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          .͟
(Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor e professor da UFRRJ)
G  
             

  ! R    "       
    
  (Luiz Mott, ͞ÿ  
  
͟, RJ, Editora Record, 2003)

No artigo anterior, demonstramos que existe um forte movimento no segmento


LGBTT de 
  
 como prática sexual permissiva. Como o termo  é forte e
repugnante no ideário social, eles, então, nos meios acadêmicos, preferem usar duas outras
expressões, por certo, equívocas semanticamente: numa, falam em ͞      

      ͟, noutra, fazem uma distinção maquiavélica entre ͞ ͟ e
͞ ͟, sendo esta última passível de recriminação e a aquela uma prática homoafetiva.
Assim, peremptoriamente, às claras, como afirmam os professores Paulo Ghiraldelli e Luiz
Mott na epígrafe acima,     
         

  . Tempos difíceis são esses em que vivemos, onde a sociedade perdeu a noção
do que seja o bem, o belo e a verdade. Tudo se tornou polimorfo, difuso e relativizado.
Indubitavelmente, esses são os frutos da modernidade e pós-modernidade da humanidade. E
ainda chamam a Idade Média de ͞a idade das trevas͟.   

Neste artigo de hoje, eu gostaria de tentar demonstrar, mesmo que


sinopticamente e
 , como o movimento gay caminhou até esse momento em que,
depois de aprovada a união homossexual, luta-se, agora, para a conquista da próxima ( 
!
) fronteira:    
"#   
. Vejamos, pois.

A linha histórica é mais ou menos assim: partindo dos iluministas franceses (séc.
XVIII), de Friedrich Nietzsche e passando por Karl Marx, Martin Heidegger, Michel Foucault,
Jacque Derrida ʹ para não falar em autores menos conhecidos, mas tão obcecados quanto
esses contra a moral judaico-cristã, como é o caso dos autores da Escola de Frankfurt ʹ surgiu
o movimento denominado de    . A bandeira oficial de tal movimento era lutar contra
o preconceito e a discriminação impostos pela sociedade patriarcal cristã, fundada no primado
da autoridade masculina (Cf: BOURDIEU, P., ͞# $    
 á, 1998 e ENGELS, F.,
͞‰ %   &'&  ( ͟, 1884). No bojo disso, surgem, então, no
meio acadêmico-universitário, a partir da década de 70, os chamados G   )* 
Começa, assim, a doutrinação de que              
 
     
 . O ͞sexo͟ da pessoa humana ʹ como criado 
 por
Deus ʹ passa a ser visto como um conceito de segunda grandeza no meio acadêmico, porque
foi ele quem levou a dominação do sexo feminino pelo sexo masculino. É preciso desconstruir
isso. E, assim, vários autores começam a escrever ʹ muitas vezes sem a devida reflexão ʹ que
  $  %   &       '% 
  %  %
      
    #    .
Ato contínuo a isso, o R   e os 
   formaram o
pano de fundo e o degrau necessários para o surgimento do R    
. O
interessante é que primeiro surgiu ʹ e foi assim no mundo todo, inclusive no Brasil (Cf.
ZANATTA, ͞
          
        ͟,
Cadernos AEL, n. 5/6, 1996/1997) ʹ o R  !, baseado, agora, num novo conceito
a ser construído acadêmica e culturalmente: o conceito de ü  ( . Aliás, fazendo
uma digressão, o R  ! é tão forte no Brasil ʹ e ainda tão ligado ao R 
  ʹ que, quando do "ÿ #  
, ocorrido em 2009, ao se
definir a nomenclatura GBLT, elas, as lésbicas, lutaram veementemente para que o ͞L͟ viesse à
frente na sigla, porque o movimento homossexual lésbico é que foi o pioneiro no Brasil. Daí
ficou a terminologia LGBT e não GLBT.

Pois bem. Do R    e dos 


    , como eu disse,
surgiu o R  ! e o conceito de ü  ( 
. Tal conceito, como discurso
oficial, diz, na mesma linha do ͞Gênero͟, que as pessoas têm o direito de afirmar, livremente e
sem preconceitos, sua identidade ʹ no caso homossexual ʹ perante a sociedade. Desta idéia,
começou a se delinear, também, a ‰    $
     +  , , a
mesma que está imposta no chamado PNDH-3 do Governo Petista. Um pouco antes, com a
afirmação e aceitação acadêmica e cultural dos 
    e do próprio conceito de
"  $ 
, começa a se estabelecer também, inclusive no plano legislativo e do Direito,
o conceito de livre Ë #  ( 
. Tal conceito, na esteira do   e da "  
 
, afirma que não se pode determinar o padrão comportamental sexual da sociedade
como heterossexual, porque tal é determinado e construído dialeticamente nas relações
interpessoais. Neste sentido, a obra de Michel Foucault e de autores da Escola de Frankfurt
como H. Marcuse (In: ͞   ÿ%͟, 1955) foi fundamental como embasamento
teórico.

Assentadas, assim, tais bases, o R   


 organizado surgiu com
toda a força, só passando por uma grave crise na década de 80 com a divulgação dos altos
índices de contaminação, entre eles, dada a promiscuidade das suas relações sexuais, do vírus
HIV/AIDS. Mas o movimento, rapidamente, organizou-se ʹ agora com o financiamento público,
a pretexto de se combater o avanço da AIDS ʹ e surgiu com novas bandeiras e conceitos a
serem impostos acadêmica e culturalmente. Neste sentido, na década de 90, surge o conceito
de livre G (  ou de $,  ( . O Movimento Homossexual agora,
fortalecido com o financiamento estatal ʹ por causa do programa AIDS/DST ʹ começa a
promover uma agenda que vai além da Ë  &' $ 
 e visa à legitimação de todo e
qualquer comportamento sexual. Assim, primeiramente, acrescentam ao Movimento os
(  
, (  ,  
, $ %  e daí em diante. Como começaram a dizer
eles, não há apenas Ë  &' $ 
, é preciso ter uma livre G ( , uma
$,  ( . Tudo isso foi justificado e embasado teoricamente através da chamada
‰  -  e da teoria dos Direitos Humanos propagada por organismos internacionais
como a ONU que falam então em ͞$  ,͟.

É exatamente através desta corrente conceitual da $, (  e da livre


G (  que luta, agora, o movimento gay para a institucionalização da ' .
Ora, se, como disse o jurista Barroso no julgamento do STF, ͞)      ͟,
então, porque não é possível o ͞amor͟ dos chamados
,por crianças e adolescentes?
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  )    '    )  
 

Mas, como eu disse lá atrás, a c


     !
   
 
  * 
. De )* , passamos para ü   ( , depois para
%   ( , depois para livre G ( e $,  (  e, num futuro
bem próximo, o que se quererá, conforme apontam os estudos da intelectual feminista e pró-
gayzismo ë   +
, é a # (  ,  $    ,
   ü 
     )   )   &%  

%   - 
Assim, caminha a humanidade dirigida pela minoria e religião gay.

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