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Um exemplo numérico – Cap.

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Um pêndulo de massa igual à 10g está suspenso por uma corda de 10 cm de
comprimento. Suponha que a amplitude de oscilação seja suficientemente pequena para
que possamos considerar um período constante para o pêndulo.
A energia do pêndulo diminui com os efeitos do atrito. A diminuição de energia
observada é contínua ou discreta?

1 g
ν ( Hz ) =
2π L
Fixando-se: g = 9,8 m/s2 e L = 0,1 m (comprimento do fio em metros), obtenha o valor
da freqüência de oscilação do pêndulo (ν ).

ν = 1,575 Hz

A energia potencial do pêndulo é dada por:

Ep = m. g. L (1 - cos θ)
Ep = 1,49 x 10 -4 J

Vamos verificar as parcelas quantizadas de energia que devem ser dissipadas


pelo pêndulo, considerando-se a Teoria de Planck, sendo ν a freqüência de oscilação
do pendulo e h = 6,63 x 10 -34 J.s :

ΔE = h ν = 1,04 x 10 -33 J
∆E
A relação E será dada por:
p

∆E
=7 x 10 -30
Ep

 Levando-se em conta o resultado obtido, qual deveria ser a resolução do


sistema Físico que você deveria utilizar para perceber esta dissipação
discreta de Energia?

O sistema físico precisaria medir diferenças de energia na 30ª casa
decimal!

 Na prática isso é observado?


É claro que não! Mas isso não significa que o postulado esteja incorreto!
Lembre-se: se você não pode ver, não significa que não esteja acontecendo!
Não é possível observar porque os saltos são tão pequenos que não é possível
medi-los! E esse fato se deve à dimensão da constante de Planck: 10 -34 é muito
pequeno para ser multiplicado pelas freqüências de oscilação de corpos grandes,
resultando em valores de ∆ E muuuuuuuuito pequenos. Somente no mundo
microscópico, isto é, para partículas elementares como os elétrons, que podem oscilar
em altíssimas freqüências, é possível obter resultados para ∆ E mensuráveis!

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