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Eletrônica - volume I
1 Amplificador operacional ideal
1.1 Introdução
v–
vo
v+
–VCC
Ganho diferencial Ad ∞
Impedância de saída Ro 0
Ruído elétrico VN e IN 0
Variação de fase φ 0
1.4 Equação/Modelo:
Conforme descrito no início deste capítulo o modelo do AO pode ser visto na Figura
1.3. Duas entradas de alta impedância comandando uma fonte de tensão controlada.
v O =Ad⋅v + −v − ( 1.1 )
Sempre que o AO estiver saturado (saída igual a tensão de alimentação), então esta
regra não pode mais ser aplicada pois a equação 1.1 não é mais válida, ou seja, o operacional
não está trabalhando em uma região linear.
vi v0
Como i 1 = e i 1 =− , então
R1 R2
Por outro lado, se levarmos em conta que o ganho do AO não é infinito, devemos
substituir o desenho do AO pelo seu modelo ideal e isto nos leva a solução mostrada na
equação 1.3.
−
v i⋅R2 + v 0⋅R1
v =
R1 + R 2
v0
v +−v − = =−v − (pois a entrada positiva tem potencial zero)
Ad
v 0 v i⋅R 2 + v0⋅R1
− =
Ad R1 + R 2
v0
v i⋅R2 + v 0⋅R1 =− ⋅ R1 +R 2
Ad
R2
V 0 =− ⋅v
R1 +R 2 i ( 1.3 )
R1
Ad
Obs.: quando se considera Ad→∞ considera-se, implicitamente, que v+= v– pois esta é
a única forma de obter um vO finito.
Note, também, que apesar de a entrada inversora estar a um potencial igual zero, ela
não esta diretamente conectada a terra e não há circulação de corrente entre terra e este
terminal. Por este motivo, o terminal inversor, nesta configuração, é chamado de terra virtual.
A Figura 1.5 mostra o desenho básico de um amplificador não inversor formado por
AO.
R1
⋅v = v
R1 + R 2 0 i
R1 +R2 R
v 0= ⋅v i=1 2 ⋅vi
R1 R1
v o R 1R2 R
= =1 2 ( 1.4 )
vi R1 R1
v + =v i
R1
v −= ⋅v
R1 +R2 0
R1 v
vi − ⋅v 0 = 0
R1 +R 2 Ad
vo R1R 2⋅Ad
=
v i R 1R2R1⋅Ad
R 1 + R2
v 0= ⋅v
R 1 + R2 i ( 1.5 )
R1
Ad
v1 v2 v3 v0
i1= , i2= , i3 = , i 4=−
R1 R2 R4 R4
i1 + i2 + i3 = i 4
v 0 =- R4
v1
R1
v2
R2
v3
R3 ( 1.6 )
se R1=R2=R3=R, então a equação 1.6 pode ser reescrita conforme a equação 1.7.
−R4
vO= ⋅ v1 v 2v 3 ( 1.7 )
R
O cálculo torna-se mais cômodo se feito por superposição, utilizando-se o que já foi
calculado para o amplificador inversor e não inversor, aliado a consideração de que o AO é
ideal. A equação 1.8 mostra equação da tensão de saída deste circuito.
R2
v 0= v −v ( 1.8 )
R1 2 1
1.6 Conclusão
corrente máxima i Lmáx =1 mA para uma carga 0 ≤R L ≤10 K quando v i =−10 V .
forma um subtrator junto com R3 ,R4 ; A1 : fornece a corrente de saída e é realimentado pelo
subtrator através de R1 ,R 2 .
Função de transferência:
R4
v i⋅R2 +R 1 R⋅i L
R3 , logo
v −A = =0
1 R1 +R 2
R2⋅R3
i L=− ⋅v
R1⋅R 4⋅R i
Sendo i Lmáx =1 mA e R Lmáx =10K então v L Imáx =10 V (tensão máxima na carga)
v Omáx −v L Imáx
R= , onde V Omáx é a máxima tensão de saída do AO.
i Lmáx
11 V −10 V
R= =1K
1 mA
R2⋅R3
Como i L=− ⋅v
R1⋅R 4⋅R i
R4 R ⋅v 100 K −10
então =− 2 i =− =10
R3 Ri⋅R⋅i 0 100 K⋅1K⋅1m
b)
Efeito de VOS1:
R1 R4
v os1 = ⋅ ⋅R⋅i L
R1 +R2 R3
R 1 +R 2 ⋅R3
i L v os1 = v os1
R1⋅R4⋅R
Efeito de IB2:
i L =i R −i b2
R4
R1
R⋅i R
−
R3
vA = =0
1 R1 +R 2
i R=0
i L i b2 =−i b2
R1 +R 2 ⋅R3
Portanto: i Ltot = v os1−i b2
R1⋅R 4⋅R
1)
v0
a) Calcule: A v= ;
vi
Respostas:
R 3 R4 R2 R3R 2 R4
a) v 0 =− vi
R1 . R 4
b) Esta configuração é empregada quando queremos um alto ganho e não temos resistores de
alto valor disponíveis para Req.
2)
v0
a) Calcule: A v= , supondo R3=R 2 ;
vi
2R 2 R 2
Resposta: a) Se R3=R2 então v 0 = ⋅ 1 ⋅ v 2 −v 1
R1 R
v0
a) Calcule: A v=
vi
4)
v0
a) Calcule: A v=
vi
v0
a) Calcule: A v=
vi
6)
v0
a) Calcule: A v=
vi
7)
Mostre que para o amplificador inversor e não inversor, o ganho pode ser escrito da seguinte
v o Ganho Ideal
= R1
forma: v i 1 onde β=
1 R1 +R 2
β⋅Ad
9)
Essas são as correntes CC, necessárias em cada entrada do AO, para produzir zero
Volts de saída quando não há sinal em suas entradas. A corrente IB é a corrente de base dos
transistores TBJ, ou a corrente de fuga na porta dos FETs, utilizados no primeiro estágio de
um AO. Para medir estas correntes utiliza-se um circuito simples conforme mostrado na
Figura 2.1. Nesse circuito as correntes de polarização são obrigadas a fluir sobre resistores de
valor muito elevado (10MΩ ou mais) produzindo uma tensão de saída mensurável. Os
capacitores servem apenas como um filtro passa baixas (0,01µF). As chaves S1 e S2 são
abertas uma de cada vez para permitir a medida de IB1 e IB2.
Essas corrente são da ordem de [µA] ou [nA] mas podem ser menores em AO com
par diferencial composto por uma configuração Darlington ou transistores FET. Nestes casos
é possível encontrar AO com IB da ordem de [fA].
O modelo para representação de IOS é o mesmo utilizado para IB (Figura 2.2, página
20). Em alguns casos, quando temos apenas um valor para IB e outra para IOS, podemos
calcular cada IB como apresentado pela equação 2.1
IB = IB ± (IOS/2) ( 2.1 )
Esta é a diferença de tensão CC, necessária na entrada de um AO, para produzir zero
Volts de saída quando não há sinal em suas entradas. A tensão de offset é causada pelo
desbalanço do par diferencial e pela desigualdade dos transistores do 2° estágio. Normalmente
o valor da tensão de offset é fornecido em módulo pois a tensão de saída pode ser afetada
positiva ou negativamente. Para facilitar a medida deste parâmetro utiliza-se um amplificador
não inversor com entrada aterrada e resistores de valores elevados, conforme mostrado na
Figura 2.3.
A Figura 2.4 mostra dois equivalentes elétricos de um AO com V OS. A fonte pode ser
colocada na entrada não inversora. A polaridade da fonte V OS não é definida pois a tensão de
offset é dada em módulo e sua polaridade pode mudar de operacional para operacional.
As variações da tensão de offset com relação a temperatura, podem ser calculadas pela
equação 2.2.
dV OS
V OS =V OS 25 ° C T ( 2.2 )
dT
dV OS
onde é a deriva térmica.
dT
dI B
I B= I B 25o C T ( 2.3 )
dT
Alguns manuais não citam a deriva térmica, para a corrente de polarização, mas
indicam o T necessário para dobrar o valor de IB, o que já é o suficiente para utilizar a
equação 2.3, supondo que esta variação seja constante com a temperatura.
Além destas distinções feitas ao ganho dos AO, vale a pena ressaltar que os ganhos
mudam em função de uma série de itens como: a carga; a tensão de alimentação; a
temperatura; outros operacionais do mesmo tipo;....
Como a fonte de corrente que alimenta o par diferencial de entrada não apresenta
resistência infinita, mesmo aplicando sinais de mesma amplitude nas duas entradas do
amplificador, as correntes de coletor se alteram modificando a tensão de emissor. O modelo
de pequenos sinais para amplificador se torna um emissor comum com resistência de emissor.
Por esta razão, o ganho para sinais iguais nas duas entradas do amplificador é pequeno mas
não nulo.
Nos manuais, uma informação importante é o fator de rejeição de modo comum, que é
definido como mostrado nas equações 2.4, 2.5 e 2.7.
Ad
CMRR= (em valor absoluto) ( 2.4 )
ACM
CMRR=20⋅log
Ad
ACM
(em dB) ( 2.5 )
Vo V
Ad = = o ( 2.6 )
V + −V - V id
Vo
ACM = ( 2.7 )
V iCM
V +V -
V iCM = ( 2.8 )
2
2V T
R ID ≈2⋅hie≈ ( 2.9 )
IB
hfe
Rcm = ( 2.10 )
hoe
Pela relação entre as equações 2.9 e 2.10 fica claro que Rcm >> Rid .
RL // RRf
vo= ⋅vo ' ( 2.11 )
RoRL // R+Rf
Comparando o ganho desse circuito com o ganho ideal da configuração não inversora
nota-se que o ganho da configuração ficou reduzido de:
1
Ro Ro
1
RL RRf
Com exceção aos amplificadores chamados rail to rail a tensão de saída dos AOs
nunca alcança a tensão de alimentação. Isso se deve a quedas de tensão sobre os transistores
do 2° e 3° estágios de amplificação.
PSRR=20⋅log
V O
V CC
(em dB) ( 2.13 ).
Valores típicos para PSRR dependem da qualidade do AO: para o 741 a PSRR é de
±30mv/v enquanto que para o OP27A a PSRR é de 0,2mv/v.
Os modelos apresentados individualmente para representar IB, IOS, VOS, A, Rid, RCM, RO
e outros podem ser agrupados em um só modelo como mostra a Figura 2.9.
Figura 2.9: Modelo equivalente para um AO em função de: IB, Ios, Vos, A, Rid, Rcm, Ro
Para o circuito da Figura 2.10, considerando VOS1 e VOS2 diferentes de zero e Ad1 e Ad2
finitos:
Solução
a)
Figura 2.11: Adaptação do circuito da Figura 2.10 levando em conta os efeitos de Vos
Para A1 :
V O1 =Ad1⋅V d1
V d1=V X −V OS1
V O1 =Ad1⋅V X −V OS1
Para A2
V O =Ad2⋅V d2
V d2=−V OS2−V O1
R1
V X= ⋅V
R1 R2 O
Assim
−
VO
Ad2
=V OS2 Ad1⋅
R1
⋅V −V OS1
R1R 2 O
Isolando VO, temos:
V OS2
V OS1−
Ad1
V O=
R1 1
R1 R2 Ad1⋅Ad2
Nota-se na expressão de VO, que a influência de VOS2 é muito menor que a de VOS1,
pois a primeira aparece dividida por Ad1, que tem um valor muito elevado. Assim, conclui-se
que A2 não precisa ser tão bom quanto indicava o artigo da Analog Devices.
Para Vin=0 (as duas extremidades do resistor R1 estão conectados a potencial zero)
V O1 =R2⋅I B −
Para IB– = 0
−R2
V O2= ⋅V in
R1
Logo
−R2
V 0= ⋅V inR 2⋅I B −
R1
−R 2
V 01 = V
R1 in
V O2=R 2⋅I B −
R1R2
V O3= ⋅R3⋅I B
R1
Logo
−R 2 −R3
V0= ⋅V i R2⋅I B − ⋅ R1 R 2 ⋅I B
R1 R1
Supondo I B + = I B − =I B
R2 R3
V 0 =- V i I B R2 − R1 R2
R1 R1
R3
R2 − ⋅ R1R 2 =0
R1
R1 R2
R3⋅ = R2
R1
R 2 R1
R3 =
R1R 2
Observa-se pela Figura 2.13, independente do modelo utilizado, que a tensão VOS afeta
a saída como se fosse aplicada sobre um amplificador não inversor.
−R2 R R 2
V O= ⋅V in 1 ⋅V OS
R1 R1
Sendo assim, é possível somar ou subtrair tensões para remover a parcela da saída
dependente de VOS. Um dos circuitos para remover este offset é apresentado na Figura 2.14.
Para ajudar na compensação de IB, as resistências podem ser escolhidas de tal forma
que
*
R1 // R2=R3 R4 // R5P 1
A resistência de P1, vista pelo circuito, varia com o ajuste do potenciometro e isto
altera a impedância total da malha vista pelo AO. Para minimizar estes efeitos utiliza-se
R5>>R4.
Figura 2.15: Amplificador não inversor com circuito para compensação de offset
*
R1≈R1 // R3P 1.
1)
No circuito abaixo:
b) Qual o valor de R2 para que o amplificador tenha mínimo erro devido a IOS.
2)
Para este amplificador considere: VOS =2mV; IB =100nA; IOS =20nA; Ad =10.000;
3)
Testes:
Perguntas:
5)
Para um AO com resistência de entrada diferencial (Rid) finita, com resistência de saída (RO)
maior que zero e com ganho (A d) finito, calcule Av, Ri e Ro para a configuração não
inversora.
6)
b) Com a chave Ch3 fechada, as chaves Ch1 e Ch2 abertas e Vi = 100mV: VO = -4.89V
Pergunta:
Calcular IB, VOS e CMRR com as respectivas polaridades. Considere as outras características
do amplificador operacional se aproximando do ideal. Fazer os cálculos com precisão de 1mV
para tensão e de 1nA para corrente. Suponha chaves ideais.
8)
Equacione o circuito abaixo e explique por que esta configuração possibilita um aumento na
impedância de entrada da configuração não inversora. Considere os amplificadores
operacionais com comportamento real e constituídos na mesma pastilha (AOs idênticos). Use
o ganho tendendo a infinito e as correntes de polarizações iguais.
OBS.: A impedância de entrada é dada por Zin = Vin/Iin. Compare este circuito com o não
inversor.
10)
11)
a) S1 e S2 fechadas: VO = 0,04V
13)
Admitindo que o AO do circuito abaixo seja um 741 típico (V os(típico) = 2mV; IB(típico) =
80nA; Ios(típico) = 20nA; Ad(típico) = 200.000):
b) determine a expressão de VO levando em conta VOS, IOS, Ad. Compare com o AO real.
Nos circuitos abaixo calcule VO/(V2-V1) supondo que os AOs são idênticos. Determine
também uma expressão para o ganho de modo comum, supondo V1=V2=VCM em função do
CMRR dos AOs.
15)
Calcular a função de transferência supondo a existência de IB+, IB– e VOS para os seguintes
amplificadores:
16)
a) inversor:
b) não-inversor:
Vi Vo
Ad(S)
+ _
β(S)
V O S = Ad S ⋅ V i S – V O S ⋅S
V O S Ad S
=AV S = ( 3.1 )
V i S 1 Ad S ⋅S
V O S 1
= ( 3.2 )
V i S
Se, em alguma freqüência, a fase do ganho de malha for 180º, então o ganho de malha
será negativo. Se, cumulativamente, o módulo do ganho de malha for unitário, o ganho do
amplificador torna-se infinito ( 1 Ad S ⋅S =0 ). Esta é uma situação limite de
estabilidade que corresponde a colocar os pólos do amplificador realimentado sobre o eixo jω.
Se o módulo do ganho de malha aumentar (mantendo a fase em 180º), os pólos do
amplificador realimentado deslocam-se para a direita do eixo jω ( 1 Ad S ⋅S 0 ). Em
síntese: se o ganho de malha for ∣1∣∢180o o circuito torna-se um oscilador e se o ganho de
malha for maior do que ∣1∣∢180 o o circuito torna-se instável.
Uma análise preliminar indica que não existe problema de instabilidade para
amplificadores realimentado com 1 ou 2 pólos, pois a fase do ganho de malha nunca será
180º. Para amplificadores realimentados com 3 ou mais pólos, o problema da instabilidade
não pode ser esquecido.
O diagrama de Bode do ganho de malha, Figura 3.2, pode ser utilizado para simplificar
a análise da estabilidade dos amplificadores realimentados. Neste diagrama de Bode, são
desenhados os gráficos de módulo e fase do ganho de malha, representado conforme equação
3.3. O gráfico, apesar de simples, utiliza escala logarítmica de freqüência e ganho em dB.
Ganho em dB corresponde a 20⋅log∣Ganho Linear∣ . Ganho unitário corresponde a 0dB.
Ganho em dB negativo equivale a ganho linear com módulo entre 0 e 1. Ganhos de
20⋅log X correspondem a −20⋅log1/ X
j⋅
Ad j ⋅ j =∣Ad j ⋅ j ∣⋅e ( 3.3 )
o
MF [graus]=180 −∣∣∣Ad S ⋅ S ∣=0dB ( 3.5 )
p 1⋅p 2⋅p 3
Ad S = Ad0⋅ ( 3.6 )
S p1 ⋅ S p 2⋅S p 3
onde Ad0 é o ganho em baixas freqüências, Ad(S) é o ganho de tensão em laço aberto,
p1, p2, e p3 são os pólos.
Os efeitos individuais dos pólos de cada estágio do AO foram somados para montar o
gráfico da Figura 3.5. Observa-se que o AO tem ganho de 29dB na freqüência onde a fase é
Por esta razão alguns AOs de banda larga (amplificadores desenvolvidos para operar
em freqüências elevadas) só podem ser utilizados em configurações com ganho mínimo
estabelecido pelo fabricante. Muitas vezes estes operacionais não são estáveis para ganho
unitário. Como exemplo disto temos o LF357, que é estável em configurações com ganho
maior do que 5.
3.1.3 slew-rate
Figura 3.7: Resposta do AO para uma entrada em degrau. Medidas para determinação do
SR
90 %⋅Vmáx−10 %⋅Vmáx
SRD = ( 3.9 )
td
É o tempo necessário para que a resposta do AO, a uma entrada em degrau, estabilize
dentro de uma faixa de valores considerada aceitável. Esta faixa de valores normalmente
corresponde a 0,1 ou 0,01% um porcento do valor final.
Para o circuito:
Considere que os dois AOs têm características dinâmica do tipo pólo dominante.
O circuito deve fornecer uma saída VO senoidal de até 100kHz e com 10Vp sem
distorcê-la. Calcule o slew–rate (SR) mínimo de cada AO para atender a esta especificação.
Os dois AOs estão funcionando com realimentação negativa portanto estão em uma
região linear.
GBW 2 GBW 2
A 2 S = ≃
S p2 S
GBW 2
∣ ∣
1
f
=
f
R4 v o Ganho Ideal
v 0 =− ⋅v i = R3
R3 +R 4 , ou v i 1 onde β=
R 3 1 R3+R4
Ad β⋅Ad
Ad⋅R4
vo R R 4
= 3
v i 1 β⋅Ad
Assim
1 R3 R4
=
R3
R3 R4 10 k 100 k
GBW 2 = ⋅ f 2= ⋅1 MHz=11 MHz
R3 10 k
GBW 1 GBW 1
A1 s = ≃
S p1 S
GBW 1
∣ ∣
1
f
=
f
Assim
1 R 1R 2 1 1 k 100 k 1
= ⋅ = ⋅ =10 ,1
R1 AV2 1k 10
1
GBW 1= ⋅f 1=10 ,1⋅100 kHz=1, 01 MHz
b) Para A2:
SR2 ≥ 6,283V/µs
Para A1:
Devido ao ganho de A2, a saída de A1 necessita ter apenas 1/10 da amplitude de VO,
SR1 ≥ 0,6283V/µs
c)
v O1= Ad 1⋅ V OS1
R1
⋅v
R1 R2 O
v O v O1⋅R4 vO⋅R3
V OS2 − =
Ad 2 R3R 4
R1 R2
v O ≃− ⋅V OS1
R1
1
p= ( 3.10 )
Z O⋅C L
Via de regra AOs de uso geral toleram cargas capacitivas de até 1000pF enquanto que
para AO de alta freqüência a carga capacitiva deve ser limitada a uns 25pF. Quando se
trabalhar como cargas deste tipo se deve utilizar amplificadores com baixa impedância de
saída em malha aberta ou prover uma redução desta impedância utilizando um amplificador
de reforço de corrente. Para o caso da linha de transmissão o reforço de corrente pode ser
muito importante pois em freqüências elevadas a carga pode drenar correntes elevadas.
1 1
≫ ( 3.11 )
ROR3 C 1⋅ R1 // R 2
Existem várias formas de ruído elétrico sendo que cada uma destas formas está
associada a algum evento físico ou a alguma características de confecção do componente. A
seguir, são listados os principais tipos de ruído, suas fontes e seus efeitos na saída dos AOs.
Este ruído é causado pela agitação térmica dos elétrons em uma resistência. O ruído
térmico é constante ao longo de todo o espectro de freqüências, e por isso é chamado de
“ruído branco”. A tensão eficaz gerada pelo ruído térmico pode ser calculada com a equação
3.12.
Este ruído está associado com uma corrente fluindo através de uma barreira de
potencial. Isto significa que ele é formado pela flutuação instantânea de corrente elétrica,
Também conhecido por Excess Noise, Flicker Noise, ruído 1/f e ruído de baixa
freqüência, é causado pela variação da condutividade devido ao contato imperfeito entre dois
materiais (por exemplo, silício e alumínio). Este tipo de ruído aparece sempre que existe
junções entre materiais de qualquer tipo, como nas chaves, pontos de solda etc.. A equação
3.14 mostra a intensidade da corrente pela qual pode ser modelado este ruído.
KI DC B
I f RMS = [ A/ Hz ] ( 3.14 )
f
onde: K é uma constante que depende do material; IDC é a corrente média [A]; B é
banda passante [Hz]; F é a freqüência [Hz].
Note que o ruído de contato If aumenta com a diminuição da freqüência. Esta é a maior
fonte de ruído em componentes à baixas freqüência.
Para dois resistores de 1KΩ , um de carbono e outro de fio, o ruído térmico é o mesmo
e proporcional a resistência. Porém, com a passagem de corrente elétrica o resistor de carbono
apresenta mais ruído que o resistor de fio devido a variação de condutividade no contato
imperfeito do resistor.
Este ruído é responsável pelo conhecido “estalo” que aparece, por exemplo, em
aparelhos de som. É causado por defeitos de manufatura da junção (tal como uma impureza)
de componentes semicondutores. Este tipo de ruído depende do processo de fabricação dos
semicondutores. O popcorn tem a aparência de um degrau de tensão de duração aproximada
de 10 ms e que aparece esporadicamente nos aparelhos. A Figura 3.11 mostra a aparência
destes ruído quando visto em osciloscópio.
Várias são as fontes de ruído e todas podem estar presentes ao mesmo tempo em um
mesmo circuito. Quando isto ocorre e os ruídos não são correlacionados, ou seja, são
independentes, a soma das fontes de ruído produz uma potência total que é igual a soma da
potência de cada fonte, de acordo com a equação 3.15. O resultado também pode ser expresso
em termos de uma fonte de tensão como na equação 3.16.
V T = V 12V 22 . . .. .V 2n ( 3.16 )
Analisando o gráfico da Figura 3.12 podemos perceber que o nível de ruído na saída
de um circuito a base de transistores depende da faixa de freqüência em que se está
trabalhando:
Fontes de tensão e corrente podem ser aplicadas para modelar a influência do ruído em
um AO. Conforme apresentado na Figura 3.14 estas fontes são aplicadas da mesma forma que
para modelar VOS e IB.
SNR=20⋅log
Vsinal RMS
Vruído RMS ( 3.17 )
NF =10⋅log
SNRin
SNR out
NF =10⋅log
Sinal in⋅Ruído out
Sinal out⋅Ruídoin
2
Sinal in⋅Av⋅V TNin
NF =10⋅log ,
Sinal in⋅Av⋅V 2T
NF =10⋅log
V 2TNin
V 2T
NF =10⋅log
V 2nV 2T I 2n⋅R 2gerador
V 2T
Supondo que o único ruído do gerador seja o ruído térmico, quando conectarmos este
gerador ao amplificador a tensão de ruído se soma a tensão do gerador e a corrente de ruído,
passando pela resistência do gerador produz outra tensão de ruído que depende da impedância
Para o amplificador cuja tensão e corrente de ruído são apresentadas na figura Figura
3.13, supondo que ele está conectado a um gerador com impedância de 2kΩ.
V n |1kHz =9,5 nV / Hz
SNR=20⋅log
V TN
V gerador
=71dB
Capacitores Freqüência
Papel 5MHz
Mylar 10MHz
Poliestireno/Mica 500MHz
Cerâmico 1GHz
Este circuito consiste do amplificador operacional tal como o conhecemos até agora.
Este é o tipo mais comum de amplificador e com o maior número de aplicações. A equação
4.1 descreve o amplificador enquanto que seu símbolo é apresentado na Figura 4.1.
V 0 = A v−v− ( 4.1 )
LM LF LM CA LM LF OP OPi Unid.
741 351 308 3140 318 357 43G 77G
VOS 2 5 2 5 4 3 0,5 0,020 mV
Obs.: Uso geral Entrada Comp. Entrada Comp. Entrada Entrada Precisão
Externa
JFET Mosfet Externa/ JFET JFET
Interna
Onde: VOS é a tensão de offset; IOS é acorrente de offset; PSR é a rejeição a variações na tensão
de alimentação; ∆VOS é o drift de VOS; GBW é o produto ganho largura de faixa; IB é a corrente
de polarização; CMR é a rejeição de modo comum; SR é o slew-rate;
i o = Ag v + −v – ( 4.2 )
Ag =gm=K⋅I B ( 4.3 )
Este tipo de amplificador foi desenvolvido a muito tempo (no fim dos anos 40 início
dos anos 50), e antes de ser um tipo de amplificador ele é mais uma técnica cujo objetivo é
minimizar tensão e drift de offset. O amplificador Chopper utiliza técnicas de AC para
desacoplar as baixas freqüências devido a VOS e IB. A melhora mais notável é com relação ao
drift com a temperatura de VOS e IOS. O amplificador Chopper pode introduzir um fator de
redução de 50 vezes nestes drift.
Na Figura 4.6, as chaves Ch1 e Ch2 são fechadas quando Ch3 e Ch4 são abertas. A
Figura 4.7 mostra a seqüência correta para o acionamento de cada uma destas chaves. Neste
diagrama, o sinal em nível alto corresponde a chave fechada. As chaves Ch2 e Ch4 são
fechadas após Ch1 e Ch3 serem fechadas, e abertas antes que Ch1 e Ch3 sejam abertas.
Figura 4.7: Seqüência de acionamento das chaves do amplificador Chopper da Figura 4.6
Neste exemplo, a tensão de entrada é constante, e portanto, após o sinal ser recortado
ganha a aparência de uma onda quadrada. Se uma senóide fosse amplificada por este tipo de
amplificador iria produzir pulsos de amplitudes diferentes a cada recorte do sinal de entrada,
mas na saída obteríamos a mesma senóide de entrada..
Como exemplo de amplificador Chopper podemos citar o LMC668 com VOS < 5 µV e
dV os
=50 nV /°C .
dT
Estes amplificadores, na forma como apresentado, estão em desuso e sua produção tem
sido descontinuada. Novos amplificadores chamados de auto zero (CAZ) estão em produção.
Semelhantes ao Chopper, no tratamento AC do sinal, incorporam controles automáticas de
ganho para melhorar o desempenho do circuito estendendo sua aplicação as altas freqüências.
Exemplos de modernos amplificadores de auto zero são o AD8571, o LM2652 e o LM2654
(estes últimos chamados de Chopper pelo fabricante).
Note que alguns destes amplificadores apresentam transformadores e portanto não são
um simples circuito integrado. Muitas vezes estes circuitos são modelos híbridos ou
4.6 buffer
R4 R R1
v O = v CM v 2 ⋅ 2
R3 R4 R1
R2
v O =− ⋅ v v
R1 CM 1
v 0=
[ R 1⋅R 4−R 2⋅R3
R1⋅ R3 R 4 ] R2 R4 1 R2 / R1
⋅v CM − ⋅v 1 ⋅
R1
⋅v
R3 1R 4 / R 3 2
Se
R2 R3
=
R1 R4
então
R2
v 0= v −v .
R1 2 1
Ad
CMRR=
Acm
CMRRsubtrator⋅CMRRintrinceco
CMRRcircuito= ( 4.5 )
CMRRsubtrator CMRR intrinceco
Observe que a própria impedância da fonte pode causar um desbalanço nos resistores e
diminuir o CMRR da configuração. Por esta razão é desejável uma topologia onde a
impedância de entrada seja extremamente elevada. A construção integrada deste amplificador
minimiza os erros entre as resistências e propicia um CMRR maior, isto entretanto impede o
ajuste do ganho.
Um segundo tipo de amplificador diferencial pode ser visto na Figura 4.16. O ganho
desta configuração pode ser ajustado por apenas um resistor, sem comprometer a precisa
relação entre as demais resistências.
Figura 4.16: Amplificador diferencial com ganho selecionável com um único resistor
v 1 =v−i 1⋅R 2 =v 1
R2
R1
−e 1
R2
R1
e 2 −v
i2=
R1
v 1−e0
i3=
R2
e e
i 3 =v
1
1
R 2 R1
− 1− 0
R 1 R2
v2
i 4=
R2
e
i 4=v
1
1
R2 R1
− 2
R1
Como
i=i 1−i 3
então
e 1 −v e e
i=
R1
−v
1
1
R1 R 2
1 0
R1 R2
i=i 4−i 2
então
e 2 e 2−v
i=v
1
1
R1 R2
− −
R1 R1
e2
segunda expressão para i : i=−2
R1
2
1
R1 R2
v
então a expressão
e2
2
1
R1 R2
v=i2
R1
e0 e
i=
R2
2 1 −
R1
2
1
R1 R2
⋅v
1 e
assim, a terceira expressão para i é: i= e1 −e 2 0
R1 2R 2
Como
v 1−v 2
i=
R
[
i= V 1
R2
R1
R
R1
R
R1
R 1
−e 1 2 −v 1 2 e 2 2
R1 R ]
Instrumentação e Técnicas de Medida – UFRJ, 2010/2 77
R2
quarta expressão para i : i= e 2−e1
R1⋅R
1 e0 R2
e1 −e 2 = e 2 −e 1
R1 2R 2 R1⋅R
logo
e 0 =2R 2
[ R2
1
R1⋅R R1 ]
e 2−e1
e 0=
R1 [ ]
2R 2 R2
R
1 e 2 −e 1
Uma outra solução pode ser obtida redesenhando o circuito conforme indicado na
Figura 4.17:
v 1 =i 3⋅R2=
e1 v eO
− −i ⋅R2
R1 R 1 R2
v 2 =i 4⋅R2=
e2
R1
−
v
R1
i ⋅R2
v 1 −v 2
i=
R
i= ⋅
1 e1 v e 0 e2 v
− −i− −i ⋅R 2
R R1 R1 R 2 R1 R1
v 1 −v 2
i=
R
1
i= ⋅ v−
R [
e1 v
−
R1 R1
⋅R 2 −v
e2 v
−
R1 R1
⋅R 2
]
Instrumentação e Técnicas de Medida – UFRJ, 2010/2 79
R2
i= ⋅ e −e
R⋅R1 2 1
R2
e 1−e 2 ⋅ e
R1 0 R
= 2 ⋅ e 2 −e 1
2⋅R 2 R R⋅R 1
e 0=
[ R2
R⋅R1
⋅ 2⋅R2 R
R2
R1 ]
⋅ e 2 −e1
e 0=
2⋅R 2 R2
R1
⋅
R
1 ⋅ e 2−e1
R3
v O2=−v 1⋅
R
RR3
v O2 =v 2⋅
R
R3
v O1=−v 2⋅
R
R2
v 0= v −v
R1 2 1
então
R 2 R2⋅R3
vO = ⋅ ⋅ v 2−v 1
R1 R
v 0=
R2
R1 1
2R 3
R e 2 −e 1
Esta topologia apresenta alta rejeição a tensões de modo comum (se os R3 são
diferentes, há um erro no ganho mas não no CMRR), ganho elevado, ganho ajustável apenas
com um resistor, impedância de entrada (diferencial e de modo comum) elevada em ambas as
entradas. Além disto se o amplificador tiver ganho unitário, somente o offset dos
amplificadores de entrada vão ser significativos na determinação do offset de saída. Se os
amplificadores de entrada forem iguais o drift na saída do amplificador fica reduzido. Nesta
configuração o primeiro estágio é responsável pelo ganho e o segundo estágio é responsável
pelo CMRR e para que este valor seja elevado o amplificador de instrumentação é
comercializado em um único integrado.
4.7.1 Exemplos
v 0=
[ R 1⋅R 4−R 2⋅R3
]
R1⋅ R3 R 4
R2 R4 1 R2 / R1
⋅v CM − ⋅v 1 ⋅
R1
⋅v
R3 1R 4 / R 3 2
1
v 0= ⋅v −100⋅v 1 100 ,0098⋅v 2
102 CM
Ad 100
CMRR= = =10200≈80 dB
ACM 1/102
RK
v G =− ⋅v O
RG
v1 v
=− G
R R
RK
− ⋅v
v1 RG O
=−
R R
logo
RG
v O= ⋅v
RK 1
RK
− ⋅v
v2 vG RG O
= =
2 2 2
então
RG
v O=− v2
RK
logo
RG
v O= v −v
RK 1 2
4.8 Exercícios
1) Mostrar que os dois circuitos abaixo apresentam impedância de entrada gm –1. Supor
que todos os OTAs tem o mesmo ganho gm.
v O =v 2 – v 1⋅ 1
R4 2⋅R 4
R3
RG
v O =v 2 – v 1⋅ 1
R4
R3
(sem o resistor RG)
As desvantagens deste amplificador sobre aquele com três AOs é que um dos
amplificadores esta trabalhando com ganho menor do que 1 o tempo de propagação do sinal
no circuito é diferente para as duas entradas (o sinal v2 passa por U1 e U2 antes de chegar na
saída, enquanto que o sinal v1 passa apenas por U2).
A Figura 5.1 mostra uma ponte de resistores alimentada com fonte de tensão
constante. Nos braços da ponte são colocadas resistências fixas e variáveis (os sensores). Estas
resistências variáveis irão produzir uma tensão de saída que depende da variação desta
resistência com a grandeza que se deseja medir. A equação 5.1 relaciona as variações de
tensão de saída da ponte com as variações de resistência dos elementos sensores.
v O =Av⋅Vcc
1
−
R
2 2⋅R R
2⋅R R−2⋅R
v O =Av⋅Vcc⋅
4⋅R2⋅ R
Vcc
v O =Av⋅ ⋅
R/ R
4 1 R/ 2R ( 5.2 )
Como podemos observar pela equação 5.2, a relação entre a tensão de saída e a
variação da resistência da ponte não é linear. Normalmente é feita uma aproximação para o
caso onde ∆R é muito menor do que R. A solução do problema para o caso aproximado é
Vcc R
v O =Av⋅ ⋅
4 R
5.1.1.2 Ponte com um transdutor por braço
v O =Av⋅Vcc⋅ R R
−
R
2⋅R R R R
E mais uma vez, não há relação linear entre a variação das resistências da ponte e a
tensão de saída do amplificador.
v O =Av⋅Vcc
R R
−
R− R
2⋅R R 2⋅R− R
Vcc
v O =Av⋅ ⋅
R/ R
2 1− R/2R 2 ( 5.4 )
Que é muito melhor que o anterior, porém não apresenta relação linear entre as
variações de resistência e tensão.
v O =Av⋅Vcc⋅
R R R− R
2⋅R
−
2⋅R
R
v O =Av⋅Vcc⋅ ( 5.5 )
R
v O =Av⋅I⋅ R2⋅
R3 R4
R 1R 2R 3R 4
−R3⋅
R1 R 2
R1 R2 R3 R 4 ( 5.6 )
Supondo R1 = R2 = R3 = R, e R4 = R + ∆R.
Esta relação entre variação de resistência e tensão também não é linear mas se
aproximarmos a solução para o caso onde ∆R é muito menor do que R, então teremos
I
v O =Av⋅ ⋅ R
4
Supondo R1 = R3 = R, e R2 = R4 = R + ∆R.
v O =Av⋅I⋅ R R ⋅
2⋅R R
4⋅R2⋅ R
−R
2⋅R R
4⋅R2⋅ R
v O =Av⋅I⋅
R R− R⋅ 2⋅R R
4⋅R2⋅ R
I
v O =Av⋅ ⋅ R ( 5.8 )
2
E desta vez percebemos que a relação entre a variação das resistências dos sensores e a
variação da tensão de saída já é linear mesmo com apenas dois sensores. Este circuito de
ponte, alimentada com fonte de corrente, pode ser implementado na prática como mostrado na
Figura 5.3.
V REF
I=
RI
Os AOs podem ser utilizados nos circuitos em ponte para minimizar a necessidade de
elementos sensores necessários para se obter uma relação linear entre variação de resistência e
tensão de saída. Dois exemplos destes circuitos são mostrados nas figuras 5.4 5.5.
Vcc
v 0= ⋅ R
R
Av⋅R 5 Vcc R
Se R6 = então v O =Av⋅ ⋅
2 4 R
O circuito mostrado na Figura 5.6 mostra como podemos suprir correntes elevadas
utilizando um único transistor na saída do amplificador operacional. Note que neste circuito, o
transistor foi colocado dentro do elo de realimentação, isto faz com que o AO compense a
queda de tensão entre base e emissor do transistor.
Este circuito apresenta a vantagem de trabalhar com correntes elevadas de saída (está
configurado em coletor comum) mas possui em contra partida o inconveniente de ter sua saída
assimétrica, ou seja, não permite variações na tensão positiva e negativamente.
Este circuito, possui uma grande vantagem com relação ao anterior, que é a saída
simétrica, porém, possui uma grande desvantagem: ele distorce a onda de saída do operacional
nos pontos de tensão baixa, onde os transistores não estão polarizados. Esta distorção é
conhecida como cross over. Quando os transistores não estão polarizados, tensão de saída é
nula, o operacional fica sem realimentação. Neste caso a saída do operacional se eleva em 0,7
para fazer com que um dos transistores conduza, fechando a malha de realimentação.
ΔV 1,4 V
Δt = =
SR 0,5
∆t=2,8µs.
Além disso a máxima tensão de saída fica diminuída. Para solucionar o problema basta
fazer uma pré polarização dos transistores com resistores e diodos. O circuito com estas
correções é mostrado na Figura 5.9. Note que da mesma forma que no circuito mostrado na
Figura 5.7 os dois transistores desta configuração de saída simétrica estão em coletor comum,
o que garante um elevado ganho de corrente.
5.3.1 Reforço de tensão com etapa de saída alimentada pela saída do operacional
Outra técnica muito utilizada para propiciar amplificadores com elevada tensão de
saída, usando AOs, consiste em ligar elementos sensores de corrente na alimentação do
R4
V CCOperacional =V CC⋅ −0,7
R3 R4
Uma característica interessante deste circuito é que a saída do operacional não esta
conectada ao amplificador transistorizado. Isto pode ser utilizado para minimizar os efeitos do
slew-rate do AO diminuindo a variação de tensão sobre RL'.
De todos estes problemas o que pode trazer piores conseqüências são aqueles oriundos
de sobre correntes. Isto porém é facilmente contornado com pequenos circuitos de proteção,
similares aqueles utilizados em fontes de alimentação.
0,7 V
R5 =
I OMáx
6.1 Símbolo
6.2 Características
Sua saída muitas vezes se apresenta em coletor aberto (open collector), o que permite
que seja calculado o resistor de pull-up de acordo com as características do circuito que se
deseja montar (velocidade, consumo, capacidade de fornecer corrente...). Os projetistas,
entretanto implementam melhoras na características de slew-rate e de settling time.
Av
200 200 200 40 1,5 3 -
(V/mV)
Is é corrente de alimentação.
O gráfico da Figura 6.5, representa uma simulação com uma entrada senoidal de
freqüência igual a 10Hz no circuito comparador de tensão do tipo detetor de passagem por
zero. Observe que, como o slew-rate do comparador não é infinito, a curva real apresenta
atrasos para que a saída do comparador troque. Se a derivada da tensão de entrada diminuir o
comportamento do comparador se aproxima do ideal. Isto pode ser um problema quando se
trabalha com freqüências elevadas.
6.3.2 Limitação de Vo
Como podemos ver, este circuito é um detector de passagem por zero (a fonte ligada
na entrada não inversora é zero) com uma realimentação negativa formada por um diodo
zener. Ora, sempre que o zener estiver conduzindo mudará sua resistência interna para que a
tensão sobre ele fique constante (polarizado direta ou reversamente). Isto faz com que a tensão
na entrada negativa fique igual a tensão na entrada positiva (realimentação negativa). Como a
tensão na entrada positiva é zero, então a tensão de saída corresponde a tensão sobre o zener.
O detector de nível com limitação de tensão não pode ser implementado modificando-
se a fonte do comparador por zero, pois se isto fosse feito perderíamos a referência de tensão
sobre a entrada positiva. Isto iria modificar a tensão de saída. Uma alternativa para este
circuito passa a ser a implantação de um somador com resistores na entrada negativa. Desta
forma conseguimos mudar o valor da tensão de comparação sem alterar a tensão da saída. Esta
topologia esta mostrada na figura 6.5
e a sua saída muitas vezes é um transistor com coletor em aberto. Portanto, requerem
um resistor de “pull-up” na saída que excursiona de +Vcc a -Vcc.
Aqui pode ser visto um circuito bem interessante com comparadores. Diferente dos
demais circuitos vistos até agora, o comparador de declividade não compara níveis de tensão
mas sim a derivada do sinal de entrada ou seja a sua declividade. O circuito é apresentado na
Figura 6.11.
V REF dv
i1= , i2 =C i
R dt
i1 = i2
V REF dV i
=C
R dt
dV i V REF
=
dt RC
Se a corrente i2 > i1 o diodo zener está polarizado diretamente, neste caso a tensão de
saída é aproximadamente igual 0,7V. Se i 2 < i1 então o zener está polarizado reversamente e a
tensão de saída corresponde a tensão de zener.
Para evitar este tipo de problema foram criados os circuitos comparadores com
histerese. A histerese nada mais é do que a mudança automática do nível de comparação logo
após uma comparação bem sucedida. Ela cria uma região ao redor do ponto de comparação,
onde o ruído existente sobre o sinal não consegue afetar a saída do comparador. Na verdade
são criados dois níveis de comparação modificados comutados entre si automáticamente para
que o ruído não interfira na comparação. Quando o nível mais baixo do limiar de comparação
está ativo o nível mais alto esta desligado. Se um sinal vencer este nível mais baixo de
comparação, então o nível de comparação é modificado para o nível mais alto. Normalmente
este comportamento de histerese é mostrado com um gráfico que relaciona tensão de saída
com tensão de entrada do comparador, como o gráfico da Figura 6.14.
Figura 6.16: Simulação com ruído: v(o1) é a saída do comparador com histerese com
R1=3·R2, e v(o2) é a saída do comparador simples.
O comparador com histerese e limitação de tensão é uma mistura dos circuitos dos
anteriores e pode ser visto na Figura 6.17. Seu comportamento é apresentado na Figura 6.18.
V Z =0,7
VZ
i 1=−
R1
R1 R2
v O1=− ⋅0,7
R1
V Z =V Z
VZ
i 1=−
R1
R1 R2
v O2=− ⋅V Z
R1
R
v –=V REF ⋅ v −V REF
2⋅R i
V REF v i
v –=
2 2
R2
v += v
R1 R2 O
onde
R1 R2
v O1=− ⋅0,7
R1
R1 R 2
v O2 = ⋅V Z
R1
Como podemos ver, a tensão de saída pode apresentar dois valores, um quando o zener
esta polarizado diretamente e outro quando o zener esta polarizado reversamente e, portanto,
há duas tensões de comparação diferentes. Para calcular cada uma destas tensões de
comparação, igualamos a tensão na entrada negativa e positiva do comparador.
+ –
v =v
R2 R R 2 V v
⋅– 1 ⋅0,7= REF i
R1R2 R1 2 2
R2
− ⋅0,7⋅2=V REF v i
R1R 2
R2
v i=−2⋅0,7⋅ −V REF , [tensão de comparação baixa]
R1
+ –
v =v
R2 R R2 V v
⋅ 1 ⋅V Z = REF i
R1R2 R1 2 2
R
v i=2⋅ 2⋅V Z −V REF , [tensão de comparação alta]
R1
1) Desenhar a curva da tensão de saída contra tensão de entrada para o circuito abaixo.
Calcular e indicar todos os pontos de quebra e de cruzamento dos eixos. Considere o AO
ideal, vi entre ±15V, vo entre ±15V, VD=0,6V.
Se vi é muito negativo então vo é positivo e diodo conduz. Neste caso temos dois tipos
de realimentação ocorrendo ao mesmo tempo: realimentação negativa (RN) e realimentação
positiva (RP).
10 K
RN =
10 K 1,5 K
e para RP
v O =E OMáx
+ –
v =v
R3 10 K
v += v O−V D ⋅ =15−0,6 ⋅ =13,75V
R 3R 4 10 K0,47 K
v i R 2vO R1
v – =v +=
R1R 2
+
v i =V H = v −v O⋅
R1
R1 R2
⋅
R1 R2
R2
=+5,44 V
Se vi é muito positivo então vo é negativo e o diodo esta cortado. Neste caso também
temos dois tipos de realimentação e temos que estudar cada caso para determinar o
comportamento do circuito.
10 K
RN =
10 K 1,5 K
10 K
RP =
10 K0, 47 K 3,3 K
Como βRN > βRP a realimentação negativa predomina sobre a positiva. Neste caso o
circuito funciona como um amplificador, portanto v +=v –
Cálculo de ganho
v i⋅R2 v O⋅R1
v –=
R1 R2
v +=v –
vO
[ R3
−
R1
R 3R 4 R5 R1 R2 ]
=v i
R2
R1 R2
vO
=−0,91
vi
V D=0,6V , I D=0
R5
V D= ⋅v
R3 R 4 R5 O
logo
10 K 0, 47 K 3,3 K
v O =0,6⋅ =2, 504 V
3,3 K
Como
vO
vi= =−2, 751V
−0, 91
Então
v i =−2, 751V
v O =2, 504V
R1
RP =
R1 R2
R3
RN =
R3 R4
Como βRP > βRN a realimentação positiva é predominante o circuito se comporta como
um comparador.
v +=v –
R3
v –= v =0,6⋅v O
R3 R4 O
como o diodo está cortado a corrente sobre R1 é zero e como v +=v – então temos que
v O =1,6667⋅v i
Esta relação é valida até que o diodo entre em condução, quando a RP passa a
predominar.
v O −v + =0,7 V
v O =1,75V
v i=1,05 V
v O =+ E OMáx
v +=v –
v – =0,6⋅v O
R2⋅v i v O −V D ⋅R1
v +=
R1R 2
onde v O =+ E OMáx =+ 15 V
Igualando as expressões
v i =V L=−4, 49V
10
RN RN = =0,5
1010
Como βRP > βRN a realimentação positiva predomina e o circuito funciona como um
comparador com histerese.
v O R4 R5
= =2
vi R4
v O =2⋅v i
V D=0,6V e I D=0
+ –
se I D =0 então v i=v =v e v O =2⋅v i
v X −v +=0,6 V
V H =0
v O =+ V CC
v +=v –
considerando
Req =R2 // R3
6,6V⋅R3vO⋅R2
V eq =
R 2R3
R4 v
v –= ⋅v O = O
R4R5 2
vO
⋅ R1 R 2 // R3 −V eq−0,6 ⋅R1
2
v i =V L=
R2 // R 3
V L =−6,5 V
R1 R
V H= ⋅ V CC −V D −V ref , V L = 1 −V CC V D −V ref
R2 R2