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TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM CABOS ELÉTRICOS ENTERRADOS EM

SOLOS.

INTRODUÇÃO
A grande variedade de materiais usados em várias aplicações de engenharia,
solo, concreto, materiais cerâmicos e muitos outros materiais porosos receberam
muita atenção nos últimos anos. Devido à importância de tais materiais, os
diferentes mecanismos de transferência de calor e massa que ocorrem dentro deles
têm sido extensivamente explorados. A fim de melhorar a eficiência energética dos
edifícios, vários instrumentos de simulação computacional têm sido desenvolvidos.
No entanto, a simplificação do modelo usado no elemento de cabos de
aterramento envelope pode produzir resultados enganosos. Fundamentalmente, os
caminhos de corrente dentro do cabo de alimentação geram calor que precisa ser
dissipado pelo ambiente ao redor ou será danificado por superaquecimento. O calor
gerado induz altas temperaturas na superfície do cabo, criando um gradiente térmico
entre ele e o ambiente externo.
Segundo (Kaviany, 1991), num solo úmido, o movimento de massa é
determinado por forças gravitacionais, e por gradientes de pressão, temperatura,
conteúdo de umidade e de concentrações químicas. O calor é transferido por
condução, convecção e radiação na matriz sólida e nos interstícios porosos.
Alterar a especificação do cabo, como mudar o material de isolação ou
aumentar sua espessura, embora não seja economicamente viável, é uma solução
teoricamente possível para o problema. A solução para o problema está na escolha
de um material, natural ou artificial, que dissipe uma quantidade razoável de calor,
apesar de ter baixo teor de umidade. Muitas vezes referidos como aterros, esses
materiais de aterro requerem caracterização adequada para descrever com precisão
os processos de transferência de calor e umidade que ocorrem dentro deles.
Antes de definir o valor da tensão, deve-se decidir se a transmissão será em
corrente contínua (CC) ou em corrente alternada (CA). A geração de eletricidade é
feita com corrente alternada e, se transmitida dessa forma, não é necessário
nenhum equipamento especial após o gerador.
A transmissão em CC reduz as perdas por metro de cabo, mas exige um
investimento inicial maior, pois neste caso é necessária a retificação da tensão
gerada. Em geral, a decisão final dependerá da distância que você deseja cobrir: se
a distância for muito longa e os requisitos de energia muito altos, a transmissão CC
é a melhor. Talvez por exigir menos investimento inicial, a maioria das transferências
são feitas diretamente na bolsa. Uma vez definido o modo de transferência, as
tensões são definidas para cada fase da transferência.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método capaz de
prever o processo de transferência de calor do solo envolvendo cabos de
aterramento.
DESENVOLVIMENTO
De acordo com a tensão a que estão submetidos, os cabos elétricos de
potência são classificados em:
- Cabos para baixa tensão, para aplicações de até 1 kV;
- Cabos para média tensão, de 2 a 35 kV;
- Cabos para alta tensão, de 36 a 138 kV; - cabos para tensão muito alta,
acima de 138 kV.
Para trabalhar com tensões altas em contato com o solo, é necessário que o
cabo elétrico seja adequadamente preparado. Além do condutor metálico, ele deve
ser composto de uma camada de isolamento elétrico, uma blindagem e uma
proteção externa. Em teoria, o isolamento elétrico deve ser capaz de dissipar
completamente o campo elétrico aplicado pela alta tensão confinado entre o
condutor e a blindagem. A descarga final para o solo trará perdas enorme e
colocaria em risco a população da área ao redor do Cabo da Boa Esperança.
Proteção externa deve certifique-se de que os cabos não sejam danificados pelo
contato com o solo. As propriedades elétricas, térmicas e mecânicas dos cabos e
aterramentos devem considerado em qualquer projeto de cabo de alimentação
enterrado.
Uma descrição geral da construção e arranjo do cabo, descrevendo os tipos
de perda de calor modelos de transporte de umidade usados em sua literatura e
profissional estudar fenômenos de transferência de calor e massa no solo.
Discussão adicional para detalhes sobre este tema, ainda no contexto da engenharia
térmica, consulte Freitas (1995) e Freitas et al. (1996).
SOLO UNIFORME E CARGA CÍCLICA
O valor de ampacidade tirado da equação (3-2) é bastante conservativo, pois.
Apesar disto, a definição de ampacidade continua sendo "a corrente máxima que
pode ser admitida no condutor do cabo". Ora, se o cabo atinge a corrente máxima
apenas uma ou duas vezes ao dia, a temperatura no seu condutor neste momento
será menor do que aquela que seria atingida se esta corrente máxima circulasse no
cabo ininterruptamente. A repetição cíclica da carga acaba por determinar um
regime periódico para a temperatura do cabo, que fica a maior parte do dia abaixo
de uma temperatura máxima. O comportamento transiente dos cabos de tensão
muito alta é considerado na norma DEC 853-2 (1989). Esta norma não descreve
exatamente uma "evolução das temperaturas no tempo", mas sim o modo de
calcular um fator M, pelo qual a corrente admissível correspondente a 100% de fator
de carga pode ser multiplicada para fornecer a corrente de pico do ciclo de carga
real, de modo que a temperatura de pico do condutor em regime periódico não
exceda o valor de temperatura admissível usado no cálculo de regime permanente.
O que esta norma calcula, portanto, é uma "folga" para a corrente máxima, por saber
de antemão que ela só será atingida durante poucos minutos ao longo de um ciclo.

MODELO DE DUAS ZONAS


Os cabos elétricos as normas vigentes recomendam um modelo denominado
de "duas fases" visualizado esquematicamente na figura 3.2. Neste modelo, o solo é
considerado dividido em duas regiões. Áreas próximas ao cabo são consideradas
solo seco e áreas distantes do cabo são consideradas solo úmido. A fronteira entre
as duas regiões é localizada por uma isoterma chamada crítica de forma a definir o
tamanho das regiões e a resistência térmica externa total. Na prática, costuma-se
usar uma isoterma crítica de 30°C acima da temperatura ambiente do solo
(condição refere-se ao ponto mais distante do cabo). CIGRE, Study Committee, 21,
(1992) especifica valores críticos de temperatura para vários solos. Na realidade, o
valor da temperatura crítica depende do tipo de solo, compactação e teor de
umidade, mas assume-se que não depende do fluxo de calor do cabo ou do
gradiente térmico. A formação do limite está associada a um teor crítico de
umidade do solo (ou saturação crítica) onde, para qualquer valor de umidade
abaixo desse valor crítico, a água se move.
CONCLUSÃO
O comportamento térmico/hidrológico de um solo artificial chamado aterro
usado comercialmente na construção de cabos elétricos foi investigado
experimentalmente e usando um modelo contínuo (Bories, 1991).
As soluções para este problema encontradas na literatura tendem a ser de
pouca utilidade prática no projeto de cabos, seja porque simplificam o problema no
solo ao desprezar o transporte de umidade, ou porque simplificam o problema no
cabo fornecendo apenas a temperatura do cabo. Sua superfície para valores
constantes de produção de calor, ignorando o fato de que a própria produção de
calor depende do nível de temperatura do condutor do cabo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
 Bories, S. A. (1991); 11 Fundamentals o f Drying o f Capillary-Porous Bodies", S. Kacac et. al. (eds.)
Convective Heat and Mass Transfer in Porous Media. Kluwer Academic Publishers. Printed in the
Netherlands.
 CIGRE Study Committe 21, (1992); "Determination o f a Value o f Critical Temperature Rise fo r a
Cable Backfill Material", Electra N 145, pp 15-30.
 Freitas, D. S. (1995); "Desempenho Térmico de Cabos de Potência Subterrâneos, Incluindo
Migração de Umidade no Solo e Efeitos Transientes": Tese Doutorado em Engenharia Mecânica.
Depto de Engenharia Mecânica. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis - Brasil.
 Freitas, D. S.; Prata, A. T. and Lima, A. J.(1996); "Thermal Perfomance o f Underground Power
Cables with Constant and Cyclic Currents in Presence o f Moisture Migration in the Surrounding
Soil", IEEE Transactions on Power Delivery , Accepted for publication.
 Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, "Propriedades Termofisicas de
Materiais Utilizados no Soterramento de Cabos de Transmissão", Relatório Técnico No. IPT
24947/87, São Paulo, SP, fevereiro de 1987.
 Kaviany, M. (1991); "Principles of Heat Transfer in Porous Media", Mechanical Engineering
Series , Springer - Verlag New York Inc.

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