Tropas e boiada foi publicado pela primeira vez em 1917. A obra apresenta o universo sertanejo a partir da narrativa regionalista descrevendo de maneira poética a realidade do homem goiano, suas tradições, seus costumes, seu imaginário popular, ao mesmo tempo questionando as condições de vida dos personagens.
Tropas e boiada foi publicado pela primeira vez em 1917. A obra apresenta o universo sertanejo a partir da narrativa regionalista descrevendo de maneira poética a realidade do homem goiano, suas tradições, seus costumes, seu imaginário popular, ao mesmo tempo questionando as condições de vida dos personagens.
Tropas e boiada foi publicado pela primeira vez em 1917. A obra apresenta o universo sertanejo a partir da narrativa regionalista descrevendo de maneira poética a realidade do homem goiano, suas tradições, seus costumes, seu imaginário popular, ao mesmo tempo questionando as condições de vida dos personagens.
Fundamental. Nasceu em 21 de maio de 1895, em Vila Boa, então Capital do Estado de Goiás. Iniciou seus estudos na cidade natal e depois foi para o Rio de Janeiro, onde, em 1916, matriculou-se na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais. Em 1917, publicou Tropas e Boiadas, coletânea de contos que até hoje permanece como uma das obras goianas mais festejadas. Em 1920, estando prestes a concluir seu curso jurídico e, em crise de depressão, viaja ao interior de Minas Gerais e São Paulo. Em 31 de março de 1921, quando retorna ao Rio de Janeiro, suicidou-se, enforcando-se com uma corda de rede. Sempre presente na história da literatura pelo seu livro de contos, deixou poesias que mereceram inclusão no livro de Andrade Muricy sobre o Simbolismo. Tropas e boiada foi publicado pela primeira vez em 1917. A obra apresenta o universo sertanejo a partir da narrativa regionalista descrevendo de maneira poética a realidade do homem goiano, suas tradições, seus costumes, seu imaginário popular, ao mesmo tempo questionando as condições de vida dos personagens. Foco narrativo O texto é narrado em terceira pessoa. O narrador constrói a narrativa através de uma ampla observação do espaço goiano e daqueles que ali vivem.
“Como Goiás, a Triste, embala-a o
mesmo sono de duzentos da Bela Adormecida, como as reminiscências da época da descoberta [...]” (p. 161). Personagens Não há personagens no conto. A narrativa é composta por situações hipotéticas, em que pessoas contam e vivem a lenda da Madre de Ouro, mas não há nome nem caracterização dessas pessoas. “E se um, mais afoito e sôfrego, volve de novo à tentação da miragem e mergulha mais uma vez no lençol silencioso e frio [...] logo pune de morte a Madre gloriosa” (p. 162) Tempo O tempo é psicológico, embora o texto esteja narrado em terceira pessoa, carrega traços dos gêneros causo e lenda, os quais tem forte ligação com a memória coletiva. “Ficou- lhe, pois, ainda intacto, o antiquado perfume de antanho, cousas mortas que a mente aviva e a tradição redoura, vago encanto do passado, sabor que não tem ou já perderam os centros mercantilistas” (p. 161) Espaço A lenda da Madre de Ouro se passa no município de Bonfim, hoje Silvânia, no entanto, as narrativas que mantém a lenda viva ocorrem em Vila Boa, hoje Cidade de Goiás. Os espaços, tanto da Vila Boa esquecida pela minério, quanto de Bonfim ainda barroca são elementos essenciais para aa composição do conto, que faz um retrato da vida urbana em Goiás no início do século XX. Enredo Vila Boa já foi um grande centro de exploração de ouro, uma vez que o minério se acabou, as atenções do mercado se voltaram para a agropecuária. A cidade ficou velha e triste, todavia, nas rodas de causos ainda sobrevivem aqueles que contam histórias herdadas da época da febre áurea. Segundo a lenda, no arredores de Bonfim, há uma lagoa, chamada Poço da Roda, e lá no fundo brilha uma pedra preciosa (A madre de ouro), provocando ambiciosos a busca-la. Quem se atreve a tentar pegá-la é punido com a morte. Acredita-se também que é possível ver a Madre de Ouro voando pelo céu como uma estrela cadente. Se uma pessoa, nesse momento, conseguir por meio de m graveto em chamas desenhar uma cruz no ar, a pedra se quebra em milhões, dando fortuna a quem alcança-la. Referências MENDES, Iba. Vereda Literária. Disponível em: <http://www.veredaliteraria.com/2013/09/hugo-de-carvalho-ramos- madre-de-ouro.html>. Acesso em 31 mai 2016 às 20 h 48 min. PASSEI WEB. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/estudos/livros/tropas_e_boiadas>. Acesso em 21 mai 2016 às 23 h 02 min. RAMOS, Hugo Carvalho. Tropas e Boiadas. 7ª Ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1986.