intervalo de tempo entre as


inspeções e revisões é dado em semanas, meses ou anos.

Os intervalos estabelecidos pelo número de manobras podem ser variáveis, uma


vez que o número de operações, em geral, depende de fatores muitas vezes
aleatórios.

Independentemente do critério adotado, recomenda-se a intervenção técnica


sempre que se verificar a ocorrência de curto-circuito.

Trabalhando com segurança

Antes de dar início às rotinas de inspeções e manutenções, recomenda-se a


elaboração da Análise Preliminar de Riscos com vistas a garantir a máxima
segurança dos técnicos executantes.

Nesta análise, devem ser observados ao menos, os seguintes procedimentos:

1 - Verificar todos os equipamentos de proteção individual - EPI´s necessários


para garantir a integridade dos técnicos executantes.
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seccionadoras
2 - Impedimento da seccionadora.
3 - Assegurar-se de que a fonte de energia dos circuitos auxiliares de comando,
esteja desligada.
4 - Não utilizar ferramentas inadequadas e não padronizadas.
5 - Instrumentos e utensílios devem ser inspecionados antes do início dos trabalhos,
verificando-se seu estado, qualidade e quantidade.
6 - Delimitar e sinalizar a área de trabalho e/ou diferenciar os equipamentos
energizados, dos equipamentos desenergizados.

Após a conclusão dos trabalhos, também são necessários alguns


procedimentos mínimos de segurança:

1 - Remover todos os utensílios utilizados, tais como materiais de limpeza e


ferramentas.
2 - Limpeza do local, com a remoção de todos os detritos originados durante a
execução dos trabalhos.
3 - Inspeção final do equipamento e do respectivo painel.
4 - Desimpedimento do equipamento.

Identificando a seccionadora

Conhecer a informação contida em uma placa de identificação, é de fundamental


importância para a correta avaliação técnica da seccionadora.
Segue abaixo, um exemplo:

Tipo de equipamento

Máxima tensão de operação

Máxima corrente de operação

Capacidade de interrupção

Ano de fabricação

Número de série

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seccionadoras
Inspeção
Uma vez respeitadas as normas de segurança, recomendamos que sejam
inspecionados diversos itens, classificando-os da forma sugerida abaixo:

A = Em ordem
B = Com problemas, vide observação
C = Não tem
D = Não inspecionado
NA = Não aplicável

Itens a serem inspecionados:

1 - Identificação

Placas de identificação
Aberto
Fechado

2 - Mecanismo de acionamento

Alavanca de acionamento
Haste de interligação
Mecanismo de disparo de abertura
Bloqueio KIRK

3 - Intertravamento

Elétrico
Mecânico

4 - Câmara de extinção

Integridade
Limpeza

5 - Aterramento

Aterramento de carcaça
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seccionadoras
6 - Isolação

Barreiras isolantes
Isoladores

7 - Conservação

Pintura
Corrosão
Reaperto Geral
Lubrificação

8 - Contatos

Contatos fixos
Contatos móveis
Contatos corta-arcos
Contatos auxiliares

9 - Proteção

Fusíveis

Registro das anormalidades encontradas

Após a avaliação dos tópicos acima sugeridos, recomenda-se o registro das


anormalidades e medidas corretivas aplicáveis.

As anormalidades devem ser anotadas em livro de ocorrências e/ou relatório


técnico, com vistas à programação de manutenção corretiva ou preventiva futura.

Manutenção
Equipamento alvo

Há uma tendência natural das equipes técnicas em identificar como alvo da


manutenção equipamentos freqüentemente manobrados, pois, tendem a
apresentar maior desgaste mecânico e dos contatos, deixando as seccionadoras
de menor atividade relegadas a segundo plano.

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seccionadoras
A experiência em campo tem demonstrado que encontra-se com freqüência
seccionadoras que, durante um longo tempo em repouso (abertas ou fechadas)
apresentam falhas quando solicitadas.

Por estarem em repouso e sem manutenção durante um longo período, também


estão sujeitas às seguintes situações:

A- Emperramento do mecanismo de operação devido a:


- Acúmulo de poeira;
- Umidade;
- Fadiga das molas;
- Lubrificação ressecada;
- Acionamento travado

B- Oxidação dos contatos ocasionando aumento em sua resistência ôhmica.

C- Baixa isolação provocada por acúmulo de poeira e absorção de umidade.

Conclui-se, assim, que devem ser alvo de manutenções programadas tanto as


seccionadoras freqüentemente manobradas como as que repousam ligadas ou
não (e as de reservas).

Falta de manutenção

A falta de manutenção pode acarretar desde pequenos problemas de acionamento


até a perda total de uma subestação. Citamos a seguir alguns exemplos de fatos
observados através de experiências vivenciadas.

Seccionadora sem carga - Irta

Em uma subestação a chave seccionadora do disjuntor de entrada ficou sem


manutenção por vários anos.

Em decorrência disso, a grande quantidade de poeira acumulada nos isoladores,


sedimentada pela absorção de umidade, fez surgir o que se conhece por “caminho
de rato”, permitindo a fuga de corrente entre a fase e a carcaça da seccionadora,
favorecendo a ocorrência de um curto-circuito, ocasionando a perda da
seccionadora e a interrupção do circuito.

Seccionadora sob carga e com fusíveis - Beghim

Devido à falta de lubrificação adequada, a chave seccionadora de alimentação de


um trafo, ao ser manobrada não fechou corretamente os contatos (não penetrou
por completo), provocando elevação da resistência ôhmica.

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seccionadoras
Após longo tempo em repouso ligada, ocorreu acentuado desgaste dos contatos
que passou a produzir ruído já perceptível. Numa ronda de rotina na subestação,
um dos técnicos da equipe ouviu o ruído ao passar próximo da seccionadora.
Relatado o fato aos responsáveis, o equipamento foi retirado de operação para
substituição dos contatos, já bastante deteriorados.

A falta de manutenção pode acarretar prejuízos materiais de grande


importância,não só devido à perda dos equipamentos,como também, devido
à paralisação da produção, trazendo inclusive, riscos à segurança pessoal
dos operadores.

Manutenção Preditiva

São técnicas preditivas as atividades de inspeção, controle e ensaio, realizadas


em um item, sem indisponibilidade operativa, com o objetivo de predizer/estimar
o ponto ótimo para intervenção da manutenção preventiva.

A técnica preditiva mais utilizada para seccionadoras é a inspeção termográfica.


Recomenda-se a inspeção termográfica em intervalos de 4 a 6 meses, de acordo
com as características do circuito e/ou do local onde as seccionadoras estão
instaladas, tais como: indústrias químicas, siderúrgicas e áreas litorâneas
(maresia).

Manutenção Preventiva

Parte das operações de inspeção e revisão, compreendendo a substituição de


peças que tenham atingido ou ultrapassado os limites de desgaste estabelecidos,
com exceção da substituição de peças devido a uma falha ou defeito;

Esse tipo de manutenção visa manter o funcionamento satisfatório da seccionadora


e prevenir contra possíveis ocorrências que acarretem a sua indisponibilidade.

São itens básicos a serem observados durante a manutenção preventiva:

- Limpeza geral do equipamento

- Lubrificação dos pontos de articulação

- Reaperto das conexões elétricas

- Ajuste e limpeza dos contatos fixos e móveis, com ênfase na verificação


de desgastes

- Lubrificação e regulagem do mecanismo de acionamento

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seccionadoras
- Inspeção e testes do circuito de sinalização (contatos auxiliares)

- Inspeção, limpeza e verificação da continuidade dos fusíveis

- Inspeção, limpeza e lubrificação do bloqueio KIRK

- Realização dos ensaios elétricos


Resistência ôhmica dos contatos
Resistência ôhmica da isolação dos contatos principais
Testes operacionais

Manutenção Corretiva

Parte das operações de inspeção e revisão, compreendendo, unicamente, a


substituição de peças por causa de um defeito ou de uma falha revelada ou em
estado latente;

Pode também ter como objetivo a operação de modificação de uma parte do


aparelho ou de uma peça, aplicada sistematicamente a uma categoria de
seccoinadoras, tendo em vista evitar que ocorra nessas seccionadoras, uma
possível falha ou defeito.
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seccionadoras
Em outras palavras, é todo serviço efetuado em seccionadoras, com a finalidade
de corrigir as causas e efeitos motivados por ocorrências constatadas que
acarretem, ou possam acarretar, sua indisponibilidade em condições quase sempre
não programadas.A manutenção corretiva pode ser de emergência ou programada.

Manutenção corretiva de emergência

É todo serviço de manutenção corretiva executado com a finalidade de se proceder


de imediato o restabelecimento das condições normais da seccionadora, sempre
observando as regras de segurança total do equipamento e do técnico executante.

Manutenção corretiva programada

É todo serviço de manutenção que tem por objetivo, corrigir defeitos de menor
influência no desempenho funcional da seccionadora, e que possa ser postergado
com o objetivo de ser inserido em programa de manutenção para restabelecimento
das condições normais de operação.

É recomendado que se aproveite o tempo de parada da seccionadora quando da


realização da manutenção corretiva para aplicação também do conteúdo descrito
para manutenção preventiva, com o objetivo de se obter a máxima confiabilidade
do equipamento.

Ensaios
São medições elétricas realizadas com o objetivo de efetuar avaliação funcional
dos equipamentos.

Resistência ôhmica dos contatos

Este ensaio é destinado a constatar a real condição dos contatos principais da


seccionadora.
Neste ensaio, verificam-se também:

- Qualidade do tratamento de prateação dos contatos

- Qualidade das molas de pressão dos contatos

- Desgaste das pastilhas de prata

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seccionadoras
- Estado das conexões

Por exemplo, para a realização deste ensaio podemos utilizar um instrumento


chamado Microohmímetro, que mede a resistência de contato através da avaliação
da corrente e da queda de potencial na resistência.

A medição é realizada a quatro fios, para se eliminar as resistências de


conexão e dos cabos de medição.

Deve-se tomar por base como referência, os resultados obtidos no ensaio realizado
pelo fabricante quando do fornecimento do equipamento novo ou, principalmente,
em experiências vivenciadas em manutenções.

Nota: A pressão das molas dos contatos é inversamente proporcional à resistência


dos mesmos.

Em caso de resistências elevadas, ocorrerá simultaneamente um aumento da


temperatura, que, em circuitos de baixa tensão pode ocasionar um derretimento
dos contatos e, a partir de média tensão, pode propiciar condições favoráveis a
ocorrência de explosões.

É extremamente importante que seccionadoras com elevada resistência ôhmica


de contatos sejam retiradas de operação para uma manutenção corretiva.

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seccionadoras
Resistência ôhmica da isolação dos contatos

A medição da resistência de isolamento das seccionadoras é de grande valor


para detectar, diagnosticar e prevenir falhas de sua isolação.

O ensaio é realizado aplicando-se à isolação uma tensão contínua e medindo-se


a corrente elétrica que se escoa através ou por sua superfície.

É um teste não destrutivo e por isso não é uma medição da rigidez dielétrica da
isolação.

Os instrumentos utilizados neste tipo de


medição são conhecidos pela
denominação de Megôhmetros, pois, a
resistência de isolamento costuma ser
dada em mega-ohm (M Ω).

Registros periódicos são fundamentais para uma boa avaliação dos componentes
isolantes empregados em uma seccionadora. Quando encontrados valores
excessivamente baixos, estes geralmente são indicativos de acúmulo de poeira,
isolantes úmidos e/ou danificados.

Equipamentos instalados em ambientes com elevada umidade relativa do ar,


requerem periodicidade mais freqüente para este ensaio.

Nota: Valores baixos de resistência ôhmica da isolação dos contatos, propiciam


condições favoráveis para ocorrência de curto-circuito, podendo acarretar até a
perda do equipamento.

Exemplo de Relatório de Inspeção e Ensaios

A seguir, um exemplo de relatório preenchido de acordo com as condições do


contator de Média Tensão, tipo CDM - Saet Padova.

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seccionadoras

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seccionadoras
Transporte e armazenagem
É de fundamental importância acondicionar a seccionadora para o transporte de
forma a protegê-la contra impactos que possam danificá-la.

É também importante que a seccionadora seja cuidadosamente envolta em plástico


antes de ser colocada no engradado, protegendo-a assim, contra o acúmulo de
poeira e absorção de umidade, fatores que podem prejudicar seu funcionamento
e suas características de isolação.

A seccionadora deve permanecer embalada, enquanto estocada.

Nota: Jamais deve-se permitir o transporte de seccionadoras de modo a danificar


os contatos móveis e/ou isoladores.

A embalagem deverá conter a sinalização de instruções para transporte.

IMPORTANTE!
Todo equipamento elétrico, novo ou recondicionado, ao ser retirado do estoque,
deve ser cuidadosamente inspecionado, limpo e ensaiado (comissionado) por
equipe técnica especializada, antes de ser colocado em operação.

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