Publicado em 1983, o livro apresenta treze contos nos quais se vê desfilar um conjunto de problemas existenciais tais como o erotismo sublimado, a trivialidade do mundo pequeno-burguês, o reconhecimento da limitação humana, a obsessão, o desejo, a busca e as angústias de um mundo cercado do “nada”. A exiguidade temporal não impede que cada estória seja fechada em si.
Publicado em 1983, o livro apresenta treze contos nos quais se vê desfilar um conjunto de problemas existenciais tais como o erotismo sublimado, a trivialidade do mundo pequeno-burguês, o reconhecimento da limitação humana, a obsessão, o desejo, a busca e as angústias de um mundo cercado do “nada”. A exiguidade temporal não impede que cada estória seja fechada em si.
Publicado em 1983, o livro apresenta treze contos nos quais se vê desfilar um conjunto de problemas existenciais tais como o erotismo sublimado, a trivialidade do mundo pequeno-burguês, o reconhecimento da limitação humana, a obsessão, o desejo, a busca e as angústias de um mundo cercado do “nada”. A exiguidade temporal não impede que cada estória seja fechada em si.
JOANA E OS TRÊS PECADOS: “Carnaval, minha glória”, Maria Helena Chein.
Thaís Firmino Pimenta, 9º Ano do Ensino Fundamental.
Autora Professora aposentada de Português e Literatura, do Instituto de Ciências Humanas e Letras, da Universidade Federal de Goiás, onde também trabalhou como Coordenadora de Assuntos Culturais da Rádio Universitária, Maria Helena Chein nasceu em Goiânia em 1942. Na Faculdade de Educação, da Universidade Federal de Goiás, formou-se em Pedagogia, especializou-se em Orientação Educacional. Na Universidade Católica de Goiás, licenciou-se em Letras Vernáculas. Foi uma das fundadoras do Grupo de Escritores Novos de Goiás (GEN). Recebeu vários prêmios, entre eles o Troféu Tiokô UBE, seção Goiás. Publicado em 1983, o livro apresenta treze contos nos quais se vê desfilar um conjunto de problemas existenciais tais como o erotismo sublimado, a trivialidade do mundo pequeno-burguês, o reconhecimento da limitação humana, a obsessão, o desejo, a busca e as angústias de um mundo cercado do “nada”. A exiguidade temporal não impede que cada estória seja fechada em si. Personagens • Leonor, narradora do conto, uma moça que tem orgulho de sua pele negra e adora o carnaval; • Tida, menina de família cristã tradicional, melhor amiga d Leonor; • Teo, cabeleireiro e maquiador de Leonor; • Sandra, Paula, Marquinho e Raul são amigos que acompanham Leonor no baile. • Chica, uma amiga com quem Leonor já viajou para o Rio de Janeiro, ela também revende roupas no interior. • Senhor Jarbas, homem mais velho que já levou Leonor para jantar; • Vovô e vovó, embora só apareçam nas memórias de Lenor, eles têm grande influência sobre ela. Foco narrativo O conto é narrado em primeira pessoa. Embora haja muito personagens, é constituído apenas pela visão de Leonor, a vo de seus interlocutores não aparece. O narrador usa do discurso indireto livre, o tempo todo é Leonor quem fala e dá sequência à história, mesmo nos momentos em que ocorre diálogo, só sua voz fica explícita no texto. “Leonor, você está com uma cara bonita, feliz. O espelho não mente” (p. 105). O tempo é predominantemente Tempo psicológico, uma vez que se trata de uma narradora personagem. Sabe-se que o conto se passa em dias que antecedem o carnaval, mas a passagem dos dias não fica clara, e a protagonista faz retornos ao seu passado enquanto tece na narrativa, de forma que a história não segue uma linha cronológica. “Surpresa. Venha ver o que vovó me mandou. Um, dois e já. Não é um amor, Tida? Esta sapatilha é antiga, veja o cetim e as pedrarias, Vovô Anacleto adorava ver vovó no salão, rodopiando, rindo. Ele não pulava, ela sim” ( p. 104). Espaço O conto se passa em uma cidade com poucas atividades culturais, ainda que a narradora diga que não há nada de atrativo no local, ela também afirma que é um espaço que não para de crescer. O contexto nos leva a crer que se trata de Goiânia na década de 80. “O que se faz nesta cidade? Nada. Não tem nada para se fazer nem para se ver. Ela só sabe crescer. Para o norte, sul, leste e oeste. Gente que não acaba, e à-toa. Só sabe andar de ônibus” (p. 102). Enredo Leonor é uma jovem que ama o carnaval, pois em sua cidade é a única ocasião que lhe permite sair da rotina monótona. Ela passa dias se preparando para um baile em um clube, anima os amigos, marca com o cabeleireiro, até dá entrevista para um canal de TV. Sua avó lhe dá uma sapatilha de presente para usar no baile. Mas um dia antes do festa, a avó falece, mesmo assim Leonor decide não cancelar seu dia de festa. O conto traz um retrato das condições em que a mulher vivia dentro convenções sociais e moralistas dos anos 80. Leonor não é satisfeita com a vida que tem, mas não pode buscar outra, pois é solteira e negra, e a sociedade lhe aprisiona dentro de um contrato moral e hipócrita. A ficção de Chein interage com dois outros contos, o clássico “Cinderela” e “Antes do baile verde”, da brasileira Lygia Fagundes Telles. Referências CHEIN, Maria Helena. Joana e os três pecados. Goiânia: Editora UFG, 1983. EDITORA UFG. Disponível em: <http://www.editora.ufg.br/catalogo/joana-e-os-tres-pecados/>. Acesso em 31 mai 2016 às 14 h 55 min. UBE – União Brasileira dos Escritores. Disponível em: <http://www.ubebr.com.br/post/atuais/maria-helena-chein>. Acesso em 31 maio 2016 às 14 h 57 min.