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ANATOMIA

AUXILAR DE ENFERMAGEM
PROFESSORA: ADRIANA GUERRA DOS ANJOS
Sistema Cardiovascular

 O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável


pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e
o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos
sanguíneos e o coração.
 Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o
sangue, distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos:
as artérias, as veias e os vasos capilares.
ARTÉRIAS
 As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa
o sangue que sai do coração, sendo transportado para as
outras partes do corpo.
 A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido
muscular bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as
paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco.
 As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais
finas, constituindo as arteríolas, que por sua vez se ramificam
ainda mais formando os capilares.
VEIAS
 As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das
diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é mais fina que
a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento. Assim, a
pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno
ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue se
desloque sempre em direção ao coração.
 Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e
diversas outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás
carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado,
dos pulmões para o coração.
Vasos Capilares

 Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que


integram o sistema cardiovascular, formando uma rede de comunicação entre
as artérias e as veias.
 Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que
permite a troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico) do
sangue para as células e vice-versa.
CORAÇÃO
 O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa
torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos
vasos sanguíneos para todo o corpo.
 É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e
internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana
chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas por um músculo,
o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração.
 O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores
denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores
denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem
paredes mais grossas que os átrios.
 O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do
lado esquerdo. No entanto, não há comunicação entre os dois átrios, nem
entre os dois ventrículos.
 Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem
válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já
entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide.
 O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole. A sístole é o
movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo.
A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de
sangue.
PULSAÇÃO
 A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os
ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada
batida do coração.
 Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é
possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos.
Pequena circulação
 A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o
sangue percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração.
 Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria
pulmonar, que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e
outra para o pulmão esquerdo.
 Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás
carbônico e absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é
levado dos pulmões ao coração, através das veias pulmonares, que se
conectam no átrio esquerdo.
Grande circulação

 A grande circulação ou circulação sistêmica é o caminho do sangue, que sai do


coração até as demais células do corpo e vice-versa.
 No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio
esquerdo para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta,
que é responsável por transportar esse sangue para os diversos tecidos do
corpo.
 Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares
refazem as trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás
carbônico, tornando o sangue venoso.
 Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio
direito pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema
circulatório.
SEIOS PARANASAIS
 Os seios paranasais são extensões, cheias de ar, da parte respiratória da
cavidade nasal para os seguintes ossos do crânio: Frontal, etmoide ,
esfenoide e maxila. São nomeados de acordo com os ossos nos quais estão
localizados.
 Os seios frontais direito e esquerdo estão entre as lâminas externa e interna
do frontal, posteriormente aos arcos superciliares e à raiz do nariz.
 As células etmoidais são pequenas invaginações da túnica mucosa dos meatos
nasais médio e superior para o etmoide entre a cavidade nasal e a órbita.
 Os seios esfenoidais estão localizados no corpo do esfenoide , mas podem
estender-se até as asas deste osso . São divididos de modo desigual e
separados por um septo ósseo.
 Os seios maxilares são os maiores seios paranasais. Ocupam os corpos das
maxilas e se comunicam com o meato nasal médio.
SEIOS FONTAIS
FUNÇÕES DOS SEIOS PARANASAIS
 Sua função ainda é uma questão intrigante da evolução e inúmeras críticas têm
sido feitas às hipóteses sobre o significado e a função dos seios paranasais.
 Porém algumas funções já foram propostas:
 Diminuir o peso da parte frontal do crânio, em especial os ossos da face. A forma
do osso facial é importante, como um ponto de origem e de inserção para os
músculos da expressão facial.
 Aumentar a ressonância da voz.
 Proteger as estruturas intra-orbitais e intracranianas na eventualidade de
traumas, absorvendo parte do impacto
 Contribui para a secreção de mucos
 Umidifica e aquece o ar inalado
 Equilibram a pressão na cavidade nasal durante as variações barométricas
(espirros e mudanças bruscas de altitude)
SISTEMA ARTICULAR

 As articulações podem ser classificadas de acordo com o grau de mobilidade


que proporcionam à parte do esqueleto onde estão situadas.
TIPOS DE ARTICULAÇÕES

 As do crânio são fixas; pode-se dizer que é só uma sutura que une um osso a
outro. Por isso, essas articulações recebem o nome de SINARTROSES (do
grego syn, junto, unido; arthron, articulação). Nesse tipo de junção, as duas
superfícies ósseas tornam-se quase contínuas, uma diante da outra; entre elas
há apenas uma camada de tecido, conjuntivo ou cartilaginoso. No caso dos
ossos do crânio, esse tecido é calcificado.
 Mas existem articulações que possuem apenas uma relativa mobilidade, sendo
consideradas semimóveis: são as ANFIARTROSES. O tecido que une os dois
ossos é fibrocartilaginoso e constitui a articulação. Bom exemplo desse tipo
de ligação é a que existe entre os dois ossos púbis – a chamada sínfise pubiana
-, de particular importância no esqueleto feminino. A gestação provoca a
secreção de um hormônio (relaxina) que determina a diminuição da
consistência do tecido fibroso, que então se relaxa.
 Os ossos da bacia Ficam mais móveis, e é por isso que a gestante apresenta
um certo desequilíbrio na locomoção e maior facilidade para quedas. O
relaxamento da articulação pubiana, que separa um pouco os dois os-505
púbis, é participante essencial do trabalho de parto: graças a ele, alarga-se a
fenda para a passagem do feto.
 O terceiro tipo de articulações inclui as mais complexas, que são as MÓVEIS,
tecnicamente denominadas DIARTROSES. Para se ter exemplos dos
movimentos que essas articulações permitem, basta pensar nos que são
executados pelos membros superiores e inferiores: andar, agachar, sentar,
manipular e carregar objetos. Sem as articulações dos joelhos, cotovelos, pés,
mãos e dedos, nenhum desses movimentos seria possível. Uma das
características das articulações móveis é a presença de uma cavidade, entre
as duas extremidades ósseas, que concorre para que uma deslize livremente
sobre a outra.
ELEMENTOS ARTICULARES

 A articulação não é apenas o ponto de união; é um conjunto de elementos,


anatomicamente bem definidos. Esses elementos variam conforme a função
que exercem. Quando a função da junta é dar grande mobilidade a uma parte
do esqueleto, como é o caso das articulações dos membros, a peça atinge
maior grau de diferenciação.
 De modo geral, devem existir três elementos básicos na construção de uma
articulação: superfície ósseas, partes moles interósseas e partes moles
periféricas. Nas articulações móveis, que são mais complexas, as
extremidades articulares dos ossos são amplas e revestidas por uma camada
de tecido cartilaginoso.
 As superfícies ósseas que constituem as margens da articulação variam muito
quanto à forma. Em geral, existe correspondência entre uma das bordas e a outra,
a fim de facilitar o “encaixe”. Quando uma superfície articular é côncava, a
superfície oposta tem a forma convexa correspondente, e assim por diante.
Existem superficies articulares em forma esférica, elíptica, cilíndrica, plana,
côncava e convexa.
 A forma das extremidades ósseas é fundamental para determinar os diferentes
tipos de movimento. Quando a extremidade tem forma cilíndrica ou semelhante a
uma roldana, permite apenas movimentos em ângulo. É o caso das articulações
que existem no cotovelo.
 Os movimentos podem ser mais amplos quando as duas extremidades que se
juntam têm forma de meia-lua, como na articulação da coxa com o quadril. Um
exemplo de movimentação com duas superfícies articulares planas pode ser
encontrado no pé, no ponto onde os ossos cuneiformes se ligam ao metatarso,
realizando movimentos bem mais limitados.
 Entre as duas superfícies existe a cartilagem articular, que é um tecido
esbranquiçado, sólido mas flexível. A relativa elasticidade desse tecido permite
que ele se estire sem se romper, voltando ao estado anterior quando cessam as
pressões.
 Esse revestimento, por sua vez, também varia de acordo com o tipo de
articulação e as funções que cada uma deve cumprir. As superfícies
articulares que sofrem maiores pressões, por exemplo, possuem tecido
cartilaginoso mais espesso. Assim é que, devido à posição ereta do homem, os
membros inferiores têm cartilagens articulares muito mais grossas que os
membros superiores.
 As duas superfícies ósseas de uma articulação ligam-se uma à outra por
estruturas especiais. Estas são elementos fibrosos constituídos pela cápsula
articular, verdadeira bolsa que recobre as superfícies articulares. O
rompimento dessas estruturas pode ocasionar a alteração definitiva das
funções da articulação.
LUBRIFICAÇÃO E DESLIZAMENTO

 A cápsula articular é revestida por uma membrana conjuntiva, com funções


bem definidas. É a membrana sinovial, ou sinóvia, que recebe esse nome
porque fabrica um líquido viscoso e transparente, semelhante à clara de
ovo (do grego syn, união; ovum, ovo). Continuamente depositado sobre as
superfícies ósseas, a fim de facilitar o deslizamento sobre elas, esse líquido é
muito importante para colocar em ação os mecanismos do esqueleto. O
líquido sinovial contribui, portanto, para a mobilidade das articulações
móveis (as fixas não contêm esse lubrificante, pois não executam qualquer
movimento).
 A membrana sinovial é um tecido conjuntivo que possui vasos sanguíneos,
linfáticos e nervos. E graças à constante presença do líquido sinovial, sua
superfície interna é geralmente lisa e viscosa. Com o movimento, os vasos
linfáticos e sanguíneos absorvem mais líquido, enquanto o repouso das
articulações faz diminuir essa absorção.
 O tecido cartilaginoso das articulações é alimentado pela difusão das
substâncias nutritivas do liquido sinovial. Tanto que, se um fragmento de
cartilagem ficar solto dentro do líquido sinovial, não só se manterá íntegro,
como até poderá crescer além das proporções normais.
Articulações: Da Mão, Ombro e Cotovelo ao
Quadril, Joelho e Pé

 O menisco é um reforço de tecido fibroso que existe em várias juntas, sendo


especialmente forte no joelho. Exposto a atritos, compressões e tensões
constantes e contínuas, pode ser lesado; nesse caso, precisa ser extraído. A
cirurgia, muito simples, permite que a articulação logo se refaça e normalize.
No entanto, poderá surgir um problema definitivo quando os ligamentos do
joelho estiverem rompidos. Estes, ao contrário do menisco, não podem ser
reparados e originam lesão definitiva.
 Nos membros humanos, a maior parte das articulações favorece amplos
movimentos: pertencem à categoria das diartroses (articulações móveis).
Graças a elas, o homem pôde, ao assumir a posição ereta, manipular objetos
e executar movimentos variados.
 1 . Cada costela liga-se ao esterno por meio de cartilagens. Esse tipo de
articulação, no entanto, quase não propicia movimentos. No caso da primeira
costela, a movimentação é nula, configurando a sinartrose.
 2. Os ossos do crânio são ligados entre si por articulações fixas,
chamadas suturas. Em (A), exemplo de sutura denteada; em (B), exemplos de
sutura escamosa e harmônica.
 3. Existem articulações que possuem apenas uma relativa mobilidade, sendo,
por isso, consideradas semimóveis. São chamadas anfiartroses e constituem-
se de tecido fibrocartilaginoso. A sínfise pubiana é um exemplo típico desse
tipo de articulação: durante a gravidez, ocorre a secreção de um hormônio
chamado relaxina ; essa substância determina a diminuição da consistência
do tecido fibroso, que então pode se relaxar.
 Os movimentos amplos, executados pelos membros superiores, são
comandados e orientados a partir do próprio tronco, ao qual se ligam através
do ombro. Músculos especiais colaboram na movimentação e ajudam a manter
a estabilidade dos grupos articulares pelos quais são responsáveis.
 A clavícula une-se à omoplata e ao esterno, na articulação do ombro, e torna
possíveis todos os movimentos típicos das diartroses: a clavícula sobe,
abaixa, avança, retrocede e ainda faz movimentos de circundação .
COTOVELOS
OMBRO
 Os movimentos amplos, executados pelos membros superiores, são
comandados e orientados a partir do próprio tronco, ao qual se ligam através
do ombro. Músculos especiais colaboram na movimentação e ajudam a manter
a estabilidade dos grupos articulares pelos quais são responsáveis.
 A clavícula une-se à omoplata e ao esterno, na articulação do ombro, e torna
possíveis todos os movimentos típicos das diartroses: a clavícula sobe,
abaixa, avança, retrocede e ainda faz movimentos de circundação.
 Outra articulação liga o úmero – osso do braço – ao ombro propriamente dito;
é uma das articulações mais móveis e permite todos os movimentos típicos de
modificação da posição do membro superior em relação à linha do tronco. Os
movimentos feitos na raiz do membro são muito importantes para dar à mão
toda a liberdade necessária para executar suas funções de preensão.
 Com esse mesmo objetivo de oferecer grande amplitude de movimentos,
entra em ação um terceiro grupo articular: o do cotovelo, que liga o braço ao
antebraço. Nesse grupo há articulações de dois tipos, que permitem dobrar o
braço, no movimento de flexão e extensão, e que ainda são responsáveis pela
rotação, que torna possível virar a palma da mão para dentro ou para fora.
Para dobrar o braço, os dois ossos do antebraço movem-se como um só, no
mesmo eixo.
 Isso pontue o rádio é unido ao cúbito, por articulações, nas duas
extremidades: junto ao cotovelo e junto ao pulso. Um quinto grupo de
articulações une a mão ao antebraço: é o pulso, tecnicamente denominado
articulação radio carpina. Efetua os movimentos típicos das diartroses e dá à
mão toda a flexibilidade indispensável para executar suas funções.
Membros Inferiores:
Articulação do Quadril / fêmur
FÊMUR
 O fêmur é ligado à bacia por uma articulação, na qual as duas extremidades
são segmentos de esfera que combinam perfeitamente. Essa característica é
responsável pela mobilidade da coxa. Em (A), está representada a cabeça do
fêmur, recoberta pela cartilagem articular. Em (B), o revestimento interno
da articulação, a cartilagem articular e o ligamento da cabeça do fêmur. Em
(C), uma secção frontal da articulação mostra as várias formações que
participam de sua constituição.
Articulação do Joelho
Articulações do Pé
 O homem mantém-se em pé, senta, levanta, corre etc. Para tudo isso, serve-
se continuamente dos grupos de articulações dos membros inferiores.
 A parte superior dos membros inferiores liga-se aos ossos da bacia (sacro e
ilíacos) e é um dos pontos básicos para o homem poder ficar em pé. O fêmur –
osso da coxa – articula-se com o osso ilíaco numa junta móvel que permite
que a coxa se estenda, se aproxime e se afaste da linha do tronco e, ainda,
que o corpo gire em torno das pernas. A cabeça do fémur funciona como um
globo que gira em tomo de um eixo, que, no caso, é representado pelo
próprio corpo do osso.
 Ao longo da evolução do homem, a posição ereta levou a um enorme
desenvolvimento da tíbia, único osso da perna que se articula com o fêmur e
que praticamente sustenta o corpo.
 O perônio, parceiro da tíbia no esqueleto da perna, é menos desenvolvido.
Nos outros animais, os dois ossos se articulam juntos com a coxa, com igual
valor.
 Nos vertebrados de grande porte, como o cavalo e o elefante, o perônio, ao
longo da evolução, desapareceu completamente: fundiu-se com a tíbia para
formar um só osso. No homem, a tíbia é unida ao perônio nas duas
extremidades e os movimentos que executa são bem reduzidos. Nos membros
inferiores há ainda um último grupo articular, que liga a perna ao pé, ao qual
confere mobilidade
Sistema Digestório

 O Sistema Digestório é composto por boca, faringe, esôfago,


estômago, intestinos (grosso e delgado), reto e ânus. Há também os
órgãos digestórios acessórios: dentes, língua, glândulas salivares,
fígado, vesícula biliar e pâncreas.
 O Sistema Digestivo (também chamado de Sistema Digestório)
consta essencialmente de um tubo de 10 a 12 metros de comprimento,
colocado adiante da coluna vertebral, e aberto nas duas
extremidades. Estudaremos, na ordem mencionada, estas cinco
partes, e respectivos anexos, tanto anatômicos como fisiologicamente.
Principais funções do Sistema Digestório:

 - Captação dos alimentos através da boca (ingestão);


 - Liberação de enzimas, ácidos e água no lúmen do trato gastrointestinal;
 - Triturar, dissolver e misturar os alimentos, impulsionando-os pelo trato
gastrointestinal;
 - Digerir os alimentos através do processo de degradação química
(moléculas grandes são transformadas em menores) e mecânica (moídos
na boca e triturados nos músculos do estômago e intestinos);
 - Absorção de nutrientes e outras substâncias que passam dos alimentos
para o sangue e para a linfa;
 - Eliminação das fezes do trato gastrointestinal (processo de defecação).
São eliminados revestimentos do trato gastrointestinal, células não
utilizadas pelo organismo, bactérias e matérias orgânicos não absorvidos.
A boca

 O primeiro importante componente do Sistema Digestivo. A primeira


porção do tubo digestivo é a boca, sede de duas importantes funções,
a mastigação e a insalivação.
 Anexos à boca existem certos órgãos de grande importância no
fenômeno da digestão: a língua, os dentes e as glândulas salivares.
A LÍNGUA

 Graças à sua mobilidade, é ela auxiliar precioso da mastigação.


Demais, sua sensibilidade especial aos sabores lhe permite perceber,
muitas vezes, o estado dos alimentos, pelo que é tida como “sentinela”
à entrada do tubo digestivo.
Dentes

 Os dentes são órgãos esbranquiçados, duros, de consistência pétrea,


implantados nos alvéolos dos maxilares.
 Em cada dente se distinguem, superficialmente, três partes:
 uma porção visível, fora do alvéolo, que é a coroa do dente;
 uma porção oculta no alvéolo, denominada raiz;
 uma porção intermediária, o colo.
Saliva

 O produto segregado pelas glândulas salivares fundamental ao


sistema digestivo é a saliva. Diferem as salivas, segundo a glândula
que as produziu, chamando-se saliva mista à mistura das três
espécies. Em 100 partes de saliva, há mais ou menos 95 de água,
alguns sais, sulfocianeto de potássio, mucina e um fermento, a ptialina,
que desdobra o amido em maltose.
 A ptialina, ou amilase salivar, atua melhor em meio neutro, sendo a sua
atividade prejudicada pelos ácidos e destruída pelo aquecimento a 60
graus.
 Como sucede aos fermentos em geral, a ação da ptialina sobre o
amido é impedida pela presença do próprio produto da reação: quando
80% do amido se transformou em maltose, o fenômeno cessa.
Provocam a secreção salivar excitações diversas.
 Os movimentos da mastigação, a presença de substâncias quaisquer
na boca, basta para isso. Contudo, a ação das substâncias sápidas é a
mais adequada para despertar a secreção salivar. O cheiro dos
alimentos, a sua vista, a simples representação mental deles, pode
despertar a atividade das glândulas salivares: é o que se chama
secreção psíquica.
Digestão bucal

 Os fenômenos digestivos que se passam na boca são os seguintes:


 gustação dos alimentos, para o que concorrem as terminações
nervosas da língua, e a saliva, que dissolve partículas alimentares
suscetíveis de solução;
 mastigação, feita pelos dentes, que cortam, dilaceram e trituram,
auxiliados pela língua e bochechas, que fazem que os alimentos
passem de um lado para outro;
 início da sacarificação do amido, que, atacado pela amilase salivar, ou
ptialina, começa a transformar-se em maltose.
 Este último fenômeno prossegue no estômago, durante ainda uns
trinta a quarenta minutos, pela saliva deglutida com os alimentos.
Findo esse tempo, o ácido clorídrico do estômago, impregnando
completamente o bolo alimentar, torna inativa a ptialina.
FARINGE
FARINGE
 A faringe é a segunda porção das vias digestivas (a primeira é a boca) e
respiratórias (a primeira é o nariz), que nela se entrecruzam. É uma
estrutura de grande resistência: por ela passam. sem causar-lhe dano,
correntes de ar cuja velocidade varia entre IS (respiração normal) e 300
km/hora (tosse e espirros); também é capaz de suportar temperaturas que
variam de -10° a 70°C. Além disso e do encargo de transportar alimentos
ao estomago, a faringe, logo após o nascimento, é povoada por
microrganismos patogênicos, contra os quais tem de lutar durante toda a
vida.
 A faringe segue-se o esôfago, canal muscular que conduz os alimentos ao
estômago. Ao contrário da boca, quase não apresenta percepções
sensitivas. Ainda assim, desempenha função importante e ativa no
mecanismo da deglutição. São suas contrações musculares automáticas
(movimentos peristálticos) que impelem as substâncias alimentícias para a
cavidade estomacal.
ESÔFAGO
 O esôfago, terceira porção do tubo digestivo, é um conduto
musculomembranoso, destinado a levar os alimentos desde a faringe, da qual
é ele a continuação, até ao estômago.
 Ligando a faringe ao estômago, o esôfago começa na altura da sétima
vértebra cervical, atrás do ponto correspondente ao pomo-de-adão. Estende-se
daí para baixo por uns 25 centímetros, mas o tamanho varia muito, de acordo
com a altura do tronco da pessoa. E também formado por três porções.
 A porção cervical está em contato íntimo com a traqueia, da qual se
separa apenas por uma camada de tecido conjuntivo frouxo. A porção
torácica a mais importante passa por trás do brônquio esquerdo, que é
uma das duas ramificações-da traqueia, toca o átrio esquerdo do
coração e as pleuras.
 A porção abdominal repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado,
formando nele a chamada impressão esofágica. O esôfago descreve
um “S” muito aberto. A curva inferior desse “S” é um desvio que o
órgão faz para dar passagem à aorta, que cruza o seu trajeto em dois
pontos.
ESTÔMAGO

 O Esôfago ocupa primeiramente a parte anterior do pescoço, 5 atrás da


traqueia. Desce, em seguida, para o tórax, passa entre ás dois pulmões, atrás
do coração; chega ao diafragma, atravessa-o, entrando assim na cavidade
abdominal, e lança-se imediatamente no estômago, por um orifício denominado
cárdia. O comprimento total do esôfago é de cerca de 25 centímetros.
 Na sua estrutura encontramos três túnicas, assim discriminadas de fora para
dentro: 1) túnica muscular, formada de duas ordens de fibras: fibras externas,
de direção longitudinal, e fibras internas, circulares; 2) túnica celulosa, ou
média, de tecido conjuntivo; 3) túnica mucosa, com epitélio estratificado
pavimentoso, semelhante ao da boca. As fibras musculares do esôfago são, na
parte superior, estriadas; nos três quartos inferiores, lisas.
Deglutição no Esôfago

 Faringe e esôfago têm por missão, no fenômeno digestivo,


transportar o bolo alimentar, já mastigado e insalivado, ao
estômago. Chama-se a isso deglutição. Enquanto que a mastigação é
ato voluntário, a deglutição é um ato reflexo: uma vez iniciada,
executa-se até o fim, sem que se possa obstá-la.
 O bolo alimentar, impelido pela língua, atravessa o istmo da garganta e
chega à faringe. Imediatamente os músculos deste órgão se contraem
e impelem o alimento para o esôfago. A entrada do alimento no
esôfago é inevitável, pois as outras vias em comunicação com a
faringe se fecham no momento: a base da língua impede o retrocesso
para a boca; o véu palatino, levantando-se, interrompe a comunicação
com as fossas nasais; a epiglote desce sobre a abertura da laringe,
que fica igualmente obstruída.
 Forçado a insinuar-se no esôfago, o bolo alimentar aí chega e provoca,
pelo contato com a mucosa, movimentos de contração da túnica
muscular. A contração vai-se fazendo parceladamente, só nos pontos
em que se acha o alimento, de maneira a impeli-lo sempre para baixo.
 Tais contrações, ou movimentos peristálticos, são peculiares a todo o
tubo digestivo. De contração em contração, o esôfago vai conduzindo
o bolo alimentar até o estômago. Os movimentos peristálticos dão-se
mesmo na ingestão dos líquidos.
 Pelo que se acabou de ver, o esôfago não se comporta, na deglutição,
como um tubo rígido e inerte. Se assim acontecesse, se o seu papel
no fenômeno fosse meramente passivo, não nos seria possível deglutir
senão em pé, para que a ação da gravidade conduzisse o alimento ao
estômago.
 Podemos, porém, deglutir em posição horizontal, e até mesmo de
cabeça para baixo. A atividade da musculatura esofagiana, produzindo
as ondas peristálticas, se encarrega do transporte do alimento. Há
íntima interdependência entre o fenômeno da deglutição e o da
respiração. Se se efetuasse, durante a deglutição, um ato inspiratório
ou expiratório, o alimenta cairia na laringe, ou sairia pelas fossas
nasais. Tal, porém, não se dá, porque o movimento de deglutição inibe
o de respiração, por um fenômeno reflexo, através do nervo
glossofaríngeo.
MUCOSA DO ESTÔMAGO
 A musculatura do esôfago é formada por uma camada externa. longitudinal
(que se dispõe ao longo do órgão), e uma camada interna, que se costuma
chamar de circular, embora seja elíptica.
 A mucosa que forra o esôfago internamente é suave e pálida. Como a do
estômago, dispõe-se em três camadas de naturezas diferentes. De dentro
para fora: um epitélio de revestimento, uma túnica própria e a
chamada muscularis mucosae. Mas o epitélio do esôfago não é igual ao do
estômago, o que se observa pela grande diferença de coloração. A razão
disso é que a mucosa do esôfago não tem função absorvente.
 Essa mucosa apresenta formação celular complexa, mas na aparência é um
epitélio escamoso. Abaixo, na submucosa, localizam-se as glândulas de
secreção de muco, dispostas em ácinos (lóbulos de uma glândula composta,
isto é, em forma de cacho). Os ácinos se ligam a pequenos ductos, que
confluem para ductos maiores. Estes, por sua vez, desembocam na
superfície interna do esôfago. E o trabalho dessas glândulas que mantém o
esôfago permanentemente umedecido e lubrificado.
INTESTINO DELGADO

 O intestino delgado, quinta porção do tubo digestivo, começa na


válvula pilórica, que o comunica com o estômago, e termina na válvula
íleocecal, por onde desemboca no intestino grosso. Seu comprimento é
de 6 a 8 metros; seu diâmetro, de cerca de 3 centímetros.
 O homem ocupa, neste particular, situação intermediária entre os
herbívoros, ou animais de intestino longo, e os carnívoros, animais de
intestino curto. No gato, o intestino é três vezes o comprimento do corpo
do animal; no cão, quatro a seis vezes; no homem, sete a oito vezes; no
porco, quatorze vezes; no carneiro, vinte e sete vezes. Nos herbívoros,
em cuja alimentação preponderam células envoltas em celulose, faz-se
mister a demora destas no canal alimentar, para que sofram a ação
fermentativa das bactérias, que destrói a membrana celulósica.
 Dividiam os antigos autores o intestino delgado em três
partes: duodeno (por ter cerca de doze dedos de
comprimento), jejuno (porque encontrado geralmente vazio), e íleo.
 Atualmente a anatomia considera, para o intestino delgado,
apenas duas partes: uma porção fixa, que é o duodeno e uma
porção flutuante, o jejuno-íleo. Há, em cada uma, certas
particularidades que serão daqui a pouco mencionadas. Por enquanto,
vejamos o que é comum às duas.
Estrutura da Parede Intestinal

 Compõe-se a parede intestinal de quatro túnicas, assim designadas,


de fora para dentro: serosa, muscular, celulosa e mucosa. É, como se
vê, a mesma estrutura do estômago, do qual, aliás, o intestino constitui
a continuação.
 1) A túnica SEROSA representa uma dependência do peritoneo,
membrana que, como já dissemos, envolve as vísceras abdominais e
pélvicas.
 2) A túnica MUSCULAR é formada de duas ordens de fibras lisas: as
externas, longitudinais; as internas, circulares.
 3) A túnica CELULOSA, de natureza conjuntiva, interpõe-se entre a
túnica muscular e a mucosa.
 4) Finalmente, a túnica MUCOSA tem a constituição geral das
mucosas: uma camada profunda, de natureza conjuntiva, constitui a
derme; uma camada superficial, atapetando a superfície interna do
intestino, forma o epitélio, que é simples e cilíndrico.
INTESTINO DELGADO
 O intestino delgado é um órgão dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo.
A primeira parte do intestino delgado é formada pelo duodeno que é a seção
responsável por receber o bolo alimentar altamente ácido vindo do estômago,
denominado quimo. Para auxiliar o duodeno no processo digestivo, o pâncreas
e o fígado fornecem secreções antiácidas.
 O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático,
constituído de íons bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo.
 O Fígado fornece a maior glândula do corpo, a bile, que é secretada
continuamente e armazenada em vesícula biliar.
 Ao final deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um
material escuro e pastoso denominado quilo, contendo os produtos finais da
digestão de proteínas, carboidratos e lipídios.
 As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um
canal longo onde são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície
interna, vilosidades que são vários dobramentos.
INTESTINO GOSSO
 O intestino grosso é um órgão divido em três
partes: ceco, cólon e reto, onde ocorre a reabsorção de água,
absorção de eletrólitos (sódio e potássio), decomposição e
fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo das fezes.
 O ceco é a primeira parte do intestino grosso, que tem como função
receber o conteúdo vindo do intestino delgado e iniciar o processo de
reabsorção de nutrientes e água.
 A segunda e maior parte do intestino grosso recebe o nome de cólon,
subdividindo-se em cólon ascendente, cólon transverso, cólon
descendente e cólon sigmoide.
ÂNUS
 A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por
acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da
digestão. Durante todo esse processo, o muco é secretado pela
mucosa do intestino para facilitar o percurso das fezes até sua
eliminação.
Sistema Endócrino Humano – Glândulas Endócrinas

 Sistema endócrino é um conjunto de glândulas que possuem como


ação a produção dos hormônios.
 Abaixo analisamos as principais glândulas do corpo humano,
começando pela Tiroide.
 Sistema endócrino é um conjunto de glândulas que possuem como
ação a produção dos hormônios.
Tiroide

 A tiroide, elemento mais importante do sistema endócrino, está


situada na parte superior e anterior do pescoço, aos lados da traqueia,
vizinha da cartilagem tiroide. Consiste em dois lobos ovais ligados
entre si por um istmo, ficando o órgão com a aparência de um H. A
largura da tiroide é de 6 a 7 centímetros; a altura, de 3 centímetros,
sendo o seu volume, em conjunto, um pouco maior na mulher que no
homem.
 Envolvida por uma cápsula conjuntiva, a tiroide está constituída pela
reunião de pequeninas vesículas, atapetadas por uma camada de
células epiteliais prismáticas. O conteúdo de cada vesícula é uma
substância amorfa, amarelada, mole e transparente, a substância
coloide, que encerra o hormônio da glândula, a tiroídina
particularmente rica em iodo.
Hipotireoidismo

 Observa-se o hipotireoidismo na espécie humana em diversas circunstâncias:


por insuficiência congênita da tiroide, por extirpação acidental ou operatória da
glândula, por crescimento tumoral (bócio), com prejuízo do seu tecido secretor, por
lesão infectuosa (tuberculose, sífilis da tiroide). Uma das consequências do
hipotireoidismo é o mixedema.
 Progressiva diminuição da capacidade mental: a palavra se torna demorada e
incolor; a fisionomia exprime apatia, estupidez. Ao mesmo tempo, a pele toma uma
consistência gelatinosa, pastosa ou mucosa, sem infiltrar-se de água (mixedema).
Caem os cabelos, o pulso é lento, a temperatura baixa.
 Se se praticar, então, a determinação do metabolismo basal do paciente, encontra-
se resultado muito inferior ao normal, revelando que as oxidações do organismo
se reduziram.
 Se a atrofia da tiroide ocorre na infância, o crescimento do esqueleto se suspende,
podendo os ossos longos aumentar de grossura, mas não de comprimento. Opera-
se precocemente a soldadura dos ossos do crânio, estaciona o desenvolvimento
mental. Podem viver muito anos, mas a inteligência se conserva em nível infantil.
Hipertireoidismo

 O hipertireoidismo, ou atividade excessiva da glândula tiroide, ocorre


na doença de Basedow, cujos sintomas capitais são: o bócio
(hipertrofia verdadeira da glândula), a saliência dos globos oculares
(exoftalmia), a aceleração do ritmo cardíaco (taquicardia) e o tremor. O
metabolismo basal aumenta de intensidade; o peso diminui, revelando-
se com isso o incremento das oxidações. A extirpação de parte da
glândula produz a atenuação do mal.
 Os casos leves de hipertireoidismo encontram-se com frequência.
Neles se enquadram os indivíduos de “constituição emotiva”, com
exagero de reflexos, vivacidade de reação vasomotora (rubor e palidez
sucedendo-se rapidamente), suores frios, tremor das mãos e dos
lábios, arroubos emotivos frequentes. Para certos autores, a tiroide é a
“glândula da emoção”.
Paratireoides
Paratireoides

 As paratireoides são quatro (ou mais) pequeninas glândulas


endócrinas, duas de cada lado da tiroide, com a qual muitas vezes se
fundem. Cabe ao respectiva hormônio regular a concentração do
cálcio no sangue. Sendo a secreção insuficiente, o cálcio diminui, e
desde logo aparece, como fenômeno capital, a tetania, manifestada
por contrações fibrilares dos músculos, tremor geral e espasmos.
 O excesso do hormônio paratireoidiano (injetado
experimentalmente em animais) aumenta o cálcio do sangue e, se
muito grande, determina várias perturbações, como debilidade, vômito,
etc., podendo acarretar a morte.
Cápsulas suprarrenais
 Em número de duas, uma à direita e outra à esquerda, as cápsulas
suprarrenais se encontram na cavidade abdominal, sobre os rins, com os
quais mantêm apenas relações de vizinhança, sem nenhuma dependência
funcional. Cada glândula, de 3 centímetros de altura e 2 e meio de largura,
pesa de 5 a 6 gramas. São amarelas; sua forma tem sido comparada à de uma
volumosa vírgula deitada.
 Estão envolvidas por uma membrana conjuntiva, e o seu tecido se divide em
duas partes: 1) uma porção periférica, ou substância cortical, amarela,
representando cerca de dois terços do órgão; 2) uma porção central, a
substância medular, muito menor.
 Em várias regiões do organismo, no próprio abdômen, se encontram com
frequência suprarrenais acessórias, de dimensões pequenas. No animal, a
ablação de ambas as glândulas produz fatalmente a morte, em poucos dias.
 A destruição das duas medulas, conservada, porém, uma boa parte da zona
cortical, é compatível com a vida, e parece mesmo não influenciar as funções
do animal. O córtex, pois, é essencial à vida, ao passo que a medula
aparentemente não é.
Hipófise
Hipófise
 A Hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma
pequena glândula do tamanho de um feijão controlada
pelo controlada hipotálamo, responsável pela secreção dos hormônios
do corpo. Esta pequena glândula também é conhecida como “glândula
mestra”, pois secreta hormônios que controlam o funcionamento de
outras glândulas.
Glândulas sexuais

 As glândulas sexuais — ovário e testículo — além de fabricarem as células


reprodutoras respectivas, ainda segregam hormônios de grande importância.
Privados delas desde novos, os animais não se desenvolvem normalmente, pois
não aparecem os atributos morfológicos e funcionais secundários, próprios de
cada sexo. Aves ou mamíferos, nesse caso, dão um tipo neutro, que, para
aquelas, se aproxima do tipo masculino, e, para estes, se assemelha ao tipo
feminino.
 Os efeitos da ablação não se manifestam quando, antes dela, o animal recebe, em
qualquer região do corpo, enxerto de glândula idêntica à que se lhe vai tirar.
 No homem, observam-se resultados análogos: a característica distribuição de
pelos cutâneos não se dá; a barba não vem; a laringe não aumenta na puberdade,
permanecendo a voz com tonalidade infantil. Demais, os membros inferiores
crescem em excesso, a atividade mental se mostra preguiçosa. Quanto ao sexo
feminino, as observações a respeito são menos precisas.
 O hormônio masculino provém das células intersticiais (ou células de Leydig),
distribuídas por grupos isolados no interior da glândula.
 O hormônio feminino é produzido pelos elementos epiteliais que constituem o
córtex do ovário.

Pâncreas
Pâncreas

 Encontram-se, disseminados no tecido pancreático, pequeninos


corpúsculos arredondados ou ovalares, as ilhotas de Langherans, de
100 a 200 mícrons de diâmetro, e representando, em conjunto, cerca
da centésima parte da massa total do órgão.
 As ilhotas de Langherans são glândulas de secreção interna e
fabricam um hormônio denominado insulina.
 Os trabalhos experimentais e a observação clínica mostram que a
insulina, no sangue, determina acréscimo na oxidação do açúcar, e ao
mesmo tempo facilita a síntese deste em glicogênio.
 Quando a secreção escasseia, ou desaparece, uma doença grave se
manifesta, a diabete, em que o açúcar se acumula no sangue e é
eliminado pela urina.
TIPOS SANGUÍNEOS – SISTEMA ABO E FATOR RH

 Na virada do século XIX para o século XX, mais especificamente em


1900, o médico austríaco Karl Landsteiner notou que quando juntamos
amostras de sangue de pessoas diferentes dois resultados poderiam
ocorrer:
 Os sangues se misturavam sem que houvesse nenhum problema.
 Os sangues não se misturavam, havendo uma intensa reação que
levava à destruição das hemácias (glóbulos vermelhos) e ampla
formação de coágulos.
 Foi através deste experimento que surgiu o conceito de sangue
compatível e sangue incompatível.
 Baseado em seus experimentos, Landsteiner descreveu 3 tipos de
sangue, que foram chamados de tipo A, tipo B e tipo O, dando origem
à famosa classificação ABO dos grupos sanguíneos. Essa descoberta
rendeu-lhe o prêmio Nobel de Medicina em 1930. Dois anos depois,
um quarto grupo sanguíneo foi identificado: o tipo AB, formando,
assim, os 4 grupos sanguíneos atualmente utilizados no sistema ABO.
 Em 1940, o mesmo Karl Landsteiner descobriu a existência do
chamado fator Rh, que era responsável pela incompatibilidade de
alguns tipos de sangue mesmo quando o sistema ABO era respeitado.
A partir desta descoberta, os indivíduos foram classificados como Rh
positivo ou Rh negativo, de acordo com a existência ou não do fator Rh
em seus sangues.
 Atualmente, as transfusões sanguíneas utilizam as classificações ABO
e Rh para evitar que um sangue incompatível seja administrado em um
paciente que necessita de transfusão. Sendo assim, são 8 os tipos
sanguíneos:
 A+ (grupo sanguíneo A com fator Rh positivo).
 B+ (grupo sanguíneo B com fator Rh positivo).
 AB+ (grupo sanguíneo AB com fator Rh positivo).
 O+ (grupo sanguíneo O com fator Rh positivo).
 A- (grupo sanguíneo A com fator Rh negativo).
 B- (grupo sanguíneo B com fator Rh negativo).
 AB- (grupo sanguíneo AB com fator Rh negativo).
 O- (grupo sanguíneo O com fator Rh negativo).
 A frequência dos grupos ABO muda de acordo com etnia do indivíduo.
Atualmente, a distribuição mundial é mais ou menos a seguinte:
 Brancos → 44% são O, 43% são A, 9% são B e 4% são AB.
 Negros → 49% são O, 27% são A, 20% são B e 4% são AB.
 Asiáticos → 43% são O, 27% são A, 25% são B e 5% são AB.
SISTEMA ABO
 O nosso sangue é composto por uma parte líquida, chamada de
plasma, e uma parte sólida, que contém as células do sangue,
nomeadamente hemácias, leucócitos e plaquetas. Em média, 55% do
sangue é líquido e 45% é composto por células.
 As hemácias contêm algumas proteínas em sua superfície que são
chamadas de antígenos ou aglutinogênios. São esses antígenos que
receberam os nomes de A, B, AB e O. A incompatibilidade entre os
sangues surge quando há diferenças entre as proteínas presentes nas
superfícies das hemácias do doador e do receptor.
 Na verdade, existem apenas 2 tipos de antígenos, que são o A e o B:
 Se um indivíduo tiver antígenos A na superfície das suas hemácias, o
sangue dele é classificado como tipo A.
 Se um indivíduo tiver antígenos B na superfície das suas hemácias, o
sangue dele é classificado como tipo B.
 Se um indivíduo tiver antígenos A e antígenos B na superfície das suas
hemácias, o sangue dele é classificado como tipo AB.
 Se um individuo não tiver nem o antígeno A nem o antígeno B na
superfície das suas hemácias, o sangue dele é classificado como tipo
O (ou tipo zero).
 A incompatibilidade sanguínea ocorre pela presença de anticorpos ou
aglutininas no sangue, que segue a seguinte lógica:
 Um indivíduo com hemácias que apresentam antígenos A na superfície (tipo
sanguíneo A) possui anticorpos contra hemácias com antígenos B. Portanto,
qualquer sangue que contenha antígenos B será rejeitado.
 Um indivíduo com hemácias que apresentam antígenos B na superfície (tipo
sanguíneo B) possui anticorpos contra hemácias com antígenos A. Portanto,
qualquer sangue que contenha antígenos A será rejeitado.
 Um indivíduo com hemácias que apresentam antígenos A e B na superfície
(tipo sanguíneo AB) não possui anticorpos nem contra hemácias
com antígenos B nem contra hemácias com antígenos A. Como não há
anticorpos, todos os tipos de sangue podem ser transfundidos.
 Um indivíduo com hemácias que não apresentam nem antígenos A nem
antígenos B na superfície (tipo sanguíneo O) possui anticorpos contra
hemácias com antígenos A e contra hemácias com antígenos B. Portanto,
qualquer sangue que contenha antígenos A ou B será rejeitado. Isso significa
que esse indivíduo só pode receber sangue do tipo O.
SISTEMA RH

 O sistema Rh segue a mesma lógica do sistema ABO. O antígeno Rh,


também chamado de antígeno D, pode ou não estar presente nas
membranas das hemácias. Se estiver presente, o paciente é
classificado como Rh positivo. Pacientes Rh positivos não têm
anticorpos contra o antígeno Rh.
 Por outro lado, se o paciente não expressar o antígeno Rh nas
membranas das hemácias, ele é classificado como Rh
negativo. Pacientes Rh negativos também não possuem anticorpos
contra o antígeno Rh, mas podem vir a desenvolvê-los, caso sejam
expostos a sangue Rh+.
COMPATIBILIDADE DA TRANSFUSÃO DE SANGUE

 Um paciente não pode receber um tipo de sangue no qual ele possui


anticorpos contra. Por exemplo, um paciente com sangue B não pode
receber sangue de um paciente com sangue A, pois os seus
anticorpos contra o antígeno A irão destruir as hemácias transfundidas
quase que imediatamente.
 A tabela abaixo mostra todas as possibilidades de compatibilidade para
doadores e receptores de transfusão sanguínea.
GENÉTICA DO SISTEMA ABO

 O tipo sanguíneo do indivíduo é uma herança genética dos seus pais.


Como ele é definido por apenas um gene, é relativamente fácil prever
o grupo sanguíneo do filho se soubermos o dos pais.
 A explicações a seguir são voltadas para pessoas que têm um mínimo
de conhecimento sobre genética mendeliana, que costuma ser
ensinada nas aulas de biologia da escola. Se você não tem interesse
nessas informações, pule direto para o próximo tópico, no qual vamos
explicar o que acontece quando há uma transfusão incompatível.
 O gene ABO pode ter 3 tipos de alelos: i, IA ou IB. As combinações
entre esses alelos é que dão origem aos grupos sanguíneos. O alelo i
é recessivo, enquanto os alelos IA ou IB são dominantes.
 Lembrando que todos nós recebemos um alelo do pai e outro da mãe,
os grupos sanguíneos são formados pelas seguintes combinações:
 Tipo sanguíneo A = i + IA ou IA + IA.
 Tipo sanguíneo B = i + IB ou IB + IB.
 Tipo sanguíneo AB = IA + IB.
 Tipo sanguíneo O = i + i.
 A tabela abaixo mostra os possíveis grupos sanguíneos dos filhos de
acordo com o grupos dos pais.
 Na prática, nem sempre é fácil estimar qual será o grupo sanguíneo do
filho, pois a imensa maioria de nós sabe qual é o nosso grupo
sanguíneo, mas não sabe a composição dos alelos do gene ABO que
deram origem a ele. E conforme pode ser visto na tabela, uma pessoa
do grupo sanguíneo A, que tem os alelos i + IA, tem possibilidades de
ter filhos com grupos diferentes de outra pessoa também com grupo
sanguíneo A, mas com alelos IA + IA.
TRANSFUSÃO DE SANGUE INCOMPATÍVEL

 As transfusões de sangue com incompatibilidade ABO costumam


provocar um quadro de reação transfusional hemolítica aguda, que
ocorre porque os anticorpos Anti-A ou Anti-B atacam e destroem quase
que imediatamente as hemácias transfundidas. Essa reação
transfusional é uma emergência médica, que pode evoluir para
coagulação disseminada intravascular (coagulação do sangue dentro
dos vasos sanguíneos por todo o corpo), choque circulatório,
insuficiência renal aguda e morte.
 Os sintomas dessa forma de reação transfusional iniciam-se
habitualmente ainda durante a transfusão. Febre e calafrios são os
primeiros sintomas. Dor lombar e urina marrom também podem surgir.
 Já as transfusões de sangue com incompatibilidade Rh costumam ser
mais brandas. A hemólise (destruição das hemácias) só surge 3 a 30
dias depois e não costuma ser tão grave quanto na incompatibilidade
ABO. Anemia e febre costumam ser os sintomas mais comuns.
Elevação sanguínea da bilirrubina indireta é outro sinal típico.
 O tratamento da reação transfusional hemolítica aguda é feito com
interrupção imediata da transfusão e administração maciça de soro
fisiológico por via venosa, de forma a impedir que as hemácias
hemolisadas obstruam os túbulos renais. Pacientes que evoluem com
hipotensão ou insuficiência respiratória devem ser transferidos
imediatamente para uma unidade de cuidados intensivos.
Sistema Respiratório

 O sistema respiratório fornece oxigênio e remove gás carbônico do


organismo, auxiliando as células no metabolismo, atuando em conjunto com o
sistema circulatório. O sistema respiratório também esta envolvido com a
vocalização.
 É formado pelo nariz, cavidade do nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios
e pulmões.
 As duas cavidades por onde o ar entra no sistema respiratório são
chamadas de fossas nasais. São separadas por uma cartilagem
chamada cartilagem do septo, formando o septo nasal. Os pêlos no
interior do nariz retém as partículas que entram junto com o ar. É
composto de células ciliadas e produtoras de muco. O teto da cavidade
nasal possui células com função olfativa. Nesta região, a mucosa é
bem irrigada e aquece o ar inalado.
 Faringe
 A faringe pertence tanto ao sistema respiratório como ao
sistema digestório. Através das coanas esta ligada com a cavidade do
nariz e através das fauces, com a boca. Liga-se com o ouvido médio
pelas tubas auditivas. Liga-se também com a laringe e com o esôfago.
Antes de ir para a laringe, o ar inspirado pelo nariz passa pela faringe.
 Laringe
 A laringe é um tubo cartilaginoso de forma irregular que conecta a
faringe com a traqueia. Situa-se na parte superior do pescoço. A
laringe possui uma estrutura cartilaginosa que chama epiglote, que
trabalha para desviar das vias respiratórias para o esôfago os
alimentos deglutidos. Caso não ocorra este desvio, o alimento é
expelido com uma tosse violenta.
 Na laringe encontramos as cordas vocais, que são pregas horizontais
na parede da laringe. Entre as cordas vocais há uma abertura
chamada glote e é por ela que o ar entra na laringe, provocando uma
vibração nas cordas vocais e produzindo som. Na face anterior do
pescoço forma-se a proeminência laríngea, chamada de pomo de
Adão, que é mais visível nos homens que nas mulheres.
 Traqueia
 A traqueia é um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento e
2,5 de diâmetro e suas paredes são reforçadas por uma série de anéis
de cartilagem que impedem que as paredes se colapsem.
 A traqueia bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios.
 O epitélio é formado por células ciliadas e células secretoras. Estes
cílios servem para remover as partículas e microorganismos que
entram com o ar inalado. O muco produzido pelas células secretoras
serve como uma barreira também.
 Pulmão
 Os brônquios penetram no pulmão através do hilo. Esses brônquios
ramificam-se várias vezes, originando os bronquíolos, que penetram
no lóbulo pulmonar e ramificam-se, formando os bronquíolos terminais,
que originam os bronquíolos respiratórios, que terminam nos
alvéolos pulmonares.
 Os pulmões possuem consistência esponjosa, que está relacionada
com a quantidade de sacos alveolares.
 O formato do pulmão lembra um cone e é revestido por uma
membrana dupla serosa chamada pleura. Os dois pulmões são
separados pelo mediastino, local onde está o coração, o esôfago, timo,
artérias, veias e parte da traqueia.
 O diafragma é um músculo situado abaixo do pulmão, e é onde ele se
apoia. Separa o tórax do abdome e está relacionado com os
movimentos da respiração.
Sistema Reprodutor Feminino

 Introdução
 O sistema reprodutor feminino é composto pelos ovários, tubas
uterinas (trompas de falópio), útero e vagina .
 Ovários
 Nos ovários ocorre a produção de hormônios, como, por exemplo, os
hormônios sexuais femininos (estrógenos e progesterona) e ovócitos
secundários (células que se tornam óvulos, ou ovos, caso haja
fertilização).
 Trompas de Falópio
 Através da trompas de falópio, também conhecidas como tubas
uterinas, o óvulo é coletado da cavidade abdominal, após ser expelido
do ovário (ovulação), e, uma vez coletado, é conduzido em direção ao
útero. Normalmente a fertilização ocorre ainda em seu interior.
 Útero
 É no útero que se fixará o óvulo fertilizado, ocorrendo, então, o
desenvolvimento da gestação até seu final, quando ocorre o trabalho de
parto.
 Vagina
 É através da vagina que os espermatozoides são introduzidos no sistema
reprodutor feminino, além disso, é neste órgão que se localiza o canal de
nascimento.
Sistema Reprodutor Masculino

 Introdução
 O sistema reprodutor masculino é composto pelos testículos,
epidídimo, ductos deferentes, vesícula seminal, próstata e pênis.
 Testículos
 Nos testículos ocorre a produção de espermatozoides e também a
produção de testosterona (hormônio sexual masculino).
 Epidídimo
 É no ducto epidídimo que ocorre a maturação dos espermatozoides,
além disso, este ducto também armazena os espermatozoides e os
conduzem ao ducto deferente através de movimentos peristálticos
(contração muscular).
 Ductos deferentes
 Os ductos deferentes têm a função armazenar os espermatozoides e de
transporta-los em direção à uretra, além disso, ela ainda é responsável por
reabsorver aqueles espermatozoides que não foram expelidos.
 Vesícula Seminal
 As vesículas seminais são glândulas responsáveis por secretar um fluído que
tem a função de neutralizar a acidez da uretra masculina e da vagina, para
que, desta forma, os espermatozoides não sejam neutralizados.
 Próstata
 A próstata é uma glândula masculina de tamanho similar a uma bola de golfe.
É através da próstata que é secretado um líquido leitoso que possui
aproximadamente 25% de sêmen.
 Pênis
 É através do pênis (uretra) que o sêmen é expelido. Além de servir de canal
para ejaculação, é através deste órgão que a urina também é expelida.
 Uretra
 Canal condutor que, no aspecto da reprodução, possui a função de conduzir e expelir
o esperma durante o processo de ejaculação.
Sistema Urinário

 O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela


produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as
"impurezas" do sangue que circula no organismo.
 O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias,
formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.
 Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade
abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de
cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de
feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada.
 Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da
veia renal, e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais
são ramificações muito finas que formam pequenos emaranhados
chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura
arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.
 Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada
néfron, que é formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e
pelo túbulo renal.
 Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas
pequenas nela dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico,
glicose) sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na cápsula
glomerular. Em seguida passa para o túbulo renal.
 Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse
líquido, atravessam a parede do túbulo renal e retornam à circulação
sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma pequena quantidade
de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e amônia: é a urina,
que segue para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as
fases de formação da urina dentro no néfron.
Vias Urinárias
 As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.
 Bexiga Urinária
 Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na
parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega
dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente
a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os
sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao
sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar.
 Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular
que fecha a uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o
esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde
então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na
bexiga é de aproximadamente 1 litro.
 Ureteres
 São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que
conduz a urina dos rins para a bexiga.
 Uretra
 Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A
uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta
somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta
a urina para fora do corpo, e também o esperma.
Sistema Urinário Masculino

 O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que


a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também
é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação.
Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra
masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício
uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na
extremidade do pênis.
Sistema Urinário Feminino

 O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da


bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino,
medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia
feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções
urinárias nas mulheres.
Cérebro

 O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo, pesa


aproximadamente 1,3 kg, apenas 2% do peso do corpo, porém, apesar
disto recebe cerca de 25% do sangue, que é bombeado pelo coração.
Com o aspecto semelhante ao miolo de uma noz, sua massa de tecido
cinza-rósea apresenta duas substâncias diferentes, sendo uma
branca, na região central, e uma cinzenta, da qual se forma o
córtex cerebral. O córtex cerebral, um tecido fino com uma espessura
entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas
distintas de diferentes tipos de corpos celulares, é constituído por
células neuroglias e neurônios. Além de nutrir, isolar e proteger os
neurônios, as células neuroglias são tão críticas para certas funções
corticais quanto os neurônios, ao contrário do que se pensava alguns
anos atrás.
LOBOS CEREBRAIS
 O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais,
cada uma com funções diferenciadas e especializadas. Na região da
testa está localizado o lobo frontal, na área da nuca está o lobo
occipital, na parte superior central da cabeça localiza-se o lobo
parietal e o lobo temporal é encontrado na região lateral, sob a
orelha.
 Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na
produção das percepções resultantes das informações obtidas por
nossos órgãos sensoriais do que diz respeito à relação do meio
ambiente e nosso corpo. O lobo frontal, por sua vez, por incluir o córtex
motor, o córtex pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no
planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento
abstrato.
Hemisférios do Cérebro Humano

 O cérebro é dividido em hemisférios esquerdo e direito, sendo o


primeiro dominante em 98% dos humanos, já que é responsável pelo
pensamento lógico e competência comunicativa. Isso porque nele
estão duas áreas especializadas, a Área de Broca, córtex responsável
pela motricidade da fala; e a Área de Wernick, córtex responsável
pela compreensão verbal. Já o hemisfério direito é quem cuida do
pensamento simbólico e da criatividade. Nos canhotos estas funções
destinadas aos hemisférios estão trocadas.
 A conexão entre os dois hemisférios é feita pela fissura sagital ou inter-
hemisférica, onde está localizado o corpo caloso. Essa estrutura,
composta por fibras nervosas brancas (axônios envolvidos em mielina)
faz uma ponte para a troca de informações entre as muitas áreas do
córtex cerebral. Ambos os hemisférios possuem um córtex motor, que
controla e coordena a motricidade voluntária. O córtex motor do
hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo,
enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um
trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia no
indivíduo.
 A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados
pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro
quando se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área
não chegam a comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia
ou problemas para planejar ou agir, no entanto a velocidade de
movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada.
 Além dos hemisférios, de quem dependem a inteligência e o raciocínio
do indivíduo, o cérebro é formado por mais dois componentes, o
cerebelo e o tronco cerebral, sendo o primeiro o coordenador geral da
motricidade, da manutenção do equilíbrio e da postura corporal.
 No tronco cerebral encontram-se o bulbo raquiano, o tálamo, o
mesencéfalo e a ponte de Varólio. Ele conecta o cérebro à medula
espinal, além de controlar a atividade de diversas partes do corpo
através da coordenação e envio de informações ao encéfalo; enquanto
que o bulbo raquiano cuida da manutenção das funções involuntárias,
como a respiração, por exemplo.
 O tálamo é o centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que vão
e vem do córtex cerebral, ao passo que o mesencéfalo recebe e
coordena as informações que dizem respeito às contrações dos
músculos e à postura. Já a ponte de Varólio, constituída principalmente
por fibras nervosas mielinizadas, liga o córtex cerebral ao cerebelo.
 Enquanto toda essa motricidade acontece na área de Broca, na área
de Wernicke, zona onde convergem os lobos occipital, temporal e
parietal, um papel muito importante na produção de discurso é
desempenhado. É nesta área que acontece a compreensão do que os
outros dizem e que dá ao indivíduo a possibilidade de organizar as
palavras sintaticamente corretas.
 À medida que cresce, o indivíduo se torna apto a desempenhar funções
cada vez mais diferenciadas. Aprende a falar, a manipular objetos, a
controlar e dirigir movimentos que, pouco a pouco, se tornam automáticos. A
aprendizagem é uma capacidade característica do homem e, como o
emprego da lógica, do raciocínio e da capacidade de abstração, só existe
graças ao sistema nervoso, que comanda inclusive o funcionamento dos
órgãos que compõem o corpo humano. E ele que orienta as funções das
vísceras, regula o funcionamento das glândulas e através de inúmeros
receptores, capta as sensações do mundo exterior ou do próprio organismo
e se encarrega de preparar respostas para essas sensações.
 No entanto, a vasta multiplicidade de funções desempenhadas pelo sistema
nervoso humano não depende apenas do neuro-eixo. Além do sistema
nervoso central existe também uma ampla estrutura periférica que difunde os
estímulos e sensações pelo corpo.
Nervos espinhais e cranianos

 Trinta e três pares de nervos espinhais e doze pares de nervos


cranianos, que emergem, respectivamente, da medula e do encéfalo,
constituem uma parte do sistema nervoso periférico. Também
pertencem à periferia os nervos simpáticos, que inervam as vísceras e
controlam seu trabalho.
 Enquanto uma parte de toda a estrutura nervosa (sistema nervoso
central e sistema nervoso periférico) coloca o indivíduo em contato
com o meio, outra parte destina-se a manter em funcionamento o
organismo do homem, controlando a vida vegetativa ou visceral. A
primeira é a porção somática e a segunda corresponde ao
sistema nervoso autônomo (também conhecido como sistema
simpático), pois o trabalho dos órgãos internos independe do controle
do indivíduo.
 Todas essas divisões podem ser consideradas apenas para facilitar a
compreensão da complexa unidade que constitui o sistema nervoso
humano. O encadeamento das partes é tão perfeito que é impossível –
em termos absolutos – pensar em dividi-lo, mas também é quase
impossível tentar compreendê-lo sem estabelecer uma classificação
teórica.
UNIDADE VITAL: Sistema Nervoso Central

 Todo o sistema nervoso funciona a partir de cada uma das células


nervosas que o constituem: os chamados neurônios. Células muito
especializadas, são capazes de captar estímulos exteriores, como calor,
frio, dor (irritabilidade), e de conduzir os estímulos através do organismo,
sob a forma de impulso nervoso (condutibilidade). Essas atribuições são
exclusivas e cumpridas por numerosos neurônios.
 Para executar suas importantes funções, as células nervosas têm
constituição especial. Como as outras células do organismo, o neurônio
também possui um núcleo e um citoplasma, embora apresente muitas
variedades. No citoplasma das células nervosas existem elementos
característicos: as neurofibrilas e os corpúsculos de Nissl (nome dado em
homenagem ao cientista que os descreveu); e ainda dois tipos de
prolongamentos exclusivos: o axônio (do grego axoon, eixo), também
chamado cilindro-eixo, e os dendritos (do grego dendrón, árvore).Existe
apenas um axônio para cada célula.
 Às vezes ele chega a medir alguns metros e, em outras células, tem
apenas poucos milímetros. Ao longo de seu percurso, em geral possui
poucas ramificações e acaba por estabelecer contato com outra célula
nervosa, um músculo ou uma glândula. O axônio é constituído por
neurofibrilas, em continuação das que compõem o corpo da célula,
com a diferença de que, no trecho pertencente ao cilindro-eixo, estas
são envoltas por uma membrana comum, o axolema.
 Além do axolema, outra membrana envolve o axônio de certos
neurônios, sem recobrir a porção inicial e a terminal. E uma substância
gordurosa, esbranquiçada, chamada mielina (do grego mie/o, medula).
 O conjunto formado pelo axônio e suas membranas constitui uma fibra
nervosa; no tecido nervoso podem ser observados os feixes de fibras
nervosas que caracterizam a substância branca, envolvidos pela
mielina. E, nos trechos dos corpos celulares em que não há invólucro
de mielina, o tecido apresenta a cor acinzentada dos corpos celulares
e porções de fibra sem o revestimento de mielina: é a substância
cinzenta.
 Os outros prolongamentos da célula nervosa – os dendritos – são
numerosos, curtos e muito ramificados.
 A partir do Sistema Nervoso Central, difundem-se por todo o corpo os
feixes de fibras nervosas, chamados nervos. Alguns têm a finalidade
de conduzir os impulsos que partem do eixo central até os músculos,
glândulas ou vísceras: são constituídos, sobretudo, por fibras motoras
ou eferentes. Em contrapartida, outros levam os impulsos captados
pela periferia (pele, músculos, vísceras) até o neuro-eixo: nestes
predominam as fibras sensitivas ou aferentes.
 Ao, longo desses feixes existem agrupamentos de células, os gânglios
nervosos, que funcionam como retransmissores dos impulsos. Apenas
as ordens motoras dirigidas aos músculos não passam por essa etapa:
vão do neuro-eixo aos músculos, sem passar pelos gânglios.
 Na estrutura do sistema nervoso, os neurônios ficam todos ligados uns
aos outros, formando as chamadas cadeias neuronais. Por essas
cadeias, os impulsos nervosos caminham e são retransmitidos. A
ligação entre um neurônio e outro, denominada sinapse, é feita entre a
terminação do axônio de uma célula e os dendritos ou ‘o corpo celular
de outra. A direção do impulso é do corpo celular para o axônio. A
sinapse é o “interruptor” encarregado de ligar ou desligar uma célula
nervosa de outra.

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