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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNESP - Campus de Bauru/SP


Departamento de Engenharia Civil

2156 - ALVENARIA ESTRUTURAL

DEFINIÇÕES E MATERIAIS PARA


ALVENARIA ESTRUTURAL

Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS BASTOS


(wwwp.feb.unesp.br/pbastos)

Bauru/SP - Ago/19
1
Normas Nacionais
a) NBR 15961-1/11 - Alvenaria Estrutural –
Blocos de Concreto, Parte 1: Projeto;

NBR 15961-2/11 - Alvenaria Estrutural –


Blocos de Concreto, Parte 2: Execução e
controle de obras;

b) NBR 6136/16 - Blocos vazados de concreto


simples para alvenaria - Requisitos;

c) NBR 12118/11 - Blocos vazados de


concreto simples para alvenaria – Métodos de
2
ensaio;
Normas Nacionais
d) NBR 15812-1/10 - Alvenaria Estrutural –
Blocos cerâmicos, Parte 1: Projetos;
NBR 15812-2/10 - Alvenaria Estrutural –
Blocos cerâmicos, Parte 2: Execução e controle
de obras;
e) NBR 15270-2/05 - Componentes cerâmicos
- Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria
estrutural - Terminologia e requisitos;
NBR 15270-3/05 - Componentes cerâmicos -
Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria
estrutural e de vedação - Métodos de ensaio. 3
Normas Estrangeiras
a) Brick Institute of America (BIA) –
Recommended practice for engineered brick
masonry, 1966;

b) National Concrete Masonry Association


(NCMA) – Specification for the design and
construction of load-bearing concrete
masonry design, 1970;

c) Uniform Build Code (UBC) – Cap. 24, vol. 2,


1997;

4
Normas Estrangeiras
d) Masonry Institute of America (MIA) -
Masonry design manual, 4a ed.;

e) American Concrete Institute (ACI) –


Building code requirements for masonry
structures and specifications for masonry
structures, ACI 530/530.1, 2005;

f) British Standards Institution – Part 1 –


Code de practice for the use of masonry.
Structural use of unreinforced masonry, BS
5628, 2005;
5
Normas Estrangeiras
g) British Standards Institution – Part 2 –
Code de practice for the use of masonry.
Structural use of reinforced and prestressed
masonry, BS 5628, 2005;

h) British Standards Institution – Part 3 –


Code de practice for the use of masonry.
Materials and components, design and
workmanship, BS 5628, 2005;

i) Structural Clay Products Institute. Building


Code Requirements for Engineered Brick
Masonry, 1969. 6
Alvenaria Estrutural: “processo cons-
trutivo no qual os elementos que
desempenham a função estrutural são de
alvenaria, sendo os mesmos projetados,
dimensionados e executados de forma
racional.”

“Rational design masonry”: “alvenaria


utilizada como estrutura suporte de
edifícios e dimensionada a partir de um
cálculo racional”.
7
Elementos Estruturais
“Elemento: parte da estrutura
suficientemente elaborada cons-
tituída da reunião de dois ou
mais componentes.”

8
Elemento de Alvenaria Não-Armado: elemento
de alvenaria no qual a armadura é
desconsiderada para resistir aos esforços
solicitantes. O elemento pode conter armaduras
com finalidades construtivas, de modo a
prevenir problemas patológicos (fissuras,
concentração de tensões, etc.).
Elemento de Alvenaria Armado: elemento de
alvenaria no qual são utilizadas armaduras
passivas que são consideradas para resistir aos
esforços solicitantes;
Elemento de Alvenaria Protendido: elemento de
alvenaria no qual são utilizadas armaduras 9
ativas;
“Verga: viga alojada sobre abertura de
porta ou janela e que tenha a função
exclusiva de transmissão de cargas
verticais para as paredes adjacentes à
abertura.”

10
“Contraverga: elemento estrutural execu-
tado sob o vão de abertura, com a função
de redução de fissuração nos seus cantos.”

11
Contraverga:

12
Contraverga (pré-moldada):

http://www.pauluzzi.com.br/vedacao.php

13
“Enrijecedor: elemento vinculado a uma
parede estrutural, com a finalidade de
produzir um enrijecimento na direção
perpendicular ao seu plano.”

14
Enrijecedor:

15
“Parede: elemento laminar que resiste
predominantemente a cargas de
compressão e cuja maior dimensão da seção
transversal excede cinco vezes a menor
dimensão.”

16
“Parede estrutural: toda parede admitida
como participante da estrutura.”

17
Parede de contraventamento: a parede
estrutural que, além de resistir às ações
verticais, tem por função resistir às ações
horizontais, segundo seu plano, como da
ação do vento, de desaprumo da estrutura
ou sísmicas, conferindo a necessária
rigidez à edificação.

18
“Parede não estrutural: toda parede não
admitida como participante da estrutura.”

http://www.pauluzzi.com.br/vedacao.php 19
“Cinta: elemento estrutural apoiado conti-
nuamente na parede, ligado ou não às
lajes, vergas ou contravergas. Tem a
finalidade de uniformizar a distribuição
das ações verticais e servir de travamento
e amarração das paredes.”

20
Cinta:

http://
www.tijolosolocimento.com.br/ 21
2013/06/cintas-e-percintas.html
Cinta:

http://www.diariodearquiteto.com.br/19-noticias-geral/casa-e-
construcao/56-construcao-limpa-e-rapida-com-alvenaria-estrutural

22
Cinta:

http://www.diariodearquiteto.com.br/19-noticias-geral/casa-e-
construcao/56-construcao-limpa-e-rapida-com-alvenaria-estrutural

23
“Pilar: elemento linear que resiste
predominantemente a cargas de compres-
são e cuja maior dimensão da seção
transversal não excede cinco vezes a
menor dimensão.”

http://
www.forumdaconstrucao.com.br/
conteudo.php?a=7&Cod=664 24
“Viga: elemento linear que resiste predo-
minantemente à flexão e cujo vão seja
maior ou igual a três vezes a altura da
seção transversal.”

http://www.structuremag.org/?p=8511 25
Viga:

http://www.structuremag.org/?p=8511 26
Viga protendida:

http://www.randerstegl.com/en/carlsberg-bjaelker/products/beams 27
Viga protendida:

http://www.randerstegl.com/en/carlsberg-bjaelker/products/beams 28
Viga protendida:

http://www.randerstegl.com/en/carlsberg-bjaelker/products/beams 29
Viga protendida:

http://www.randerstegl.com/en/carlsberg-bjaelker/products/beams 30
Viga protendida:

https://blog.miraverse.com/2009/05/
31
Materiais

32
Unidades
As unidades (blocos, tijolos, etc.) são os
componentes mais importantes da
Alvenaria Estrutural, porque constituem
a maior parte da alvenaria, e são as
unidades que comandam a resistência à
compressão de pilares, paredes (prin-
cipal elemento da Alvenaria Estrutural),
isto é, são as principais responsáveis
pela definição das características resis-
tentes da estrutura.
33
Unidades - Classificação

Quanto ao material:
- concreto (mais utilizado);
- cerâmico (argila);
- sílico-calcário (pouco utilizado no Brasil).

Quanto à forma:
- maciço (tijolo);
- vazado (bloco).

Quanto ao tipo:
- vedação;
- estrutural.
34
“Bloco: componente bási-
co da alvenaria.”
“Bloco vazado:
componente de alvenaria
cuja área líquida é igual
ou inferior a 75 % da
área bruta.”

35
Bloco vazado:

http://www.jorgeblocos.com.br/blocos-
estruturais-sao-paulo.html http://www.ceramicaonix.com.br/blocos.php

36
Bloco vazado: componente para execução de
alvenaria, com ou sem função estrutural,
vazado nas faces superior e inferior, cuja área
líquida é igual ou inferior a 75 % da área
bruta. São considerados tijolos maciços
aqueles que possuem um índice de vazios de no
máximo 25 % da área total.

Área bruta: área da seção perpendicular aos


eixos dos furos, sem desconto das áreas dos
vazios.

Área líquida: área média da seção


perpendicular aos eixos dos furos, descontadas
as áreas médias dos vazios. 37
Bloco de concreto

38
Bloco cerâmico

39
Bloco cerâmico

40
Blocos para parede de vedação:

41
Blocos para parede de vedação:

42
Bloco sílico-calcário

43
Tijolo cerâmico maciço

44
Importante:
- tensão relativa à área bruta: tensão que
se refere à área total da unidade,
desconside-rando-se os vazios;
- tensão relativa à área líquida: tensão
calculada descontando-se a área de vazios.
No Brasil, é muito comum a referência da
tensão (ou resistência) à área bruta. No
caso dos blocos de concreto, como
usualmente os blocos apresentam uma
área de vazios em torno de 50 %, a tensão
na área líquida é a tensão na área bruta
multiplicada por dois. 45
Família de blocos: “conjunto de compo-
nentes de alvenaria que interagem
modularmente entre si e com outros
elementos construtivos. Os blocos que
compõem a família, segundo suas
dimensões, são designados como bloco
inteiro (bloco predominante), meio bloco,
blocos de amarração L e T (blocos para
encontros de paredes), blocos compensa-
dores e blocos tipo canaleta.”
Classe: “diferenciação dos blocos
segundo o seu uso.”
46
Bloco de concreto

47
Bloco de
concreto

48
Blocos especiais

49
“Bloco canaleta: “componente de alve-
naria, vazado ou não, com conformação
geométrica conforme a Figura, criados
para racionalizar a execução de vergas,
contravergas e cintas.”

http://www.iporablocos.com.br/bloco-canaleta 50
“Bloco compensador: componente de
alve-naria destinado para ajuste de
modu-lação.” (na direção vertical)

http://
www.iporablocos.com.br/bloco-
canaleta

http://anicer.com.br/ 51
Dimensões modulares: “dimensões de
largura (b), altura (h) e comprimento
(l), cujas medidas atendem ao módulo
básico M = 100 mm e seus submódulos,
conforme NBR 15873.

Exemplo: 2M x 2M x 4M (b x h x l).”

52
Dimensões nominais: “dimensões especi-
ficadas pelo fabricante para largura,
altura e comprimento.
Exemplo: 190 mm x 190 mm x 390 mm
(b x h x l).”

Dimensões reais: “dimensões efetivas


verificadas diretamente nos blocos.
Exemplo: 192 mm x 193 mm x 393 mm
(b x h x l).”

53
Tabela 1 – Dimensões nominais dos blocos
vazados de concreto (Tabela 1 da NBR 6136).

54
“A espessura mínima de qualquer parede
de bloco deve atender à Tabela 2. A
tolerância permitida nas dimensões das
paredes é de 1,0 mm para cada valor
individual.”

55
Tabela 2 – Designação por classe, largura dos
blocos e espessura mínima das paredes dos
blocos de concreto. (Tabela 2 da NBR 6136)

56
Tabela 2 – Continuação

57
Os blocos vazados de concreto devem
atender aos limites de resistência,
absorção e retração linear por secagem
conforme estabelecidos na Tabela 3,
onde fbk é a resistência característica do
bloco à compressão (NBR 6136).

58
Tabela 3 – Requisitos para resistência
característica à compressão, absorção e
retração.

59
A NBR 6136 apresenta as seguintes
especificações quanto à aplicação dos
blocos em função da classe:

a)“para aplicação abaixo do nível do solo


devem ser utilizados blocos classe A;
b)permite-se o uso de blocos com função
estrutural classe C, com largura de 90
mm, para edificações de no máximo um
pavimento;

60
c) permite-se o uso de blocos com função
estrutural classe C, com largura de 115
mm, para edificações de no máximo dois
pavimentos;
d) permite-se o uso de blocos com função
estrutural classe C, com larguras de 140 e
190 mm, para edificações de até cinco
pavimentos;
e) os blocos com largura de 65 mm têm
seu uso restrito para alvenaria sem
função estrutural.”
61
Argamassa de Assentamento
Principais funções:
-transferir e uniformizar as tensões entre
as unidades;
-solidarizar as unidades.

62
http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-junta-a-prumo.html
Argamassa de Assentamento:

A argamassa deve ainda:


-absorver pequenas deformações (por
variações de temperatura, pequenos
recalques, retração por secagem, etc.);
-impedir a entrada de água, vento e
agentes agressivos;
-compensar as pequenas variações
dimensionais das unidades;
-proporcionar efeitos arquitetônicos, etc.
63
Argamassa de Assentamento:
Efeito arquitetônico na alvenaria aparente.

http://equipaobra.com.br/plus/modulos/catalogo/
64
verProduto.php?cdcatalogoproduto=20
Argamassa de Assentamento:

São constituídas de:


cimento, cal, areia e água,

podem conter adições e aditivos.

Tendo cimento e cal são chamadas


mistas, e podem existir somente com cal
ou cimento como aglomerante.

65
Argamassa de assentamento:

Podem ser industrializadas.

http://www.votorantimcimentos.com.br/htms-ptb/Produtos/Matrix.htm

66
Argamassa
de
assentamento:

http://
www.valemassa.com.br/ 67
PDF/
Argamassa de assentamento:

http://www.argamais.com/Default.asp?Pag=produtos2 68
Argamassa de assentamento:

(Fonte: http://precon.com.br)

69
Argamassa de assentamento:

(Fonte: http://www.massareti.com.br)
70
Argamassa de Assentamento:

O desempenho de uma argamassa


depende de suas características no
estado fresco (plástico) e no estado
endurecido.
De modo geral as argamassas devem
apresentar boas características de traba-
lhabilidade, resistência, plasticidade e
durabilidade.

71
Argamassa de Assentamento:

Plasticidade:
Capacidade de deformar-se e reter
deformações após a redução das tensões
que lhe são impostas.
Depende da coesão, consistência e
retenção de água.

72
Argamassa de Assentamento:

No estado fresco (plástico) a argamassa


deve apresentar:
- boa trabalhabilidade (para facilitar o
assentamento dos blocos);
- capacidade de retenção de água
adequada (para garantir a hidratação do
cimento e a aderência à base).

73
Argamassa de Assentamento:

Retenção de água:
Proporciona a capacidade de manter a
consistência (ou trabalhabilidade) quando
sob ações que provocam perda de água,
como evaporação ou por sucção da base.
Os aglomerantes, principalmente a cal, são
os principais responsáveis pela retenção de
água da argamassa, devido à grande área
específica e grande capacidade de adsorção
à base.
74
Argamassa de Assentamento:

No estado endurecido a argamassa deve


apresentar:
-resistência à compressão adequada;
-boa resistência de aderência;
-boa resistência ao cisalhamento;
-boa resiliência (deformabilidade).

75
Argamassa de Assentamento:

Assentamento:

http://www.pauluzzi.com.br/alvenaria.php 76
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/1/
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/1/
materiais/qualidade/9/materiais.html vantagens/viabilidade/3/vantagens.html

77
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/206/artigo311455-2.aspx 78
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

http://www.scanmetal.com.br/produtos/colher-palheta-400mm http://construfacilrj.com.br/alvenaria-estrutural-passo-passo/

79
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

http://www.portaldosequipamentos.com.br/prod/e/colher-
meia-cana_2106_32636

80
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

81
http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_estrutural_detalhes_construtivos_24.html
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

http://equipaobra.com.br/plus/modulos/catalogo/
verProduto.php?cdcatalogoproduto=5

82
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/1/
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/211/artigo327655-4.aspx materiais/qualidade/9/materiais.html

83
Argamassa de Assentamento:
Assentamento:

http://piniweb.pini.com.br/construcao/tecnologia-materiais/ufscar-
realiza-treinamento-em-alvenaria-estrutural-228435-1.aspx

https://www.youtube.com/watch?v=evVU6Uv6RRA
https://www.youtube.com/watch?v=sE2t1ZGGsOs
https://www.youtube.com/watch?v=uxOrZ1UseBs
https://www.youtube.com/watch?v=6ntXnozI4LE 84
Argamassa de Assentamento:

Resistência à compressão:
A resistência da argamassa à compressão
não é um fator primordial na resistência
das paredes à compressão.

No entanto, passa a ser importante se a


resistência da argamassa for menor que
30 a 40 % da resistência do bloco, bem
como no caso de paredes submetidas a
tensões de cisalhamento elevadas.
85
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

Exemplo:
para parede confeccionada com blocos
de resistência de 7 MPa, ao se aumentar a
resistência da argamassa de 6,5 MPa para
16,5 MPa, a resistência da parede à
compressão aumenta apenas 6 %.

86
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:
100

80

60
(%)
40

20

Cimento 1 1 1 1 1
Cal 0 0,25 1 2 3
Areia 3 3 6 9 12

(por volume)
Argamassa

Alvenaria

Influência da resistência da argamassa sobre a


87
resistência da parede à compressão.
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

Gomes (1983) concluiu que a argamassa


de assentamento deve ter como
resistência um valor entre 70 e 100 % da
resistência do bloco. Para argamassas
com resis-tências em torno de 50 % da
resistência dos blocos dificilmente
haverá uma queda significativa na
resistência da parede.

88
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/Techne-Educacao/veja-o-gabarito-da-prova-de-
projeto-de-alvenaria-estrutural-312787-1.aspx#Q2

89
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

“O bom comportamento da alvenaria está


ligado ao fato de a argamassa trabalhar
confinada pelo bloco, devendo ter um módulo
de deformação inferior ao do bloco. A
compressão da junta de argamassa é triaxial, o
que, aliás, é benéfico, fazendo com que a sua
resistência seja superior à de um corpo de
prova de argamassa comprimido em uma
prensa hidráulica, pois neste último caso, o
estado é praticamente uniaxial.”
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/206/artigo311455-
90
2.aspx
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

“A prescrição da NBR 15.961-1 baseia-se na


resistência, pois, por meio dela, pode-se
indiretamente estabelecer uma relação entre
os módulos de deformação dos componentes
envolvidos: bloco e argamassa. O controle de
obras de alvenaria exige sempre a apuração do
valor das resistências de compressão e, apenas
eventualmente, o dos módulos de deformação.
Assim, a medida indireta não é apenas mais
fácil de se fazer, como também de controlar
durante o processo de execução.”
http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/206/artigo311455- 91

2.aspx
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

A NBR 15812-1/10 (Alvenaria estrutural –


Blocos cerâmicos, Parte 1 – Projetos)
especifica que as argamassas destinadas à
junta de assentamento dos blocos devem
atender aos requisitos estabelecidos na NBR
13281. Quanto à resistência à compressão,
deve atender ao valor mínimo de 1,5 MPa e o
valor máximo de 0,7fbk , referida à área
líquida. A resistência da argamassa deve ser
determinada conforme a NBR 13279. 92
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

A NBR 15961-1/11 (Alvenaria estrutural –


Blocos de concreto, Parte 1 – Projeto)
também especifica que as argamassas
destinadas à junta de assentamento dos
blocos devem atender aos requisitos
estabelecidos na NBR 13281. Quanto à
resistência à compressão, deve atender o
valor máximo de 0,7fbk , referida à área
líquida. A resistência da argamassa deve ser
determinada conforme a NBR 13279. 93
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

Parsekian e Soares (2010) indicam arga-


massa com resistência à compressão
próxima a 70 % da resistência do bloco na
área bruta, obedecendo-se à resistência
máxima de 70 % da resistência do bloco
na área líquida.

94
Argamassa de Assentamento:
Resistência à compressão:

Indicações de Parsekian e Soares (2010)


para a resistência da argamassa e do
graute:
Bloco Argamassa – fak (MPa) Graute – fgk (MPa)
fbk (MPa) Mínimo Máximo Recomendado Recomendado
3,0 2,1 4,8 4,0 15,0
6,0 4,2 9,7 5,0 15,0
8,0 5,6 12,9 6,0 20,0
10,0 7,0 16,1 7,0 a 8,0 25,0

95
Argamassa de Assentamento:

Espessura das juntas:


A espessura da junta horizontal é um fator
muito importante. Não deve ser muito
pequena, para partes dos blocos não se
tocarem e assim evitar-se concentração de
tensões.
A resistência das paredes decresce com o
aumento da espessura da junta horizontal,
porque o aumento da espessura diminui o
confinamento da argamassa (provocado pelas
superfícies dos blocos); o confinamento é o
fator que torna a argamassa pouco suscetível96à
ruptura.
Argamassa de Assentamento:
Espessura das juntas:

Pesquisas indicaram que cada aumento


de 3 mm na espessura da junta
horizontal de argamassa ocasiona uma
redução de 15 % na resistência da parede.
A NBR 15812-2/10 especifica que a
espessura das juntas entre blocos deve
ser igual a 10 mm (1 cm).

97
Argamassa de Assentamento:

Traços:

A NBR 15812-2/10 e a NBR 15961-2/11 não


fornecem tipos ou traços de argamassa, e
especificam apenas exigências para os
materiais e controle de qualidade.
As normas BS 5628 e ASTM C 270 (Mortar for
unit masonry) indicam traços de argamassa,
em função da utilização da alvenaria, de modo
que as argamassas tenham uma qualidade
mínima, para garantir que a alvenaria
apresente durabilidade.
98
Argamassa de Assentamento:
Traços:

Semelhantemente, Parsekian e Soares


(2010) apresentam traços e indicações de
aplicação de argamassas de assenta-
mento, como mostrado na Tabela.
fa,m
cimento:cal:areia Aplicação
(MPa)
1: 0,25: 3 17 Traço muito forte, suscetível a fissuras
Traço forte, para alvenaria aparente, enterrada, sujeita a ações
1: 0,5: 4,5 12
laterais (muros de arrimo, reservatórios)
1: 1: 5 a 6 5 Traço para edificações de baixa altura com alvenaria revestida
1: 2: 8 a 9 2,5 Traço para alvenaria de vedação

99
Argamassa de Assentamento:
Traços:

Segundo Amrhein (1998) as proporções


mais comuns para as argamassas são as
mostradas na Tabela.
Argamassa cimento:cal:areia
M 1 : 0,25 : 3,5
S 1 : 0,5 : 4,5
N 1:1:6
O 1:2:9

100
Argamassa de Assentamento:
Traços:

A norma americana ASTM C 270 também


fornece traços e indicações para auxiliar
na escolha da argamassa, conforme a
Tabela.
Argamassa Indicação
Alvenaria sujeita a altas forças de compressão, ação severa do frio, altas forças
M laterais de pressão do solo, vento, terremotos, estruturas de fundação, alicerce,
poço, muros de arrimo.
Estruturas que requerem alta resistência de aderência à flexão, e sujeitas a
S
cargas laterais e de compressão.
N Uso geral nas alvenarias acima. Base de residências, paredes internas. Porão.
O Paredes de vedação.

101
Graute
Graute é um concreto com agregados de
pequena dimensão máxima, de consis-
tência fluida (abatimento de 20 a 28 cm),
destinado a:
-preenchimento dos vazios dos blocos,
com a função de aumentar a área da
seção transversal;
-promover a solidarização dos blocos
com as armaduras dispostas nos septos
(vazios) e preencher blocos canaleta e J.
102
Graute:

Com sua aplicação consegue-se aumentar


a capacidade da alvenaria à compressão,
ou possibilitar que as tensões de tração
sejam resistidas pela armadura.

http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/1/ 103
materiais/qualidade/9/materiais.html
Graute:

https://www.ufrgs.br/eso/content/?tag=alvenaria-estrutural 104
Graute:

https://www.ufrgs.br/eso/content/?tag=alvenaria-estrutural 105
Graute:

O graute deve aderir aos blocos e


envolver a armadura, de modo a formar
um conjunto único (monolítico).
O graute aumenta também a resistência
das paredes:
a) a forças laterais;
b) à propagação do som;
c) ao fogo.

106
Graute:

107
Graute:

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/225/prova-
comentada-alvenaria-estrutural-366910-1.aspx

http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-
construtivos/1/materiais/qualidade/9/materiais.html

108
Graute:

http://www.pauluzzi.com.br/alvenaria.php

109
Graute:

Segundo a NBR 15961-1/11, a resistência


característica mínima à compressão do
graute deve ser de 15 MPa, para a
alvenaria com bloco de concreto.

110
Graute:

(Fonte: http://www.mapadaobra.com.br) (Fonte: http://texsa.com.br)

111
Graute:

(Fonte: http://www.ceramfix.com.br) (Fonte: http://www.denverimper.com.br)

112
Graute:

Para alvenaria de bloco cerâmico, a NBR


15812-1/10 não especifica a resistência
mínima, e preconiza que a avaliação da
influência do graute na compressão deve
ser feita mediante o ensaio de com-
pressão de prismas, os quais devem ser
grauteados e argamassados com os
mesmos materiais e da mesma forma a
ser empregada na edificação.

113
Graute:

A norma americana “Uniform Building


Code” (UBC), entre outras, apresenta
diversas especificações para os grautes,
incluindo as proporções.

114
Graute:

Parsekian e Soares (2010) apresentam


dois traços de graute, nomeados grautes
fino (sem brita) e grosso (com brita 1), e
indicações como a resistência mínima à
compressão de 15 MPa, a máxima de 150
% da resistência do bloco na área
líquida.

115
Graute:

No caso de blocos cerâmicos com relação


entre a área bruta e a área líquida de 2,3,
recomendam considerar a resistência do
graute igual 2,3 vezes a resistência do
bloco à compressão, aproximando para
valores múltiplos de 5.

116
Graute:

Como exemplo de um traço de graute


(em volume) pode-se citar:
1:0,05:2,20:2,40:0,72
cimento:cal:areia:brita zero – pedrisco:
a/c
O abatimento obtido foi de 20 cm e a
resistência à compressão de 22,5 MPa.

117
Armaduras
As armaduras, quando na forma de
vergalhões, são as mesmas utilizadas no
Concreto Armado (CA-25, 50 e 60),
conforme a norma NBR 7480.

118
Armaduras:

As armaduras aplicadas na Alvenaria


Estrutural são de dois tipos:
-com função estrutural;
-construtiva.

A armadura com função estrutural tem o


objetivo de proporcionar resistência a
tensões de tração, provenientes por
exemplo de flexão simples ou composta,
e de cisalhamento. É determinada por
procedimento normalizado.
119
Armaduras:

A armadura construtiva é determinada


empiramente e tem o objetivo de
proporcionar amarração entre paredes,
prevenir o surgimento de fissuras,
cantos de aberturas, etc.

120
Armaduras:

121
Armaduras:

(Fonte: http://construcaomercado17.pini.com.br)
122
Armaduras:

123
Armaduras:

124
Armaduras:

125
Armaduras:

126
Elementos Pré-moldados

127
PRÉ-MOLDADOS PARA
ALVENARIA ESTRUTURAL
Estudar dissertação sobre o tema:

MAMEDE, F.C. Utilização de pré-


moldados em edifícios de Alvenaria
Estrutural. EESC-USP, 2001.

128
Elementos Pré-moldados

129
NBR 9062 – Pré-
moldado: aquele que é
executado fora do local
de utilização definitivo
na estrutura

Moldura de janela

130
Janelas com marco metálico

131
Elementos Pré-moldados – Contramarco de janela

132
Elementos Pré-moldados – Contramarco de janela

133
Porta - Madeira

134
Porta - Madeira

135
Porta - Madeira

136
Porta – Batente metálico envolvente

137
Porta – Batente metálico envolvente

138
Elementos Pré-moldados – Escada jacaré

139
Elementos Pré-moldados – Escada jacaré

140
Elementos Pré-moldados - Escadas

141
Elementos Pré-moldados - Escadas

142
Elementos Pré-moldados - Pingadeira

143
Elementos Pré-moldados - Verga

Exemplo de projeto em:


MAMEDE, F.C. Utilização de pré-moldados em edifícios de Alvenaria
Estrutural. Dissertação (Mestrado), Departamento de Engenharia de 144
Estruturas, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), 2001, 204p.

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