Você está na página 1de 90

Capítulo 11

Radiação

slide 1 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


11.1 Radiação dipolar
11.1.1 O que é radiação?
Uma carga elétrica em repouso não gera ondas eletromagnéticas e
uma corrente estacionária também não. É preciso acelerar as cargas e
mudar as correntes. O objetivo deste capítulo é mostrar como tais
configurações produzem ondas eletromagnéticas – ou seja, como elas
radiam.

slide 2 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Imagine uma casca oca gigantesca, de raio r (Figura 11.1); a potência
total que sai atravessando a superfície é a integral do vetor de Poynting:

(11.1)
A potência radiada é o limite desta quantidade à medida que r tende ao
infinito:
(11.2)
Esta é a energia (por unidade de tempo) transportada ao infinito, e ela
nunca volta.

slide 3 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


11.1.2 Radiação de dipolo elétrico
Imagine duas minúsculas esferas de metal separadas por uma distância
d e conectadas por um fio fino (Figura 11.2). No tempo t a carga da
esfera superior é q(t), e a carga da esfera inferior é −q(t). Suponha que
movimentemos a carga pelo fio indo e vindo de uma extremidade à
outra, a uma frequência angular ω:
q(t) = q0 cos (ωt). (11.3)
O resultado é um dipolo elétrico oscilante:
(11.4)
onde
p0 ≡ q0 d
é o valor máximo do momento de dipolo

slide 4 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 5 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
O potencial retardado (Equação 10.19) é

(11.5)
onde, pela lei dos cossenos,
(11.6)

Agora, para tornar este dipolo físico um dipolo perfeito, queremos que a
distância de separação seja extremamente pequena:
aproximação 1: d << r. (11.7)
Se d é nulo não há potencial nenhum; o que queremos é uma expansão
até a primeira ordem em d. Assim
(11.8)

slide 6 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Segue-se que

(11.9)
e

No limite do dipolo perfeito, temos, também,


(11.10)

Como ondas de frequência ω têm um comprimento de onda λ = 2πc/ω,


isso resulta no requisito d λ.) Nessas condições

(11.11)

slide 7 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Colocando as equações 11.9 e 11.11 na Equação 11.5, obtemos o
potencial de um dipolo perfeito oscilante:
(11.12)

No contorno estático (ω → 0), o segundo termo reproduz a velha


fórmula para o potencial de um dipolo estacionário (Equação 3.99):

Mas estamos interessados nos campos que sobrevivem a grandes


distâncias da fonte, na chamada zona de radiação
(11.13)
Nessa região, o potencial se reduz a

(11.14)

slide 8 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Enquanto isso, o potencial vetorial é determinado pela corrente que
passa pelo fio:
(11.15)

Consultando a Figura 11.3,

(11.16)
Como a integração em si introduz um fator d, podemos, em primeira
ordem, substituir o integrando pelo seu valor no centro:
(11.17)

slide 9 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 10 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
A partir dos potenciais, calcular os campos é uma questão simples.

slide 11 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Da mesma forma,

e, portanto,
(11.18)

Enquanto isso,

slide 12 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


O segundo termo é novamente eliminado pela aproximação 3, então
(11.19)

A energia radiada por um dipolo elétrico oscilante é determinada pelo


vetor de Poynting:

(11.20)
A intensidade é obtida tomando-se a média de um ciclo completo:
(11.21)

slide 13 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Observe que não há radiação ao longo do eixo do dipolo; o perfil de
intensidade toma a forma de uma rosquinha, com seu máximo no plano
equatorial (Figura 11.4). A potência total radiada é determinada
integrando-se S sobre uma esfera de raio r:

(11.22)

Ela é independente do raio da esfera, considerando-se a conservação de


energia (com a aproximação 3 estamos antecipando o limite r→∞).

slide 14 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Exemplo 11.1
A acentuada dependência que a fórmula da potência tem com a
frequência é a causa da cor azul do céu. A luz que passa pela atmosfera
estimula os átomos a oscilarem como minúsculos dipolos. A radiação
solar incidente cobre uma gama de frequências (luz branca), mas a
energia absorvida e rerradiada pelos dipolos atmosféricos é mais forte
nas frequências mais altas devido a ω4 na Equação 11.22. Então, é mais
intensa no azul do que no vermelho. É essa luz rerradiada que você vê
quando olha para o céu.

slide 15 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Como as ondas eletromagnéticas são transversais, os dipolos oscilam
em um plano ortogonal aos raios do sol. No arco celestial perpendicular a
esses raios, onde o azul é mais pronunciado, os dipolos que oscilam ao
longo da linha de visão não enviam radiação ao observador (devido a
sen2 θ na Equação 11.21); a luz recebida nesse ângulo é polarizada
perpendicularmente aos raios do sol (Figura 11.5).
O vermelho do pôr do sol é o outro lado da mesma moeda: a luz do sol
que chega tangente à superfície da Terra tem de atravessar um trecho
muito maior de atmosfera do que a luz que vem de cima (Figura 11.6).
Consequentemente, muito do azul é removido pelo espalhamento,
sobrando o vermelho.

slide 16 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 17 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
Problema 11.1 Verifique se os potenciais retardados de um dipolo
oscilante (equações 11.12 e 11.17) satisfazem a condição de calibre de
Lorentz. Não use a aproximação 3.
Problema 11.2 A Equação 11.14 pode ser expressa em uma forma
‘livre de coordenadas’ escrevendo-se p0 cos θ = p0 ·ˆr. Faça isso, e
repita para as equações 11.17, 11.18, 11.19 e 11.21.
Problema 11.3 Encontre a resistência de radiação do fio que junta as
duas extremidades do dipolo. (Essa é a resistência que teria a mesma
perda média de potência –para o calor – que o dipolo de fato emite na
forma de radiação.) Mostre que R = 790 (d/λ) 2 Ω, onde λ é o
comprimento de onda da radiação. No caso dos fios de um rádio
comum (de, digamos, d = 5cm), você deve se preocupar com a
contribuição radiativa para a resistência total?

slide 18 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.4 Pode-se pensar em um dipolo elétrico em rotação como a
superposição de dois dipolos oscilantes, um ao longo do eixo x e o outro
ao longo do eixo y (Figura 11.7), estando o segundo fora de fase por 90°:

Usando o princípio da superposição e as equações 11.18 e 11.19 encontre


os campos de um dipolo em rotação. Encontre também o vetor de Poynting
e a intensidade de radiação. Faça o gráfico do perfil de intensidade como
função do ângulo polar θ, e calcule a potência total radiada. A resposta
parece razoável?

slide 19 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


11.1.3 Radiação de dipolo magnético
Suponha agora que temos uma espira de fio de raio b (Figura 11.8), em
torno da qual passamos uma corrente alternada:
I(t) = I0 cos (ωt). (11.23)
Este é um modelo para um dipolo magnético oscilante,
(11.24)

onde
(11.25)
é o valor máximo do momento de dipolo magnético.
A espira está sem carga, de forma que o potencial escalar é nulo. O
potencial vetorial retardado é

(11.26)

slide 20 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Para um ponto r acima do eixo x (Figura 11.8), A tem de na direção y, já
que os componentes x de pontos simetricamente colocados dos dois
lados do eixo x irão se anular. Assim

(11.27)

slide 21 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Pela lei dos cossenos,

onde ψ é o ângulo entre os vetores r e b:

Então rb cosψ = r · b = rb sen θ cos ϕ e, portanto,


(11.28)

Para um dipolo ‘perfeito’, queremos que a espira seja extremamente


pequena:
aproximação 1: b << r. (11.29)

slide 22 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Até a primeira ordem em b, então,

portanto,
(11.30)

Também assumimos que o tamanho do dipolo é pequeno em


comparação com o comprimento de onda radiada:
(11.31)

slide 23 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Nesse caso,

(11.32)

Inserindo as equações 11.30 e 11.32 na Equação 11.27, e eliminando o


termo de segunda ordem:

A integral do primeiro termo é nula:

slide 24 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


O segundo termo envolve a integral do quadrado do cosseno:

Concluo que o potencial vetorial de um dipolo magnético perfeito oscilante


é
(11.33)

No limite estático (ω = 0) reproduzimos a conhecida fórmula para o


potencial de um dipolo magnético (Equação 5.85)

Na zona de radiação,
(11.34)

slide 25 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


o primeiro termo em A é desprezível, de forma que

(11.35)

De A obtemos os campos para r grande:

(11.36)
e
(11.37)

slide 26 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


O fluxo de energia para a radiação por dipolo magnético é

(11.38)

a intensidade é
(11.39)

e a potência total radiada é


(11.40)

slide 27 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Diferença importante entre a radiação de dipolo elétrico e de dipolo
magnético: para configurações com dimensões comparáveis, a
potência radiada eletricamente é maior. Comparando as equações
11.22 e 11.40,

(11.41)

Estabelecendo d = πb, para fins de comparação, obtenho

(11.42)

slide 28 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.5 Calcule os campos elétrico e magnético de um dipolo
magnético oscilante sem usar a aproximação 3. Encontre o vetor de
Poynting e mostre que a intensidade da radiação é exatamente a mesma
que obtivemos usando a aproximação 3.
Problema 11.6 Encontre a resistência de radiação para o dipolo
magnético oscilante da Figura 11.8. Expresse sua resposta em termos de
λ e b, e compare à resistência de radiação do dipolo elétrico.
Problema 11.7 Use a transformação de ‘dualidade’ do Problema 7.60,
juntamente com os campos de um dipolo elétrico oscilante (equações
11.18 e 11.19), para determinar os campos que seriam produzidos por
um dipolo magnético oscilante ‘de Gilbert’.

slide 29 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


11.1.4 Radiação de uma fonte arbitrária
Quero aplicar os mesmos procedimentos a uma configuração de carga
e corrente que é totalmente arbitrária, exceto pelo fato de que está
localizada dentro de algum volume finito próximo à origem (Figura 11.9).
O potencial escalar retardado é

(11.43)
onde
(11.44)
Como antes, vamos assumir que o ponto de observação r está longe
em comparação às dimensões da fonte:
aproximação 1: r’ << r. (11.45)

slide 30 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 31 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
Com base nesse pressuposto,

(11.46)
então

(11.47)
e

Expandindo ρ como uma série de Taylor em t em torno do tempo


retardado na origem,
(11.48)

slide 32 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


temos
(11.49)

onde o ponto significa diferenciação com relação ao tempo. Os próximos


termos da série seriam

Podemos eliminá-los, desde que

(11.50)

slide 33 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Colocando as equações 11.47 e 11.49 na fórmula para V (Equação
11.43), e novamente descartando o termo de segunda ordem:

A primeira integral é simplesmente a carga total, Q, no tempo t0. No


entanto, como a carga é conservada,Q é na realidade independente do
tempo. As duas outras integrais representam o momento de dipolo
elétrico no tempo t0. Assim

(11.51)

slide 34 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Enquanto isso, o potencial vetorial é

(11.52)
Como você verá logo mais, para a primeira ordem em r’ basta substituir
r por r no integrando:
(11.53)

Segundo o Problema 5.7, a integral de J é a derivada temporal do


momento de dipolo, portanto

(11.54)

slide 35 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Estamos interessados na zona de radiação, portanto mantemos apenas
os termos que vão com 1/r:

aproximação 3: descarte os termos 1/r2 em E e B. (11.55)

Por exemplo, o campo de Coulomb,

não contribui para a radiação eletromagnética, A partir da Equação 11.48


segue-se que

slide 36 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


e então

Da mesma forma,

enquanto

Portanto,

(11.56)

slide 37 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


onde ‥p é calculado no tempo t0 = t − r/c, e

(11.57)
Em particular, se usarmos coordenadas polares esféricas, com o eixo z
na direção de ‥p(t0), então

(11.58)

O vetor de Poynting é

(11.59)

slide 38 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


e a potência total radiada é

(11.60)

Observe que E e B são mutuamente perpendiculares, transversais à


direção de propagação e a razão E/B = c, como sempre acontece para
os campos de radiação.

slide 39 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Exemplo 11.2
(a) No caso de um dipolo elétrico oscilante,

e reencontramos os resultados da Seção 11.1.2.


(b) Para uma única carga pontual q, o momento de dipolo é
p(t) = qd(t),
onde d é a posição de q com relação à origem. Pelo mesmo critério,

onde a é a aceleração da carga. Neste caso, a potência radiada


(Equação 11.60) é
(11.61)

Esta é a famosa fórmula de Larmor

slide 40 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.8 Aplique as equações 11.59 e 11.60 ao dipolo em rotação
do Problema 11.4. Explique qualquer aparente discrepância quanto à sua
resposta anterior.
Problema 11.9 Um anel circular isolante (de raio b) está no plano xy,
centrado na origem. Ele possui uma densidade linear de carga λ = λ0 sen
ϕ, onde λ0 é constante e ϕ é o ângulo azimutal usual. O anel é agora
colocado para girar a uma velocidade angular estacionária ω em torno do
eixo z. Calcule a potência radiada.
Problema 11.10 Um elétron sai do repouso e cai sob a influência da
gravidade. No primeiro centímetro, que fração da energia potencial
perdida é radiada?

slide 41 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.11 Como modelo de radiação quadrupolar elétrica,
considere dois dipolos elétricos oscilantes com orientações opostas,
separados por uma distância d, como mostra a Figura 11.10. Use os
resultados da Seção 11.1.2 para os potenciais de cada dipolo, mas
observe que eles não estão localizados na origem. Mantendo somente os
termos de primeira ordem em d:
(a) Encontre os potenciais escalar e vetorial.
(b) Encontre os campos magnético e elétrico.
(c) Encontre o vetor de Poynting e a potência radiada. Faça o gráfico do
perfil de intensidade como função de θ.

slide 42 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.12 Uma corrente I(t) flui em torno do anel circular da
Figura 11.8. Deduza a fórmula geral para a potência radiada (análoga à
Equação 11.60), expressando sua resposta em termos de momento de
dipolo magnético (m(t)) da espira.

slide 43 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


11.2 Cargas pontuais
11.2.1 Potência radiada por uma carga pontual
No Capítulo 10 deduzimos os campos de uma carga pontual q em
movimento arbitrário (equações 10.65 e 10.66):
(11.62)

(11.63)
O primeiro termo da Equação 11.62 chama-se campo de velocidade, e
o segundo, campo de aceleração.

slide 44 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


O vetor de Poynting é
(11.64)

Para calcular a potência total radiada pela partícula no tempo tr, temos de
desenhar uma esfera enorme de raio r (Figura 11.11), centrada na
posição da partícula, esperar pelo intervalo apropriado

(11.65)
para que a radiação chegue à esfera e, nesse momento, integrar o vetor
de Poynting sobre a superfície.
Somente os campos de aceleração representam a verdadeira radiação
(daí seu outro nome, campos de radiação).
(11.66)

slide 45 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Erad é perpendicular a , de forma que o segundo termo da Equação 11.64
se anula
(11.67)

Se a carga está momentaneamente em repouso então u =

(11.68)
Nesse caso,

(11.69)

Nenhuma potência é radiada para a frente ou para trás – em vez disso ela
é emitida em forma de rosquinha em torno da direção de aceleração
instantânea (Figura 11.12).

slide 46 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 47 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
A potência total radiada é, evidentemente,

ou
(11.70)

Esta é, novamente, a fórmula de Larmor, que obtivemos anteriormente


por um outro caminho (Equação 11.61).
Suponha que alguém está disparando uma sequência de balas pela
janela de um carro em movimento (Figura 11.13). A taxa Nt à qual as
balas atingem um alvo estacionário não é igual à taxa Ng à qual elas
saíram da arma, devido ao movimento do carro.

slide 48 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 49 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
De fato, você pode facilmente verificar que Ng = (1 − v/c)Nt, se o carro
estiver se movendo em direção ao alvo e

No nosso caso, se dW/dt é a taxa à qual a energia atravessa a esfera, a


taxa à qual a energia deixou a carga foi

(11.71)
A potência radiada pela partícula em um trecho de área
da esfera é, portanto, dada por

(11.72)

slide 50 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


onde dΩ = sen θ dθ dϕ é o ângulo sólido no qual essa potência é
radiada. Integrar sobre θ e ϕ não é fácil e desta vez vou simplesmente
dar a resposta:

(11.73)

Esta é a generalização de Liénard para a fórmula de Larmor (à qual ela


se reduz quando v << c).

slide 51 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Exemplo 11.3
Suponha que v e a sejam momentaneamente colineares (no tempo tr),
como, por exemplo, no movimento em linha reta. Encontre a distribuição
angular da radiação (Equação 11.72) e a potência total emitida.
Solução: neste caso (u × a) = portanto,

Agora,

Se deixarmos que o eixo z aponte ao longo de v, então

(11.74)

slide 52 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Para v muito grande (β ≈ 1), a rosquinha de radiação (Figura 11.12) é
esticada para fora e empurrada para a frente pelo fator (1 − β cos θ) −5,
como indica a Figura 11.14.
A integração por partes resulta em, e concluo que

(11.75)

slide 53 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.13
(a) Suponha que um elétron desacelera a uma taxa constante a de uma
velocidade inicial v0 até chegar a zero. Que fração de sua energia
cinética inicial se perde para a radiação? Assuma que v0 << c de
forma que a fórmula de Larmor possa ser usada.
(b) Para ter uma ideia dos números envolvidos, suponha que a
velocidade inicial é térmica (por volta de 10 5m/s) e a distância que o
elétron percorre é 30 Å. O que você pode concluir sobre as perdas de
radiação para os elétrons em um condutor comum?

slide 54 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.14 Na teoria de Bohr sobre o hidrogênio, o elétron no
estado fundamental deveria viajar em um círculo de raio 5×10−11m,
mantido em órbita pela atração Coulombiana do próton. Segundo a
eletrodinâmica clássica, esse elétron deve radiar e, portanto, espiralar
para dentro do núcleo. Mostre que v << c para a maior parte da viagem
(para que você possa usar a fórmula de Larmor), e calcule o tempo de
vida do átomo de Bohr.
Problema 11.15 Encontre o ângulo θmax no qual a radiação máxima é
emitida, no Exemplo 11.3 (veja a Figura 11.14). Mostre que para
velocidades ultrarrelativísticas (v próxima de c), θmax ≅ √(1 − β)/2. Qual a
intensidade da radiação nessa direção máxima, em proporção à mesma
quantidade para uma partícula momentaneamente em repouso? Dê sua
resposta em termos de γ.

slide 55 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.16 No Exemplo 11.3 assumimos que velocidade e
aceleração eram colineares. Faça a mesma análise para o caso em que
elas são perpendiculares. Escolha os eixos de forma que v esteja ao
longo do eixo z e a ao longo do eixo x (Figura 11.15), de forma que

Verifique se P é consistente com a fórmula de Liénard.


Para velocidades relativísticas (β ≈ 1) a radiação novamente atinge um
pico acentuado na direção à frente (Figura 11.16). A aplicação mais
importante dessas fórmulas é para o movimento circular – nesse caso, a
radiação é chamada de radiação sincrotrônica.

slide 56 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 57 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
11.2.2 Reação de radiação
Para uma partícula não relativística (v << c) a potência total radiada é
dada pela fórmula de Larmor (Equação 11.70):

(11.76)

A conservação de energia sugere que essa também é a taxa à qual a


partícula perde energia, sob influência da força de reação de radiação
Frad:

(11.77)
essa equação de fato está errada. Pois calculamos a potência radiada
integrando o vetor de Poynting sobre uma esfera de raio ‘infinito’;

slide 58 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Para sabermos a força de recuo exercida pelos campos sobre a carga,
temos de considerar a potência total perdida em qualquer instante, não
apenas a porção que consequentemente escape na forma de radiação.
Se concordamos em considerar somente os intervalos nos quais o
sistema retorna ao seu estado inicial, a energia nos campos de
velocidade será a mesma em ambas as extremidades e a única perda
líquida será na forma de radiação. Assim, a Equação 11.77, embora
momentaneamente incorreta, é válida na média:

(11.78)

slide 59 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


O termo de contorno some, já que as velocidades e acelerações são
idênticas em t1 e t2, e, portanto, a Equação 11.78 pode ser escrita de forma
equivalente como

(11.79)

A Equação 11.79 certamente seria satisfeita se

(11.80)

Esta é a fórmula de Abraham-Lorentz para a força de reação de


radiação.

slide 60 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Suponha que uma partícula não esteja sujeita a qualquer força externa; a
segunda lei de Newton diz então que

do que se segue que


(11.81)
onde
(11.82)

slide 61 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Exemplo 11.4
Calcule o amortecimento de radiação de uma partícula carregada
ligada a uma mola de frequência natural ω0, movida a uma frequência ω.
Solução: a equação de movimento é

Com o sistema oscilando à frequência ω,


x(t) = x0 cos (ωt + δ),
então,

Portanto,
(11.83)
e o fator de amortecimento γ é dado por
γ = ω2τ. (11.84)

slide 62 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.17
(a) Uma partícula de carga q move-se em um círculo de raio R a uma
velocidade constante v. Para manter o movimento, você precisa, é
claro, de uma força centrípeta mv2/R; que força adicional (Fe) você
precisa exercer para neutralizar a reação de radiação?
b) Repita a parte (a) para uma partícula em movimento harmônico
simples com amplitude A e frequência angular ω (w(t) = A cos
(ωt)ˆz). Explique a discrepância.
(c) Considere o caso de uma partícula em queda livre (aceleração
constante g). Qual é a força de reação de radiação? Qual é a
potência radiada? Comente esses resultados.

slide 63 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.18
(a) Assumindo (de maneira pouco lógica) que γ é totalmente atribuído ao
amortecimento de radiação (Equação 11.84), mostre que para a
dispersão ótica, o amortecimento é ‘pequeno’ (γ << ω0). Assuma
que as ressonâncias relevantes estão na faixa de frequências
óticas ou próximas dela.
(b) Usando os resultados do Problema 9.24, estime a largura da região
de dispersão anômala para o modelo do Problema 9.23.

slide 64 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.19 Com a inclusão da força de reação de radiação
(Equação 11.80), a segunda lei de Newton para uma partícula carregada
torna-se

onde F é a força externa agindo sobre a partícula.


(a) Em contraste com o caso de uma partícula não carregada (a = F/m),
a aceleração (como a posição e a velocidade) deve agora ser uma
função contínua do tempo, mesmo que a força mude abruptamente.
Prove que a é contínuo em qualquer tempo t, integrando a equação
de movimento acima de (t−Є) até (t+Є) e tomando o limite → 0.
(b) Uma partícula está sujeita a uma força constante F, que começa no
tempo t = 0 e dura até o tempo T . Encontre a solução mais geral a(t)
para a equação de movimento em cada um dos períodos: (i) t < 0;
(ii) 0 < t < T; (iii) t > T.

slide 65 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


(c) Imponha a condição de continuidade (a) em t = 0 e t = T. Mostre que
você pode eliminar a divergência exponencial na região (iii) ou evitar
a pré-aceleração na região (i), mas não ambas.
(d) Se resolver eliminar a divergência exponencial, qual é a aceleração
como função temporal, em cada intervalo? E quanto à velocidade?
Assuma que a partícula estava originalmente em repouso: v(−∞) = 0.
(e) Desenhe o gráfico de a(t) e v(t), tanto para uma partícula sem carga
quanto para uma partícula com carga (sem divergência exponencial)
sujeitas a essa força.

slide 66 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


11.2.3 Fundamentos físicos da reação de radiação
A força eletromagnética de uma parte (A) sobre outra parte (B) não é
igual e oposta à força de B sobre A (Figura 11.17). Se a distribuição
estiver dividida em porções infinitesimais e os desequilíbrios forem
somados para todos esses pares, o resultado será a força líquida da
carga sobre si mesma. É essa autoforça, resultante da invalidação da
terceira lei de Newton dentro da estrutura da partícula, que responde pela
reação de radiação.
Para elucidar o mecanismo envolvido, usarei um modelo menos realista:
um ‘halter’ no qual a carga total q está dividida em duas metades
separadas por uma distância fixa d (Figura 11.18). Este é o arranjo de
carga que permite que o mecanismo essencial (o desequilíbrio das forças
eletromagnéticas internas) funcione.

slide 67 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


slide 68 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados
Vamos assumir que o halter se move na direção x, e está
(momentaneamente) em repouso no tempo retardado. O campo elétrico
em (1) devido a (2) é

(11.85)

(Equação 10.65), onde


(11.86)

de forma que
(11.87)
Só estamos interessados, de fato, no componente x de E1, já que os
componentes y serão cancelados quando somarmos as forças nas
duas extremidades (pelo mesmo motivo, não precisamos nos preocupar
com as forças magnéticas).

slide 69 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Agora

(11.88)
e então

(11.89)

Por simetria, E2x = E1x, de forma que a força líquida no halter é


(11.90)

slide 70 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


A ideia agora é expandir em potências de d; quando o tamanho da
partícula tender a zero, todas as potências positivas irão se anular. Usando
o teorema de Taylor

temos
(11.91)

onde T ≡ t − tr, para abreviar. Ora, T é determinado pela condição de tempo


retardado
(11.92)
então

slide 71 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Esta equação nos fornece d, em termos de T; precisamos ‘resolvê-la’ para
T como função de d. Existe um procedimento sistemático para isso,
conhecido como reversão de séries, mas podemos obter os primeiros
termos mais informalmente, como segue: ignorando todas as potências
mais altas de T,

usando isso como aproximação para o termo cúbico,

e assim por diante. Evidentemente

(11.93)

slide 72 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Voltando à Equação 11.91, construímos a série de potências para l em
termos de d:
(11.94)

Colocando isso na Equação 11.90, concluo que


(11.95)

Aqui a e são calculados no tempo retardado (tr), mas é fácil reescrever o


resultado em termos do tempo presente t:

slide 73 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


e segue-se que

(11.96)
De fato, a inércia total do halter carregado é

(11.97)
onde m0 é a massa de qualquer um dos lados sozinho. A energia
potencial desta configuração (no caso estático) é
(11.98)

e segundo a fórmula de Einstein E = mc2, essa energia contribui para a


inércia do objeto.

slide 74 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


O segundo termo da Equação 11.96 é a reação de radiação:
(11.99)

Sozinha (sem a correção de massa) ela sobrevive no limite do ‘halter


pontual’ d → 0. Ela difere da fórmula de Abraham-Lorentz por um fator
de 2. Porém, esta é apenas a autoforça associada à interação entre 1 e
2 – aí o sobrescrito ‘int’. Resta a força de cada extremidade sobre si
mesma. Quando esta última é incluída (veja o Problema 11.20) o
resultado é
(11.100)
reproduzindo a fórmula de Abraham-Lorentz. Conclusão: a reação de
radiação é devida à força da carga sobre si mesma.

slide 75 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.20 Deduza a Equação 11.100 da Equação 11.99, como se
segue:
(a) Use a fórmula de Abraham-Lorentz para determinar a reação de
radiação em cada extremidade do halter; acrescente isso ao termo de
interação (Equação 11.99).
(b) O método (a) tem o defeito de usar a fórmula de Abraham-Lorentz –
exatamente o que estamos tentando deduzir. Para evitar isso,
espalhe as cargas ao longo de uma faixa de comprimento L
direcionada perpendicularmente ao movimento (a densidade de
carga, então, será λ = q/L); encontre a força de interação cumulativa
para todos os pares de segmentos, usando a Equação 11.99 (com a
correspondência q/2 → λdy1, em uma extremidade e q/2 → λdy2 na
outra). Certifique-se de não contar o mesmo par duas vezes.

slide 76 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Mais problemas do Capítulo 11
Problema 11.21 Uma partícula de massa m e carga q está ligada a uma
mola com constante de força k, pendurada do teto (Figura 11.19). Sua
posição de equilíbrio é uma distância h acima do chão. A mola é puxada
para baixo até uma distância d abaixo do ponto de equilíbrio e liberada
no tempo t = 0.
a) Sob os pressupostos normais (d << λ << h), calcule a intensidade da
radiação que atinge o chão como função da distância R a partir do
ponto diretamente abaixo de q. [Observação: a intensidade, aqui, é a
potência média por unidade de área do chão.] Em que R a radiação
é mais intensa? Despreze o amortecimento radiativo do oscilador.

slide 77 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


(b) Como verificação da sua fórmula, assuma que o chão tem extensão
infinita e calcule a energia média por unidade de tempo que atinge
todo o chão. É o que v
(c) Como está perdendo energia na forma de radiação, a amplitude da
oscilação irá gradualmente diminuir. Depois de que tempo τ a
amplitude foi reduzida a d/e? Era o que você esperava?

slide 78 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.22 Uma torre de rádio ergue-se a uma altura h acima de
um chão horizontal plano. No topo está uma antena de dipolo magnético,
de raio b, e com eixo vertical. A estação de FM KRUD transmite a partir
dessa antena à frequência angular ω, com uma potência radiada total P.
Os vizinhos estão reclamam de problemas que eles atribuem ao excesso
de radiação da torre – interferência nos aparelhos de som, portas de
garagem que abrem e fecham-se misteriosamente e uma série de
problemas de saúde suspeitos. Mas o engenheiro da prefeitura que
mediu o nível de radiação na base da torre constatou que ele está muito
abaixo do padrão aceitável. Você foi contratado pela Associação de
Moradores para avaliar o relatório do engenheiro.

slide 79 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


(a) Em termos das variáveis dadas (das quais é possível que nem todas
sejam relevantes), encontre a fórmula para a intensidade de radiação
no nível do chão, a uma distância R da base da torre. Você pode
assumir que a << c/ω << h. [Observação: estamos interessados
somente na magnitude da radiação, não na sua direção – quando as
medidas são tomadas, o detector fica voltado diretamente para a
antena.]
(b) A que distância da base da torre o engenheiro deveria ter feito a
medição? Qual é a fórmula para a intensidade nesse local?
(c) A potência de saída da KRUD, de fato, é 35 kilowatts, sua frequência
é 90 MHz, o raio da antena é 6 cm e a altura da torre é 200 m. O
limite para as transmissões de rádio da cidade é de 200
microwatts/cm2. A KRUD atende aos padrões?

slide 80 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.23 Como você sabe, o polo norte magnético da Terra não
coincide com o polo norte geográfico — de fato, a divergência é de cerca
de 11°. Com relação ao eixo fixo de rotação, portanto, o vetor momento
de dipolo magnético da Terra está mudando com o tempo e a Terra deve
estar liberando radiação magnética dipolar.
(a) Encontre a fórmula para a potência total radiada, em termos dos
seguintes parâmetros: Ψ (o ângulo entre os polos norte geográfico e
magnético), M (a magnitude do momento de dipolo magnético da
Terra) e ω (a velocidade angular de rotação da Terra).
(b) Dado que o campo magnético da Terra é de aproximadamente meio
gauss no equador, estime o momento de dipolo magnético M da
Terra.
(c) Encontre a potência radiada.

slide 81 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


(d) Acredita-se que os pulsares são estrelas de nêutrons em
rotação, com um raio típico de 10 km, um período rotacional de
10−3s e um campo magnético superficial de 108 T. Que tipo de
potência radiada seria de se esperar de tal estrela?

slide 82 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.24 Suponha que o plano y z (eletricamente neutro) carrega
uma corrente superficial dependente do tempo, porém com densidade
uniforme K(t)ˆz.
(a) Encontre os campos elétrico e magnético a uma altura x acima do
plano se
(i) uma corrente constante for ligada em t = 0:

(ii) uma corrente que aumenta linearmente é ligada em t = 0:

slide 83 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


(b) Mostre que o potencial vetorial retardado pode ser escrito da seguinte
forma

e a partir dele, determine E e B.

Explique o que você quer dizer com ‘radiação’ neste caso, dado que a
fonte não é localizada.
Problema 11.25 Quando uma partícula carregada aproxima-se (ou
afasta-se) de uma superfície condutora, radiação é emitida, em
decorrência da variação no momento de dipolo elétrico da carga e sua
imagem. Se a partícula tem massa m e carga q, encontre a potência
radiada total como função da sua altura z acima do plano.

slide 84 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.26 Use a transformação de dualidade (Problema 7.60) para
construir os campos elétrico e magnético de um monopolo magnético qm
em movimento arbitrário e encontre a ‘fórmula de Larmor’ para a potência
radiada.
Problema 11.27 Assumindo que você exclua a solução não-física do
Problema 11.19, calcule
(a) o trabalho realizado pela força externa,
(b) a energia cinética final (assuma que a energia cinética inicial era nula),
(c) a energia total radiada.
Verifique se a energia é conservada neste processo.

slide 85 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.28
(a) Repita o Problema 11.19, mas desta vez deixemos que a força
externa seja uma função delta de Dirac: F(t) = kδ(t) (para alguma
constante k). [Observe que a aceleração agora é descontínua em t =
0 use o método do Problema 11.19 (a) para mostrar que Δa = −
k/mτ . Neste problema só existem dois intervalos a considerar: (i) t <
0 e (ii) t > 0.]
(b) Como no Problema 11.27, verifique se a energia é conservada neste
processo.

slide 86 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.29 Uma partícula carregada vindo de −∞ ao longo do eixo
x encontra uma barreira retangular de energia potencial

Mostre que, devido à reação de radiação, a partícula pode tunelar


através da barreira – ou seja: mesmo que a energia cinética incidente
seja inferior a U0, a partícula pode atravessar. [Dica: sua tarefa é
resolver a equação

sujeita à força

slide 87 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Consulte os problemas 11.19 e 11.28, mas observe que desta vez a
força é uma função específica de x, não t. Há três regiões a considerar:
(i) x < 0, (ii) 0 < x < L, (iii) x > L. Encontre a solução geral (para a(t), v(t)
e x(t)) em cada região, exclua a divergência exponencial na região (iii), e
imponha as condições limite adequadas em x = 0 e x = L. Mostre que a
velocidade final (vf) está relacionada ao tempo T gasto atravessando a
barreira, pela equação

e que a velocidade inicial (em x = −∞) é

slide 88 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Para simplificar estes resultados, suponha que a energia cinética final é a
metade da altura da barreira. Mostre que, nesse caso

se você escolher L = vfτ/4 e depois vi = (4/3)vf, a energia cinética inicial


será (8/9)U0, e a partícula conseguirá atravessar, mesmo que não tenha
energia suficiente para passar por cima da barreira!]

slide 89 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados


Problema 11.30
(a) Encontre a força de reação de radiação sobre uma partícula que se
move a uma velocidade arbitrária, em linha reta, reconstruindo o
argumento da Seção 11.2.3 sem assumir que v(tr) = 0.
(b) Mostre que este resultado é coerente (no sentido da Equação 11.78)
com a potência radiada por essa partícula (Equação 11.75).
Problema 11.31
(a) Uma partícula em movimento hiperbólico (Equação 10.45) radia?
(Use a fórmula exata (Equação 11.75) para calcular a potência
radiada.)
(b) Uma partícula em movimento hiperbólico sofre reação de radiação?
(Use a fórmula exata (Problema 11.30) para determinar a força de
reação.)

slide 90 © 2011 Pearson. Todos os direitos reservados

Você também pode gostar