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ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS

PATOLOGIA GERAL

Docente: Profª Ms Cristhiane C. M.de Oliveira

1
INSTRUÇÕES PARA O ACADÊMICO

Não deixe bolsas ou outros objetos desnecessários próximos ao local de trabalho.

Leia as instruções antes de iniciar o exercício proposto.

Siga todas as instruções cuidadosamente.

Realize todas as atividades propostas.

Elabore os desenhos das observações, colocando as legendas e o aumento obtido com o


uso do microscópio.

Mantenha a limpeza e a organização do laboratório.

Professora Cristhiane

2
AULA 01 – MICROSCOPIA DE LUZ

A análise das estruturas celulares tem se baseado, quase que exclusivamente, em


observações diretas ao microscópio. Quase todas as células de animais e vegetais,
com raras exceções, são muito pequenas para serem vistas a olho nu. O olho humano
não pode detectar um objeto, cujo diâmetro é menor que 0,1 mm e a maioria das
células têm dimensões da ordem de centésimos de milímetros. O microscópio
biológico, nosso instrumental mais importante, destina-se a observar objetos muito
pequenos, impossíveis de serem examinados com a vista desarmada. O tipo mais
freqüente é o microscópio composto onde a luz atravessa o objeto antes de atingir o
olho, isto é, o observador poderá ver através do objeto, como ele olharia através de
uma vidraça.

DESCRIÇÃO: Existem variações nas formas entre os diversos tipos de


microscópios, mas os componentes fundamentais serão sempre os mesmos.
Essencialmente, o microscópio óptico compõe-se das seguintes partes:
Mecânicas: pé ou base, braço ou estativo, mesa ou platina, canhão,
revólver, parafusos macro e micrométricos, “charriot”, vernier ou nônio.
Ópticas: lentes oculares, lentes objetivas, condensador com
diafragma, foco luminoso e filtros.

As características de cada uma das partes mecânicas do microscópio óptico são:


Pé ou base: estrutura sobre a qual repousa o instrumento sobre a mesa de trabalho.
Sua constituição é de metais pesados impedindo que o aparelho tombe.
Braço ou estativo: haste ou suporte de construção muito sólida; articula-se ou não
com o pé. Ele sustenta os tubos, mesa, lentes, condensador, foco luminoso e
parafusos macro e micrométricos.
Mesa ou platina: de forma arredondada ou quadrangular, sendo fixa ou giratória no
plano horizontal. As platinas fixas compensam sua imobilidade através de peças
deslizantes chamadas “charriot”. Entre as garras deste se encaixa a lâmina a ser
estudada: pode ser deslocado pra frente ou para trás, à direita ou esquerda; sempre no
mesmo plano. No centro da mesa há uma abertura para a passagem dos raios
luminosos, dirigidos pelo condensador e diafragma sobre a preparação entre lâmina e
lamínula, progredindo através da objetiva, o tubo e a ocular até a retina do
observador.
Canhão ou tubo: nos microscópios comuns, o canhão ou tubo representa um cilindro
metálico com um encaixe posterior de precisão. No plano inferior do tubo é que se
encontra o revólver onde as objetivas se adaptam através de roscas.
Parafusos macro e micrométricos: são os responsáveis pela precisão técnica, sendo
representado por dois tipos de parafusos ou botões, os macrométricos e os
micrométricos. O mecanismo macrométrico fornece a focalização óptica grosseira da
peça a ser examinada, enquanto que o dispositivo micrométrico permite obter-se
deslocamentos do tubo da ordem de dois milésimos de milímetro.
Revólver: dispositivo para troca e proteção e é colocado na extremidade inferior do
tubo. É munido de três ou quatro objetivas, sempre na ordem de seu aumento
progressivo. Durante os trabalhos microscópios, basta girar este mecanismo em um
só sentido, para obter-se aumentos sucessivos. Toda vez que uma objetiva entra em 3
posição, ouve-se um “click” característico, ou então sentimos tal efeito através do
tato dos dedos.
“Charriot”: conjunto de dois parafusos situados a direita da platina, cuja função é
movimentar a Lãmina no plano horizontal (da frente para trás, da direita para a
esquerda ou vice-versa). O parafuso da parte superior, de diâmetro maior, é
responsável pelo movimento da lâmina no plano horizontal, no sentido norte-sul; o
da parte inferior, de diâmetro menor, permite o deslizamento da lâmina no sentido
leste-oeste. No outro lado da platina (ou seja, do lado esquerdo do charriot) há uma
alavanca ou presilha que permite o encaixe da lâmina no charriot.
Vernier: é um instrumento, acoplado ao charriot, útil nas medidas de comprimento
com considerável precisão, pelo método direto, de grandezas menores que as
menores subdivisões de uma régua, como 1/10, 1/20 ou 1/50 de milímetro.

Entre a platina e o pé, há um conjunto de peças que constituem o aparelho de


iluminação do microscópio, estas peças constituem as partes ópticas que serão
descritas a seguir:
Lentes oculares: estas são encaixadas na extremidade superior do canhão, podem ser
retiradas e substituídas facilmente. As oculares ampliam apenas a imagem real,
formada pela objetiva, não tornam mais nítidas as estruturas do objeto a ser estudado.
No tubo metálico estão registrados os seus aumentos, os quais representam o número
de vezes que a estrutura está sendo ampliada.
Lentes objetivas: estão sistemas ópticos construídos com 4 a 6 ou mais lentes
superpostas. Fornecem uma imagem ampliada do objeto. As objetivas possuem os
sistemas secos e de imersão que são utilizados de acordo com as necessidades.
Quanto maiores forem as ampliações, tanto menor será a quantidade de raios
luminosos a atravessarem o tubo do microscópio. A objetiva de imersão em óleo
fornece maiores ampliações luminosas, pois entre a objetiva de imersão e a lamínula
intercala-se uma gota de óleo que possua índice de refração igual a 1,57. Assim,
captam-se aqueles feixes luminosos, os quais, com as objetivas secas, são desviados
pelas superfícies da lâmina e da lamínula. A objetiva de 100x é também chamada de
imersão; é usada para grandes aumentos onde um alto grau de poder de resolução e
correção são exigidos. Após o uso do óleo de imersão, este é removido com xilol,
éter ou benzina embebido em papel especial.
Este microscópio possui as objetivas parafocalizadas, isto é, quando mudamos de
objetivas não é necessário suspender ou abaixar a platina do microscópio com o
macrométrico. A objetiva seguinte já entra em uma posição de focalização bem
próxima da antecedente. Basta melhorar o foco com o micrométrico.
Condensador com diafragma: de forma circular, o condensador permite maior ou
menor incidência de raios luminosos na preparação assentada sobre a lâmina. À
esquerda do microscópio existe um parafuso, o parafuso do condensador, que permite
a adaptação do mesmo. É provido de um sistema de lentes convergentes, que
concentram o maior número possível de feixes luminosos, jogando-os para as
objetivas. Todos os condensadores estão equipados com um diafragma do sistema
íris, cuja abertura é regulável para perfeito ajuste a cada caso. Fecha-se o diafragma,
quando usam objetivas de pouco aumento, para eliminar os raios laterais; abre-se o
diafragma à medida que se vão aumentando as ampliações. Através de uma alavanca
pode-se controlar a passagem total ou parcial de luz.
Foco luminoso: é encaixado abaixo do condensador, com a finalidade de oferecer os
raios luminosos.
Filtros: em geral são de vidro, os quais absorvem parte das radiações luminosas 4
permitindo usar faixas estreitas de luz, de comprimento de onda selecionado de
acordo com a coloração destes filtros.
USOS, CUIDADOS E MANEJOS

Conservar o microscópio sempre limpo;


Após o uso, guardá-lo adequadamente;
Para locomover o aparelho, segura-lo sempre através do braço e o pé; NUNCA por
outra qualquer parte;
VOCÊ será o responsável pelo seu instrumento;
Ao início de cada aula, siga a orientação do professor e do responsável pelo
laboratório, preencha a ficha e verifique todo o material de trabalho.

PROCEDIMENTO CORRETO PARA FOCALIZAÇÃO

Acenda a luz do microscópio;


Gire o revólver, encaixando a objetiva de menor alcance (olhando lateralmente, o que
facilita a operação);
Coloque a lâmina na platina, segurando-a com a mão esquerda e abrindo a presilha
com a mão direita. Não toque no corpo da lâmina; segure-a como se segura um
negativo fotográfico. Solte a presilha e verifique se a lâmina está bem encaixada.
Verifique sempre se a lamínula está voltada para cima. Centralize o material no
orifício da platina, utilizando os parafusos do charriot;
Levante a mesa, movimentando o parafuso macrométrico, até o ponto máximo.
Quando chegar ao final NÃO FORCE O PARAFUSO, pois danifica as roscas do
mesmo.
Verifique se o diafragma está aberto, olhando lateralmente (se não estiver, abra-o
movimentando a alavanca correspondente); o condensador deve ser mantido em sua
posição mais alta;
Agora, olhando através da ocular, com os DOIS OLHOS ABERTOS, e utilizando o
parafuso macrométrico, desça lentamente a mesa até que o material a ser observado
seja visto. Assim que isto ocorrer, corrija a focalização utilizando o parafuso
micrométrico;
Após percorrer o campo, passe para a objetiva de aumento médio e corrija a
focalização utilizando o parafuso micrométrico. Observe o campo atentamente
procurando percorre-lo totalmente. A cada mudança de objetiva centralize com o
charriot o material que está sendo observado;
Verifique se a focalização modifica se você abrir ou fechar o diafragma.
A atividade ao microscópio é estritamente DINÂMICA;
A postura correta, além dos dois olhos abertos, inclui o fato de a mão direita ficar nos
parafusos do charriot e a mão esquerda no micrométrico. Assim você poderá
percorrer e estudar o campo todo da preparação.
Ao terminar as observações: encaixe a objetiva de menor alcance; desligue a luz;
abaixe a mesa; retire a lâmina; ajuste o charriot; enrole o fio elétrico no braço do
aparelho antes de guardar e cubra o microscópio adequadamente.

OBS: Não movimente a mesa do microscópio com a objetiva de maior aumento


encaixada. 5
AULA 02 – NOÇÕES DE HISTOPATOLOGIA

Introdução
A histopatologia estuda as alterações morfológicas das células e o material extracelular
que constituem os tecidos com algum tipo de patologia. O material a ser estudado (biópsia
ou necrópsia) é submetido a um processamento histológico que se divide nas seguintes
etapas e finalidades:
- fixação: preservar a morfologia e a composição dos tecidos
- desidratação: remover a água dos tecidos
- diafanização: embeber a peça em substância miscível em parafina
- impregnação por parafina: facilitar a obtenção de cortes no micrótomo
- inclusão: obter um bloco regular de parafina com o material
A coloração facilita a visualização dos componentes teciduais, pois a maioria dos
tecidos é incolor. A maioria dos corantes usados em histopatologia comportam-se como
ácidos ou bases e tendem a formar ligações salinas com radicais ionizáveis presentes nos
tecidos.
Os componentes dos tecidos que se coram com corantes básicos são chamados
basófilos, sendo chamados de acidófilos os que se ligam a corantes ácidos. A hematoxilina
é um exemplo de corante básico, ligando-se às estruturas basófilas das células. Assim, os
núcleos celulares por serem constituídos de ácido desoxirribonucléico (DNA) são
basófilos, logo, são corados por corantes básicos como a hematoxilina que possui uma
tonalidade roxa. Já o citoplasma é acidófilo, pois possui muitas proteínas básicas. Logo,
coram-se por corantes ácidos, como por exemplo, a eosina que possui um tom rosado. A
coloração dupla pela hematoxilina e eosina (HE) é a mais utilizada na rotina
histopatológica.

Questões propostas

1) Baseado nestas informações acima, se você fosse esquematizar uma célula hipotética,
quais cores você usaria para indicar os seus compartimentos? Esquematize.

2) Após a revisão dos tecidos a seguir, dê um exemplo de um órgão que apresenta cada tipo
tecidual em questão ao lado da fotomicrografia.
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PRINCIPAIS TECIDOS:

TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

Tecido Epitelial Pavimentoso Tecido Epitelial Pavimentoso e Cúbico Simples

Tecido Epitelial Cilíndrico Simples Tecido Epitelial Estratificado Pavimentoso

Tecido Epitelial Cilíndrico


Pseudoestratificado ciliado Tecido Epitelial Estratificado de Transição

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TECIDO EPITELIAL GLANDULAR

Glândula Tubulosa Simples Glândulas Mucosas

Glândulas Serosas Glândulas Mistas


.

8
TECIDO CONECTIVO
Tecido Conectivo Frouxo

Tecido conectivo Denso Não-Modelado Tecido Conectivo Denso Modelado


.

Tecido Conectivo Rico em Tecido Conectivo Rico em


Fibras Reticulares Fibras Elásticas

Tecido adiposo unilocular Tecido adiposo multilocular

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TECIDO CARTILAGÍNEO

Cartilagem Hialina Cartilagem Elástica Cartilagem Fibrosa –


Fibrocartilagem

TECIDO ÓSSEO

Osso Lamelar

Estrutura lamelar em um osso preparado por desgaste.

Ossificação Endocondral
Ossificação Intramembranosa

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TECIDO MUSCULAR

Tecido Muscular Estriado Cardíaco

Tecido Muscular Estriado Esquelético

Tecido Muscular Liso

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TECIDO NERVOSO

Nervo

Medula espinhal

Substância cinza Substância branca

Núcleos de
células da Glia

Células nervosas

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SANGUE

Eritrócitos e Plaquetas

Neutrofilos e Eritrócitos Eosinofilos - Eritrócitos e Plaquetas

Basofilo - Eritrócitos - Plaquetas Linfócito - Eritrócitos - Plaquetas

Monocitos - Eritrócitos - Plaquetas Monocitos – linfócito - Eritrócitos - Plaquetas

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AULA 03 – ADAPTAÇÃO CELULAR

Lâmina 39 – Próstata – Hiperplasia


Observar:
-Em menor aumento, o aumento do número de células. Em maior aumento, as projeções
papilíferas para dentro das glândulas.

Lâmina 40 – Próstata – Hiperplasia fibronodular


Observar:
- Com a objetiva de 10x, hiperplasia do estroma prostático e células epiteliais, com
formação de nódulos grandes, relativamente nítidos;
- Com a objetiva de 40x, os detalhes dos nódulos: com células do estroma ou epiteliais;
duas camadas – uma interna colunar e outra externa do epitélio cubóide sobre a
membrana basal. O epitélio emite numerosos brotos e invaginações.

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AULA 04 – LESÃO CELULAR

Lâmina 08 – Coração – infarto


Observar:
-Em menor aumento, tecido muscular cardíaco mostrando infiltrado inflamatório e,
conseqüente, necrose e cariólise dos cardiomiócitos. E no aumento maior, infiltração de
neutrófilos entre as fibras cardíacas necróticas e grânulos de hemossiderina;

Lâmina 46 – Pulmão – Infarto hemorrágico


Observar:
- Com a objetiva de 10x, as áreas infartadas, apresentando necrose tecidual, e os vasos
sanguíneos congestionados;
- Com a objetiva de 40x, os macrófagos alveolares com hemossiderina no seu
citoplasma.

Lâmina 51 – Rim – Infarto renal


Observar:
- No pequeno aumento, interface entre área de necrose de coagulação do rim e área de
parênquima renal preservado;
- No aumento maior, túbulos renais e glomérulos com necrose de coagulação.

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AULA 05 – ACÚMULOS INTRACELULARES

Lâmina 02 – Artéria – Aterosclerose


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 10x, as camadas normais da artéria: camada íntima (mais interna,
constituída por fibras elásticas), camada média (abaixo da íntima, constituída por fibras
elásticas e fibroblastos), camada adventícia (mais externa, constituídas por tecido
adiposo e vasa vasorum). Após caminhar na lâmina, notar o ponto inicial do
espessamento da camada íntima, devido à presença de tecido fibroso e células
musculares nesta camada;
- Com a objetiva de 10x, as placas de aterosclerose, placas ateromatosas ou ateromas
são formados tecido fibroso e lipídios, em forma de cristais de colesterol. Além disso,
nas placas é comum observar a calcificação.

Lâmina 42 – Pulmão – Antracose


Observar:
- A olho nu, as estruturas patológicas do tecido;
- Em pequeno aumento, a distribuição das partículas de carvão provenientes do ar
adjacentes aos bronquíolos e entre os ductos alveolares;
- Em maior aumento, pigmento de cor negra distribuído em pequenos focos pelo
parênquima pulmonar fibrosado. Observar também que o pigmento, caracterizado por
pequenos grãos negros, foi fagocitado por macrófagos alveolares e está presente no
citoplasma deste tipo celular.

Lâmina 46 – Pulmão – Infarto hemorrágico


Observar:
- Com a objetiva de 10x, as áreas infartadas, apresentando necrose tecidual, e os vasos
sanguíneos congestionados;
- Com a objetiva de 40x, os macrófagos alveolares com hemossiderina no seu
citoplasma.

Lâmina 16 – Fígado – Cirrose


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
-Com a objetiva de 10x, nódulos de hepatócitos em regeneração circundados por septos
fibrosos;
Com a objetiva de 40x, ao redor do espaço porta, ductos biliares em proliferação. No
interior dos nódulos hepáticos, observar também esteatose micronodular e necrose e
restos celulares. 16
Lâmina 18 – Fígado – Colestase
Observar:
- Em menor aumento, desarranjo parcial da arquitetura do parênquima hepático, com
formação de septos fibrosos e alargamento dos espaços portais, que mostram intensa
proliferação ductal, características da etiologia biliar da cirrose;
-Em maior aumento, abundante pigmento biliar no citoplasma de hepatócitos, na forma
de pequenos grânulos, e no citoplasma de células de Kupffer que margeiam os
sinusóides. Observar também pequenos cilindros de cor pardacenta nos canalículos
biliares, situados entre os hepatócitos.

Lâmina 19 – Fígado – Esteatose


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 10x, distribuição difusa dos vacúolos lipídicos nos hepatócitos. Os
vacúolos são redondos, de limites nítidos e tamanho variável. Os vacúolos maiores se
formam por confluência dos menores.
- Com a objetiva de 40x, os vacúolos volumosos deslocam o núcleo e citoplasma do
hepatócito para a periferia porque, sendo os lípides (no caso, triglicérides) insolúveis
em água, não se misturam com o citoplasma.

Lâmina 21 – Hemossiderose (Coloração especial para pigmento férrico: Perls)


Observar:
- Com a objetiva de 10x, fígado com hemossiderose difusa, apresentando o pigmento
hemossiderina no interior de macrófagos do sistema retículo-endotelial;
- Com a objetiva de 40x, detalhe dos hepatócitos e dos macrófagos adjacentes aos
capilares hepáticos sinusóides.

Lâmina 09 – Coração – Grânulos de lipofuscina


Observar:
- Com a objetiva de 40x, fibras cardíacas com envelhecimento com lipofuscina
dispersas no citoplasma e no espaço perinuclear.

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AULA 06 – INFLAMAÇÃO

Lâmina 10 – Coração – Miocardite chagásica aguda


Observar:
- Com a objetiva de 10x, visão geral de um coração infectado por T. cruzi;
- Com a objetiva de 40x, intenso parasitismo dos cardiomiócitos, mostrando ninhos de
amastigotas de T. cruzi;
- Com a objetiva de 40x, infiltrado inflamatório adjacente ao vaso sanguíneo, próximo
de cardiomiócitos infectados por amastigotas de T. cruzi.

Lâmina 47 – Pulmão – Pneumonia Lobar


Observar:
- Com a objetiva de 4x, visão geral do pulmão com pneumonia lobar e aspecto
compacto, com alvéolos preenchidos por exsudato fibrinopurulento adjacentes ao
brônquio;

- Em maior aumento, os septos interalveolares preenchidos com infiltrado inflamatório,


podendo ser observados necróticos ou mesmo inexistentes;
-Com a objetiva de 40x, o exsudato do tipo fibrinopurulento. As células que preenchem
os alvéolos são neutrófilos, em sua grande maioria já degenerados, e chamados piócitos.
Além dos piócitos, deve-se observar fibrina em forma de grumos ou de filamentos
róseos, tortuosos e emaranhados.

Lâmina 26 – Intestino delgado e Peritônio – Peritonite


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 4x, visão geral da membrana peritonial: o tecido adiposo, os septos
de tecido conectivo e a serosa com exsudato fibrinopurulento;
- Com a objetiva de 40x, em detalhe, notar os leucócitos no tecido conectivo, entre as
células adiposas.

Lâmina 01 – Apêndice – Apendicite


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Em pequeno aumento, hiperemia ativa dos vasos sanguíneos da serosa do apêndice;
- Em maior aumento, infiltrado inflamatório, filamentos de fibrina e hemácias na serosa
do apêndice. A presença de neutrófilos entre as células musculares lisa é essencial para o
diagnóstico histológico de apendicite. Na mucosa, também pode-se observar neutrófilos
e filamentos de fibrina.

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Lâmina 52 – Rim – Pielonefrite aguda
Observar:
- Em pequeno aumento, extensivo infiltrado inflamatório constituído basicamente de
neutrófilos. Também é possível observar abcesso inflamatório;
- Em maior aumento, neutrófilos no interior dos túbulos contorcidos dilatados.

Lâmina 05 – Cérebro – Abcesso cerebral


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 10x, o grande infiltrado inflamatório formando o abcesso e no seu
interior notar a presença de tecido necrosado;
- Com a objetiva de 40x, a constituição do abcesso: principalmente neutrófilos e células
gigantes multinucleadas.

Lâmina 06 – Leptomeninges - Meningite viral


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Em pequeno aumento, as leptomeninges, os vasos leptomeníngeos e o infiltrado
inflamatório ao redor destes vasos e invadindo o tecido neural (cerebrite focal);
- Em maior aumento, o infiltrado constituído por linfócitos, plasmócitos e macrófagos
nas leptomeninges e na substância cerebral.

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AULA 07 – REPARO DOS TECIDOS

Lâmina 12– Estômago – Úlcera


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 10x, a margem e o fundo da úlcera;
- Com a objetiva de 40x, da margem para o fundo, observar as diferentes camadas da úlcera:
exsudato fibrino-purulento e necrose, tecido de granulação e fibrose tecidual.

Lâmina 13 – Estômago – Úlcera – coloração especial para fibras: Tricrômico de Gomori


Observar:
- Com a objetiva de 10x, a camada de fibrose tecidual e notar a alta densidade de fibras a
medida que se caminha para o fundo da úlcera. Lembrete: esse processo leva à perda
da função do tecido.

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AULA 08 – DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS

Lâmina 03 – Cérebro – Hemorragia intracerebral


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 10x, córtex cerebral, mostrando as células da glia e foco
hemorrágico, apresentando as hemácias;
-Com a objetiva de 40x, foco hemorrágico com pigmentos de hemossiderina no interior
de macrófagos e dispersos entre as hemácias.

Lâmina 49 – Pulmão – Trombose venosa


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido e notar a diferença entre artéria
e veia (trombo);
-Com a objetiva de 4x, identificar as camadas da artéria e da veia e o trombo no interior
da veia pulmonar. Notar que o trombo é constituído por hemácias, plaquetas e fibrina, e
que a parede venosa está lesada.

Lâmina 48 – Pulmão – Tromboembolia pulmonar


Observar:
- A olho nu, as estruturas patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 4x, os vasos sanguíneos totalmente obstruídos por trombos e o
infarto do tecido pulmonar;
- Com a objetiva de 40x, em detalhe, a constituição dos trombos: hemácias, plaquetas e
fibrina.

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Lâmina 46 – Pulmão – Infarto hemorrágico
Observar:
- Com a objetiva de 10x, as áreas infartadas, apresentando necrose tecidual, e os vasos
sanguíneos congestionados;
- Com a objetiva de 40x, os macrófagos alveolares com hemossiderina no seu
citoplasma.

Lâmina 51 – Rim – Infarto renal


Observar:
- No pequeno aumento, interface entre área de necrose de coagulação do rim e área de
parênquima renal preservado;
- No aumento maior, túbulos renais e glomérulos com necrose de coagulação.

Lâmina 04 – Cérebro – Infarto


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 10x, as estruturas normais da substância cinza (córtex – neurônios,
células da glia e fibras nervosas amielínicas) e branca (medula – células da glia e fibras
nervosas mielínicas);
- Com a objetiva de 10x, as camadas da substância cinza: molecular, com poucos
neurônios e muitas fibras amielínicas, e a granulosa, apresentando necrose dos
neurônios, gliose reacional e células grânulo-adiposas ou espumosas (macrófagos).
Observar com mais detalhe, com a objetiva de 40x, todas estas estruturas.

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AULA 09 – NEOPLASIAS

Lâmina 11 – Estômago – Adenocarcinoma tubular


Observar:
- A olho nu, as estruturas patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 4x, as glândulas intestinais neoplásicas permeando a parede gástrica
e invadindo expansivamente as camadas submucosa e muscular;
- Com a objetiva de 40x, os vacúolos de mucina típicos destas células neoplásicas.

Lâmina 25 – Intestino grosso – Carcinoma adenoepidermóide


Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 4x, a histoarquitetura normal do cólon (região distal): glândulas
intestinais (Lieberkuhn) com abundância de células caliciformes, a presença de nódulos
linfáticos e de camadas musculares bem desenvolvidas;
- Com a objetiva de 10x, a invasão das glândulas compostas por células malignas na
mucosa, na submucosa e na muscular do intestino;
- Com a objetiva de 40x, as mitoses bizarras das células cancerosas.

Lâmina 32 – Osteossarcoma condroblástico


Observar:
- Com a objetiva de 10x, a invasão das células malignas no canal medular, a formação de
osso (osteóide) e a grande quantidade de cartilagem maligna;
- Com a objetiva de 40x, em detalhe, as células cancerosas anaplásicas, os osteócitos
(células localizadas na matriz óssea inorgânica) e os condrócitos neoplásicos
(localizados na cartilagem maligna).

Lâmina 45 – Pulmão e brônquios – Carcinoma broncogênico


Observar:
- Com a objetiva de 10x, os “ninhos” de células gigantes indiferenciadas invadindo o
tecido pulmonar, principalmente nos espaços alveolares;
- Com a objetiva de 40x, a característica anaplásica destas células gigantes malignas.

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Lâmina 53 – Rim – Nefroblastoma ou Tumor de Willms
Observar:
- A olho nu, as estruturas normais e patológicas do tecido;
- Com a objetiva de 4x, região renal normal mostrando seus túbulos contorcidos. Na
região com células indiferenciada com características basófilas, é possível observar o
neoplasma propriamente dito invadindo o tecido normal.

Lâmina 55 – Glândula Suprarenal – Neuroblastoma


Observar:
- Em pequeno aumento, as células neoplásicas imaturas (núcleos pequenos e escuros),
formando agrupamentos separados por traves de tecido conjuntivo e cordões espessos,
separados por delicado estroma conjuntivo-vascular. No centro de vários agrupamentos
nota-se uma pequena área rósea. Cada agrupamento é chamado de pseudoroseta de
Homer Wright;
- Em maior aumento, as pseudorosetas que são constituídas por células tumorais
imaturas, com núcleo denso e pouco citoplasma. O citoplasma forma prolongamento
único que se orienta para o centro dos agrupamentos celulares. Os vários
prolongamentos celulares se entrelaçam formando um enovelado róseo.

Lâmina 58 – Glândula Tireóide – Carcinoma


Observar:
- Com a objetiva de 40x, as células neoplásicas invadindo o tecido endócrino e a
amiloidose característica deste câncer, formada por complexos de precursores de
hormônios polipeptídeos análogos às subunidades de amilóide.

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Aula: Data: / /

Lâmina: Diagnóstico de órgão:


Descrição microscópica:

Lâmina: Diagnóstico de órgão:


Descrição microscópica:

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