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CAPÍTULO 1

ENERGIA E
SOCIEDADE
DISCIPLINA: FUN. DA PRODUÇÃO E PROC. DE PETRÓLEO E GÁS.
PROF: DR OLDRICH JOEL ROMERO.
D I S C E N T E : N A I A R A T O M A Z E L L I G I U R I AT T O .

S Ã O M AT E U S , 2 0 2 3 .
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................
3
FLUXOS, ARMAZENAMENTO E
CONTROLE.....................................................................................11
CONCEITOS E
MEDIDAS...................................................................................................................14
COMPLEXIDADES E
ADVERTÊNCIAS................................................................................................23
CONCLUSÃO....................................................................................................................................2
6
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................2
7

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INTRODUÇÃO
• Energia como única moeda universal.
Figura 2 - Erosão causada pelas chuvas.
Figura 1- Galáxia.

Fonte: Longo (2011).

Fonte: Teixeira.

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INTRODUÇÃO
• Dependência dos seres humanos com relação aos fluxos energéticos;

• Crescente evolução da sociedade

Busca por maiores reservas e fluxos de energia

Baixo custo e alta eficiência

Calor, luz e movimento


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INTRODUÇÃO
• “A energia livre é o capital consumido por todas as criaturas de todos os tipos e
pela sua conversão tudo é feito”;

• ”Não desperdice energia, torne-a útil”;

• “A disponibilidade de fontes de poder determina a quantidade de trabalho que


pode existir e o controle desses fluxos determina o poder do homem sobre a
natureza”;

• “Houve um refino nos mecanismos culturais e um refino no fluxo de energia”.


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INTRODUÇÃO
• Fornecimento de energia x Avanços sociais;

• WHITE (1943) - 1ª Lei do desenvolvimento cultural/social: “O grau de


desenvolvimento cultural está diretamente ligado a quantidade de energia per
capita/ano aproveitada e colocada em funcionamento”.

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INTRODUÇÃO
Figura 3 - Consumo de energia por pessoa.

Fonte: Our World in Data.

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INTRODUÇÃO
Figura 4 - Consumo de energia por Figura 6 - Consumo de energia por
pessoa – China. Pessoa - Emirados Árabes Unidos
Figura 5 - Consumo de energia por
pessoa – Brasil.

Fonte: Our World in Data.

Fonte: Our World in Data.

Fonte: Our World in Data.

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INTRODUÇÃO
• O QUE É ENERGIA?
• FEYNMAN (1988) - “Na Física não se tem conhecimento do que é energia”;

• Toda matéria é energia em repouso;

• Que a energia se manifesta de inúmeras maneiras;

• Que essas diversas formas de energia possuem numerosas conversões.

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INTRODUÇÃO

Quadro 1 – Matriz de conversão de energia.


Fonte: Raia (2012).

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FLUXOS, ARMAZENAMENTO E
CONTROLE
• Todas as formas de energia são essenciais para a existência humana.
• Energia Gravitacional; Figura 7 - Chimpanzé usando ferramenta para quebrar nozes.
• Energia Eletromagnética;
• Energia Térmica;
• Energia Geotérmica.

Fonte: UNESP.
ENERGIA EXTRASSOMÁTICA

Variedade crescente de
ferramentas/tarefas. Hominídeos.
Fonte: Smil (2017).

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FLUXOS, ARMAZENAMENTO E
CONTROLE
• As ferramentas permitiram:

• Aquisição de alimentos, abrigo e roupas;

• Construção de máquinas movidas à músculos;

• Conversão da energia cinética do vento e da água em energia útil;

• Combustão controlada de lareiras, fogões e fornalhas;

• Combustão de combustíveis fósseis.

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FLUXOS, ARMAZENAMENTO E
CONTROLE
Quadro 2: Portas necessárias ao avanço.
PORTAS
Oportunidades educativas
Disposições jurídicas
Regras econômicas
Disponibilidade de capital
Condições para à investigação

Fonte: Adaptado de Smil (2017).

Foram necessárias gerações para permitir fluxos de energia muitos maiores ou


qualitativamente melhorados, com o intuito de aproveitar fontes de energias inteiramente
novas e em uma escala significativa.
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CONCEITOS E MEDIDAS
• Leis da termodinâmica

• Nenhuma energia é perdida nas conversões;

• Potencial para o trabalho útil diminui constantemente ENTROPIA;

• Uma barra de petróleo bruto é um estoque de baixa entropia capaz de realizar muito
trabalho útil, quando metabolizado ou queimado, e termina com o movimento aleatório
das moléculas – PERDA IRRECUPERÁVEL DE UTILIDADES.

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CONCEITOS E MEDIDAS
• A negentropia – crescimento, renovação e evolução – resulta em uma
crescente complexidade estrutural e sistémica;
• Preocupação com o estudo das transformações energéticas (Física, Química e Biologia).
Figura 8 - James Prescott Joule (1818-1889).
• Medidas padrões
• Energia
• Caloria, Unidade Térmica Britânica (BTU) e Joule;

•;

Fonte: Guimarães (2021).

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CONCEITOS E MEDIDAS
Figura 10 - Cavalos de potência.
Figura 9 - James Watt.

• Potência Fonte: Frazão (2021).

• Watt, Joule/segundo;
Fonte: Smil (2017).

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CONCEITOS E MEDIDAS
• Densidade de energia

• Quantidade de energia por unidade de massa;

• Exemplo:
• Habitantes pré-hispânicos se alimentavam de peras espinhosas, pois eram fáceis de colher.
Porém, a polpa dessa pera possui apenas 10% de carboidratos, 2% de proteínas e 0,5% de
lipídios e uma densidade energética de 1,7 MJ/Kg;

• Portanto, para uma mulher pequena sobreviver deveria comer 5kg dessa fruta todos os
dias, mas poderia obter a mesma quantidade de energia de 650g de milho.

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CONCEITOS E MEDIDAS

Tabela 1: Densidades energéticas de alimentos e


combustíveis.
Fonte: Smil (2017).

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CONCEITOS E MEDIDAS
• Densidade de potência
• Energia produzida ou consumida por unidade de área ;

• Determinante estrutural crítico da energia;

• Exemplo: A densidade de potência do crescimento anual sustentável das árvores, em climas


temperados, é 2% da densidade de potência do consumo de energia para aquecimento urbano
tradicional, cozinha e manufatura. As cidades tiveram de recorrer a áreas próximas.

• Restrição de crescimento das cidades;

• Madeira seca: 0,6 W/m² grande cidade: 20-30 W/m² área de 30 a 50 vezes o seu
tamanho.

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CONCEITOS E MEDIDAS
• Eficiência das conversões de energia
• Relação saída/entrada;

• Descreve o desempenho das conversões de energia;

• Grande importância no avanço da industrialização;

• Pode-se melhorar a eficiência das conversões diminuindo a quantidade de energia necessária para
realizar tarefas específicas.

• Retornos Energéticos
• Quando as eficiências são calculadas para a produção de alimentos, combustíveis ou eletricidade;

• Exemplo: Retornos Energéticos na Produção de Alimentos.


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CONCEITOS E MEDIDAS
• Intensidade Energética

• Mede os custos dos produtos, serviços e da produção


econômica agregada, em unidades de energia padrão;

Tabela 2: Intensidades energéticas de materiais


comuns.
Fonte: Smil (2017).

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CONCEITOS E MEDIDAS
• Custo energético da energia ou Retornos Energéticos sobre o investimento
(EROI)

• É uma medida que deve ser utilizada para métodos idênticos;

• Padrões e limites claramente estabelecidos;

• Retornos de combustíveis fósseis;

• Exemplo:
• Produção de Carvão: 10 e 80;
• Petróleo e Gás: 10 e muito acima de 100;
• Células solares fotovoltaicas: menores que 2.
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COMPLEXIDADES E
ADVERTÊNCIAS
• A utilização de unidades padrão para medir armazenamentos e fluxos de
energia é fisicamente simples, cientificamente impecável e, também,
enganosa;

• Não captam diferenças qualitativas críticas carvão;

• Unidades de energia abstratas não conseguem diferenciar entre biomassa comestível e não
comestível Trigo e Palha;

• Acesso a reservas de energia Madeira do Caule e dos galhos.

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COMPLEXIDADES E
ADVERTÊNCIAS
• A menos que as suas origens sejam especificadas, as densidades ou os fluxos de energia não
diferenciam entre energias renováveis e fósseis;

• Porém, esta distinção é fundamental para compreender a natureza e a durabilidade de um


determinado sistema energético;

• Mesmo em sociedades mais simples do que a nossa, grande parte do trabalho era sempre
mental e não físico.

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COMPLEXIDADES E
ADVERTÊNCIAS
• Por outro lado, o desenvolvimento mental requer anos de aquisição da linguagem,
socialização e aprendizagem através de orientação e acumulação de experiência;

• À medida que as sociedades progrediram, este processo de aprendizagem tornou-se mais


exigente e mais duradouro.

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CONCLUSÃO
• A Energia é indispensável para a sociedade desde os primórdios;

• Deve-se avalia-la de forma quantitativa e qualitativa;

• Muitas vezes foi observado que as escolhas nem sempre mais adequadas, mas foram estas
que moldaram a nossa sociedade;

• Pautadas em motivações e preferências humanas.

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REFERÊNCIAS
FRAZÃO, D. James Watt: Engenheiro e matemático escocês. 2021. Disponível em: <Biografia de James Watt –
eBiografia>. Acesso em: 22 set. 2023.

GUIMARÃES, C. G. B. James Prescott Joule. 2021. Disponível em: <


James Prescott Joule (1818 – 1889) | GPET Física (unicentro.br)>. Acesso em: 22 set. 2023.

LONGO, M. J. Detection of a dipole in the handedness of spiral galaxies with redshifts znot, vert, similar0.04.
Physics Letters B. v. 699, n. 4, p. 224-229, 2011.

OUR WORLD IN DATA. Energy use per person, 2022. 2023. Disponível em: <
Energy use per person, 2022 (ourworldindata.org)>. Acesso em: 23 set. 2023.

RAIA, M. de F. R. Conversão de energia. 2012. Disponível em: <Disponível em: <


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 2 - ppt carregar (slideplayer.com.br)>. Acesso em: 24
set. 2023.

SMIL, Vaclav. Energy and Society. In: SMIL, Vaclav. Energy and civilization a history. Cambridge, MA: The MIT
Press, 2017. p.1-20.
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Agradeço pela atenção!

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