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PLANTAS
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PLANTAS TÓXICAS

 As plantas contém, freqüentemente, uma associação


de produtos nocivos
 A proximidade entre os efeitos medicinais e tóxicos é
uma constante entre as plantas
 O profissional de saúde não conhece botânica
 Nomes populares sofrem variações regionais

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Grupos e princípios tóxicos


Grupos Princípios ativos
Alcalóides beladonados, pirrolizidínicos, solanínicos
Látex irritante fitotoxina
Toxalbumina cursina, ricina
Glicosídeos cardiogênicos, saponínicos, cianogênicos
Oxalato de Cálcio cristais de oxalato de cálcio
Triterpenóide lantanina
Abortivos rutina, furocumarinas
Alucinógenos canabinol e correlatos
Ação Mecânica acetilcolina, histamina e 5-hidroxitriptamina

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Variação de concentração
do princípio ativo
Condições especiais
 Clima
 Tipos de solo
 Época de colheita
 Tipo e qualidade do adubo

Parte ou toda a planta


 Raiz, caule, folhas e/ou sementes
 Todas as partes da planta

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Aspectos da toxicologia(1)

 Intoxicação aguda - ingestão quase sempre


acidental
 faixa pediátrica

 Intoxicação crônica - ingestão continuada,


acidental ou intencional
Ex: cirrose hepática nas crianças da Jamaica por ingestão
de vegetais - Crotalaria
 Distúrbios hepáticos e circulatórios: mastigação de
sementes ou ingestão de alimentos com trigo contaminado
com sementes de Senecio (populações orientais)

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Aspectos da toxicologia(2)
Exposição crônica
• Contato sistemático em atividades industriais e
agrícolas

Uso continuado de certas espécies vegetais


visando:
 Efeitos alucinógenos ou entorpecentes
 Hábitos, crendices populares ou “epidemias”:
câncer, emagrecimento, problemas de pele e
unhas, distúrbios urinários, ...

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Prevenção
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Regras básicas de segurança(1)


 Manter as plantas fora do alcance de crianças
 Conhecer as plantas de casa e da região pelo nome e
características
 Ensinar crianças a apreciarem plantas sem tocá-las
 Não permitir que se crie o hábito de chupar néctar de
flores ou de fazer “comidinhas” com folhas e
sementes
 Não preparar, nem tomar remédios ou chás caseiros
feitos com plantas, sem orientação médica
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Regras básicas de segurança(2)


 Identificar a planta antes de comer seus frutos
 Não fazer brinquedos ou apitos de talos de plantas
desconhecidas
 Em caso de acidente, procurar orientação médica e guardar
a planta para possibilitar sua identificação
 Em caso de dúvida, ligar para o CIAT local

Não há regras seguras para distinguir plantas comestíveis das


venenosas.
Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade.

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Classificação
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Classificação
 Manifestações clínicas ou efeito tóxico:
sensibilização, lesão cutâneo-mucosa, e alterações
gastrintestinais, neurológicas, respiratórias,
cardíacas,...
 Grupo toxicológico: vegetais cianogênicos,
beladonados, cardiogênicos, ...
 Princípio ativo: alucinógeno, látex irritante,
glicosídeos, alcalóides, toxalbuminas, abortivo, ...
 Família: solanáceas, euforbiáceas, apocynaceae, ...

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Princípios terapêuticos
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Princípios terapêuticos gerais(1)

Mesmas etapas de outros agentes:

 Diminuição da exposição
 Aumento da eliminação do tóxico absorvido
 Administrar antídotos e antagonistas
 Tratamento geral e sintomáticos

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Princípios terapêuticos
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Princípios terapêuticos gerais(2)

Diminuição da exposição
 Descontaminação gastrintestinal
Esvaziamento gástrico ► êmese ou lavagem gástrica
- Tempo útil: 1 - 2 horas após ingestão
- Carvão ativado
- Catárticos
 Descontaminação ocular e dérmica
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Princípios terapêuticos
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Princípios terapêuticos gerais(3)

Aumento da eliminação do tóxico absorvido


 Muito importante para outros toxicantes

Administração de antídotos e antagonistas


 Número restrito: nitrito e hipossulfito

Tratamento geral e sintomático


 Importante e, quando bem realizada, influencia o
prognóstico

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Alterações cutaneo-mucosas
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Plantas causadoras de distúrbios


cutâneos ou mucosos
 Plantas que causam distúrbios cutâneos:
 Traumas ou lesões mecânicas
 Irritação química primária
 Levam a sensibilização alérgica
 Fitofotodermatoses

 Plantas que causam distúrbios mucosos:


 Cristais de oxalato de cálcio

 Plantas com seiva irritante


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Traumas e lesões mecânicas
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Traumas ou lesões mecânicas


 Fator de risco: espinhos, espículas, farpas, pêlos e
bordas cortantes ou serrilhadas das folhas
 Risco adicional: contato com látex
 Clínica: presença do agente
 Complicação: infecção bacteriana / micotoxicoses
 Tratamento: limpeza, retirar fragmentos,
compressas frias, soluções anti-sépticas ou
antiinflamatórias
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Látex e espinhos
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Plantas que causam reações locais
(látex e espinhos)

Cactos Urtiga

Coroa-de-cristo Espinhos Avelós Roxinha

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Látex e espinhos
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Princípio ativo: histamina, serotonina, acetilcolina


Sintomas: contato causa dor imediata por irritação, com
inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira

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Irritação química primária
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Provocam irritação química primária


 Risco: contato com componentes químicos diversos da
planta, geralmente seiva (não bem identificadas)
Ex: coroa-de-cristo, urtiga, pinhão paraguaio
 Local: superfície (óleo da casca de frutas cítricas) ou
corte/quebra/esmagamento planta
 Clínica: irritação de aparecimento rápido, proporcional à
concentração do agente irritante
 Sintomas logo após contato: eritema, prurido,
queimação
 Tratamento: descontaminação/sintomáticos

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Irritação química primária
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Cacto

Pinhão paraguaio

Bico de papagaio
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Reação alérgica
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Provocam sensibilização alérgica

 Período de latência entre exposição e início dos


sintomas
Ex: aroeira, rutáceas (charão), tulipa, peroba, ipê
 Risco: medicina ocupacional marceneiros/carpinteiros
 Sintomas: prurido, eritema, edema, vesículas e bolhas
exsudação e crostas
 Tratamento: descontaminação/sintomáticos (anti-
histamínicos, de acordo com a intensidade)

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Reação alérgica
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AROEIRA

Família: anacardiaceae
Nome científico: Lithraea brasiliens
Nome popular: pau-de-bugre,
coração-de-bugre, aroeirinha preta,
aroeira-do-mato, aroeira-brava

Parte tóxica: todas as partes


Princípios ativos conhecidos: óleos voláteis,
felandreno, carvacrol e pineno

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Fitofotodermatose
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Causam fitofotodermatoses

 Princípio ativo: psolarenos


 Modo de ação: mecanismo fototóxico ► pele
hipersensível aos raios solares
Ex: figo, caju, limão, camará
 Clínica: erupção, hiperpigmentação tardia e de longa
evolução
Casos graves: vesículas e bolhas
 Tratamento:
― Descontinuação da exposição, limpeza cuidadosa
― Sintomáticos, anti-histamínicos e corticóides

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Fitofotodermatose
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Ficus carica

Anacardium
occidentale

Lantana camara

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Fitofotodermatose
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Citrus sp

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Irritação cutâneo-mucosa
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Irritação cutâneo-mucosa

Tratamento
 Supressão da exposição
 Limpeza cuidadosa das lesões
 Anti-histamínicos
 Corticóides

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Irritação cutâneo-mucosa
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Plantas que causam irritação de pele e
mucosas

Comigo- ninguém-pode Taioba


Tinhorão

Copo-de-leite Filodendro Cheflera Bucha-paulista

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Irritação cutâneo-mucosa
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Oxalato de cálcio e ácido oxálico


Manifestações Clínicas
 irritação de mucosas e pele
 edema de lábio, língua e palato
 dor em queimação e sialorréia
 disfagia
 dor abdominal, náusea e vômito
 fotofobia e lacrimejamento
 reação alérgica
 asfixia
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Irritação cutâneo-mucosa
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Oxalato de cálcio e acido oxálico


Tratamento
 Não fazer esvaziamento gástrico
 Oferecer líquidos frios ou gelados, em abundância
 Demulcentes
 Cutâneo e ocular: lavagem copiosa com água
 Analgésicos
 Corticóides e endoscopia, nos casos graves

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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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Sintomas gastrintestinais
(toxalbuminas)

Joá

Mamona Pinhão-
paraguaio
Jequiriti

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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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MAMONA

 Família: Euphorbiaceae
 Nome científico: Ricinus comunis
 Nome popular: mamona
 Princípio ativo: ricina – modo de ação
indeterminado
 Parte tóxica: torta de mamona e
sementes são ricas em ricina
(óleo de rícino não contém princípio ativo)
 Dose letal: 1 a 2 sementes

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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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PINHÃO-PARAGUAIO

 Família: Euphorbiaceae
 Nome científico: Jatropha curcas
Nome popular: pinhão-de-purga,
pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão
 Parte tóxica: folhas e frutos
 Princípio ativo: curcina
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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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PINHÃO-ROXO
 Família: Euphorbiaceae
 Nome científico: Jatropha gossypiifolia
 Nome popular: pinhão-bravo, pinhão, pinhão-roxo,
mamoninho, purgante-de-cavalo
 Parte tóxica: folhas e frutos
 Princípio ativo: curcina
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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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BÁLSAMO

 Família: Euphorbiaceae
 Nome científico: Jatropha multifida
 Nome popular: mamãozinho, bálsamo, flor-de-coral
 Parte tóxica: folhas e frutos
 Princípio ativo: curcina

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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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Curcina
 aglutinante
 irritante da mucosa gástrica
 ação hemolizante

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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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JEQUIRITI

 Família: Leguminosae
 Nome científico: Abrus precatorius
 Nome popular: jequiriti
 Parte tóxica: frutos
 Princípio ativo: abrina (aglutinante)
 Dose Letal: meia a duas sementes
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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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Clínica
 irritação gastrintestinal
 choque, hipotensão, taquicardia,desidratação,
coagulação intravascular disseminada
 vertigem, sonolência, torpor, prostração, coma,
convulsões
 depressão respiratória
 distúrbio hidreletrolítico e ácido-base
 insuficiência renal aguda

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Irritação gastrintestinal - toxalbuminas
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Tratamento
 Êmese ou lavagem gástrica
 Carvão ativado
 Sintomáticos

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Alterações neurológicas – alcalóides beladonados
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Alterações neurológicas
(alcalóides beladonados)

Dama-da-noite
Saia-branca Estramônio
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Alterações neurológicas – alcalóides beladonados
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Clínica
 Gastrintestinal: boca seca (dificuldade deglutição e fala),
náusea, vômitos
 Cutânea: quente, seca, ruborisada
 Cardiovascular: taquicardia sinusal, hipo ou hipertensão
 Neurológica central: agitação, confusão, delírio,
alucinações, convulsão, coma
 Midríase, disúria, oligúria, retenção urinária, hipertermia

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Alterações neurológicas – alcalóides beladonados
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Tratamento
 Êmese – nos primeiros 30 min até 6 horas
(diminuem a motilidade do aparelho digestivo)
 Carvão ativado
 Catárticos
 Sintomáticos
 Hipertermia - medidas físicas
 Arritmias: propranolol
 Agitação psicomotora: benzodiazepínicos de ação
curta

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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Alterações respiratórias
(glicosídeos cianogênicos)

Sorgo
Mandioca
Rabo-de-gato
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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Plantas que contêm glicosídeos cianogênicos

 Mandioca-brava
 Sementes de pêssego, amêndoa, maçã
 Broto-de-bambu imaturo
 Hortência
 Rosas
 Sorgo e feijão trepador

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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Propriedades dos glicosídeos cianogênicos

 Liberação de ácido cianídrico


 Termolábil e volátil
 Hipóxia citotóxica
 Inibem vários sistemas enzimáticos

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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Ação
 Radical cianeto inibe a transferência de elétron
da citocromo-oxidase, na cadeia respiratória

 Ácido cianídrico é transformado pela rodonase


em tiocianato não tóxico

 Cianeto + Fe3+ hipoxia

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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Cinética
 Absorção: rápida, via inalatória, oral (ingestão de
alimentos crus ou mal cozidos) e dérmica
 Distribuição: rápida para todos os tecidos
 Ligação: proteínas plasmáticas
 Meia vida: 20-60 min
 Absorção de pequenas quantidades: influência da
rodanase na transformação em tiocianatos
 Absorção de grandes quantidades: HCN combina-se
com Fe3+ (citocromoxidase) ► citocromoxidase-CN
► hipóxia citotóxica
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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Clínica
 Início dos sintomas: 30’- 2 h após ingestão
 Gastrintestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais,
diarréia, acidose metabólica, hálito de amêndoas
 Neurológicos: sonolência, letargia, trismo, midríase,
sonolência, opistótono, torpor, convulsões e coma
 Respiratórios: dispnéia, apnéia, face asfíxica, cianose
 Cardiovasculares: hipotensão, choque, arritmias, sangue
vermelho rutilante
 Distúrbios ácido-básico: acidose ► respiração de Kusmaul

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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Tratamento(1)

 Tratamento precoce
 Paciente sintomático: NÃO PROVOCAR ÊMESE
- quantidade sub-tóxica: não requer êmese
- quantidade tóxica: resulta em atraso e risco
 Lavagem gástrica: feita logo após ingestão, no coma ou
em caso de risco de convulsão
 Todos: carvão ativado + catárticos, e oxigênio a 100%
 Casos leves: somente oxigênio
 Casos graves: acesso EV + antídoto

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Alterações respiratórias - glicosídeos cianogênicos
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Tratamento(2) - antídoto

 Administrar nitrito de sódio ► formação de metemoglobina


que possui maior afinidade com cianeto do que a com a
citocromo-oxidase ► cianometemoglobina (não tóxico)
 Seguido de tiosulfato de sódio: aumenta a conversão
enzimática (via rodanase) do cianeto em tiocianato (não tóxico)
 Tratar convulsões, metemoglobinemia , acidose e
hipotensão
 Alternativa antidotal: hidroxicobalamina (Vit B12)
 Níveis altos de metemoglobina ►usar azul de metileno

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Tratamento(3)
 Nitrito de amila por via inalatória, inspiração durante
30 seg, a cada 2 min  forma cianometahemoglobina
(não tóxica)
 Nitrito de sódio a 3%: 10 ml EV em adultos +
manutenção das funções vitais
 Hipossulfito de sódio a 25% - 25 a 50ml EV em
adultos, 1ml/kg em crianças  forma tiocianatos
 Hidroxicobalamina: 15.000 µg EV  forma ciano-
cobalamina (atóxica)
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Tratamento(4) - antídotos

 Nitrito de sódio a 3%
 Hipossulfito de sódio a 25%
 Hidroxicobalamina 15.000 µg

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Alterações respiratórias - glicosídeos cardiogênicos
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Alterações cardíacas
(glicosídeos cardiogênicos)

Espirradeira
Chapéu-de-
napoleão

Dedal-de-dama

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Alterações respiratórias - glicosídeos cardiogênicos
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Ação

 Agem na enzima Na-K-ATPase


 Aumento do Na e do Ca intracelulares
 Aumento da força de contração do músculo
cardíaco

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Clínica
 Sintomas: em 1 a 2 horas
 Clínica (semelhante intoxicação digitálica)
- Gastrintestinal: náusea, vômitos, cólicas abdominais
intensas, hipocalcemia, diarréia muco-sanguinolenta
- Neurológica central: confusão mental, fadiga, mal-estar,
tontura, torpor, midríase, convulsões e coma
- Cardiovascular: bradicardia, hipotensão, assistolia e
bloqueios
- Óbitos: arritmias, hipotensão e a bradicardia
 Contato ocular: fotofobia, congestão conjuntival,
lacrimejamento

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Alterações respiratórias - glicosídeos cardiogênicos
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Tratamento
 Geral: de manutenção das funções vitais, com atenção
especial para os distúrbios hidroeletrolíticos
 Êmese: antes de 30’ após a ingestão de grandes
quantidades
 Carvão ativado e catártico
 Monitorar K sérico, ECG
 Atropina em caso de bradicardia
 Fenitoína em caso de arritmias
 Outros: anti-espasmódico, anti-emético, protetor de mucosa
 Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios
antissépticos, analgésicos e avaliação oftalmológica

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Abortivas
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Plantas abortivas
Canela

Bucha-paulista

 Canela
- doses excessivas: irritação
mucosas, hematúria e aborto

 Artemísia
Artemísia
- ação local
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Abortivas
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 Alecrim
- uso interno e altas doses

 Arruda
- irritante e narcótico - ação
direta sobre útero

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Abortivas
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Babosa

 Babosa:
- Congestão pélvica

 Guiné
- Formas tóxicas - decoto das folhas e
extratos de raiz e folhas

Guiné

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Abortivas
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 Fedegoso
- Cólicas intestinais e abortivo

 Papoula ou hibisco
 Losna

Fedegoso

Fedegoso Papoula
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0800 283 9904
Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória
Alameda Mary Ubirajara, 205 - Santa Lúcia
CEP: 29.055-120 - Vitória/ES

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