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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA PAMPILHOSA DA SERRA – ESCALADA

Ano Lectivo 2009-2010


Língua Portuguesa, 7ºA

O CONTO TRADICIONAL

ORIGEM: Antigamente, as pessoas, nos seus serões,


contavam histórias irreais ou verídicas, pois não
tinham outra diversão. Geralmente essas histórias
eram contadas à lareira.
O conto popular teve origem não nas camadas mais
cultas da sociedade, mas sim no povo. Talvez venha
daí o facto de não ser escrito, pois as pessoas,
geralmente, não sabiam ler.
.As pessoas mais velhas são os agentes de
transmissão do conto. São elas que, normalmente,
transmitem esses contos aos seus netos. Assim, o
conto vai de geração em geração e muitas vezes é
alterado, pois “Quem conta um conto acrescenta um
ponto”.
O conto é pois, uma narrativa com raiz na tradição oral. O seu relato ocorria, em geral, num ambiente
comunitário, ao serão.

CARACTERÍSTICAS: O conto prende-se pois, com o povo e com a população mais rural, menos
«letrada».
A estrutura, basicamente, desenvolvia-se em cinco momentos:
. a apresentação da situação;
. o acontecimento perturbador;
. os acontecimentos e peripécias passados pelo herói
. o desaparecimento do motivo perturbador
. a conclusão.
As personagens principais são, de um modo geral, anónimas e poucas, envolvendo classes sociais
diferentes; reduzem-se muitas vezes a três elementos: a heroína, o herói e o elemento representativo
do mal (fada, bruxa ou velha).
O espaço e o tempo são muito vagos ou quase nulos; são indefinidos e indeterminados.
O encantamento e a simbologia dos nomes e dos números impõem-se no evoluir das histórias (é
constante a referência ao número três). Uma das características do conto é a presença do maravilhoso:
é característico haver dragões, fadas, feiticeiras, bruxas...
Os contos também têm uma característica muito importante: a moralidade (que muitas vezes pode ser
expressa em provérbio). Nela assistimos sempre ao triunfo do Bem sobre o Mal.
Os contos que, normalmente, são contados às crianças são muito importantes, pois têm uma dupla
função, lúdica e didáctica, ou seja, elas podem divertir-se e aprender ao mesmo tempo. Destinavam-se,
sobretudo, a passar uma mensagem moralizadora, mas também a divertir e entreter o núcleo familiar,
os amigos e vizinhos.

EVOLUÇÃO: O conto passa a ser reconhecido literariamente como género narrativo bastante
tardiamente. Mas já no séc. XVI, em França, Perraut reunira alguns contos tradicionais, passando-os às
à escrita. No séc. XIX, os Irmãos Grimm, em Inglaterra, ou Teófilo Braga e Almeida Garrett, em
Portugal, fizeram o mesmo, publicando muitas histórias que até aí não tinham sido escritas. No entanto,
mantém características de conto popular como, por exemplo, a curta extensão, o teor moralizante, a
concentração do espaço e do tempo e o número reduzido de personagens.

O PROFESSOR - ANTÓNIO ALVES

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