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V
l
w
A B
t
Fonte
A
i
O método geral descrito acima pode ser utilizado para amostras de alta
resistência elétrica (acima de 1MΩ). De fato, quando se mede a resistência
elétrica de uma amostra com a sonda de dois terminais, deve-se considerar a
seguinte equação (2.7):
V
Rt = = 2 R c + R pr + R a (2.12)
i
equação (2.11). Para resolver este problema, utiliza-se quatro pontas, sendo
que duas delas servem para “transportar” a corrente (i) e as outras duas para
monitorar a tensão (V). Embora as duas pontas que transportam a corrente
ainda possuam resistências elétricas associadas com a propagação da
corrente e com os contatos, o mesmo não ocorre nas outras duas pontas, pois
nestas, a tensão é medida com um potenciômetro (o qual não extrai corrente)
ou com um voltímetro de alta impedância (que extrai pouca corrente). Assim,
as duas resistências Rc e Rpr, que também são chamadas de resistências
parasitas, são muito pequenas e podem ser desprezadas no calculo da
resistividade elétrica. Neste sentido, o método da sonda quatro pontas é o mais
adequado para amostras de baixa resistência elétrica (abaixo de 1MΩ).
A Figura 2.7 é uma representação esquemática de como as pontas
estão distribuídas ao longo da amostra.
Utilizando-se o arranjo da Figura 2.7, a resistividade elétrica é dada pela
equação (2.13) para filmes finos onde a espessura é muito menor que a
distância entre os terminais (e<<s).
+= 2 (2.13)
/1
Fonte
A
i
s s s
Em 1876, mesmo antes da descoberta dos elétrons, foi mostrado por Edwin
Hall que portadores de carga em movimento num material condutor podem ser
defletidos através da aplicação de um campo magnético. Essa deflexão acaba
por concentrar cargas na parede do condutor, criando uma diferença de
potencial elétrico entre paredes opostas. O estudo dessa tensão informa a
natureza das cargas e a densidade de portadores no material [62].
Considere uma placa de um material condutor qualquer sendo
atravessada por uma corrente elétrica (a qual pode ser formada tanto por
elétrons quanto por buracos). Perpendicularmente a velocidade de escoamento
r r
vd
dos portadores, é aplicado um campo magnético B , como mostrado na
Figura 2.8. Devido a esse campo, as cargas sofrerão a ação de uma força
magnética dada pela equação 2.14.
r r r
FB = qvd × B (2.14)
r r
vd
Como e B são perpendiculares, pode-se escrever(equação 2.15):
24
F = qvB (2.15)
Figura 2.8 (a) Efeito Hall para elétrons. (b) Efeito Hall para buracos. O sentido
da corrente adotado é o usual.
∆VH = E H w (2.16)
r r
Essa tensão submete as cargas em movimento a uma força elétrica FE = q E H
r r
oposta à força magnética. Quando FE = − FB , a tensão Hall terá atingido seu
r r r r r
FE = − FB ⇒ E H = −vd × B ⇒ E H = vd B (2.17)
r
vd
A velocidade pode ser escrita em termos da densidade de corrente
vd = j / ne = i / wtne
(j) e da densidade de portadores (n) como , onde i é a
intensidade da corrente e t é a espessura da placa condutora. Desta forma,
pode-se escrever a equação (2.18).
∆VH i iB
∴ = B⇒n=
w wtne et∆VH (2.18)