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DENGUE, CHIKUNGUNYA e ZIKA NO

ESTADO DE SÃO PAULO


Global distribution of Ae. aegypti and Ae. albopictus.

Didier Musso, and Duane J. Gubler Clin. Microbiol. Rev.


2016;29:487-524
DISTRIBUIÇÃO DA INFESTÇÃO DE AEDES AEGYPTI SEGUNDO PAIS
Distribuição dos municípios com
infestação domiciliar por Aedes
aegypti no Brasil 1995 e 2010

Distribuição dos municípios com


infestação domiciliar por Aedes
albopictus no Brasil 2011 e 2014

Fonte: SESSP
Distribuição dos municípios com infestação
domiciliar por Aedes aegypti no Estado de
São Paulo, 2015

Distribuição dos municípios com


infestação domiciliar por Aedes
albopictus no Estado de São Paulo,
2014

Fonte: SESSP
DENGUE
Casos prováveis de dengue, por semana epidemiológica de
início de sintomas. Brasil, 2014, 2015 e 2016
Atualização de Dengue do Estado de São Paulo até a semana
epidemiológica 45 de 2016

Total 2015 Total 2016


casos de dengue Total 2015 (SE 1 a 46) (SE 1 a 46) Variação %
61,94
Total de Notificados 1.026.966 989 630 376 676
76, 46
Total de Confirmados 688 763 679 595 159 969

80,66
Total de Óbitos 488 486 94
Fonte: Sinan Online, 21.11.16
DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS DE DENGUE
NO ESTADO DE SÃO PAULO, ANOS 2014, 2015 E 2016

Fonte: Sinan On line, 21.11.16


DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS CONFIRMADOS DE DENGUE NO
ESTADO DE SÃO PAULO, ANOS 2014, 2015 E 2016
100000

10000
nº de casos

1000
2014
2015
2016

100

10
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53
semana epidemiológica

Fonte: Sinan On line, 21.11.16


DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS CONFIRMADOS DE DENGUE NO
ESTADO DE SÃO PAULO, ANOS 2014, 2015 E 2016

Fonte: Sinan Online e Sinan Net. Dados atualizados em 10/08/2016.


DISTRIBUIÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO
PAULO DE ACORDO COM A FASE DE TRANSMISSÃO DE DENGUE ANO 2016

fases nº de municípios
Silenciosa 96 14,88%
Inicial 200 31,01%
Alerta 187 28,99%
Emergência 162 25,12%
Total 645 100,00%
Fonte: Sinan Online, 21.11..16
CHIKUNGUNYA
Nº de casos confirmados: 67.620
Casos notificados e confirmados de Febre de Chikungunya por
município de notificação, até a Semana Epidemiológica 37,
Brasil, 2016

ano Prováveis Confirmados óbitos


2015 38.332 13.236 6
2016 236.287 116.523 120
Atualização de Chikungunya no Estado de São Paulo

2015 2016
casos Total 2015 (SE 1 a 47) (SE 1 a 47)
Total de
Notificados 1505 1.140 6.017

Total de
Confirmados 189 139 1031
Fonte: Sinan Net/Sinan Online Chikungunya, 25.11.16

Obs.: Não há óbito por Chikungunya no


Estado de SP
Atualização de Chikungunya no Estado de São Paulo –
Casos confirmados

casos confirmados
(considerando LPI
município de 2015 2016
residência SP) Total 2015 (SE 1 a 47 ) (SE 1 a 47)

Autóctone 0 0 198

Importados 189 139 833

Fonte: Sinan Net /Sinan Online, 25.11.16


Distribuição dos casos notificados e confirmados de
Chikungunya no Estado de São Paulo, por SE - 2016
1000

100
nº de casos

Confirmado
Notificados

10

1
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45
Semana epidemiológica

Fonte: Sinan Net /Sinan Online, 25.11.16


Distribuição dos casos confirmados (autóctones e importados)
de Chikungunya, por município, Estado de São Paulo, ano 2016

LPI Nº Municípios %
casos
importados 76 11,78
casos autoctones 24 3,72
casos aut / imp 40 6,20
sem casos 505 78,30
Total 645 100
Fonte: Sinan Net /Sinan Online: 25.11.16
Distribuição dos casos notificados e confirmados Chikungunya
por GVE de residência no Estado de São Paulo, ano de 2016
10000

1000

100
nº de casos

confirmados
10 notificados

1
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GVE de residência

Fonte: Sinan Net /Sinan Online: 25.11.16


ZIKA
Países e territórios que mostram distribuição histórica do vírus Zika
1947 - 2016
46 países
Distribuição dos casos notificados e confirmados de febre pelo vírus Zika
por município de notificação, até a Semana Epidemiológica 37, Brasil, 2016

ano Prováveis Confirmados óbitos


2015 - - 3
2016 200.465 109.596 3
2016
GESTANTE 16.473 9.507 3
Atualização do vírus Zika, no Estado
de São Paulo

SITUAÇÃO 2015 2016 (SE 1 a 45)


Notificados 278 9533
Descartados 154 4092 (42,92%)
Confirmados 75 4033 (42,31%)
Confirmados Laboratorialmente 40 1119 (27,75%)
Confirmado Clínico-Epidemiológico 32 2911 (72,18%)
Confirmado em Gestantes 12 737 (18,27%)

Fonte: SINANNET
Dados atualizados: 22.11.16
Distribuição dos casos de Zika Vírus confirmados em gestantes
por local provável de infecção. Estado de São Paulo, 2015 -
2016.

Casos confirmados
(LPI município de residência SP) 2015 2016 (SE 1 a 45)

Autóctone 10 720

Importado 2 17

Total 12 737
Fonte: SINANNET
Dados atualizados: 22.11.16
Distribuição dos casos notificados e confirmados de Zika Vírus ,
por Semana Epidemiológica, Estado de São Paulo - 2016

1000

100

NOT
CONF

10

1
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45

Fonte: SINANNET
Dados atualizados: 22.11.2016
Distribuição dos casos notificados e confirmados Zika no Estado
de São Paulo, ano de 2016

Fonte: SINANNET
Dados atualizados: 25.10.16

Municípios n %
Casos Autóctones 82 12,71
Casos Importados 28 4,34
Aut/Imp 23 3,57
sem casos 512 79,38
Total 645 100,00
Fonte: SINANNET
Dados atualizados até 22.11.16
Distribuição de casos notificados e confirmados do vírus Zika, por GVE,
Estado de São Paulo ano 2016

Fonte: SINANNET
Dados atualizados: 22.11.16
Distribuição dos municípios com casos confirmados de vírus Zika em
Gestante, Estado de São Paulo, ano 2016

Municípios n %
Casos Autóctones 58 8,99
Casos Importados 6 0,93
Aut/Imp 6 0,93
sem casos 575 89,15
Total 645 100,00
Fonte: SINANNET
Dados atualizados até 221116
Dados sujeitos a alterações
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E
CONTROLE DAS ARBOVIROSES URBANAS
NO ESTADO DE SÃO PAULO
PREVENÇÃO E CONTROLE DAS ARBOVIROSES
URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Intimamente relacionadas à dinâmica


populacional e seus aspectos
socioculturais e econômicos e suas inter-
relações com os demais componentes da
cadeia de transmissão, exige a aplicação
do conhecimento acumulado por
diversos parceiros com integração das
intervenções.
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO
Objetivos e Metas

• Reduzir a letalidade por dengue em pelo menos 10% até 2019 (ano base 2015:
0,07);
• Reduzir a incidência de dengue em pelo menos 25% até 2019 (ano base 2015:
1555,36/100000 habitantes);
• Detectar precocemente a ocorrência casos suspeitos de dengue, chikungunya e
Zika, de modo a garantir ações de prevenção e controle de novos casos;
• Realizar sorotipagem para identificação precoce da circulação de novos
sorotipos;
• Detectar precocemente a introdução dos vírus chikungunya e Zika em áreas
indenes;
• Qualificar as notificações de arboviroses urbanas e o encerramento dos casos;
• Investigar 100% dos óbitos suspeitos de arboviroses urbanas
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO
• A estratégia proposta tem como princípio a intersetorialidade,
norteando-se pela integração das ações de vigilância epidemiológica,
entomológica, sanitária e laboratorial, de controle de vetor e da rede
de atenção à saúde, devendo:

• Aprimorar os procedimentos de vigilância, garantindo notificação dos casos, investigação dos


quadros graves e dos óbitos, monitoramento dos vírus e sorotipos circulantes, positividade dos
exames, monitoramento dos índices de infestação, sempre de forma oportuna.

• Aprimorar a análise de situação de saúde, considerando os dados das vigilâncias


epidemiológica, entomológica, sanitária e laboratorial e da organização da rede de atenção, de
forma a orientar a tomada de decisão.

• Recomendar medidas de prevenção e controle apropriadas através de documentos técnicos e


informativos, com o intuito de evitar a expansão da transmissão das arboviroses urbanas para
novas áreas.....
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• ELEMENTOS TÉCNICOS
FLUXOS DE NOTIFICAÇÃO E INFORMAÇÃO
• Definições de casos suspeitos e critérios de confirmação e
descarte
CENÁRIOS EPIDEMIOLÓGICOS DA DENGUE E CONFIRMAÇÃO
LABORATORIAL DAS ARBOVIROSES URBANAS
• Análise retrospectiva – Município com e sem histórico de
transmissão
• Monitoramento – Planilha de Monitoramento e Diagrama de
Controle (DC)
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Município sem histórico de transmissão

• O monitoramento dos casos deverá ter periodicidade mínima


semanal, utilizando-se a incidência de casos prováveis de dengue
(figura 5) das 4 semanas anteriores à semana do cálculo, com a
qual deve se construir a planilha de acompanhamento de
incidência e a representação gráfica dos valores obtidos. A
análise da curva de incidência permitirá acompanhar a evolução
da transmissão. Deverão ser consideradas como fontes de
informação as notificações do SINAN, os registros do GAL e os
fluxos alternativos quando esses forem estabelecidos.
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Município com histórico de transmissão:


• Para esses municípios o acompanhamento da situação
epidemiológica de dengue, também com periodicidade
mínima semanal, será por meio do diagrama de controle (DC),
que permite o monitoramento dos casos em relação a sua
própria série histórica e cuja construção deverá se orientar
pelos seguintes critérios:
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Períodos sazonal e intersazonal


• De posse das ferramentas de monitoramento (planilha de
acompanhamento da incidência e DC) os municípios, apoiados
pelo GVE e Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika do
CVE/CCD/SES-SP, pelo DRS (Departamentos Regionais de
Saúde) e CRS/SES-SP, pela SUCEN/SES-SP e regionais, pelo GVS
(Grupo de Vigilância Sanitária) e CVS/CCD/SES-SP e pelo CLR-
IAL e IAL/CCD/SES-SP, serão capazes de identificar o momento
epidemiológico em que se encontram. Tais medidas visam
maior agilidade no desencadeamento das ações de controle de
vetor e de organização da assistência.
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Períodos intersazonal da dengue no ESP (a partir da SE 27):


• Trata-se de período em que se espera a redução ou
interrupção da transmissão viral (meses mais frios). A fim de
se detectar precocemente a circulação do vírus da dengue,
com consequente desencadeamento das ações de controle
vetorial, devem ser realizadas sorologias ELISA IgM para
todos os casos suspeitos. A busca ativa de novos casos
sintomáticos deve ser incluída à investigação dos suspeitos
nos locais em que estes tenham estado durante seu período
de viremia.
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Período sazonal da dengue no ESP (até SE 26):


• Trata-se do período de maior transmissão viral e ocorrência de
casos, podendo os municípios com histórico de transmissão
apresentarem-se em níveis endêmicos ou epidêmicos da
doença e municípios sem histórico de transmissão
apresentarem-se sob risco de epidemia.
• Nos municípios que tiverem atingido incidência que não mais
justifique a vigilância laboratorial sorológica para todos os
casos suspeitos, a confirmação laboratorial pela Rede de
Laboratórios do IAL/CCD/SES-SP permanecerá disponível e
indicada para investigação de todos os casos graves e óbitos.
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Período sazonal da dengue no ESP (até SE 26):


• Para as transições entre os períodos intersazonal e
sazonal, recomenda-se que os municípios, pautados
nos conceitos de intersetorialidade e de vigilância
integrada analisem seu cenário epidemiológico por
bairros, distritos sanitários ou unidades notificantes,
dentro dos seguintes parâmetros:
- Curva de incidência dos casos prováveis de
dengue
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Período sazonal da dengue no ESP (até SE 26):


- Positividade dos exames específicos -
Índices de infestação vetorial....
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Monitoramento viral permanente e amostral

• Também com a finalidade de conhecimento dos


sorotipos circulantes de dengue e de detecção da
introdução ou da circulação concomitante de outras
arboviroses, será estabelecido um monitoramento viral
permanente e amostral, segundo o qual serão
processadas amostras de NS1 encaminhadas pelos
municípios de acordo com critérios epidemiológicos
discutidos entre os municípios e GVE
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

• Monitoramento viral permanente e amostral

• Também com a finalidade de conhecimento dos


sorotipos circulantes de dengue e de detecção da
introdução ou da circulação concomitante de outras
arboviroses, será estabelecido um monitoramento viral
permanente e amostral, segundo o qual serão
processadas amostras de NS1 encaminhadas pelos
municípios de acordo com critérios epidemiológicos
discutidos entre os municípios e GVE
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE
DAS ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE
SÃO PAULO

...Se NS1 reagente, confirma-se dengue, com a


possibilidade de identificação do sorotipo; se
não reagente haverá realização de RT-qPCR para
Zika. Se RT-qPCR para Zika for detectável,
confirma-se Zika; se não detectável haverá
realização de RT-qPCR para chikungunya.
DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE
DAS ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE
SÃO PAULO

Confirmação laboratorial de chikungunya e Zika

• Durante todo o ano-calendário, os casos autóctones suspeitos de


chikungunya deverão ser confirmados laboratorialmente, de acordo
com a técnica mais oportuna;

• A sorologia IgG chikungunya somente será realizada em situações de


interesse para a vigilância epidemiológica (por exemplo, confirmação de
autoctonia), portanto prescindem de discussão prévia com o nível
hierárquico que couber ao solicitante;

• Casos graves e óbitos devem ser sempre investigados.


DIRETRIZES PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE
DAS ARBOVIROSES URBANAS NO ESTADO DE
SÃO PAULO

Confirmação laboratorial de chikungunya e Zika

• Gestantes suspeitas de Zika e recém-nascidos


expostos ao vírus, bem como casos graves e óbitos,
deverão ter confirmação laboratorial em todo o ano-
calendário.
Divisão de Dengue
dengue@cve.saude.sp.gov.br

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