Você está na página 1de 1

A Gentil Camponesa

Poema!
A o leixo i n t n A
ainda mais te reala, Exposta ao sol e descala, Cheia de graa e beleza.

Tu s pura e imaculada, Cheia de graa e beleza; Tu s a flor minha amada, s a gentil camponesa. s tu que no tens maldade, s tu que tudo mereces, s, sim, porque desconheces As podrides da cidade. Vives a nessa herdade, Onde tu foste criada, A vives desviada Deste viver de iluso: s como a rosa em boto, Tu s pura e imaculada. s tu que ao romper da aurora Ouves o cantor alado... Vestes-te, tratas do gado Que h-de ir tirar gua nora; Depois, pelos campos fora, grande a tua pureza, Cantando com singeleza, O que

Teus lbios nunca pintaste, s linda sem tal veneno; Toda tu cheiras a feno Do campo onde trabalhaste; s verdadeiro contraste Com a tal flor delicada Que s por muito pintada Nos poder parecer bela; Mas tu brilhas mais do que ela, Tu s a flor minha amada. Pois se te tenho na mo, Inda assim acho to pouco, Que sinto um desejo louco: Guardar-te no corao!... As coisas mais belas so Como as cria a Natureza, E tu tens toda a grandeza Dessa beleza que almejo, Tens tudo quanto desejo, s a gentil camponesa

Você também pode gostar