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Jorge Barbosa - 2009

PSICOLOGIA
Relações Interpessoais
•  As
Relações
Interpessoais

 Relação
do
Eu
com
os
Outros

 Cognição
Social

 Influência
Social

 Processos
de
Relação


do
Eu


2

OBJECTIVOS:


2

1.  RELAÇÃO
DO
EU
COM
OS
OUTROS


Designa a interacção existente entre


duas ou mais pessoas e as trocas que
ocorrem no seu decurso.
As relações interpessoais que caracterizam a
vida social estruturam-se entre o individual e o
colectivo.
Estas interacções estruturam a natureza
psicossocial do sujeito
4

1.  RELAÇÃO
DO
EU
COM
OS
OUTROS


1.  Manifestam-se através de interacções


(isto é, processos que ocorrem no
interior das relações).
2.  Revelam factores cognitivos (percepção
sobre a situação e significado atribuído à
relação) e emocionais (sentimentos e
afectos implicados na relação).

4

1.  RELAÇÃO
DO
EU
COM
OS
OUTROS


3.  Regem-se por normas sociais de


conduta (cada um dos interlocutores
assume um papel e desempenha-o em
função do que é socialmente desejável).
4.  Dependem do contexto social em que
ocorrem (marcado por sistemas
simbólicos).

4

1.  RELAÇÃO
DO
EU
COM
OS
OUTROS


5.  Organizam-se de acordo com a função


psicossocial dos interlocutores,
distinguindo-se
a)  as relações simétricas – onde os
sujeitos assumem posições idênticas
b)  Das relações complementares – onde
as posições assumidas são distintas.

4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


“Conjunto
de
ac-vidades
mentais
de
processamento
da

informação
social,
através
do
qual
se
constrói
um
modo

de
conhecimento
sobre
o
mundo
social
e
sobre
os
outros

indivíduos,
baseado
em
saberes
prévios
compostos
por

valores
e
crenças.”
(Fischer,
2002)


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


• As
Impressões.

• As
Expecta-vas.

• As
A-tudes.

• As
representações
Sociais.


A
cognição
social
refere‐se
ao
conhecimento
do
mundo
social:

pessoas,
grupos,
insStuições
ou
comunidades.

4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL
 Sem
impressões,
não
é

possível
qualquer
relação

social.


Definição:


Processo
cogni-vo
que
permite
a
organização
de

diversos
traços
(ou
caracterís-cas)
par-culares

num
todo
coerente
que
caracteriza
um

indivíduo.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


 Através
da
impressão,
torna‐se

possível
organizar
a
informação

disponível
de
outra
pessoa
numa

categoria
significa-va
para
nós;

 A
leitura
dos
comportamentos
do

outro,
através
de
uma
grelha

simplificada
(esquema),
torna

possível
ao
sujeito
interpretar
e

fixar
certas
caracterís-cas.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


 Experiência
de
Asch
(1946)

Foram
distribuídas
duas
listas
(A
e
B)

de
caracterís-cas
a
dois
grupos
de

sujeitos
(A
e
B)

A.  Lista
A:
inteligente,
hábil,

industrioso,
caloroso,

determinado,
prá-co,
cauteloso.

B.  Lista
B:
inteligente,
hábil,

industrioso,
frio,
determinado,

prá-co,
cauteloso.
 4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


 Experiência
de
Asch
(1946)


Depois
de
ouvir
a
lista
respec-va,
cada
sujeito

realizava
duas
tarefas:

a)  Escrevia
um
breve
comentário
sobre
a
pessoa

descrita;

b)  Seleccionava,
de
uma
lista
cons-tuída
por
18
pares

de
adjec-vos
(na
maioria
opostos)
o
adjec-vo
que,

em
cada
par,
mais
se
ajustava
à
impressão
que

-nha
formado.
 4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


 Experiência
de
Asch
(1946)


Resultados:

a)  As
impressões
provocadas
pela
lista
A
foram
muito

mais
posi-vas
do
que
as
provocadas
pela
lista
B;

b)  A
caracterís-ca
“caloroso‐frio”,
manipulada
na

experiência,
produziu
diferenças
de
impressões

notáveis
e
consistentes.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


 Experiência
de
Asch
(1946)


Conclusão
de
Asch:

a)  Há
caracterís-cas
predominantemente
atribuídas
à

pessoa
calorosa,
enquanto
os
opostos
são

atribuídos
à
pessoa
fria;

b)  Há
um
conjunto
de
qualidades
que
não
é
afectado

pela
transição
de
caloroso
para
frio.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


 Experiência
de
Asch
(1946)


Podemos,
então,
dis-nguir:

a)  Qualidades
ou
traços
centrais:
a
sua
alteração

altera
a
impressão
global;

b)  Qualidades
ou
traços
periféricos:
a
sua
alteração

não
tem
o
poder
de
interferir
na
impressão
global.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Processo
cogni-vo,
através
do
qual

se
fazem
inferências
e
se
explicam

comportamentos
ou

acontecimentos
procurando

associar
a
sua
ocorrência
a
uma

determinada
causa.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Dois
-pos
de
Explicações:


1.  Explicações
internas
ou
disposicionais:
a
causa

de
um
acontecimento
ou
comportamento
é

associada
à
pessoa
(por
ex.:
associar
o
bom

desempenho
à
inteligência).


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Dois
-pos
de
Explicações:


2.  Explicações
externas
ou
situacionais,
onde
a

causa
é
associada
à
situação
(por
exemplo:

associar
o
bom
desempenho
de
alguém
à

sorte).


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Quatro
Princípios
Gerais:


1.  São
uma
ac-vidade
comum
na
vida

quo-diana;

2.  Podem
não
ser
exactas;

3.  Influenciam
o
modo
como
as
pessoas
se

comportam;

4.  Desempenham
uma
função
adapta-va.
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2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


1.  São
um
dos
processos
que
nos
ajudam
a
predizer

e
a
controlar
a
nossa
experiência
social.

2.  As
atribuições
acerca
de
acontecimentos
passados

influenciam
as
nossas
expecta-vas
de
futuro.

3.  As
expecta-vas
de
futuro
(como
veremos)

influenciam
as
atribuições.

4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


1.  As
impressões
(categorizações
de
caracterís-cas

pessoais)
e
as
atribuições
são
os
elementos

centrais
da
Categorização
Social.

2.  É
um
conjunto
de
processos
que
permitem
ao

sujeito


a)  conhecer
e
pensar
muitas
coisas
a
par-r
de

poucas.

b)  Apreender
ou
fixar
poucas
coisas
a
par-r
de

muitas.
 4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Funções da categorização social

1.  Função
informacional
e
organizadora
–
simplifica
a

realidade;
permite
organizar
os
dados
em

categorias
de
referência;
facilita
a
leitura
do
nosso

mundo.

2.  Função
de
significação
e
de
orientação
da
acção
–

estabelece
uma
relação
explica-va
entre
os

atributos.

4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Funções da categorização social

3.  Função
iden-tária
–
permite
que
o
indivíduo
se

posicione
em
termos
de
pertença
ou
de
não

pertença
rela-vamente
à
realidade
social;

permite
uma
melhor
compreensão
sobre
aquilo

que
o
faz
ser
o
que
é;
viabiliza
as
comparações

sociais.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Definição

Esquemas
interpreta-vos
que
organizam
a

informação
rela-va
ao
futuro.
Na
sua
base,

encontramos:

a)  Processos
dedu-vos
(impressões)

b)  Processos
indu-vos
(atribuições)


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Profecias que se realizam

As
expecta-vas,
porque
antecipam
o
futuro,
podem

muitas
vezes
levar
a
que
esse
futuro
se
venha
a

concre-zar.

O Papel social de uma
O estatuto, atribuído ao pessoa corresponde ao seu
professor, gera expectativas comportamento esperado,
que podem concretizar-se. em função do estatuto que
lhe é atribuído. 4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Na base das Expectativas estão as atitudes

O
Conceito
de
ATITUDE
refere‐se
à
predisposição
ou

tendência
para
responder
de
forma
favorável
ou

desfavorável
a
um
objecto,
pessoa,
ins-tuição
ou

acontecimento.

As atitudes facilitam a coerência da
acção da pessoa num contexto
sempre em mudança
4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Na base das Expectativas estão as atitudes

1.  Falar
da
a-tude
de
alguém
significa
que
nos

referimos
às
convicções
e
sen-mentos
e
ao

comportamento
resultante.

2.  Mudar
as
a-tudes
das
pessoas
pode
não
mudar

os
seus
comportamentos


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Na base das Expectativas estão as atitudes

As
expressões
das
nossas
a-tudes
(comportamento)

estão
sujeitas
a
muitas
influências.

As
a-tudes
só
permitem
prever
o
comportamento

se:

1.  Forem
minimizadas
as
outras
influências;

2.  Se
a
a-tude
es-ver
muito
próxima
do

comportamento
previsto;

3.  Se
a
a-tude
for
forte
(memória
ou
experiência).

4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Na base das Expectativas estão as atitudes

Embora
se
possa
dizer
que
há
uma
ligação
entre
o

que
sen-mos
e
pensamos
rela-vamente
a
outras

pessoas
ou
acontecimentos
(a-tudes)
e
o
que

fazemos
(comportamentos),
a
verdade
é
que
em

muitas
situações
essa
ligação
é
menos
forte
do

que
gostamos
de
pensar.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Características Básicas

1.  Inferências
construídas
a
par-r
do
modo
como
os

indivíduos
se
comportam.

2.  Constructos
psicológicos
não
directamente

observáveis;

3.  Avaliações
dirigidas
a
um
objecto
ou
categoria


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Características Básicas

4.  Predisposições
aprendidas
e,
por
isso,
com

potencial
de
mudança;

5.  Construções
rela-vamente
estáveis
capazes
de

influenciar
o
comportamentos
e
de
serem

influenciadas
por
ele.


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Modelo Tripartido

1.  Componente
Afec-va:
refere‐se
a
emoções
e
a

sen-mentos
subjec-vos
e
às
respostas
fisiológicas

que
acompanham
uma
a-tude
(por
ex.:
de

repugnância).


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Modelo Tripartido

2.  Componente
Cogni-va:
refere‐se
aos

pensamentos,
às
crenças
e
aos
valores
(nem

sempre
conscientes)
através
dos
quais
a
a-tude

se
exprime
(
o
que
sei
ou
julgo
saber
sobre
aquilo

que
me
causa
repugnância).


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Modelo Tripartido

2.  Componente
Comportamental:
refere‐se
ao

processo
mental
e
ksico
que
prepara
o
indivíduo

para
agir
de
uma
determinada
maneira

(intenção).

A intenção de uma acção activa o funcionamento
do cérebro de forma idêntica à acção, só inibindo
a informação nervosa descendente. 4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Componente

CogniSva

(pensamentos,

crenças,
valores)


Componente

Componente

AfecSva
(respostas

Comportamental

fisiológicas,

(preparação
para

emoções,

agir,
mobilização)

senSmentos)


4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


A existência simultânea de:

• Cognições relevantes, e
• Não concordantes ou opostas entre si

Implica para o sujeito um maior esforço de análise;

Este esforço visa tornar estas cognições menos


dissonantes ou mais concordantes entre si
4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


O objectivo é reduzir a tensão criada pelos


elementos dissonantes (por ex.: fumar faz mal à
saúde; no entanto eu fumo):
• Mudando uma das crenças ou opiniões (ou as
duas) - modificação da cognição
• Evitando as situações em que pode haver mais
dissonância - preservação do Eu
• Seleccionando as informações mais convenientes
para a concordância dos elementos - reorganização
4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


Atitudes são Representações


processos
simbólicos que
Sociais são uma base
acontecem no de conhecimentos
interior do Eu socialmente
elaborados

4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


R Objecto

e Referem-se
p
r S
e o
s c Simbolização/
e i
Resultam da
n a Interpretação

t
a i
ç s

õ Modelo
de

e
s
 Geram Objecto
 4

2.  COGNIÇÃO
SOCIAL


4

CONTINUA:
Influência Social
Processos de Relação do Eu

7


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