Você está na página 1de 1

DIA DOS DIREITOS INTERNACIONAIS DA CRIANÇA

20 de Novembro

CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA


1989 / 2009 - 20º ANIVERSÁRIO

A Convenção sobre os Direitos da Criança é um tratado sobre Direitos Humanos, de entre todos, o
ratificado por maior número de países.
Foi aprovada por unanimidade e adoptada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 20 de
Novembro de 1989, no culminar de um projecto iniciado em 1979, no Ano Internacional da Criança.
Em 26 de Janeiro de 1990, os primeiros 61 países aderentes assinaram o tratado.
No dia 2 de Setembro de 1990, entrou em vigor na ordem jurídica internacional.
Portugal assinou o tratado em 26 de Janeiro de 1990, tendo sido, portanto, uma das primeiras 61
nações a fazê-lo, e ratificou-o no dia 21 de Setembro de 1990.
No dia 21 de Outubro de 1990, entrou em vigor em Portugal, tendo, desde então, força de lei, na
ordem jurídica portuguesa.
A UNICEF adopta os princípios da Convenção Sobre os Direitos da Criança como ponto de referência
de todos os programas por si desenvolvidos, mesmo quando respeitantes a países que não a tenham
ratificado.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
A Convenção Sobre os Direitos da Criança, compreendendo um preâmbulo e 54 artigos, constitui o
mais completo, importante e actual documento sobre os direitos de todas as crianças.
Considerada como a expressão mais espectacular do aprofundamento e universalização da Ética
dos Direitos do Homem, da Revolução dos Direitos do Homem, a Convenção sobre os Direitos da Criança
obriga os governos que a ratificaram a tudo fazerem para que as crianças disponham de condições que
possibilitem o seu integral e harmonioso desenvolvimento, num ambiente familiar e social de afecto, livre
da fome, da pobreza, da violência, de abusos, de negligência e de todas as injustiças, e a respeitarem e
promoverem os seus direitos civis, económicos, sociais, culturais e políticos, reconhecendo-as como
cidadãos de corpo inteiro - como sujeitos autónomos de direitos e já não como mero objecto de direitos.
A Convenção sobre os Direitos da Criança consagra o primado do interesse superior da criança,
plenamente justificado porque as crianças são seres humanos particularmente vulneráveis e indefesos, em
desenvolvimento, e são, na verdade, o futuro das sociedades e da Humanidade.1

M A Gomes
(Magistrado do MP)

1
Monteiro, A. Reis, (2002). A Revolução dos Direitos da Criança. Porto, Campo das Letras

Você também pode gostar