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CASCAVEL – PPGEA 2023

ANÁLISE DO IMPACTO DA
LEI 14300/2020 NA
VIABILIDADE ECONÔMICA
DE SISTEMAS
FOTOVOLTAICOS EM
PROPRIEDADES RURAIS
Acadêmico: Rafael Venturin Piacentini
Orientadora: Maritane Prior
Coorientador: Adir Otto Schmidt
INTRODUÇÃO
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• Existe uma necessidade global crescente quanto a busca de novas fontes de energia;
• Energias renováveis como fontes de energia que não se esgotam com a sua exploração;
• O Brasil possui potencial para explorar a energia fotovoltaica;
• Nem sempre propriedades rurais tem acesso fácil as necessidades energéticas, portanto,
buscam medidas alternativas;

Porém a vigência da lei 14300/2022 trouxe mudanças na regulamentação que


impactam diretamente na viabilidade econômica para implantação destes
sistemas

• Este cenário justifica o estudo.


INTRODUÇÃO
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O elemento norteador do estudo é o


impacto das mudanças impostas pela lei 14300/2022 na viabilidade de
implantação de painéis fotovoltaicos.

o pressuposto deste trabalho é de que mesmo com a nova taxação a energia


solar se apresenta como alternativa viável para suprir a energia de
propriedades rurais
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OBJETIVOS

Avaliar os impactos das medidas impostas pela lei 14300/2022 na


análise de viabilidade para implantação de painéis fotovoltaicos
conectados à rede.
a) Identificar os custos de implantação dos painéis fotovoltaicos para diferentes
capacidades geradoras;
b) Identificar a capacidade de geração para cada unidade estudada;
c) Demonstrar o processo de acesso as linhas de crédito/ financiamentos para
implantação de sistemas fotovoltaicos em atividades agropecuárias e seus
respectivos custos;
d) Identificar a simultaneidade em diferentes atividades agropecuárias;
e) Apresentar os índices de viabilidade financeira para os projetos.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Potencial de energia elétrica do Paraná.

Fonte: : adaptado de TIEPOLO et al. (2018)


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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Fonte: Portal do sol


(2022).
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Fonte: Portal do sol


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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• FINAME – BAIXO CARBONO, voltado para aquisição e comercialização de


sistemas de energia solar e eólica, automóveis e máquinas de grande porte movidos a
energia elétrica ou biocombustíveis
• FINEM – GERAÇÃO DE ENERGIA, com enfoque na expansão e modernização da
produção de energia oriunda de fontes renováveis.
• INOGAGRO – A finalidade dessa linha é apoiar o produtor rural em investimentos
relacionados a inovação e incorporação de tecnologias em sua propriedade rural.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

TIR
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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• 1) os consumidores, por utilizarem baixa tensão, fazem o pagamento mínimo pelo


uso da rede de distribuição que não cobre adequadamente os custos;
• 2) A energia é comprada, por outros consumidores, a um preço superior ao praticado
nos leilões promovidos pelo poder executivo;
• 3) o valor da tarifa praticado pela distribuidora considera não apenas o lucro, mas os
custos com a geração, transmissão e distribuição, além de encargos e impostos. O
mesmo não se aplica a esses pequenos geradores, apesar do uso que eles fazem da
infraestrutura;
• 4) o produtor-consumidor, lança o excedente na rede em momentos de baixo
consumo, porém faz uso da mesma nos momentos de alta demanda.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Composição das tarifas de energia
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Fonte: adaptado de Greener (2022).


ENCARGOS 3,4%
PERDAS 0,7%
TE Sobre o valor da tarifa incidem os
ENERGIA 38,6%
44% impostos de PIS/COFINS e
Imposto sobre a Circulação de
TARIFA TRANSPORTE 1%
Bens e Serviços (ICMS) e a
ENCARGOS 11,3% Constribuição de Iluminação
TUSD Púbica
PERDAS 7,1%
56%
TRANSPORTE 40,1%
Pela resolução 482/2012 os créditos obtidos compensavam 100% dos
componentes tarifários, com a mudança proposta na lei 14300/2022 não ocorrerá
mais essa compensação integral. Somente o componente da Tarifa de Energia
(TE) será compensada
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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Fonte: elaborado pelo autor


(2023).
𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 ( 𝐹𝐶 )=𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 − 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎𝑠
𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎= 𝑓𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑚𝐺𝑒𝑟𝑎çã 𝑜 𝐷𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖𝑑𝑎 −𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑐𝑜𝑚 𝐺𝑒𝑟𝑎 çã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖𝑑𝑎
𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑠𝑒𝑚𝑔𝑒𝑟𝑎 çã 𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖𝑑𝑎=𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑥 𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 +𝐶𝐼𝑃
𝑇𝐸
𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎= +¿
(1 − ) 𝐼𝐶𝑀𝑆 + 𝑃𝐼𝑆+ 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆

𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖𝑑𝑎=𝐶𝐼𝑃 +𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒+𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑛𝑎𝑜𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜𝑥𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎+𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜𝑥𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒


𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎=𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã 𝑜+𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎 çã 𝑜
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O que muda com a lei 14300/2022?
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Periódio de transição
15% 30% 45% 60% 75% 90% Art 17
2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029

No ano de 2023 houve uma sobra de 100kWh e – para efeito de compreensão – cada kWh custa
R$1,00. No sistema de crédito anterior a 2023 o gerador teria um crédito de R$100,00. A tarifa do fio
B, supunha que vale 28% da conta de energia, então isto equivale a R$28,00, onde para descobrir a
taxação referente a este ano – 2023 – basta multiplicar este valor por 15%, referente a taxa de 2023
(28,00*0,15=4,20). Isso significa que se até 2022 o gerador receberia R$ 100,00 de crédito, agora em
2023 o mesmo gerador receberá 100,00-4,20= 95,80 e assim progressivamente nos anos seguintes
conforme determinado pela lei.

art 17 - após o período de transição as unidades participantes do SCEE ficarão


sujeitas às regras tarifárias estabelecidas pela Aneel.
As unidades que protocolaram pedido até janeiro de 2023 receberam o DIREITO
ADQUIRIDO dessa forma o no SCEE, para elas, passa a valer apenas em 2045
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O que muda com a lei 14300/2022?
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Custo de disponibilidade

• Ao contrário da resolução 482/2012, que não previa o custo de disponibilidade a lei


14300/2022 o prevê.
• não é compensado por créditos de energia gerados pela injeção da produção
excedente na rede elétrica
• custo é faturado de acordo com o consumo mínimo sendo 30, 50 ou 100 kWh.
• Para consumidores do tipo B o custo de distribuição se associa ao padrão de entrada
da unidade consumidora – mono, bi ou trifásica
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O que muda com a lei 14300/2022?
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cenário explicativo do custo de disponibilidade


uma unidade consumidora trifásica com geração distribuída participante do SCEE
a mesma unidade teve um consumo da rede elétrica em um determinado ciclo de
CONSIDERAÇÕES faturamento de 300kWh

Fonte: adaptado de Schorer (2022).


Injetou na rede, no mesmo ciclo de faturamento, 350kWh;
CENÁRIO 01 a unidade consumidora está na vigência da Lei 14300/2022 (BRASIL, 2022);
CENÁRIO 02 a unidade consumidora está na vigência da RN 482/2012 (ANEELa, 2012);
A partir das premissas evidencia-se as diferenças no custo de disponibilidade entre ambos os marcos.
CONSUMO
NO CICLO
CUSTO DE CRÉDITO APÓS O
CENÁRIO DE ENERGIA INJETADA
DISPONIBILIDADE FATURAMNTO
FATURAME
NTO
1 50 kWh
300kWh 350kWh 100kWh
2 150 kWh
SIMULTANEIDADE

Fonte: adaptado de Schorer (2022).


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SIMULTANEIDADE

Fonte: adaptado de Schorer (2022).


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SIMULTANEIDADE

relação de grandezas do medidor bidimensional

Fonte: adaptado de Schorer (2022).


RELAÇÃO
MOME ENERGIA AFERIDA PELO
GERAÇÃO E
NTO MEDIDOR
CONSUMO
1 geração > consumo energia medida = geração – consumo
2 geração < consumo energia medida = consumo – geração
3 geração = 0 energia medida = consumo
4 geração = consumo energia medida = 0

simultaniedade=energia gerada-energia injetadaenergia


gerada
MATERIAL E METODOS
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• hipotético-dedutivo e comparativo
• estudo de caso
• qualitativa e quantitativa
• Entrevista semiestruturada
• Pesquisa documental
• Levantamento por observação
MATERIAL E METODOS
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O dimensionamento do sistema abordará múltiplos


cenários para cada propriedade de acordo com seu
perfil. Propõem-se três cenários iniciais onde:
a) Atenda o total de energia demandada para cada
propriedade – o que resultará em uma provável
simultaneidade baixa;
b) Apresente situação intermediaria entre os cenários
A e B;
c) Atenda o maior indicie possível de simultaneidade
– se possível chegando a 100% desta – pois quanto
maior a simultaneidade menor será a taxação.
MATERIAL E METODOS
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• Solicitar orçamentos de ao menos 3 empresas de


energia solar
• Escolher o melhor orçamento
• Pesquisar linhas de financiamento – entrevista com
instituições financeiras
• Escolher melhor financiamento pela taxa de juro e
sistema de amortização
• Escolher TMA
MATERIAL E METODOS
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Com base nos diferentes cenários para cada


propriedade apresentar:
Payback
Payback descontado
Valor Presente Líquido (VPL)
Taxa Interna De Retorno (TIR)
RESULTADOS ESPERADOS
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As medidas impostas pela lei 14300/2022 impactarão diretamente na de viabilidade


para implantação de painéis fotovoltaicos conectados à rede de acordo com:

• A capacidade geradora de cada propriedade tende a apresentar diferentes custos –


pela energia demanda da unidade;
• A capacidade de geração possivelmente será a mesma uma vez que as propriedades
estão na mesma região;
• Encontrar diferentes linhas de créditos para implantação de sistemas fotovoltaicos em
atividades agropecuárias;
• Perceber a relação de simultaneidade – quanto maior a simultaneidade menor será a
taxação;
• A viabilidade dependerá da simultaneidade.
OBRIGADO!

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