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Serviços de Mensagem

Industrial (MMS)
Prof. Alexandre Rodrigues de Sousa
Sumário
• Introdução
• Arquitetura MAP
• Arquitetura MAP-EPA
• Arquitetura Mini MAP
• Os Serviços de Mensagem Industrial
(MMS)
• Objetos MMS
• Serviços MMS
Introdução
• Iniciativas mais importantes de
padronização para redes industriais:
– Projeto IEEE 802
– Projeto PROFIBUS (Fieldbus)
– Projeto FIP/ WorldFIP
– Serviços de Mensagens Industriais (MMS)
Introdução
 Manufacturing Automation Protocol

• Projeto MAP nasceu no início dos anos 80 por


iniciativa da General Motors.
• Na época, apenas 15% dos equipamentos
programáveis de suas fábricas eram capazes de
se comunicar entre si.
• Custos de comunicação muito elevados,
avaliados em 50% do custo total da automação.
• Quantidade de equipamentos programáveis
deveria sofrer uma expansão de 400 a 500%
num prazo de 5 anos.
Introdução
 Manufacturing Automation Protocol

• Opções da GM:
– continuar utilizando máquinas programáveis de vários
fabricantes e solucionar o problema da maneira como
vinha sendo feito;
– basear produção em equipamentos de um único
fabricante;
– desenvolver uma proposta padronizada de rede que
permitisse interconectar todos os equipamentos.
• Solução adotada: terceira opção.
• Em 1981, a GM uniu-se a outras empresas (DEC,
HP e IBM) definindo solução baseada no RM-OSI.
A arquitetura MAP
• Camadas 1 e 2: selecionadas normas IEEE 802.4
(barramento com token) e IEEE 802.2 (LLC).
• Camada Física: escolhido o suporte de comunicação
em broadband, com cabo coaxial.
• Escolha de broadband baseada nas razões seguintes:
– possibilidade de uso de vários canais de comunicação
sobre um mesmo suporte;
– permitir a troca de sinais como voz e imagem para
aplicações como supervisão, circuito fechado de TV,
teleconferência, etc.;
– a GM já possuía muitas instalações operando em
broadband.
A arquitetura MAP
• Camada de Enlace (MAC): escolhido Token-Bus, pois:
• era o único protocolo suportado em broadband;
• muitos equipamentos programáveis já usavam broadband e IEEE
802.4;
• possibilidade de atribuir prioridades às mensagens.
• Camada de Enlace (LLC): optou-se por LLC tipo 1
(sem conexão e sem reconhecimento).
• Camada de Rede: sem conexão, cada mensagem
sendo roteada individualmente através da rede.
• Protocolo de roteamento definido pelo projeto MAP e
normalizado na ISO sob o número 9542.
A arquitetura MAP
• Camada de Transporte: protocolo classe 4 da ISO
(TP4, ISO 8072/73), orientado à conexão, com
controle de erros.
• Oferece um canal de comunicação confiável, sem
perdas, erros, nem duplicação de mensagens.
• TP4 assegura ainda as funções de fragmentação e
blocagem de mensagens.
• Camada de Sessão: norma ISO 8326/27, modo full-
duplex e resincronização.
• Camada de Apresentação: representação de dados
baseada na ASN.1.
A arquitetura MAP
• Camada de Aplicação:
– MMS: troca de mensagens entre equipa-
mentos de produção;
– FTAM: acesso e a transferência de arquivos;
– ROS: gestão de nomes (diretório);
– Funções de gerenciamento de rede: gestão
dos recursos, medição de desempenho,
modificação dos parâmetros da rede.
A arquitetura MAP

Espec.
Camadas
TOP MAP MAP-EPA MiniMAP
ACSE, FTAM
Aplicação MMS, FTAM, ROS
VTP

Apresentação ISO 8822 - ASN.1

Sessão ISO 8326 e 8327


VAZIO
Transporte ISO 8072 e 8073 Classe 4

Rede ISO 8348 s/ conexão

LLC 802.2 Tipo1 LLC 802.2 Tipo 1 LLC 802.2 Tipos 1 e 3


Enlace MAC 802.3 CSMA/CD MAC 802.4 Token Bus
MAC 802.4
Banda Base Banda Larga
Física Banda Base (5 Mbps)
(10 Mbps) (10 Mbps)
A arquitetura MAP-EPA
• Proposta MAP original adequada aos níveis hierárquicos
superiores. A arquitetura a 7 camadas oferece um overhead
indesejável nos níveis mais baixos da hierarquia.
• Solução: Definição de uma versão simplificada denominada
MAP-EPA (Enhanced Performance Architecture).
• Definição de duas pilhas de protocolos: pilha normal Full-MAP e
pilha MAP-EPA, desprovida das camadas de Rede, Transporte,
Sessão e Apresentação.
• Protocolo IEEE 802.4 (Token-Bus) ainda adotado, porém sobre
um suporte de transmissão em baseband a 5 Mbit/s.
• Um processo de aplicação tem a opção de enviar seus dados
através da pilha normal ou, em casos onde o requisito seja um
tempo de resposta rápida, pela pilha MAP-EPA.
A arquitetura MAP-EPA
MAP EPA

Aplicações
Aplicações
convencionais tempo-real
Aplicação

Apresentação

Sessão

Transporte

Rede

Enlace LLC 802.2 Tipos 1 e 3


MAC 802.4 Token Bus

Física Banda Base 5 Mbps


A arquitetura Mini-MAP
• Arquitetura Mini-MAP idêntica à MAP-EPA
composta das camadas 1, 2 e 7.
• Apenas uma pilha de protocolos.
• Protocolo de Enlace: LLC tipos 1 e 3.
Aplicação

Conexão com LDAPs

LLC Tipos 1 e 3
MAC 802.4

Banda Base
(5 Mbps)
Os Serviços de Mensagem
Industrial (MMS)
• MMS: conjunto de serviços de comunicação
orientados para aplicações industriais.
• MMS organizado em duas partes:
– Manufacturing Message Services: Serviços;
– Manufacturing Message Specification: Protocolo.
• Companion Standards específicos para:
– robôs (RC);
– máquinas de comando numérico (CNC);
– sistemas de visão;
– controladores lógicos programáveis (CLP);
– sistemas de controle de processos.
Os Serviços de Mensagem Industrial (MMS)
 Objetos MMS

• Serviços MMS manipulam objetos virtuais.


• Usuários dos serviços MMS: Processos de
Aplicação (AP - Application Process).
• Comunicação entre dois AP realizada segundo
um modelo Cliente-Servidor.
• Objeto básico: Dispositivo Virtual de Manufatura
(VMD, Virtual Manufacturing Device) representa
um equipamento real de produção.
• Todo processo de aplicação modelado no MMS
possui, no mínimo, um objeto VMD.
Os Serviços de Mensagem Industrial (MMS)
 Objetos MMS
• Objetos Domínios (Domains): permitem reagrupar os programas
e os dados necessários à execução no equipamento
considerado.
• Objetos Invocação de Programa (Program Invocation): permitem
execução remota de programas.
• Objeto Estação Operador: permite a um operador humano se
comunicar com um equipamento de produção.
• Objetos Semáforos: permitem gerenciar a sincronização de
processos e o acesso concorrente a recursos.
• Objetos Condição de Evento, Ação de Evento e Inscrição de
Evento: detecção e o tratamento de eventos.
• Objetos Variáveis: leitura e escrita de variáveis remotas.
• Objetos Jornais: produção de relatórios de produção.
Os Serviços de Mensagem Industrial (MMS)
 Objetos MMS

Dispositivo Virtual de Manufatura

...
VMD Estação

...
Operador 1
Objetos

...
MMS

Função Executiva Estação


Operador N

Função Executiva: Responsável pela gestão de acesso aos diferentes


recursos do equipamento considerado, tais como memória, processa-
dores, portas de E/S etc.
Os Serviços de Mensagem Industrial (MMS)
 Serviços MMS

• 84 Serviços distribuídos em 9 Classes:


– Gestão de Contexto
• iniciação, liberação, abandono e rejeição de conexão com outro
usuário MMS
– Gestão de Domínio
• transferência de informações (códigos e dados) para serem
carregados num domínio de forma dinâmica: as seqüências
DownLoad e UpLoad são atividades que permitem gerenciar as
transferências entre Cliente e Servidor
– Gestão de Programas
• permitem que um usuário Cliente MMS gerencie a execução remota
de programas num usuário Servidor
– Acesso a Variáveis
• definição e acesso às variáveis de um VMD
Serviços MMS
– Gestão de Semáforos
• sincronização e controle do acesso aos recursos de um VMD
– Estação Operador
• entrada e saída de informações via estações de operador
– Gestão de Eventos
• definição e tratamento de eventos via serviços MMS
– Gestão de VMD
• oferece serviços de VMD (informações sobre os objetos)
– Gestão de Relatórios (Jornal)
• salvamento de informações de estado de um VMD,
particularmente no que diz respeito à ocorrência de eventos e
à afetação de variáveis.
Os Serviços de Mensagem Industrial (MMS)
 Serviços MMS
Classe Primitivas de Serviço Comentários
Gestão de Initiate iniciação, liberação,
Contexto Conclude abandono e rejeição de
Abort* conexão com outro usuário
Cancel MMS
Reject*
Gestão de Status oferece serviços de VMD,
VMD UnsolicitedStatus* particularmente informações
GetNameList sobre os objetos
Identify
Rename
Gestão de InitiateDownLoadSequence permitem transferir
Domínio DownLoadSegment informações, tais como
TerminateDownLoadSequence códigos e dados de programa,
InitiateUpLoadSequence para serem carregados num
UpLoadSegment domínio de forma dinâmica:
TerminateUpLoadSequence as seqüências DownLoad e
RequestDomainDownLoad UpLoad são atividades que
RequestDomainUpLoad permitem gerenciar as
LoadDomainContent transferências entre Cliente e
StoreDomainContent Servidor
DeleteDomain
GetDomainAttribute
DomainFile
Gestão de CreateProgramInvocation permitem que um usuário
Programas DeleteProgramInvocation Cliente MMS gerencie a
Start execução remota de
Stop programas num usuário
Resume Servidor
Reset
Kill
GetProgramInvocationAttributes
Acesso a Read permitem a definição e o
Variáveis Write acesso às variáveis de um
InformationReport VMD e estabelecer a relação
GetVariableAccessAttributes entre as variáveis de um
DeleteNamedVariable VMD (objetos) e as variáveis
DefineScatteredAccessAttributes real de um equipamento de
DeleteVariableAccess produção
DefineNamedVariableList
GetNamedVariableListAttributes
DeleteNamedVariableList
DefineNamedType
GetNamedTypeAttributes
DeleteNamedType
Os Serviços de Mensagem Industrial (MMS)
 Serviços MMS
Classe Primitivas de Serviço Comentários
Gestão de TakeControl são encarregados da
Semáforos RelinquishControl sincronização e do controle
DefineSemaphore do acesso aos recursos de um
DeleteSemaphore VMD pelos processos de
ReportSemaphoreStatus aplicação
ReportPoolSemaphoreStatus
ReportSemaphoreEntryStatus
Estação Input controlam a entrada e saída
Operador Output de informações via estações
de operador
Gestão de DefineEventCondition permitem a definição e o
Eventos DeleteEventCondition tratamento de eventos via
GetEventConditionAttribute serviços MMS. A
ReportEventConditionStatus possibilidade de associar a
AlterEventConditionMonitoring execução de um serviço
TriggerEvent MMS àocorrência de um
DefineEventAction evento é um aspecto
DeleteEventAction interessante, implementado
GetEventActionAttributes pelo Modificador
ReportEventActionStatus AttachToEvent
DefineEventEnrollment
DeleteEventEnrollment
GetEventEnrollment
ReportEventEnrollment
AlterEventEnrollment
EventNotification*
AcknowledgeEventNotification
GetAlarmSummary
GetAlarmEnrollmentSummary
AttachToEventModifier
Gestão de ReadJournal permitem o salvamento de
Jornal WriteJournal informações sobre a execução
InitializeJournal de um VMD, particularmente
ReportJournalStatus no que diz respeito à
ocorrência de eventos e à
afetação de variáveis.
Padrão FIP/ WorldFIP

Prof. Alexandre Rodrigues de Sousa


Sumário
• Introdução
• Proposta
• Arquitetura
– Camada Física
– Camada de Enlace
– Camada de Aplicação
• Gerenciamento
Introdução
• Iniciativas mais importantes de
padronização para redes industriais:
– Projeto IEEE 802
– Projeto PROFIBUS (Fieldbus)
– Projeto FIP/ WorldFIP
– Serviços de Mensagens Industriais (MMS)
Introdução
A proposta FIP/ WorldFIP
(Factory Instrumentation Protocol)
• FIP elaborado por um conjunto de
empresas européias (Telemecanique,
Cegeleq, CGEE Alsthom), órgãos do
governo francês e centros de pesquisa.
• Criadores conglomerados em torno do
chamado “Club FIP”.
• Procurou levar em consideração as
restrições de tempo real impostas por
aplicações de chão de fábrica.
Arquitetura
 Camada Física

• Meios de transmissão: fibra ótica ou par trançado.


• Par trançado: previstas três velocidades de transmissão:
– S1: 31.25 Kbps (segurança intrínseca)
– S2: 1 Mbps (padrão)
– S3: 2.5 Mbps (processos de elevada dinâmica)
• Fibra ótica: velocidade de 5 Mbps.
• Bits codificados segundo o código Manchester, que
permite o envio simultâneo do sinal de sincronização e
dos dados.
• Suporta segmentos com comprimento de até 2000 m e
até 256 estações.
Arquitetura
 Camada Física

• Serviços de Comunicação:
– PHY_data_request: pedido de transmissão de dados
– PHY_data_aquisition: indicação de serviço
concluído
• Serviços de Gerenciamento:
– PHY_Reset: reinicialização do nível físico
– PHY_SetValue: ajuste de parâmetros da camada
física
– PHY_ReadValue: leitura de parâmetros
– PHY_Event: comunicação de enentos do nível físico
Arquitetura
 Camada de Enlace
• Não faz distinção formal entre subcamadas LLC e MAC
• Método de acesso ao meio baseado na difusão
("Broadcasting"), organizada por uma entidade centralizada
denominada "árbitro de barramento".
• Dados representados por objetos (variáveis), representado por
um "nome" único no sistema. Até 24000 objetos são
identificáveis.
• Cada objeto é elaborado por um único transmissor (produtor) e
lido por qualquer número de receptores (consumidores).
• A comunicação transcorre da seguinte forma:
– Árbitro difunde na rede o nome da variável (objeto) a ser transmitida;
– O produtor da variável difunde a informação ligada ao identificador;
– Todos os consumidores interessados leem a variável difundida.
Arquitetura
 Camada de Enlace

ID_DAT
Árbitro

C P C

RP_DAT
Árbitro

C P C

• A varredura das variáveis periódicas é feita a partir de uma lista


implementada no árbitro na inicialização.
• A transmissão de mensagens não periódicas é feita conforme a
norma IEEE 802.2, LLC tipos 1 (sem conexão e sem controle de
erro) e 3 (sem conexão com controle de erro).
Arquitetura
 Camada de Enlace
Formato do Quadro

• PRE: preâmbulo, utilizado para sincronização.


• FSD/FED: delimitadores de início e fim de quadro.
• EB: Bits de equalização, operam como bits de interface entre os
delimitadores e os dados codificados em Manchester.
• DFS (Data Frame Sequence):
– Controle: tipo de quadro (quadro de identificação de informação ou de envio de
informação).
– Dados: contém endereço lógico ou valor de uma variável, mensagem,
reconhecimento ou lista de identificadores.
– FCS: controle de erros com técnica polinomial (polinômio gerador proposto pela
CCITT).

PRE FSD EB DFS EB FED EB

FSS FES

FSS — Frame Start Sequence


FES — Frame End Sequence
Arquitetura
 Camada de Enlace

Serviços oferecidos
Classe Primitiva Comentários
L_PUT.req/cnf atualiza dados
Atualização cíclica de L_SENT.ind sinaliza envio
dados L_GET.req/cnf busca de dados
L_RECEIVED.ind sinaliza recepção
Atualização não L_PARAM.req/cnf requisita dados
periódica de dados

Transmissão de L_MESSAGE_ACK.req/ind/cnf c/ reconhecimento


mensagem com ACK
Transmissão de L_MESSAGE.req/ind s/ reconhecimento
mensagem sem ACK
Arquitetura
 Camada de Aplicação

• FIP adota subconjunto do MMS para


aplicações não críticas no tempo.
• Para aplicações críticas no tempo, adota
família de serviços MPS ("Message
Periodic/Aperiodic Services").
Classe Primitiva de serviço Comentários
Leitura de variáveis A_READ.req/cnf lê nomes de variáveis,
A_READFAR.ind estruturas, status, valores
Escrita de variáveis A_WRITE.req/cnf escreve especificação, valor,
A_WRITEFAR.ind status
Leitura do tipo de A_GETOBJECT_DESCRIPTION.req/cnf lê especificação
variável
Acesso à listas de A_READLIST.req/cnf lê e escreve atributos,
variáveis A_WRITELIST.req/cnf valores
Serviços de A_SEND.ind sincronização local e remota
sincronização A_RECEIVE.ind
Gerenciamento
• O projeto FIP definiu uma série de funções
de gerenciamento de rede:
– Inicialização (configuração, definição de
parâmetros, identificadores e listas de objetos,
tabelas de varredura, implementação e testes)
– Definição e atualização das listas de objetos;
– Definição e atualização das tabelas de varredura;
– Gerenciamento das operações de partida e
parada;
– Detecção e correção de falhas;

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