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Prof. Alfredo - Adm.

da Manutenção

MANUTENÇÃO
HOSPITALAR

Dimensionamento
de Equipe de
Engenharia
Clínica
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DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENGENHARIA CLÍNICA

A Engenharia Clínica é um dos setores essenciais para o bom


funcionamento de um EAS. E é por meio desse setor que se garante o correto
funcionamento dos equipamentos médico-assistenciais presentes no parque
tecnológico da instituição. Ter uma equipe dedicada a essa função é
fundamental e indispensável e, independentemente de a equipe ser
terceirizada ou própria da instituição, o dimensionamento de uma equipe
capaz de atender às demandas com qualidade é de fundamental importância.
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NÍVEIS DE ATENDIMENTO DA ENGENHARIA CLÍNICA


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DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENGENHARIA CLÍNICA

A equipe de Engenharia Clínica alocada na instituição pode ser


dimensionada de algumas maneiras, mas geralmente é composta pelos
seguintes profissionais (cargo/função):

Engenheiro Clínico

Supervisor Técnico

Técnicos

Assistentes Técnicos

Auxiliares Administrativos

Estagiários
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DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENGENHARIA CLÍNICA

A qualificação e a quantidade destes profissionais irão variar de


acordo com alguns critérios, tais como: número de leitos, número
de ordens de serviço por mês, quantidade de equipamentos
presentes no parque tecnológico etc. São alguns exemplos de
dados utilizados para esse dimensionamento.

Dentre as maneiras utilizadas para dimensionar a quantidade


desses profissionais, vamos apresentar 03 formas diferentes:
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DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENGENHARIA CLÍNICA

1) Dimensionamento no padrão “Acadêmico”:

A maneira acadêmica de dimensionar é a que utiliza mais dados para seu


cálculo e é necessário um volume de informações prévio.

Nesse caso, pode-se iniciar o cálculo com o produto entre o Tempo


Médio entre Falhas dos equipamentos (MTBF), o Tempo Médio de
Reparos (MTTR) e a quantidade de equipamentos.

Assim, obtém-se o volume anual de horas trabalhadas em manutenções


corretivas.
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DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENGENHARIA CLÍNICA

1) Dimensionamento no padrão “Acadêmico”:

 Considerar de 60 a 70% da produtividade dos profissionais alocados;

 Considerar a quantidade de dias úteis e o horário comercial de trabalho;


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1) Dimensionamento no padrão “Acadêmico”:

Para o cálculo anual da quantidade de horas de trabalho necessárias para


manutenção corretiva (NHT/ano), temos: NHT/ano = (n° de equipamentos
do mesmo tipo) x (MTTR) x (12meses/MTBF)

Por exemplo, se a unidade dispõe de 6 monitores cardíacos, a média do


número de horas para manutenção corretiva é de 2 horas por equipamento
(MTTR = 2 horas) e, se cada equipamento quebra em média 1,8 vezes por
ano (para um MTBF= 6,5 meses), será necessário dispor de um total de
21,6 horas técnicas por ano para este tipo de equipamento (6 equip. x 2
horas/corretiva x 1,8 vezes/ano).
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DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENGENHARIA CLÍNICA

1) Dimensionamento no padrão “Acadêmico”:

Utilizando o mesmo procedimento de cálculo acima para todos os


equipamentos enquadrados pelo grupo para manutenção corretiva interna
e, somando todos os tempos (NHT/ano) obtidos, é possível obter o número
total de horas técnicas que o grupo efetivamente deverá dispor para
atender a manutenção interna do hospital.

A tabela a seguir, mostra valores de MTBF, em meses, para os


equipamentos médico-hospitalares com maior utilização dentro do
complexo de saúde da Universidade Estadual de Campinas.

A tabela serve de referência para os cálculos iniciais.


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DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENGENHARIA CLÍNICA
1) Dimensionamento no padrão “Acadêmico”:

Tendo o número total de horas que o grupo deve dispor para manutenção anual de todos
os equipamentos selecionados para a manutenção interna, torna-se possível calcular o
número de pessoas necessárias para realizar todo o trabalho.

O primeiro valor a ser obtido é o número de horas por ano que um técnico realmente
trabalha na manutenção corretiva, ou seja, o tempo total por ano que este técnico está,
de fato, consertando um equipamento. Para esse cálculo temos:
•Total de horas de trabalho/ano = (40horas/semana x 52 semanas) = 2080 horas
•Total de horas a serem descontadas:
• Mínimo de 10 feriados por ano = 80 horas
• Férias anuais do funcionário = 160 horas
• Média anual de dias que o funcionário pode adoecer = 40 horas
• N° de horas que o técnico está disponível no hospital = 2.080 - 280 = 1.800 horas
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1) Dimensionamento no padrão “Acadêmico”:

Um outro ponto a ser considerado nesse cálculo é a produtividade do


funcionário. Embora ele esteja presente no hospital, nem sempre está em
atividade reparando um equipamento. De um modo geral, sugere que seja usado
um valor aproximado de 70% para o tempo em atividade. Mesmo bastante otimista
para um cálculo inicial, esse valor deverá ser ajustado de acordo com a
produtividade medida no desenvolvimento do trabalho pelo grupo de manutenção.

Assim, adotando o valor de 70% para a produtividade, o tempo total no período


de um ano que o técnico estará realmente consertando um equipamento, ou seja,
o tempo real para manutenção será de 1.260 horas.
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1) Dimensionamento no padrão “Acadêmico”:

Dividindo a quantidade de horas de trabalho necessárias para


manutenção corretiva (NHT/ano) por TMC, teremos o número total de
técnicos necessários para a manutenção de todos os equipamentos
selecionados pelo grupo para a manutenção corretiva interna.

Por exemplo, se após somarmos todos os NHT/ano de todos os


equipamentos para manutenção corretiva interna, obtivermos um valor
igual a 7500 horas, a divisão deste valor por um TMC de 1260 horas,
indica a necessidade da contratação de 6 técnicos.
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2) Parque Tecnológico:

Para esse cálculo, basta utilizar como parâmetro a média de 400 a 500
equipamentos por técnico alocado, desconsiderando o Supervisor e o
Engenheiro Clínico. Vale ressaltar que a necessidade de plantonista ou
técnico dedicado à algum setor específico pode impactar no resultado.

Essa é a metodologia é prática mas é muito importante realizar um ajuste


fino na análise do inventário para buscar a qualificação correta dos técnicos
a depender da complexidade dos equipamentos presentes na instituição.
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2) Parque Tecnológico:

Uma maneira mais rápida e prática de dimensionar a equipe é utilizando


como base a relação de equipamentos da instituição. Nesse caso não é
necessária nenhuma informação prévia sobre corretivas/programadas, o
que facilita muito o dimensionamento para instituições que não tem esse
histórico.
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3) Ordem de Serviço ou Número de Leitos:

Equipes de engenharia clínica também podem ser dimensionadas pela


quantidade de ordens de serviço ou pelo número de leitos da instituição.

No primeiro caso, utiliza-se a relação de 150 Ordens de Serviço por


técnico por mês, desconsiderando o Supervisor / Engenheiro Clínico.
Essa é uma maneira de visualizar o volume de trabalho e dimensionar a
equipe com este dado. Como desvantagem, esta metodologia requer que
já exista um histórico anterior de gestão de manutenção, o que muitas
vezes não está disponível.
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3) Ordem de Serviço ou Número de Leitos:

Já o dimensionamento pelo número de leitos utiliza a relação de 100


leitos por técnico alocado, também desconsiderando na conta o
Supervisor/Engenheiro Clínico. Contudo, consideramos essa maneira a
menos precisa e menos utilizada, uma vez que nem todo leito é composto
pela mesma configuração, e varia muito conforme setor ou criticidade de
atendimento, o que dificulta o dimensionamento ideal.
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CAPACIDADE E RESPONSABILIDADE DA ENGENHARIA CLÍNICA

Mas, todas as proporções de dimensionamento utilizadas nas diferentes


metodologias estão relacionadas às expectativas e premissas
de CAPACIDADE e RESPONSABILIDADE da equipe. Em outras palavras,
varia de acordo conforme o ESCOPO DE ANTEDIMENTO assumido por esta
engenharia clínica.
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RESPONSABILIDADE DA EQUIPE

A responsabilidade da equipe pode ser definida como o escopo de


atendimento da Engenharia Clínica, ou seja, quais equipamentos do
parque estão cobertos pela gestão do serviço e quais estão fora do
escopo.
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