Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CÁLCULO DAS FLECHAS DOS CONDUTORES DE VÃOS CONTÍNUOS E A AVALIAÇÃO DA AMPACIDADE ESTATÍSTICA DE LT's
CÁLCULO DAS FLECHAS DOS CONDUTORES DE VÃOS CONTÍNUOS E A AVALIAÇÃO DA AMPACIDADE ESTATÍSTICA DE LT's
LINHAS AREAS
RESUMO
apresentada a teoria que serviu de base para o
clculo das reais tenses mecnicas e flechas de
cabos em uma seo de tensionamento com vos
nivelados ou no. Foram feitas simulaes da variao
das flechas em vos de sees de tensionamento em
terrenos planos e acidentados, objetivando fornecer
subsdios para o projeto de linhas de transmisso de
energia eltrica (LTs) segundo a metodologia de
ampacidade estatstica atualmente em discusso na
NBR5422 - Projeto de Linhas reas de Transmisso
de Energia Eltrica [1], que considera temperaturas
extremas do condutor da ordem de 100 oC a 120oC.
PALAVRAS-CHAVE
Linhas de transmisso, flechas e traes de cabos,
temperatura do condutor, ampacidade estatstica.
NOMENCLATURA
A
Ar
Ae
E
h
d
L
L
P
Pisol
p
S
T
t
(f)
(i)
- comprimento do vo
- comprimento do vo regulador
- comprimento do vo nivelado
- mdulo de elasticidade do cabo
- diferena de altura entre doissuportes adjacentes
- altura de segurana cabo-solo
- comprimento do cabo em um vo
- variao do comprimento do cabo em um vo
- peso total do cabo em um dado comprimento
- peso da cadeia de isoladores
- peso linear do cabo
- rea da seo transversal do cabo
- trao em qualquer ponto do cabo
- temperatura do condutor
- sobrescrito indica um estado final
- sobrescrito indica um estado inicial
- ngulo de deslocamento da cadeia de isoladores no
sentido longitudinal ao eixo da linha
1.0 - INTRODUO
O enfoque estatstico da ampacidade acena com a
possibilidade de um aumento dos atuais nveis de
(*) CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELTRICA CEPEL C. P. 68.007 - CEP 21.941-590 - Rio de Janeiro - Brasil
Tel: +55-21-2598-6382 - Fax: +55-21-2270-4189 - e-mail: jignacio@cepel.br
CE.NN
Ae
A'
A
( x' , y' )
P2
(x, y )
s
P1
FIGURA 1 - Cabo
desnvel.
(2)
x
T = T x cosh ,
c
(3)
(4)
(5)
(6)
a +b
ab
cosh (a ) cosh (b ) = 2 sinh
sinh
,
2
(7)
(8)
T ds .
L
(9)
L (deformao) =
T
ES
( f) ( f)
2.2. - Vo regulador
(i ) (i )
(10)
ds
x
x
dx = T cosh dx = Tx cosh 2 dx .
dx
c
c
(11)
TL =
2
Tx
c
2x
x + sinh .
2
2
c P1
(12)
T
c
2x '
2x'2 A
T L = x A + sinh
sinh
.
2
2
c
c
(13)
Tx
2
CE.NN
A
A'
A + c sinh cosh .
c
c
(14)
(15)
x'
x ' A
h = c cosh cosh
.
c
c
(16)
(17)
T
A
2h
.
T L = x A + c sinh 1 +
2
c 4 c 2 sinh 2 A
2 c
A =
r
Ai3
Ai
(21)
(18)
i
(19)
(20)
(Tx) i+ 1 - (Tx) i
Pisol
Pi
CE.NN
Pi =
(A
2
p
(i )
i
(i )
+ Ai +1 +
hi (Tx )i ( f )
Ai ( f )
hi +1 (Tx )i +1( f )
Ai +1( f )
(23)
t2
d1
d2
(24)
Ai
(f)
= Ai
(i )
Valores de [4]
Flecha
pelo
Ar
Flecha
5,5
14,9
6,3
2,3
9,1
6,3
10,1
25,3
8,1
4,8
5,8
15,3
6,8
2,5
9,7
6,6
10,2
23,8
8,2
4,9
(mdia de 6 Programas)
erro do
Ar
0,3
0,4
0,5
0,2
0,6
0,3
0,1
-1,5
0,1
0,2
Programa
desenvolvido
erro do
Flecha
Ar
5,8
0,3
15,2
0,3
6,7
0,4
2,4
0,1
9,6
0,5
6,6
0,3
10,1
0,0
23,7
-1,6
8,1
0,0
4,9
0,1
As
alturas
das
estruturas
foram
calculadas
considerando as flechas e traes segundo o vo
regulador e os dois pares de valores da temperatura e
distncia cabo-solo, (d1,t1) e (d2,t2). Neste clculo foi
considerada a altura mnima da torre, no sendo
levado em conta que as alturas das estruturas variam
segundo padres comerciais.
Conforme pode ser observado na Tabela 2 e na Figura
4, nem todos os vos esto com as distncias nos
limites crticos, e as alturas dos que se encontram em
um dos limites, ora foram definidas pelo par (d1,t1) e
ora pelo par (d2,t2). Exemplificando, o vo de nmero 1
foi definido pelo par (6,89 m, 70oC) e o vo 2 pelo par
(5,89 m, 100oC), enquanto que o vo 8 no tem
nenhuma distncia crtica.
A Tabela 2 e a Figura 4 apresentam, ainda, as
distncias e traes ao considerar a inclinao das
cadeias e as diferenas encontradas pelas duas
metodologias.
Neste exemplo, apesar das mximas diferenas das
distncias serem de 0,24 m para a temperatura de
70oC e de 0,42 m para 100oC, as distncias mnimas
normalizadas foram violadas em apenas 5 vos, com
valor mximo de aproximadamente 0,20 m.
Caso 2
Aqui ser considerada a mesma LT do Caso 1, com
exceo dos dados meteorolgicos que para o Caso 2
Desnvel
(%)
Diferena das
distncias (m)
Trao real
(kgf)
Diferena das
distncias (m)
Trao real
(kgf)
Caso 1
O exemplo analisa, segundo a abordagem estatstica,
a ampacidade de uma LT de 138kV com as seguintes
caractersticas:
Condutor: Linnet
Nmero de isoladores: 10
Distncias mnimas cabo-solo: d1 = 6,89 m e
d2 = 5,89 m
Temperaturas do condutor: t1= 70oC e t2 = 100oC
Tramo: 20 vos
Tenso EDS: 20%
Temperatura EDS: 25oC
Vo regulador: 306,7 m
T cond = 100oC
Comprimento
(m)
T cond = 70 o C
Vo
Nmero
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
290
310
340
340
330
280
330
310
320
330
340
310
170
280
360
290
250
250
270
260
-1,7
-3,1
-1,6
3,2
0,2
1,5
-3,3
-4,3
-2,6
0,6
2,9
2,7
3,7
-2,7
-3,9
1,5
1,3
-4,2
-0,4
-0,4
6,89
6,93
7,10
7,12
7,04
6,89
7,06
7,45
6,99
9,79
7,14
6,93
6,89
6,89
7,29
6,89
6,89
6,89
6,89
6,89
6,93
7,01
7,25
7,28
7,16
6,95
7,16
7,53
7,08
9,88
7,21
6,90
6,86
6,82
7,22
6,77
6,73
6,69
6,65
6,65
0,04
0,08
0,15
0,16
0,12
0,06
0,10
0,08
0,09
0,09
0,07
-0,03
-0,03
-0,07
-0,07
-0,12
-0,16
-0,20
-0,24
-0,24
1017
1021
1027
1028
1025
1021
1023
1021
1022
1022
1018
1008
1000
1000
1005
994
983
976
974
972
5,98
5,89
5,89
5,89
5,89
6,05
5,89
6,41
5,89
8,70
5,89
5,89
6,63
6,15
5,89
5,98
6,22
6,22
6,11
6,16
6,02
6,01
6,13
6,16
6,09
6,13
6,06
6,54
6,04
8,86
6,02
5,84
6,58
6,04
5,82
5,78
5,94
5,88
5,69
5,74
0,04
0,12
0,24
0,27
0,20
0,08
0,17
0,13
0,15
0,16
0,13
-0,05
-0,05
-0,11
-0,07
-0,20
-0,28
-0,34
-0,42
-0,42
902
909
918
920
915
908
912
911
912
912
908
893
879
883
892
876
859
849
846
844
10
Distncia mnima cabo-solo (m)
CE.NN
Tracejada - vo regulador
Cheia
- real
Ponto
- norma
9
8
7
6
5
1
9 10 11 12 13 1 4 15 1 6 17 18 19 20
Vo
Condutor: Linnet
Nmero de isoladores: 6
CE.NN
11.00
Distncia mnima cabo-solo
10.00
Tracejada - vo regulador
Cheia
- real
Ponto
- norma
9.00
8.00
7.00
6.00
5.00
Tracejada - vo regulador
Cheia
- real
Ponto
- norma
10.00
9.00
8.00
7.00
6.00
5.00
4.00
1 2
7 8
9 10 11 12 1 3 14 15 16 17 1 8 19 20
Vo
Trao real
(kgf)
Diferena das
distncias (m)
8,64
5,88
8,74
9,43
5,94
5,97
6,24
6,01
11,0
7,80
5,97
5,83
5,95
6,38
10,3
5,79
Desnvel
(%)
8,70
6,00
8,79
9,54
6,00
6,00
6,22
6,00
10,7
7,07
6,00
6,00
6,00
6,50
10,4
6,00
Tracejada - vo regulador
Cheia
- real
Ponto
- norma
10.00
9.00
8.00
7.00
6.00
5.00
4.00
Comprimento
(m)
2,8
3,5
1,7
4,2
2,9
0,0
-3,2
-3,1
0,5
-1,5
-0,7
-0,2
-1,9
-3,0
-3,8
-2,0
-0,06 916
-0,12 923
-0,05 945
-0,11 939
-0,06 941
-0,03 953
0,02 983
0,01 994
0,35 1017
0,73 1024
-0,03 970
-0,17 943
-0,05 918
-0,12 906
-0,08 897
-0,21 894
8,59
5,77
8,58
9,19
5,82
5,92
6,21
5,93
9,48
5,00
5,66
5,48
5,91
6,32
10,3
5,73
8,45
5,54
8,50
8,96
5,71
5,86
6,24
5,95
10,1
6,30
5,60
5,16
5,81
6,09
10,1
5,33
-0,14
-0,23
-0,08
-0,23
-0,11
-0,06
0,03
0,02
0,62
1,30
-0,06
-0,32
-0,10
-0,23
-0,15
-0,40
781
791
826
814
815
832
874
889
924
935
854
816
780
763
752
749
Diferena das
distncias (m)
Nmero
131
163
325
195
135
200
318
142
376
434
175
245
90
140
175
195
T cond = 96,3o C
Trao real
(kgf)
T cond = 70oC
11.00
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
10 11 12 13 14 15 16
Tramo: 16 vos
Tenso EDS: 20%
Temperatura EDS: 25oC
Vo regulador: 277,6 m
Vo
Vo
Caso 4
Considera as mesmas condies do caso anterior,
mudando apenas as temperaturas do condutor que
so: t1 = 57,7oC e t2 = 80,6oC. As distncias mnimas
encontram-se na Figura 7.
Analisando os Casos 3 e 4, verifica-se que, com
exceo do vo 10, as alturas foram definidas pelo par
(d1,t1) devido aos comprimentos serem pequenos. Nos
dois casos neste vo a diferena das distncias
calculadas pelos dois mtodos foi bastante acentuada,
ultrapassando 1 m. Isto fez com que a altura calculada
pelo vo regulador ficasse maior do que a necessria.
6.0 - CONCLUSES
A modelagem proposta para clculo da flecha de
condutores submetidos a altas temperaturas nos vos
de uma seo de tensionamento vlida para vos
10 11 12 13 14 15 16
Vo