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Álvaro de

Campos -
Heterónimo
Diogo Nogueira Nº1 12ºGPSI
Modulo 7
Escola Secundaria de Lousada
Biografia

● Álvaro de Campos é um dos heterônimos do poeta português


Fernando Pessoal, que como sabemos ele foi vários poetas ao
mesmo tempo (Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Bernardo Soares).
● Álvaro de Campos é um dos mais importantes heterónimos de
Fernando Pessoa. Foi criado em 1915, nasceu em Tavira no
extremo sul de Portugal, a 15 de outubro de 1980. Estudou
Engenharia naval, na Escócia. No entanto, não exerceu a profissão
por não poder suportar viver confinado em escritórios.
As 3 fases da
01 Fase
sua poesia
Decadentista
Desilusão e tédio de viver;
Procura de novas sensações;
Busca de evasão;
Atitude desafiadora das normas instituídas;

Tenta compreender as próprias emoções


As 3 fases da
sua poesia
Fase futurística e
sensacionista
Futurismo
02 Apologia da civilização;
tecnológica, da força e da
modernidade;
Exaltação do presente;
O sensacionismo
Experiencia e expressão
excessiva das sensações;
Sadismo e masoquismo
Euforia emocional
Fase abúlica e As 3 fases da
intimista sua poesia
 Tédio existencial;
 Desalento, cansaço e
abulia;
 Angustia e frustração;
 Solidão e isolamento;
 Dificuldade de
socialização; Poema- Estou cansado da inteligencia

 Desajustamento face ao
presente, á realidade e
aos outros;
03  Dor de Pensar;
 Tom introspetivo;
Excerto do poema “Opiário”

01 Fase Decadentista
“Esta vida de bordo há-de matar-me.
São dias só de febre na cabeça
E, por mais que procure até que adoeça,
já não encontro a mola pra adaptar-me.

Em paradoxo e incompetência astral


Eu vivo a vincos de ouro a minha vida,
Onda onde o pundonor é uma descida
E os próprios gozos gânglios do meu mal”
Excerto do poema
Fase futurística
e sensacionista
“Ode Triunfal”
“À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.

02 Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!


Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!(...)”
Fase abúlica e Excerto do poema
intimista
“Não sou nada.
“Tabacaria”
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,


Do meu quarto de um dos milhões do mundo que
ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,

03 Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos
homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de
nada.(...)”.
Ode Triunfal
 Quanto a este poema, é o escolhido e é bastante
importante para conhecer os traços da poesia deste
heterônimo, e através desta apreciação, é mesmo possível
conhecermos as características psicológicas e físicas dele.

 Este poeta, segundo o próprio Fernando Pessoa, é o típico


homem do século XX, aquele que é apaixonado pelas
fábricas, pela energia elétrica, pela velocidade e claro
pelas máquinas. Ou seja, é um poeta que, na maioria das
vezes, pensa e age no calor da emoção, através de suas
sensações.

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