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Capítulo 4 - Campos Elétricos Na Matéria
Capítulo 4 - Campos Elétricos Na Matéria
Campos elétricos
na matéria
Exemplo 4.1
Um modelo primitivo de um átomo consiste de um núcleo pontual (+q) cercado por uma
nuvem esférica uniformemente carregada (−q) de raio ɑ (Figura 4.1). Calcule a
polarizabilidade atômica desse átomo.
Solução: na presença de um campo externo E, o núcleo é deslocado ligeiramente para
a direita e a nuvem de elétrons para a esquerda (Figura 4.2). O equilíbrio ocorre quando
o núcleo é deslocado a uma distância d do centro da esfera. O campo a uma distância
d do centro de uma esfera uniformemente carregada é
Para as moléculas, a situação não é tão simples, porque se polarizam mais em uma
direção do que em outras. O dióxido de carbono (Figura 4.3), por exemplo, tem uma
polarizabilidade de 4,5 × 10−40 C2 · m/N quando se aplica o campo ao longo do eixo
da molécula, mas de apenas 2 × 10−40 para campos perpendiculares a essa direção.
Quando o campo está em ângulo com o eixo, é preciso separá-lo em componentes
paralelos e perpendiculares, multiplicando cada um pela polarizabilidade pertinente:
Problema 4.1 Um átomo de hidrogênio (raio de Bohr de meio angstrom) está entre duas
placas de metal distantes 1 mm uma da outra, conectadas a terminais opostos de uma
bateria de 500 V. A que fração do raio atômico chega a distância de separação d? Estime
a voltagem que seria necessária, com esse aparato, para ionizar o átomo. Conclusão: os
deslocamentos são ínfimos, mesmo em escala atômica.
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Problema 4.2 Segundo a mecânica quântica, a nuvem de elétrons de um átomo de
hidrogênio em estado fundamental tem densidade de carga
e, portanto
(4.5)
Problema 4.5 Na Figura 4.6, p1 e p2 são dipolos (perfeitos) separados por uma
distância r. Qual é o torque em p1 devido a p2? Qual é o torque em p2 devido a p1?
Problema 4.6 Um dipolo (perfeito) p está localizado a uma distância z acima de
um plano condutor infinito (Figura 4.7). O dipolo forma um ângulo θ com a
perpendicular ao plano. Encontre o torque sobre p. Se o dipolo tiver rotação livre,
em que direção ficará em repouso?
onde r é o vetor entre o dipolo e o ponto no qual estamos calculando o potencial (Figura
4.8). Temos um momento de dipolo p = Pdτ em cada elemento de volume dτ, de forma
que o potencial total é
(4.9)
Exemplo 4.2
Encontre o campo elétrico produzido por uma esfera uniformemente polarizada
de raio R.
Solução: é preferível o eixo z para coincidir com a direção da polarização (Figura
4.9). A densidade volumétrica da carga de polarização ρp é zero, já que P é
uniforme, mas
(4.17)
(4.18)
(4.19)
Problema 4.15 Uma casca esférica grossa (raio interno ɑ, raio externo b) é feita de
material dielétrico, com polarização ‘congelada’ (Figura 4.18)
(4.25)
Se o problema tiver simetria esférica, cilíndrica ou plana, você poderá obter D
diretamente a partir da Equação 4.23. Se o requisito simetria estiver ausente, não
se deve presumir que D é determinado exclusivamente pela carga livre.
4.3.3 Condições de contorno
A Equação 4.23 dá a descontinuidade no componente perpendicular de uma
interface: (4.26)
(4.28)
e
(4.29)
Problema 4.17 Para a barra de eletreto do Problema 4.11, faça três esboços
cuidadosos: um de P, um de E e um de D. Assuma que L é cerca de 2ɑ.
(4.30)
Nos meios lineares temos
(4.31)
(4.33)
se uma carga livre q está incorporada a um grande dielétrico, o campo que ela
produz é
(4.36)
(4.38)
(4.39)
A Equação 4.26 diz
(4.40)
ou (em termos de potencial),
(4.41)
Exemplo 4.7
Uma esfera de material dielétrico linear e homogêneo é colocada em um campo
elétrico E0 (Figura 4.27). Encontre o campo elétrico dentro da esfera.
(4.47)
Exemplo 4.8
A região abaixo do plano z = 0 (Figura 4.28) está preenchida com material
dielétrico linear e uniforme de suscetibilidade χe. Calcule a força sobre a carga
pontual q a uma distância d acima da origem.
(4.52)
a força sobre q é:
(4.54)
(4.55)
Trabalho feito sobre a carga livre adicional:
(4.56)
Em termos de Q,
(4.63)
(4.65)
a bateria também trabalha quando o dielétrico se move:
(4.66)
(4.70)
(4.72)
A Equação 4.72 é conhecida como a Fórmula de Clausius-Mossotti, ou, na sua
aplicação em ótica, equação de Lorentz-Lorenz.
Problema 4.39 Verifique a relação de Clausius-Mossotti (Equação 4.72) para os
gases listados na Tabela 4.1. (As constantes dielétricas são dadas na Tabela
4.2.).
Problema 4.40 A equação de Clausius-Mossotti (Problema 4.38) lhe diz como
calcular a suscetibilidade de uma substância não polar, em termos da
polarizabilidade atômica α. A equação de Langevin lhe diz como calcular a
suscetibilidade de uma substância polar, em termos de momento de dipolo
molecular permanente p.
(4.73)