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UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Unidade Universitária Campo Grande


Curso: Licenciatura em Teatro
Disciplina: Dramaturgia
Professor: Dr Osvanilton de Jesus Conceição
Aluno: Marcelo Carvalho Leite

ANÁLISE DO TEXTO DRAMÁTICO

O SANTO E A PORCA
Ariano Suassuna

1. Introdução

"Arte para mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico.


Arte para mim é missão, vocação e festa."
(Ariano Suassuna)

Desde o momento que o Professor Ton, propôs o trabalho de análise de um texto dramático, me veio

a intenção de analisar o texto “O Santo e a Porca” de Ariano Suassuna e que já montei junto com meu grupo

de teatro – Fulano di Tal – aqui na cidade de Campo Grande, com apresentações por várias cidades do

interior do Estado, aberturas de festivais, com êxito de público e crítica, e que é muito especial para mim

enquanto produtor/diretor e um divisor de águas na história do grupo.

Em 2013 o grupo completaria 10 anos de existência e sentíamos que nos faltava uma produção

diferente da que vínhamos fazendo, sempre na área do humor cotidiano, apesar do grande êxito de público,

queríamos mais, queríamos um desafio. Ele chegou e resolvemos levar aos palcos a peça “O Santo e a

Porca”, de Ariano Suassuna, que tem como tema central a avareza e todos os problemas sociais e

interpessoais que vem junto deste ato.

A escolha do espetáculo deu-se pela agilidade do texto, pela mensagem e também por ser uma peça

teatral do gênero comédia, escrita pelo escritor paraibano em 1957, abordando o tema da avareza. O texto,

segundo o próprio Suassuna, é "uma imitação nordestina" da peça “Aulularia”, também conhecida como

a “Comédia da Panela”, do escritor romano Plauto. A peça relata o casamento da filha de um avarento, sendo

que o "santo" do título é Santo Antônio e a "porca" é um cofrinho, símbolo do acúmulo de dinheiro e tão

protetor quanto o santo (Deus).

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Durante o trabalho vou fazer alguns relatos pessoais da nossa montagem do texto do Ariano e que

ficou em cartaz no repertório do grupo por 5 anos, realizando mais de 50 apresentações e produzido e

montado com recursos do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2012.

2. Levantamento de dados sobre o autor do texto

"Você pode escrever sem erros ortográficos,


mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial.."
(Ariano Suassuna)

Ariano Vilar Suassuna (1927-2014), é paraibano da capital João Pessoa e muito conhecido por sua

obra-prima adaptada para o cinema e televisão “O Auto da Compadecida”. Foi poeta, romancista, ensaísta,

dramaturgo, professor e advogado. Em 1989, foi eleito para a cadeira n.º 32 da Academia Brasileira de Letras.

Em 1993, foi eleito para a cadeira n.º 18 da Academia Pernambucana de Letra e em 2000, ocupou a cadeira

n.º 35 da Academia Paraibana de Letras.

Assim como nosso poeta Manoel de Barros, Ariano gostava de falar do seu quintal: o nordeste. Rico

em causos e histórias e também da gente sofrida do sertão, ou os amarelos, como ele bem gostava de retratar

em suas obras, como João Grilo, Chicó e Caroba. Seu estilo simples de escrever reúne o humor e a sátira

num tom caricatural, porém com sentido moralizante.

O autor traz uma visão cristã sem se aprofundar em discussões teológicas, denunciando o

preconceito, a corrupção e a hipocrisia. No texto em que estamos analisando, retrata a dicotomia entre

religiosidade e avareza, quando o protagonista Euricão fica dividido o tempo todo entre os “personagens” que

dão nome a peça: O Santo e a Porca.

Os períodos históricos em que suas peças são escritas apresentam características semelhantes:

grande desnivelamento social, fome, desmandos de poderosos e, em se tratando de Suassuna, há o

agravante dos fatores naturais que tornam a vida do sertanejo muito difícil.

Reforça a religiosidade demonstrando a manipulação que o clero exerce sobre o povo mais simples,

compactuando com os interesses econômicos representados por coronéis e bispos; as figuras de diabos,

anjos, santos, Jesus e Nossa Senhora ganham destaque sem suas obras devida a evolução de linguagem.

Segundo o autor, “O Santo e a Porca” não é uma obra original sua, mas sim uma adaptação de Plauto,

escritor latino do período antes de Cristo. Na peça “Aululária”, o protagonista é “Euclião”, que encontra uma

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panela de ouro deixada por seu avô. Esse ‘achado’ aliado ao casamento de sua filha com um velho rico origina

o mote central de um texto ágil cheio de encontros, desencontros e ambiguidades’. Suassuna adaptou o texto

de Plauto, mas desenvolveu uma releitura dentro do contexto nordestino da literatura de cordel e criou uma

trama mais complicada”.

Segundo GOMES (2010) “(...) a singularidade de Ariano Suassuna se dá, sobretudo, pelo fato de o

escritor tomar emprestado da literatura popular seus temas, seus modelos poéticos, assim como também,

sua estética nova e diferenciada, marcada pelo improviso epor uma estética em movimento, que se alimenta

das próprias obras e das obras de outrem, em um infinito ciclo de retomadas e de empréstimos”.

“O Santo e a Porca” apresenta a traição que a vida, de uma forma, ou de outra, termina fazendo a

todos nós. A vida é traição, uma traição contínua. Traição nossa a Deus e aos seres que mais amamos.

Traição dos acontecimentos a nós dentro do absurdo de nossa condição, pois, de um ponto de vista

meramente humano, a morte, por exemplo, não só não tem sentido, como retira toda e qualquer possibilidade

de sentido à vida.

O autor se diz criador de um teatro realista: "Mas à maneira de nossa maravilhosa literatura popular,

que transfigura a vida com a imaginação para ser fiel à vida". Não aceita o que alguns críticos afirmam como

ilógico um avarento que ignora que o dinheiro perde seu valor, pois ainda que isso não pudesse ocorrer na

vida, seria possível no teatro.

Suassuna ainda comenta que "meu teatro é onde um cangaceiro se deixa enganar por uma flauta e

um conto-do-vigário - no caso, o Padre Cícero - e onde os anjos se vestem de judeus e os diabos de frades

ou de vaqueiros”.

3. Identificação do período cronológico em que o texto foi escrito

"O sonho é o que leva a gente para frente.


Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado."
(Ariano Suassuna)

Escrito em 1957, a história de ”O Santo e a Porca”, se passa na sala da casa de Euricão e se

desenvolve num período de 24 horas em 3 atos:

▪ Ato 1 (manhã): A expectativa da chegada de Eudoro;

▪ Ato 2 (tarde): As ações da entrevista feita por Euricão a Eudoro;

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▪ Ato 3 (noite): Confusões e Revelações.

À primeira leitura o texto nos passa um tom engraçado, mas tem um contexto filosófico e não se apoia

só no riso, mas também por sua visão crítica, pois a trama é muito simples, porém trata de algo mais complexo

como a relação entre o sagrado e o profano.

Os anos 50 no Brasil (época em que o texto foi escrito) é marcado pelo governo de Juscelino

Kubitschek e que fez obras importantes e marcantes para o Brasil como a construção de Brasília em 1956,

através do seu plano e governo: 50 anos em 5. Ainda houve a abertura às empresas multinacionais e a criação

da Petrobrás. Período em que o rock influenciou muito o país, adaptado ao nosso clima tropical. Há ainda a

explosão do rádio com programas musicais e radionovelas, e ainda, a criação da Bossa Nova.

A história pode facilmente ser transportada para qualquer época, pois se demonstra atemporal, tanto

que não há nenhuma indicação sobre o período (ano/década) em que a história é contada, pois todo seu

enredo é muito atual.

4. Reconhecimento do contexto social em que o texto foi escrito

“Sonho com o dia em que o Sol de Deus


vai espalhar justiça pelo mundo todo.”
(Ariano Suassuna)

Suassuna baseou sua história a partir da peça Aulularia de Plauto, fazendo alusão a comédia clássica

e a seu conteúdo crítico que tinha como alvo o sistema político-social vigente e os cidadãos típicos que o

integram. A cultura nordestina estrutura-se sobre valores tradicionais e regionais mantidos por uma tradição

folclórica e religiosa, assemelhando-se com a cultura clássica estruturada sobre os mitos de seus triunfos

heróicos e dos feitos divinos.

Utiliza-se do sertão nordestino como pano de fundo demonstrando as agruras de um povo sofrido e

dependente dos patrões que aproveitam dessa situação tendo domínio sobre seus empregados, como

acontece com Caroba empregada de Euricão e Pinhão empregado de Eudoro. Ambos sonham em juntar um

dinheiro que nunca recebem para poder se casar, como bem relata Caroba em uma de suas falas: “Eu quero

é dinheiro, coisa que nunca vi em minha vida”; ou também como é visto em um de seus golpes onde ela, num

combinado, consegue um terreno de Dodó, herança de seu pai.

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É muito presente essa relação abusiva de patrão e empregado, presente também na obra “O Auto da

Compadecida” em que o autor faz clara referência aos coronéis do sertão, que por vezes, teem seus

empregados em situação análoga à escravidão. A comédia aí é só um pretexto para um duro retrato da

realidade que continua bem atual.

5. Reconhecimento da ideia central do texto

“Os doidos perderam tudo, menos a razão”


(Ariano Suassuna)

“O Santo e a Porca” é uma comédia em três atos. Aproxima-se da literatura de cordel e dos

folguedos populares do Nordeste. Na trama, Suassuna narra a história de um velho avarento conhecido por

Euricão Árabe. Ele é devoto de Santo Antônio e esconde em sua casa uma porca cheia de dinheiro. Cheia

de acontecimentos e reviravoltas mirabolantes, a história mistura o religioso e o profano.

O autor se utiliza da fábula para inventar sua história, que na concepção latina, é uma narrativa de

caráter mítico. Aristóteles chama de fábula a reunião das ações, dos acontecimentos que estruturam uma

obra. Portanto, a fábula é o enredo, o material narrativo de que se origina o texto dramático.

A imagem de Santo Antônio e da porca de madeira são representativas no enredo. Santo Antônio,

além de ser o santo casamenteiro e estar associado aos diversos casamentos que acontecem na obra, está

relacionado à procura de objetos perdidos. Quando Euricão perde sua porca, é para Santo Antônio que ele

pede ajuda e é atendido. Mas o santo dá uma lição em Euricão por este ter preferido a porca a ele, e faz com

que o avarento fique sem dinheiro ao final da peça.

6. Listagem das personagens que compõe o texto

“Ser poeta é muito bom porque eu não tenho nenhuma obrigação de veracidade.
Eu posso mentir à vontade, cientista é que não pode.”
(Ariano Suassuna)

O autor descreve claramente todos os personagens, que são considerados personagens-tipos (nos

quais são ressaltadas determinadas características para criar um ambiente cômico), que estão intimamente

ligadas ao enredo e vice-versa.

• Euricão – “Engole Cobra”, Eurico Árabe; é o protagonista da peça; é pai de Margarida e irmão

de Benona; personagem avarento. Árabe diz respeito a origem do personagem, um estrangeiro

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radicado no Brasil e engole cobra porque ele extraia venenos de cobra e vendia como produto

farmacêutico para picadas do animal;

• Margarida – “flor bucólica”; filha de Euricão (a filha é o patrimônio do pai, é noiva de Dodó;

personagem que desencadeia dois pólos de interesse: material (Euricão) e sentimental (Eudoro

e Dodó);

• Benona – alusão à personagem de Plauto, Eunomia do grego EUNOMÍA (ordem bem regulada);

é irmã de Euricão, ex-noiva de Eudoro; representa os pudores e os recatos;

• Caroba – “árvore grande e forte”; empregada de Euricão; é a personagem que desenvolve toda

a rede de intrigas que envolve os casamentos;

• Pinhão – “fruto rústico”; empregado de Eudoro; é noivo de Caroba; representa a busca da

liberdade;

• Eudoro – “EÚDOROS” - composto por “eú” (bom,bem) e de “dôron” (o generoso); pai de Dodó;

é ex-noivo de Benona e pretendente de Margarida; representa a burguesia;

• Dodó – redução do nome Eudoro (indica a submissão do filho ao pai); é o filho de Eudoro; noivo

de Margarida;

• Santo Antônio – santo casamenteiro, “achador de coisas perdidas” e popular; santo de devoção

de Euricão; representação do sagrado e da fé;

• Porca – Oposição do profano frente ao religioso (Santo Antônio); é o objeto de cobiça; representa

a avareza de Euricão, um dos 7 pecados capitais;

7. Listagem das personagens que compõe o texto

Tudo que é bom de passar é ruim de contar.


E tudo que é ruim de passar é bom de contar.
(Ariano Suassuna)

• Euricão – Herói. Que inicia a história como um grande avarento, mas termina se redimindo a

pedindo perdão a Santo Antônio, aprendendo uma grande lição depois de todos os

acontecimentos;

• Margarida – Coadjuvante. Responsável por desencadear o interesse de Eudoro por ela, mas que

acaba causando um grande mau entendido, quando interpretam ser o maior tesouro de Euricão

a porca e não sua filha;

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• Benona – Coadjuvante. Cabe a essa personagem a demonstração do pudor e do recato e

também a resolução do mau entendido entre Margarida e Eudoro, pois acaba reconquistando seu

ex-noivo através de um golpe aplicado por Caroba;

• Caroba – Coadjuvante. Essa personagem é de uma potência de presença e interpretação, e está

muito ligada a todos os acontecimentos e reviravoltas do espetáculo; Mas é através dela que há

a redenção do Herói;

• Pinhão – Coadjuvante. Parceiro no amor e nas tramóias arquitetadas por Caroba.

• Eudoro – Vilão. Pode ser visto assim pois ele quer se casar com Margarida, porém devido ao

mau entendido provocado pela interpretação de sua carta, acaba passando o espetáculo inteiro

(na cabeça do herói) querendo roubar o seu mais precioso tesouro: a porca.

• Dodó – Coadjuvante. Representa o amor mais inocente e puro que nutre por Margarida com

quem quer se casar.

• Santo Antônio – Coadjuvante. Personagem presente durante todo o espetáculo, razão da

dualidade do Herói.

• Porca – Coadjuvante, Também presente durante todo o espetáculo e que movimenta a historia

também em função da dualidade do Herói.

8. Delineamento da estrutura de desenvolvimento do texto

“A humanidade se divide em dois grupos:


os que concordam comigo e os equivocados.”
(Ariano Suassuna)

Logo no início do espetáculo a principal trama já se revela ao público que é a confusão feita pelo

entendimento da carta que Eudoro envia a Euricão, falando que está interessado no seu maior tesouro, no

caso Margarida sua filha, que passou uns tempos na fazenda dele. Porém Euricão acha que o “amigo” está

interessado em sua porca cheinha de dinheiro.

A partir daí a esperta Caroba, que entende tudo desde o início, acaba usando a história a seu favor e

criando situações que a beneficie junto com seu noivo Pinhão. Ela cria um plano com Margarida e Benona

(sem as duas saberem é claro) para se dar bem em cima do mau entendido e assim resolvendo o dilema das

três: o casamento. Ao mesmo tempo que não deixa seu patrão ficar sem seu bem mais precioso: a porca!

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9. Considerações e impressões sobre o texto analisado

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato.


“Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”
(Ariano Suassuna)

Eu sou um apaixonado por essa obra de Suassuna que tantas alegrias e realizações nos proporcionou

nos 5 anos que ficou em cartaz no repertório do grupo. Fomos muito bem recebidos pelo público que

acompanhou a trajetória do espetáculo por onde ele se apresentou.

A peça retrata de forma leve e cômica um tema bem espinhento: a avareza. Através de Euricão,

acompanhamos essa dualidade entre o sagrado e o profano. E ao final somos arrebatados pela consciência

do protagonista de que o apego pelo dinheiro e pela riqueza não o deixava viver o melhor da vida com sua

família o que fica claro na sua fala final com Santo Antônio em seu colo: “Obrigado Santinho! Por sempre

estar ao meu lado e iluminar meus caminhos!”

Abaixo, selecionei algumas críticas sobre o espetáculo:

• “’O Santo e a Porca’ é uma trama de sentimentos comuns, com pessoas comuns, com medos e

desavenças, que não perdem a habilidade de rir e criticar as incoerências humanas.” (Yago

Rodrigues, Jornal Opção, 2016)

• “Suassuna utiliza uma trama muito simples para tratar de algo mais complexo, como a relação do

mundo material com o espiritual. A história mistura o religioso e o profano.” (Tribuna do Norte,

2019)

• “’O Santo e a Porca’, destaca-se pela agilidade da trama, imagens simples, diálogos diretos e

intensa comicidade, além de uma certa crítica social.” (O Tempo – Contagem, 2008)

• “Apesar de engraçado, o texto tem um fundo filosófico, o que não pode passar despercebido. O

texto não se sustenta só com o riso, mas sobretudo pela visão crítica.” (Passei Web, 2015)

• “A trama é desenhada com uma sequência de acontecimentos engraçados e envolvido com

reviravoltas. Embora seja uma comédia, a trama busca promover uma reflexão sobre a relação

do ser humano com o mundo físico e espiritual, representados pela porca e por Santo Antônio,

respectivamente.” (A Tarde, 2018)

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10. Links Fulano di Tal

“Dizem que tudo passa e o tempo duro tudo esfarela.”


(Ariano Suassuna)

• Fotos do Espetáculo:

o https://abre.ai/c8By

• A última apresentação do espetáculo no Festival Boca de Cena (2016) organizado pela FCMS –

Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul:

o https://youtu.be/7P2dBef0qIk

11. Referências:

AZEVEDO, Amanda Maria. Anos 50. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/anos-

50. Acesso em 08/08/2021.

BASTOS, Maria Lourença Ferreira de. Gênero Literário e Moralidade Filosófica n’O Santo e a Porca de Ariano

Suassuna. Goiânia: PUC-GO, 2011.

FRAZÃO, Dilva. Biografia de Ariano Suassuna. Disponível em: https://www.ebiografia.com/ariano_suassuna/.

Acesso em 07/08/2021.

GOMES, Aline Aparecida de Souza. O Santo e a Porca e Ariano Suassuna: o imaginário do sertão em nova

cena. São Paulo: PUC-SP, 2010.

Passei Web. O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna – Análise da obra. Disponível em:

https://www.passeiweb.com/estudos/livros/o_santo_e_a_porca/. Acesso em 08/08/2021.

SUASSUNA, Ariano. O Santo e a Porca. Rio de Janeiro: Olympio, 1974.

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