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ORIENTAÇÕES GERAIS

LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO

Descritor

D19: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos


ortográficos e/ou morfossintáticos

As explicações dadas para o descritor anterior, em parte, podem valer para


este. Ou seja, as escolhas que fazemos para a elaboração de um texto respondem a
intenções discursivas específicas, sejam escolhas de palavras, sejam escolhas de
estruturas morfológicas ou sintáticas. Assim, não é por acaso que, em certos textos,
o autor opta por períodos mais curtos – para dar um efeito de velocidade, por
exemplo; ou opta por inversões de segmentos – para surtir certos efeitos de
estranhamento, de impacto, de encantamento, afinal (“tinha uma pedra no meio do
caminho; no meio do caminho tinha uma pedra”). Ou seja, mais do que identificar a
estrutura sintática apresentada, vale discernir sobre o efeito discursivo provocado no
leitor.

Um item relativo a essa habilidade deve, pois, conceder primazia aos efeitos
discursivos produzidos pela escolha de determinada estrutura morfológica ou
sintática. Incide, portanto, sobre os motivos de uma escolha para fins de se conseguir
alcançar certos efeitos.

Com este item, pretendemos avaliar a habilidade do aluno em identificar o


efeito de sentido decorrente das variações relativas aos padrões gramaticais da
língua.
BRASIL. Ministério da Educação.
PDE: Prova Brasil – Plano de Desenvolvimento da Educação. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2011. p. 99.

Professor, as atividades aqui propostas têm por objetivo auxiliá-lo na


implementação de ações pedagógicas voltadas ao desenvolvimento da habilidade
D19: Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos
ortográficos e/ou morfossintáticos.

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos


ortográficos e/ou morfossintáticos auxilia os alunos a ter uma visão mais apurada
quanto à escolha lexical para produção e análise de textos.

Para o desenvolvimento dessa habilidade, recomenda-se o uso de gêneros


diversificados, principalmente de poemas, nos quais a escolha de palavras é
fundamental. Assim, por meio da leitura e da análise de gêneros diversificados, os
alunos são capazes de desenvolver essa visão mais detalhada ao produzir um texto
ou ao analisá-lo.
ORIENTAÇÕES GERAIS

A seguir há propostas de atividades com níveis de dificuldade diferentes. A


primeira tem nível de dificuldade fácil/médio, e a segunda é um desafio de nível
difícil.

Esse formato permite que a sistematização das habilidades seja feita de modo
progressivo e, ao mesmo tempo, pode apoiá-lo na condução do processo de ensino-
aprendizagem considerando a heterogeneidade da sala de aula.

Cabe destacar que as atividades complementares são modelos para possíveis


estratégias de intervenção didática, podendo ser ampliadas ou adaptadas a partir das
especificidades de sua turma. Aproveite a seção “Para saber mais” para ampliar seus
estudos sobre o tema abordado.

PARA SABER MAIS


BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais –
Língua Portuguesa. Brasília: MEC, 1997.

COLOMER, T. Andar entre livros: a leitura literária na escola. Trad. Laura Sandroni.
São Paulo: Global, 2007.

POLGUERÈ, A. Lexicologia e semântica lexical: noções fundamentais. São Paulo:


Contexto, 2018.
GABARITO

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1) Leia o poema a seguir.

POESIA MODERNA

Pá, tá, foom, bii, triim e outros tantos pás, tás...


Tentei segurá-la, mas ela sempre foge.
Como pode um poeta trabalhar ao som da evolução?
A folha em branco, a mente sem ideias
enquanto que no outro lado da rua
o prédio ergue-se.
Na rua, os carros passam,
as vizinhas fofocam, o malandro escapa,
alguns garotos namoram e
outros quebram a vidraça do vizinho.
O avião passa e estremece as janelas,
o guarda apita, a criança chora.
E eu, aqui dentro,
olho para a folha que continua em branco e
para todo restante da casa.
Em vão.
Vomito meia dúzia de esconjuras contra o mundo.
E você, teria visto uma inspiração fujona por aí?

VELOSO, V. de B. Poesia moderna. In: Poética em rascunho. Disponível em:


<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000860.pdf>. Acesso em 12 jun. 2019.

a) As onomatopeias “foom” e “triim” referem-se ao som de:


Buzinas e telefones.

b) Qual é a oposição que o autor quer mostrar nos versos “A folha em branco, a
mente sem ideias/enquanto que no outro lado da rua/o prédio ergue-se”?
O aluno pode expressar a oposição de diversas formas, mas espera-se que ele mencione a falta de
inspiração/criação/ideia, que é abstrata, enquanto lá fora algo concreto está sendo construído, o prédio.

c) O que o autor sugere ao dizer “inspiração fujona”?


Que ele não consegue encontrar inspiração para escrever suas poesias.
GABARITO

DESAFIO

2) Leia o poema a seguir.

VIDA, FOI?
Passa o tempo, o tempo passa
o Sol sai, a lua entra e logo sai
a barba cresce, troca a gilete
aproveite porque a inocência está acabando
os dias, meses, anos estão acabando
a vida está...
A vida é boa,
só não aprendemos a vivê-la ainda
mas será que com tanto medo,
guardado e exposto na alma,
teremos tempo para aprender
e viver a lição?
Argh, rugas feias
estas que já invadiram minha face
e o dever de casa que ainda está para fazer
Deixa prá lá.

VELOSO, V. de B. Vida, foi? In: Poética em rascunho. Disponível em:


<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000860.pdf>. Acesso em 12 jun. 2019.

a) A repetição do verbo “sair” no verso “o Sol sai, a lua entra e logo sai” indica que:

a) o eu lírico está lembrando do passado.


b) o tempo é algo fundamental para o eu lírico.
c) o eu lírico está chateado com o passar dos dias.
d) o tempo passa muito rápido.

b) O título do poema é uma pergunta curta. Com essa pergunta, o autor enfatiza
que:

a) as pessoas devem se perguntar sobre suas vidas.


b) perguntas são necessárias para se compreender a vida.
c) a vida passa tão rápido que não há tempo para formular uma pergunta.
d) a passagem do tempo exige que façamos perguntas sobre nossa vida.
ESCOLA_________________________________________________________
DATA: ______________________________________TURMA:_____________
NOME: _________________________________________________________

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
1) Leia o poema a seguir.

POESIA MODERNA

Pá, tá, foom, bii, triim e outros tantos pás, tás...


Tentei segurá-la, mas ela sempre foge.
Como pode um poeta trabalhar ao som da evolução?
A folha em branco, a mente sem ideias
enquanto que no outro lado da rua
o prédio ergue-se.
Na rua, os carros passam,
as vizinhas fofocam, o malandro escapa,
alguns garotos namoram e
outros quebram a vidraça do vizinho.
O avião passa e estremece as janelas,
o guarda apita, a criança chora.
E eu, aqui dentro,
olho para a folha que continua em branco e
para todo restante da casa.
Em vão.
Vomito meia dúzia de esconjuras contra o mundo.
E você, teria visto uma inspiração fujona por aí?

VELOSO, V. de B. Poesia moderna. In: Poética em rascunho. Disponível em:


<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000860.pdf>. Acesso em 12 jun. 2019.

a) As onomatopeias “foom” e “triim” referem-se ao som de:

b) Qual é a oposição que o autor quer mostrar nos versos “A folha em branco, a
mente sem ideias/enquanto que no outro lado da rua/o prédio ergue-se”?

c) O que o autor sugere ao dizer “inspiração fujona”?


ESCOLA_________________________________________________________
DATA: ______________________________________TURMA:_____________
NOME: _________________________________________________________

DESAFIO

2) Leia o poema a seguir.

VIDA, FOI?
Passa o tempo, o tempo passa
o Sol sai, a lua entra e logo sai
a barba cresce, troca a gilete
aproveite porque a inocência está acabando
os dias, meses, anos estão acabando
a vida está...
A vida é boa,
só não aprendemos a vivê-la ainda
mas será que com tanto medo,
guardado e exposto na alma,
teremos tempo para aprender
e viver a lição?
Argh, rugas feias
estas que já invadiram minha face
e o dever de casa que ainda está para fazer
Deixa prá lá.

VELOSO, V. de B. Vida, foi? In: Poética em rascunho. Disponível em:


<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000860.pdf>. Acesso em 12 jun. 2019.

a) A repetição do verbo “sair” no verso “o Sol sai, a lua entra e logo sai” indica que:

a) o eu lírico está lembrando do passado.


b) o tempo é algo fundamental para o eu lírico.
c) o eu lírico está chateado com o passar dos dias.
d) o tempo passa muito rápido.

b) O título do poema é uma pergunta curta. Com essa pergunta, o autor enfatiza
que:

a) as pessoas devem se perguntar sobre suas vidas.


b) perguntas são necessárias para se compreender a vida.
c) a vida passa tão rápido que não há tempo para formular uma pergunta.
d) a passagem do tempo exige que façamos perguntas sobre nossa vida.

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